O documento descreve uma aula prática sobre classificação de seres vivos. Os alunos receberão cartas com imagens de animais e plantas e deverão organizá-las em grupos com características semelhantes. O objetivo é entender a importância da classificação e como ela é feita usando características morfológicas, mas levando em conta a ancestralidade comum. A classificação deve respeitar a filogenia e não se basear apenas em semelhanças superficiais.
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Roteiro de aula prática 2º ano
Prática 1: Classificação dos seres vivos
Perguntas: Como os objetos são classificados? Em quais lugares a classificação de itens é importante?
Por que classificar é importante?
Objetivo: Entender a importância da classificação dos seres vivos e como ela pode ser feita.
I) Introdução
A área da Biologia responsável pela classificação dos seres vivos é conhecida como taxonomia (do
Grego verbo tassein = "para classificar" e nomos = lei, ciência, administrar) ou sistemática. Ela teve
início no século XVIII com Carl Von Linnée (Lineu), um médico, professor e naturalista sueco, que
levava em consideração as características estruturais dos indivíduos para classificá-los. A unidade básica
dos sistemas de classificação é a espécie. Espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes, com
ancestralidade comum, que podem cruzar entre si e formar descendentes férteis. Para nomear as espécies
Lineu desenvolveu o sistema binomial de nomenclatura, no qual o nome científico do organismo é
constituído por duas palavras. A primeira se refere ao gênero e a segunda, juntamente com a primeira,
forma o nome da espécie. Atualmente a classificação não mais é baseada apenas em características
estruturais, mas sim em princípios evolutivos. Isso significa que os biólogos classificam os seres vivos de
acordo com suas relações de parentesco ou ancestralidade comum.
II) Materiais
1- Cartas com imagens de animais ou plantas.
2- Cartas com imagens semelhantes, mas que se diferem por características sutis, que são: presença de
olhos, número de olhos, presença de espinhos, localização dos espinhos, presença de boca, presença de
antenas, formato da cabeça, número de cabeças, formato do corpo, presença de pé e formato do pé.
III) Procedimentos
Serão distribuídos dois conjuntos de cartas para cada grupo de alunos (no máximo quatro estudantes por
grupo). Os estudantes deverão organizá-las segundo um critério próprio de classificação. Ao final serão
discutidos os critérios adotados por cada grupo.
Comentários:
O objetivo da prática é levar os alunos a separar os indivíduos de acordo com características semelhantes
entre eles, criando critérios de classificação, e discutir quais seriam os aspectos mais relevantes para essa
separação.
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IV) Para pensar
1- A classificação dos seres vivos pode ser feita arbitrariamente?
Não. A classificação deve ser baseada no maior número de características semelhantes entre os
indivíduos, respeitando fatores filogenéticos.
2- Possuir características semelhantes indica parentesco evolutivo?
Não. Indivíduos de táxons diferentes podem compartilhar as mesmas características, fato explicado pela
convergência adaptativa.
V) Referências
AMABIS J.M.; MARTHO G.R. Conceitos de Biologia. São Paulo: Moderna, 2001.
LOPES S. Bio. São Paulo: Saraiva, 1997.
BRITO E.A.; FAVARETTO J.A. Biologia: Uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo:
Moderna, 1997