Durante o período moderno, a filosofia se dividiu em áreas de estudo específicas. Filósofos como Descartes e Berkeley ainda discutiam a existência de Deus e a imortalidade da alma, enquanto outros como Locke e Berkeley tentavam usar a filosofia para fundamentar ideias científicas ou se opor a elas.
1. Filosofia Moderna
No período moderno a filosofia passou a ter uma divisão melhor de seu foco de estudo. No início ainda era
comum vermos questões no que dizia respeito a provar a existência de Deus e a imortalidade da alma,
principalmente em textos de René Descartes e George Berkeley, em suas obras as Meditações e o Tratado,
de autoria dos dois, respectivamente. Porém, muitos filósofos deste período pareciam estar usando a filosofia
para abrir caminhos que pudessem ajudar a fundamentar algum tipo de concepção, de ideia. Era como se
tentassem encontrar uma forma de provar aquilo que tentavam passar.
Podemos citar alguns desses filósofos e seus problemas filosóficos como exemplo:
Descartes: Buscava conseguir algum fundamento para explicar uma determinada concepção científica;
John Locke: Buscava preparar o território para que fosse mais fácil a ciência tomar um rumo e agir de
maneira mais direta;
Berkeley: Buscava competir com alguma conclusão científica, contrapondo-se aos métodos utilizados pela
ciência.
2. Renascimento
O surgimento do Renascimento data do século XIV e utiliza a Europa,
mais precisamente a Itália, para a sua iniciação. Este movimento
intelectual veio promover uma transformação na organização política e
econômica da sociedade da época, ao tempo em que incentivava a
recuperação dos valores e modelos da Antiguidade Greco-Romana. Com
um ideal baseado no tripé natureza – homem - sociedade, o movimento
promoveu notável reflexão do homem sobre seu lugar no mundo.
3. Ética
Ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos seres
humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A ética na filosofia procura
descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito,
diferencia também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem.
A ética na filosofia estuda os valores que regem os relacionamentos
interpessoais, como as pessoas se posicionam na vida, e de que maneira elas
convivem em harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e
significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se de moral, uma vez
que, a moral é relacionada a regras e normas, costumes de cada cultura, e a ética
é o modo de agir das pessoas.
4. Política
A filosofia política moderna é uma compilação de diversas premissas
que vem sendo adotadas pelo sistema político ao longo dos últimos
séculos. A maneira de governar está em constante reformulação
devido às novas aspirações da sociedade e em alguns casos dos
próprios governantes. O objetivo dessas constantes reflexões em
relação à efetividade da política visa um ponto de equilíbrio entre os
interesses dos governantes e do povo.
5. Racionalismo
A partir da Idade Moderna, o Racionalismo obteve grande crescimento como
corrente filosófica e não se pode desvincular essas ideias das aplicações
matemáticas. Tradicionalmente, o Racionalismo era definido pelo raciocínio como
operação mental, discursiva e lógica para extrair conclusões. As inovações
humanas apresentadas com o advento do Renascimento consolidaram o
Racionalismo com o acréscimo de elaborações e verificações matemáticas. Para o
Racionalismo, tudo tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser
demonstrada empiricamente. O Racionalismo foi importante elemento do mundo
Moderno para superar o mundo Medieval, pois privilegia a razão em detrimento
das experiências do mundo sensível, ou seja, o método mítico como se tinha
acesso ao conhecimento durante a Idade Média. Assim, o Racionalismo é baseado
na busca da certeza e da demonstração.
6. Ciência
O período de tempo que vai, mais ou menos, da data de publicação da obra de Nicolau
Copérnico “Revolutionibus” (1543) até a publicação da obra de Isaac Newton “Philosophia Naturalis
Principia Mathematica” (1687), é denominado de “Revolução Científica”. Trata-se de um poderoso
movimento de idéias que adquire, no século XVII, as suas características mais expressivas com os
pensamentos de Galileu.
Pode-se dividir, fundamentalmente, em duas grandes partes as transformações que causaram a Revolução
Científica do Séc. XVII, divididas na seguinte maneira: do ponto de vista da cosmologia e do ponto de vista
da nova ideia de ciência.
Do ponto de vista da cosmologia, é expressiva a demonstração da validade do modelo heliocêntrico,
descoberta por Copérnico e empreendida por Galileu; a formulação da noção de um universo infinito, que se
inicia com Nicolau de Cusa e Giordano Bruno; e a concepção do movimento dos corpos celestes,
principalmente da Terra, em decorrência do modelo heliocêntrico.
Do ponto de vista da nova ideia de ciência, teremos a valorização da observação e do método
experimental; e a utilização da matemática como linguagem da física, proposta por Galileu sob inspiração
platônica e pitagórica.
É necessário perceber que o novo modelo de ciência que surge com a Revolução Científica do séc. XVII
rompe com a separação antiga entre a ciência(episteme), o saber teórico, e a técnica (techne), o saber
aplicado, integrando ciência e técnica e fazendo com que problemas práticos no campo da técnica levem a
desenvolvimentos científicos, bem como com que hipóteses teóricas sejam testadas na prática, a partir de
sua aplicação na técnica.
Com a Revolução Científica abriu-se espaço e caminho para os métodos, as intuições, os modos de pensar
e os valores relacionados com o fenômeno que, depois dessa revolução, costumamos chamar de ciência
moderna.