Este documento descreve uma iniciativa de um consultório de rua itinerante em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. O consultório realizará atividades como escuta qualificada, distribuição de preservativos e folhetos informativos, jogos educativos sobre saúde e prevenção de drogas, e exibições de filmes para abordar questões de saúde mental e dependência química entre moradores em situação de rua. O objetivo é ampliar o acesso à saúde de forma respeitosa e ética para grup
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Apresentação voz da rua
1.
2. • Não somos lixo.
• Não somos lixo e nem bicho.
• Somos humanos.
• Se na rua estamos é porque nos desencontramos.
• Não somos bicho e nem lixo.
• Nós somos anjos, não somos o mal.
• Nós somos arcanjos no juízo final.
• Nós pensamos e agimos, calamos e gritamos.
• Ouvimos o silêncio cortante dos que afirmam serem santos.
• Não somos lixo.
• Será que temos alegria? Às vezes sim...
• Temos com certeza o pranto, a embriaguez,
• A lucidez dos sonhos da filosofia.
• Não somos profanos, somos humanos.
• Somos filósofos que escrevem
• Suas memórias nos universos diversos urbanos.
• A selva capitalista joga seus chacais sobre nós.
• Não somos bicho nem lixo, temos voz.
• Por dentro da caótica selva, somos vistos como fantasmas.
• Existem aqueles que se assustam.
• Não somos mortos, estamos vivos.
• Andamos em labirintos.
• Depende de nossos instintos.
• Somos humanos nas ruas, não somos lixo. Carlos Eduardo (Cadu),
Morador de rua em Salvador.
3. O que é ?
• Desenredar as linhas de um dispositivo, em cada
caso, é construir um mapa, cartografar, percorrer
terras desconhecidas, é o que Foucault chama
‘trabalho no terreno’ (DELEUZE, 1996)
• Consultório de Rua
4. • 35 consultórios de rua no Brasil - (3 no Rio de Janeiro).
• Primeiro a ser capitaneado por uma instituição acadêmica privada.
• Mapeamento Nacional de Crianças Abrigadas (FIOCRUZ, 2012)
aponta o Município de Campos dos Goytacazes como um
destaque em casos de crianças e adolescentes institucionalizadas
pelo uso de crack.
• A Clínica Nômade é uma iniciativa do curso de Psicologia do
ISECENSA.
5. Nossas Bases
• Olhar diferenciado que pretende ir além dos estigmas, e reconhecer cada pessoa a
ser atendida, em sua particularidade.
• Um olhar que se afasta da visão assistencialista apoiada na piedade ou
salvacionista que vê, na saída das ruas, a única possibilidade de preservação da
vida.
• O olhar sobre a saúde de cada pessoa, por cumprir um direito garantido pela
Constituição Federal – o acesso a serviços de saúde.
6. • Oferta programada : uma resposta ao modelo de atendimento em saúde
no qual é o paciente quem vai em busca do serviço.
• antecipação dos cuidados em saúde, com base em pesquisas
epidemiológicas e sociais. Trata-se de localizar a demanda de tratamento
antes que essa chegue aos serviços de saúde.
• Trata-se de uma proposta que amplia o acesso à saúde universal e
igualitário, especialmente para aqueles expostos a maiores riscos à vida.
7. Clínica Ampliada
• É uma prática sem-lugar ou um outro lugar para a prática. Propõe
ao profissional de saúde desenvolver a capacidade de ajudar as
pessoas, não só a combater as doenças, mas a transformar-se, de
forma que a doença, mesmo sendo um limite, não a impeça de
viver outras coisas na sua vida.
• Visa a autonomia do sujeito. Um novo fazer questionando sobre
se de fato estamos conseguindo responder às necessidades
sociais, culturais e comunitárias, dentro de uma proposta
respeitosa, ética e cidadã.
8. Clínica Peripatética
• A escuta das pessoas em seus lugares próprios, sem descaracterizá-los
ou diminuí-los (LANCETTI, 2006). Clínica, que não é só ampla, mas vai
até o sujeito, caminha com ele, real e simbolicamente.
• Importância do poder da força afetiva produzida pelo encontro, pelo
afetar e ser afetado. As práticas itinerantes passaram a ter uma
importância estratégica na desinstitucionalização das práticas e na
construção da integralidade do cuidado.
9. As ações
Atividade 1: Replicação da Pesquisa o desafio da rede de
assistência a crianças e adolescentes usuárias de crack- um
estudo em cinco capitais brasileiras (FIOCRUZ);
Atividade 2: montagem da rede de encaminhamento.
Atividade 3: mapeamento das cenas de Campos dos
Goytacazes.
Atividade 4: ações na rua.
10. • Distribuição de folders explicativos sobre DSTs/AIds e prevenção ao Uso
de Drogas;
• Distribuição de preservativo masculino;
• Serão realizados jogos educativos com adolescentes e crianças sobre
educação sexual e prevenção de violências, drogas e gravidez precoce;
• Trabalho com crianças e adolescentes sobre auto-estima e resiliência;
11. • ATIVIDADES a serem desenvolvidas:
• Escuta qualificada para a problemática do sujeito;
• Distribuição de folders explicativos sobre DSTs/AIds e prevenção ao Uso de Drogas e
Redução de danos;
• Distribuição de preservativo masculino;
• Serão realizados jogos educativos com adolescentes e crianças sobre educação
sexual e prevenção de violências, drogas e gravidez precoce;
• Trabalho com crianças e adolescentes sobre auto-estima e resiliência;
• Atividade informativa sobre possibilidades de atendimento às questões de saúde física
e mental e tratamento de dependência química;
• Exibição de filmes/documentários – CINEMA no MURO – essa ação acontecerá uma
vez por mês.
12. Expectativas futuras:
1) Agregar professores e alunos de outros cursos visando à ação
interdisciplinar;
2) Criação de uma página/blog sobre uso de crack e redução de danos;
3) Criação de um polo de discussão/formação sobre a temática;
4) Criação de um centro de documentação referente ao tema.
5) Submeter a proposta ao Ministério da Saúde visando a
institucionalização como um Consultório de rua.
13. Apoio:
• BENFAM – Bem estar familiar no Brasil.
• Clínica da Família Victor Valla
• Consultório de Rua do CETAD/UFBS/SALVADOR
• CRP- SUBSEDE CAMPOS.