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2ª fase do
Modernismo
Brasileiro
Prosa
1930-1945
Prof. Adriana Christinne
Romancede 30: a estéticado compromisso
• Crise de 29;
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da época. Participa ativamente da Revolução de 1930 e,
após seu êxito, é nomeado interventor na Paraíba.
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Prof. Adriana Christinne
• Na década de 1930, enquanto o rádio – o mais moderno meio de
comunicação de massa da época – encurtava as distâncias,
aproximando o país de ponta, nossa prosa de ficção, com renovada
força criadora, nos punha em contato um Brasil pouco conhecido.
Prof. Adriana Christinne
Por meio da obra de grandes autores, desponta um Brasil
multifacetado, apresentado em sua diversidade regional e cultural,
mas com problemas semelhantes em quase todas as regiões: a
miséria, a ignorância, a opressão nas relações de trabalho, as forças da
natureza sobre o homem desprotegido
Prof. Adriana Christinne
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• Denúncia social;
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melhores momentos da ficção brasileira.
Prof. Adriana Christinne
Principais prosadores da 2ª fase
• Rachel de Queiroz;
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Rachel de Queiroz (1910-2003)
'' ... A gente nasce e
morre só. E talvez por
isso mesmo é que se
precisa tanto de viver
acompanhado ... ‘’
Rachel de Queiroz
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• Nasceu em Fortaleza,
Ceará.
• Foi a primeira mulher a
ingressar na Academia
Brasileira de Letras.
Prof. Adriana Christinne
Estreou em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queiroz,
publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou
afinal redatora efetiva.
• Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917
transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro,
fato esse que seria mais tarde aproveitado pela
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teve inesperada e funda repercussão no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
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do país, agitando a bandeira do romance de fundo
social, profundamente realista na sua dramática
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Se a única coisa que o homem
terá certeza é a morte; a única
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• Nasceu em Quebrângulo, Alagoas;
• Foi prefeito de Palmeira dos Índios;
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• Além de ter se dedicado à leitura, o escritor também
exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e a
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realidade brasileira da época e uma
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Ramos alcançou raro equilíbrio
o reunir análise sociológica e
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José Lins do Rego (1901-1957)
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• Nasceu no munícipio de Pilar, Paraíba;
• Formou-se em direito, em Recife;
• Atuou como promotor em Maceió, onde escreveu seus
primeiros livros e conviveu com Graciliano Ramos, Jorge de
Lima e Rachel de Queiroz;
• Atuou na imprensa, na vida diplomática e foi eleito para a
Academia Brasileira de Letras pouco antes de morrer.
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• Decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e
engenhos da zona açucareira da Paraíba e de Pernambuco;
• Início da modernização, com a chegada das usinas;
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Sua obra pode ser dividida em ciclos:
• Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Banguê,
Fogo morto e Usina;
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• Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e
Cangaceiro;
• Obras independentes: romances vinculados aos dois ciclos:
Moleque Ricardo, Pureza, Riacho doce, romances
desvinculados dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.
Jorge Amado (1912-2001)
"Para fazer uma coisa que
não me diverte tenho que
fazer um esforço muito
grande."
Obs.: Em 1991, sobre
como a militância no PCB
lhe tomava o tempo da
literatura.
Frase de Jorge Amado
Prof. Adriana Christinne
• Nasceu em Pirangi, Bahia;
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• Politicamente comprometido com ideias socialistas,
participou da Aliança Nacional Libertadora, movimento de
frente popular, e foi preso em 1936;
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• Libertado em 1937, morou em Buenos Aires, onde
publicou a biografia de Prestes;
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mandato político;
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mundialmente conhecido;
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• Em 1959, ingressou na
Academia Brasileira de Letras;
• Seus livros estão hoje
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línguas.
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Características das obras:
• Preocupação político-social;
• Faz denúncias num tom direto, lírico e participante, a
miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes
populares;
• Infância abandonada e delinquente;
• Miséria do negro;
• Cais e pescadores de sua cidade natal;
• Seca, o cangaço;
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Autor de obras de cunho regionalista e de denúncia social no
início de sua carreira , Jorge Amado passou por diferentes fases
até chegar à última delas, voltada para a crítica de costumes.
Prof. Adriana Christinne
As cinco fases do escritor:
• 1 – um primeiro momento de águas-fortes da vida
baiana, rural e citadina (Cacau, Suor), que lhe deram a
fórmula do “romance proletário”;
• 2 – depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados
em torno de rixas e amores marinheiros (Jubiabá, Mar
Morto, Capitães da Areia);
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Cavaleiro da Esperança, O mundo da paz);
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4 – Alguns grandes afrescos a região do cacau, certamente suas
invenções mais felizes, que animam de tom épico as lutas entre
coronéis e exportadores (Terras do Sem-Fim, São Jorge dos
Ilhéus);
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5 – mais recentemente, crônicas amaneiradas de costumes
provincianos (Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois
maridos). Nessa linha, formam uma obra à parte, menos pelo
espírito que pela inflexão acadêmica do estilo, as novelas
reunidas em Os Velhos Marinheiros;
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Na última fase abandonam-se os esquemas de literatura
ideológica que nortearam os romances de 30 e de 40; e tudo
se dissolve no pitoresco, no “saboroso”, no “gorduroso”, no
apimentado do regional.
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Érico Veríssimo
Prof. Adriana Christinne
• Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, em 1905 e
faleceu em Porto Alegre, em 1975.
• Romance: Clarissa(1933); Caminhos cruzados(1935);
Música ao longe(1935); Um lugar ao sol(1936); Olhai os
lírios do campo(1938); Saga(1940); O resto é
silêncio(1942); O tempo e o vento: I - O continente(1948),
II - O retrato(1951), III - O arquipélago(1961); O senhor
embaixador(1965); O prisioneiro(1967); Incidente em
Antares(1971).
Conto e novela: Fantoches(1932); Noite(1942).
Memórias: Solo de clarineta I(1973); Solo de clarineta
II(1975).
Publicou ainda várias obras de ficção didática e
literatura infantil, além de narrativas de viagens
CARACTERÍSTICAS DAS
OBRAS
• Costuma-se dividir a obra de Érico Veríssimo em três
grupos:
1) Romance urbano: Clarissa, Caminhos cruzados, Um
lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto
é silêncio.
• As obras desta fase registram a vida da pequena
burguesia porto-alegrense, com uma visão otimista,
às vezes lírica, às vezes crítica, e com uma linguagem
tradicional, sem maiores inovações estilísticas.
• Desta fase destaca-se Caminhos cruzados,
considerado um marco na evolução do romance
brasileiro. Nele, Érico Veríssimo usa a técnica do
contraponto, desenvolvida por Aldous Huxley (de
quem fora tradutor) e que consiste mesclar pontos de
vista diferentes (do escritor e das personagens) com
a representação fragmentária das situações vividas
pelas personagens, sem que haja no texto um centro
catalisador.
2) Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de
Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos da
história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro
volume (O continente), narra a conquista de São Pedro
pelos primeiros colonos e é considerado o ponto mais
alto de sua obra.
O tempo e o vento (1ª parte) — O continente
– 1949
Publicados originalmente em 1949, a saga de "O Tempo
e o Vento" começa com os dois volumes de "O
Continente". Esta primeira parte da trilogia narra o
nascimento do Estado do Rio Grande do Sul através
das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral.
O tempo e o vento (2ª parte) — O retrato –
1951
Rodrigo Terra Cambará decide voltar a sua terra-natal,
Santa Fé, após ter ido estudar medicina em Porto
Alegre. Nesse segundo romance da trilogia
acompanha-se a decadência social de Santa Fé na
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jogos políticos.
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vento" narra a volta de Rodrigo Cambará à Santa Fé
depois de passar muitos anos no Rio de Janeiro ao
lado do então presidente Getúlio Vargas, seu amigo e
aliado. Assim, o poder da família Terra Cambará, que
era somente local, adquire em "O Arquipélago" um
âmbito nacional. Após o fim do Estado Novo, Rodrigo
está derrotado politicamente e doente. Rodrigo se vê
na luta de não morrer na cama, uma vez que
“Cambará macho não morre na cama”.
• 3) Romance político: O senhor embaixador, O
prisioneiro e Incidente em Antares. Escrito durante o
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2ª fase do modernismo brasileiro

  • 2. Romancede 30: a estéticado compromisso • Crise de 29; • Crise cafeeira; • Revolução de 30; • Ascensão do nazismo e do fascismo; • Combate do socialismo; • Segunda Guerra Mundial; Prof. Adriana Christinne
  • 3. • A bagaceira – José Américo de Almeida, 1929. O Quinze – Rachel de Queiroz, 1930. Prof. Adriana Christinne
  • 4. • Escritor e político paraibano (10/1/1887-10/3/1980). Nascido em Areia, é o autor do romance A Bagaceira (1928), considerado marco da literatura social nordestina da época. Participa ativamente da Revolução de 1930 e, após seu êxito, é nomeado interventor na Paraíba. • É eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1966. Prof. Adriana Christinne
  • 5. • Na década de 1930, enquanto o rádio – o mais moderno meio de comunicação de massa da época – encurtava as distâncias, aproximando o país de ponta, nossa prosa de ficção, com renovada força criadora, nos punha em contato um Brasil pouco conhecido. Prof. Adriana Christinne
  • 6. Por meio da obra de grandes autores, desponta um Brasil multifacetado, apresentado em sua diversidade regional e cultural, mas com problemas semelhantes em quase todas as regiões: a miséria, a ignorância, a opressão nas relações de trabalho, as forças da natureza sobre o homem desprotegido Prof. Adriana Christinne
  • 7. Características da 2ª fase - prosa • Denúncia social; • Regionalismo; • Engajamento político; • Análise sociológica e psicológica; • Novas técnicas na narrativa; • O romance de 30 constitui um dos melhores momentos da ficção brasileira. Prof. Adriana Christinne
  • 8. Principais prosadores da 2ª fase • Rachel de Queiroz; • Graciliano Ramos; • José Lins do Rego; • Jorge Amado; • Érico Veríssimo; • Dionélio Machado. Prof. Adriana Christinne
  • 9. Rachel de Queiroz (1910-2003) '' ... A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado ... ‘’ Rachel de Queiroz Prof. Adriana Christinne
  • 10. • Nasceu em Fortaleza, Ceará. • Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Prof. Adriana Christinne
  • 11. Estreou em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queiroz, publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva.
  • 12. • Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
  • 13. • Em fins de 1930, publicou o romance O quinze, que teve inesperada e funda repercussão no Rio de Janeiro e em São Paulo.
  • 14. • Com vinte anos apenas, projetava-se na vida literária do país, agitando a bandeira do romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca.
  • 15. Características das obras de Rachel de Queiroz • Linguagem enxuta e viva, o nordeste; • Interesse social; • O flagelo da seca; • O coronelismo; • Preocupação com os traços psicológicos do homem daquela região que, pressionado por forças atávicas, aceita fatalisticamente seu destino.
  • 16. • Essa harmonização entre o social e o psicológico demonstra uma nova tomada de posição na temática do romance nordestino. • A mesma abordagem se aplica aos dois romances seguintes: Caminho de Pedras e As Três Marias. O primeiro é conscientemente político-social e as características psicológicas estão aí valorizadas. No entanto, em As Três Marias elas atingem o seu máximo.
  • 17.
  • 18. Graciliano Ramos (1892-1953) Se a única coisa que o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano. Trecho do livro ‘Em Liberdade’ de Graciliano Ramos Prof. Adriana Christinne
  • 19. • Nasceu em Quebrângulo, Alagoas; • Foi prefeito de Palmeira dos Índios; • É o principal romancista da geração de 1930; • Além de ter se dedicado à leitura, o escritor também exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e a política; • Em 1936, durante o governo Vargas, foi preso sob a acusação de subversão; Prof. Adriana Christinne
  • 20. Foi levado para a Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu dez meses encarcerado. Prof. Adriana Christinne
  • 21. Memórias de um cárcere – obra que ultrapassa os limites do pessoal para se tornar um importante depoimento da realidade brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e do autoritarismo da era Vargas; Prof. Adriana Christinne
  • 22. Ingressou no partido comunista. GR na redação da Tribuna Popular, jornal do Partido Comunista. Rio de Janeiro, 1945 Prof. Adriana Christinne
  • 23. Como romancista, Graciliano Ramos alcançou raro equilíbrio o reunir análise sociológica e psicológica. Prof. Adriana Christinne
  • 24. José Lins do Rego (1901-1957) Prof. Adriana Christinne
  • 25. • Nasceu no munícipio de Pilar, Paraíba; • Formou-se em direito, em Recife; • Atuou como promotor em Maceió, onde escreveu seus primeiros livros e conviveu com Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Rachel de Queiroz; • Atuou na imprensa, na vida diplomática e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras pouco antes de morrer. Prof. Adriana Christinne
  • 26. • Decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e engenhos da zona açucareira da Paraíba e de Pernambuco; • Início da modernização, com a chegada das usinas; Prof. Adriana Christinne
  • 27. Sua obra pode ser dividida em ciclos: • Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina; Prof. Adriana Christinne
  • 28. • Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiro;
  • 29. • Obras independentes: romances vinculados aos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho doce, romances desvinculados dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.
  • 30. Jorge Amado (1912-2001) "Para fazer uma coisa que não me diverte tenho que fazer um esforço muito grande." Obs.: Em 1991, sobre como a militância no PCB lhe tomava o tempo da literatura. Frase de Jorge Amado Prof. Adriana Christinne
  • 31. • Nasceu em Pirangi, Bahia; • Trabalhou na imprensa e estudou Direito; Prof. Adriana Christinne
  • 32. • Politicamente comprometido com ideias socialistas, participou da Aliança Nacional Libertadora, movimento de frente popular, e foi preso em 1936; Prof. Adriana Christinne
  • 33. • Libertado em 1937, morou em Buenos Aires, onde publicou a biografia de Prestes; • Foi eleito deputado federal, mas teve cassado seu mandato político; • Residiu na França e na União Soviética, tornando-se mundialmente conhecido; Prof. Adriana Christinne
  • 34. • Em 1959, ingressou na Academia Brasileira de Letras; • Seus livros estão hoje traduzidos para mais de trinta línguas. Prof. Adriana Christinne
  • 35. Características das obras: • Preocupação político-social; • Faz denúncias num tom direto, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares; • Infância abandonada e delinquente; • Miséria do negro; • Cais e pescadores de sua cidade natal; • Seca, o cangaço; • A exploração do trabalhador urbano e rural; • Denúncia do coronelismo latifundiário. Prof. Adriana Christinne
  • 36. Autor de obras de cunho regionalista e de denúncia social no início de sua carreira , Jorge Amado passou por diferentes fases até chegar à última delas, voltada para a crítica de costumes. Prof. Adriana Christinne
  • 37. As cinco fases do escritor: • 1 – um primeiro momento de águas-fortes da vida baiana, rural e citadina (Cacau, Suor), que lhe deram a fórmula do “romance proletário”; • 2 – depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados em torno de rixas e amores marinheiros (Jubiabá, Mar Morto, Capitães da Areia); • 3 – Um grupo de escritores de pregação partidária (O Cavaleiro da Esperança, O mundo da paz); Prof. Adriana Christinne
  • 38. 4 – Alguns grandes afrescos a região do cacau, certamente suas invenções mais felizes, que animam de tom épico as lutas entre coronéis e exportadores (Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus); Prof. Adriana Christinne
  • 39. 5 – mais recentemente, crônicas amaneiradas de costumes provincianos (Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois maridos). Nessa linha, formam uma obra à parte, menos pelo espírito que pela inflexão acadêmica do estilo, as novelas reunidas em Os Velhos Marinheiros; Prof. Adriana Christinne
  • 40. Na última fase abandonam-se os esquemas de literatura ideológica que nortearam os romances de 30 e de 40; e tudo se dissolve no pitoresco, no “saboroso”, no “gorduroso”, no apimentado do regional. Prof. Adriana Christinne
  • 42. • Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, em 1905 e faleceu em Porto Alegre, em 1975.
  • 43. • Romance: Clarissa(1933); Caminhos cruzados(1935); Música ao longe(1935); Um lugar ao sol(1936); Olhai os lírios do campo(1938); Saga(1940); O resto é silêncio(1942); O tempo e o vento: I - O continente(1948), II - O retrato(1951), III - O arquipélago(1961); O senhor embaixador(1965); O prisioneiro(1967); Incidente em Antares(1971). Conto e novela: Fantoches(1932); Noite(1942). Memórias: Solo de clarineta I(1973); Solo de clarineta II(1975). Publicou ainda várias obras de ficção didática e literatura infantil, além de narrativas de viagens
  • 44. CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS • Costuma-se dividir a obra de Érico Veríssimo em três grupos: 1) Romance urbano: Clarissa, Caminhos cruzados, Um lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto é silêncio.
  • 45. • As obras desta fase registram a vida da pequena burguesia porto-alegrense, com uma visão otimista, às vezes lírica, às vezes crítica, e com uma linguagem tradicional, sem maiores inovações estilísticas.
  • 46. • Desta fase destaca-se Caminhos cruzados, considerado um marco na evolução do romance brasileiro. Nele, Érico Veríssimo usa a técnica do contraponto, desenvolvida por Aldous Huxley (de quem fora tradutor) e que consiste mesclar pontos de vista diferentes (do escritor e das personagens) com a representação fragmentária das situações vividas pelas personagens, sem que haja no texto um centro catalisador.
  • 47. 2) Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos da história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro volume (O continente), narra a conquista de São Pedro pelos primeiros colonos e é considerado o ponto mais alto de sua obra.
  • 48. O tempo e o vento (1ª parte) — O continente – 1949 Publicados originalmente em 1949, a saga de "O Tempo e o Vento" começa com os dois volumes de "O Continente". Esta primeira parte da trilogia narra o nascimento do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral.
  • 49. O tempo e o vento (2ª parte) — O retrato – 1951 Rodrigo Terra Cambará decide voltar a sua terra-natal, Santa Fé, após ter ido estudar medicina em Porto Alegre. Nesse segundo romance da trilogia acompanha-se a decadência social de Santa Fé na passagem para o século 20 causada por interesses e jogos políticos.
  • 50. O tempo e o vento (3ª parte) — O arquipélago – 1961 O terceiro e último romance da trilogia "O tempo e o vento" narra a volta de Rodrigo Cambará à Santa Fé depois de passar muitos anos no Rio de Janeiro ao lado do então presidente Getúlio Vargas, seu amigo e aliado. Assim, o poder da família Terra Cambará, que era somente local, adquire em "O Arquipélago" um âmbito nacional. Após o fim do Estado Novo, Rodrigo está derrotado politicamente e doente. Rodrigo se vê na luta de não morrer na cama, uma vez que “Cambará macho não morre na cama”.
  • 51. • 3) Romance político: O senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares. Escrito durante o período da ditadura militar, iniciada em 1964, denunciam os males do autoritarismo e as violações dos direitos humanos. Desta série destaca-se Incidente em Antares.