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Assistência Gastrointestinal e Endócrina
em Terapia Intensiva
Aula 3- Assistência ao paciente obeso em terapia intensiva
Enf. Wellington Ribeiro
A obesidade é frequentemente definida como uma condição de acumulação de
gordura anormal ou excessiva nos tecidos adiposos do corpo que pode
resultar em riscos para a saúde.
A forma mais comum de diagnóstico é o IMC. Peso dividido pela altura ao
quadrado ou P/A².
A obesidade está relacionada a maior tempo de internação em UTI e maior
tempo de ventilação mecânica.
Paciente obeso = Paciente Crítico
2
3
• IMC para mulheres acima de 65 anos
Baixo peso = IMC abaixo de 21,9 kg/m²
Peso normal = IMC entre 22 e 27 kg/m²
Sobrepeso = IMC entre 27,1 e 32 kg/m²
Obesidade grau I = IMC entre 32,1 e 37 kg/m²
Obesidade grau II = IMC entre 37,1 e 41,9 kg/m²
Obesidade grau III (obesidade mórbida) = IMC maior que 42 kg/m²
• IMC para homens acima de 65 anos
Baixo peso = IMC abaixo de 21,9 kg/m²
Peso normal = IMC entre 22 e 27 kg/m²
Sobrepeso = IMC entre 27,1 e 30 kg/m²
Obesidade grau I = IMC entre 30,1 e 35 kg/m²
Obesidade grau II = IMC entre 35,1 e 39,9 kg/m²
Obesidade grau III (obesidade mórbida) = IMC maior que 40 kg/m²
4
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 Síndrome Metabólica;
 Diabetes melitos tipo 2;
 Doença Cardiovascular;
 Doenças Respiratórias;
 Doenças do Trato Digestório (vesícula biliar, HDA, Pancreatite e Doença Hepática
Gordurosa, refluxo gastroesofágico);
 Neoplasias;
 Osteoartrose.
6
7
Obesos possuem maior risco de pneumonia aspirativa, especialmente em pós
operatório, devido a maior volume gástrico, maior pressão intra-abdominal e
maior incidência de refluxo gastroesofágico.
O posicionamento da cabeceira da cama elevado é uma importante medida
para diminuir o risco de bronco aspiração.
Há maior risco de TEP e a profilaxia para trombo deve ser iniciada assim que
possível.
Tipos de Cirurgias
As cirurgias bariátricas são divididas em três grandes grupos:
• Cirurgias puramente disabsortivas;
• Cirurgias restritivas;
• Cirurgias com técnica mista.
Importante saber que com o avanço tecnológico todas as técnicas podem ser
realizadas por vide laparoscopia (procedimento sem cortes, com apenas
pequenos orifícios de até 15 mm),
Com benefícios para o paciente em relação a recuperação, resposta
inflamatória e estética.
Sendo esta possibilidade analisada pela equipe cirúrgica.
8
9
Cirurgias Puramente Disabsortivas
10
Estas operações são conhecidas como "desvios do
intestino”
As principais vantagens desta cirurgia são:
1. Seu estômago foi diminuído sem a presença de bandas ou anéis;
2. A cirurgia pode ser totalmente revertida (com exceção da faixa de estômago
que foi retirada);
3. Não é retirada nada do seu intestino como é proposto em outras técnicas;
4. Alguns nutrientes são absorvidos na pequena faixa de duodeno preservada;
5. O volume de alimento que vai poder ingerir em alguns meses de pós-
operatório vai ser praticamente normal e finalmente;
6. A perda de peso é consistente e duradoura.
11
Banda Gástrica Ajustável
12
Um anel inflável de silicone é colocado no estômago, próximo à saída do
esôfago.
Cria-se uma pequena câmara onde o alimento fica coletado, quanto mais
apertada a banda, mais lentamente o alimento sai do estômago.
Assim, o paciente é forçado a alimentar-se lentamente e a ingerir pequenos
volumes de cada vez.
Um reservatório é colocado próximo à pele, através dele se infla ou desinfla a
banda.
O princípio é o mesmo da cirurgia de Mason, porém, é realizada por
laparoscopia.
É reversível e não impede outras cirurgias bariátricas em caso de insucesso
(apesar de aumentar o risco destas).
Tem a desvantagem de promover perda de peso pequena (em torno de
20%), a depender da cooperação do paciente (somente três
refeições diárias, não ingerir alimentos líquidos ou pastosos muito
calóricos, exercícios físicos diários).
Não é uma boa escolha para pacientes que apresentem dificuldades
para seguir dietas ou para grandes obesos.
13
Dispositivo de Bandagem Gástrica
14
Cirurgias Restritivas
15
É uma nova técnica cirúrgica, consiste na retirada 70 a 80% do
estômago, de forma longitudinal.
Além do efeito restritivo pela redução do tamanho do estômago, se
retira justamente a parte do órgão onde é produzido o hormônio
Grelina, responsável pela sensação de fome quando ele se esvazia.
Portanto, reduz a fome.
Tem a vantagem de preservar o trânsito pelo duodeno (responsável pela
absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B),
Se necessário pode ser convertida em uma cirurgia de técnica mista.
Permite que o estômago e o duodeno possam ser examinados por
endoscopia.
16
Cirurgias com Técnica Mista
17
São cirurgias que associam a redução da capacidade do estômago à
diminuição da absorção dos nutrientes.
Promovem maior perda de peso, se comparadas às cirurgias puramente
restritivas.
Além disso, alteram a secreção de hormônios intestinais envolvidos no
mecanismo de saciedade e na secreção de insulina.
Cuidados Pós Operatório
• Atenção a sinais logísticos como febre;
• Atenção a queda de níveis pressóricos;
• Atenção a distinção abdominal;
• Atenção ao sangramento;
• Atenção a queixas álgicas;
• Ofertar 15ml de água a cada 15 min;
• Estimular deambulação;
18
Atividade em Sala
1. Ler os artigos e discuti-los.
A) Diagnósticos de enfermagem, fatores relacionados e de risco no pós-
operatório de cirurgia bariátrica.
B) Cuidados Intensivos para Pacientes
em Pós-Operatório de Cirurgia Bariátrica.
19
2. Descrever:
A) 10 patologias que o paciente obeso está mais suscetível a desenvolver.
B) 10 patologias que levam obeso a UTI.
C) 15 a 20 Diagnósticos de Enfermagem ( ao menos 2 Emocionais e Sociais).
D) 15 a 20 Planos de cuidado.
E) Realizar cálculo de IMC.
20

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Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva

  • 1. Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva Aula 3- Assistência ao paciente obeso em terapia intensiva Enf. Wellington Ribeiro
  • 2. A obesidade é frequentemente definida como uma condição de acumulação de gordura anormal ou excessiva nos tecidos adiposos do corpo que pode resultar em riscos para a saúde. A forma mais comum de diagnóstico é o IMC. Peso dividido pela altura ao quadrado ou P/A². A obesidade está relacionada a maior tempo de internação em UTI e maior tempo de ventilação mecânica. Paciente obeso = Paciente Crítico 2
  • 3. 3
  • 4. • IMC para mulheres acima de 65 anos Baixo peso = IMC abaixo de 21,9 kg/m² Peso normal = IMC entre 22 e 27 kg/m² Sobrepeso = IMC entre 27,1 e 32 kg/m² Obesidade grau I = IMC entre 32,1 e 37 kg/m² Obesidade grau II = IMC entre 37,1 e 41,9 kg/m² Obesidade grau III (obesidade mórbida) = IMC maior que 42 kg/m² • IMC para homens acima de 65 anos Baixo peso = IMC abaixo de 21,9 kg/m² Peso normal = IMC entre 22 e 27 kg/m² Sobrepeso = IMC entre 27,1 e 30 kg/m² Obesidade grau I = IMC entre 30,1 e 35 kg/m² Obesidade grau II = IMC entre 35,1 e 39,9 kg/m² Obesidade grau III (obesidade mórbida) = IMC maior que 40 kg/m² 4
  • 5. 5
  • 6.  Síndrome Metabólica;  Diabetes melitos tipo 2;  Doença Cardiovascular;  Doenças Respiratórias;  Doenças do Trato Digestório (vesícula biliar, HDA, Pancreatite e Doença Hepática Gordurosa, refluxo gastroesofágico);  Neoplasias;  Osteoartrose. 6
  • 7. 7 Obesos possuem maior risco de pneumonia aspirativa, especialmente em pós operatório, devido a maior volume gástrico, maior pressão intra-abdominal e maior incidência de refluxo gastroesofágico. O posicionamento da cabeceira da cama elevado é uma importante medida para diminuir o risco de bronco aspiração. Há maior risco de TEP e a profilaxia para trombo deve ser iniciada assim que possível.
  • 8. Tipos de Cirurgias As cirurgias bariátricas são divididas em três grandes grupos: • Cirurgias puramente disabsortivas; • Cirurgias restritivas; • Cirurgias com técnica mista. Importante saber que com o avanço tecnológico todas as técnicas podem ser realizadas por vide laparoscopia (procedimento sem cortes, com apenas pequenos orifícios de até 15 mm), Com benefícios para o paciente em relação a recuperação, resposta inflamatória e estética. Sendo esta possibilidade analisada pela equipe cirúrgica. 8
  • 9. 9
  • 10. Cirurgias Puramente Disabsortivas 10 Estas operações são conhecidas como "desvios do intestino” As principais vantagens desta cirurgia são: 1. Seu estômago foi diminuído sem a presença de bandas ou anéis; 2. A cirurgia pode ser totalmente revertida (com exceção da faixa de estômago que foi retirada); 3. Não é retirada nada do seu intestino como é proposto em outras técnicas;
  • 11. 4. Alguns nutrientes são absorvidos na pequena faixa de duodeno preservada; 5. O volume de alimento que vai poder ingerir em alguns meses de pós- operatório vai ser praticamente normal e finalmente; 6. A perda de peso é consistente e duradoura. 11
  • 12. Banda Gástrica Ajustável 12 Um anel inflável de silicone é colocado no estômago, próximo à saída do esôfago. Cria-se uma pequena câmara onde o alimento fica coletado, quanto mais apertada a banda, mais lentamente o alimento sai do estômago. Assim, o paciente é forçado a alimentar-se lentamente e a ingerir pequenos volumes de cada vez. Um reservatório é colocado próximo à pele, através dele se infla ou desinfla a banda. O princípio é o mesmo da cirurgia de Mason, porém, é realizada por laparoscopia. É reversível e não impede outras cirurgias bariátricas em caso de insucesso (apesar de aumentar o risco destas).
  • 13. Tem a desvantagem de promover perda de peso pequena (em torno de 20%), a depender da cooperação do paciente (somente três refeições diárias, não ingerir alimentos líquidos ou pastosos muito calóricos, exercícios físicos diários). Não é uma boa escolha para pacientes que apresentem dificuldades para seguir dietas ou para grandes obesos. 13
  • 14. Dispositivo de Bandagem Gástrica 14
  • 15. Cirurgias Restritivas 15 É uma nova técnica cirúrgica, consiste na retirada 70 a 80% do estômago, de forma longitudinal. Além do efeito restritivo pela redução do tamanho do estômago, se retira justamente a parte do órgão onde é produzido o hormônio Grelina, responsável pela sensação de fome quando ele se esvazia. Portanto, reduz a fome.
  • 16. Tem a vantagem de preservar o trânsito pelo duodeno (responsável pela absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B), Se necessário pode ser convertida em uma cirurgia de técnica mista. Permite que o estômago e o duodeno possam ser examinados por endoscopia. 16
  • 17. Cirurgias com Técnica Mista 17 São cirurgias que associam a redução da capacidade do estômago à diminuição da absorção dos nutrientes. Promovem maior perda de peso, se comparadas às cirurgias puramente restritivas. Além disso, alteram a secreção de hormônios intestinais envolvidos no mecanismo de saciedade e na secreção de insulina.
  • 18. Cuidados Pós Operatório • Atenção a sinais logísticos como febre; • Atenção a queda de níveis pressóricos; • Atenção a distinção abdominal; • Atenção ao sangramento; • Atenção a queixas álgicas; • Ofertar 15ml de água a cada 15 min; • Estimular deambulação; 18
  • 19. Atividade em Sala 1. Ler os artigos e discuti-los. A) Diagnósticos de enfermagem, fatores relacionados e de risco no pós- operatório de cirurgia bariátrica. B) Cuidados Intensivos para Pacientes em Pós-Operatório de Cirurgia Bariátrica. 19
  • 20. 2. Descrever: A) 10 patologias que o paciente obeso está mais suscetível a desenvolver. B) 10 patologias que levam obeso a UTI. C) 15 a 20 Diagnósticos de Enfermagem ( ao menos 2 Emocionais e Sociais). D) 15 a 20 Planos de cuidado. E) Realizar cálculo de IMC. 20