A colecistectomia é um procedimento cirúrgico para remover a vesícula biliar. Pode ser realizada por técnica convencional ou laparoscópica. Indica-se principalmente para tratar litíase biliar, pólipos, tumores ou colecistite na vesícula biliar.
2. O que é?
E um tratamento cirúrgico tem o objetivo de proporcionar o alivio em seus sintomas por
meio da remoção da principal causa, que neste caso é a vesícula biliar.
Logo a colecistectomia nada mais é do que a retirada da vesícula biliar cirurgicamente.
No Brasil em 2010 foram realizadas 31.029 colecistectomias, 22.393(72%) com a técnica
aberta (técnica mais antiga) e 8.636 (28%) com a técnica de laparoscópica (técnica mais
moderna).
Já em 2019 foram realizadas 44.154 cirurgias onde 24.880 (56%) com a técnica abertas e
19.274 (44%) com a técnica laparoscópica.
É uma das cirurgias mais realizadas em todo mundo, sendo a rotina na maioria dos
hospitais.
3. Sobre a
vesícula biliar
Ela funciona como um reservatório de bílis, um
líquido produzido pelo fígado que atua na
digestão de gorduras no intestino, que durante a
refeição passa da vesícula para um canal de
excreção sendo então conduzidas ate o intestino.
localizada abaixo do fígado na parte direita do
abdômen.
A bile é formada pela mistura de várias
substâncias, entre elas o colesterol, responsável
pela imensa formação de cálculos (pedras) que
impedem o fluxo da bile para o intestino e causa
uma inflamação como a colecistite aguda,litíase
biliar, crônica e até mesmo câncer na vesícula
biliar.
4. Indicação
■ A retirada cirúrgica da vesícula biliar, tem sua indicação principalmente em quatro
doenças:
■ 1) Litíase(pedra) da vesícula biliar;
■ 2) Pólipos de vesícula biliar;
■ 3)Tumores da vesícula biliar;
■ 4) Colecistite.
5. Doenças da Bile
LITÍASE BILIAR formação de cálculos que podem obstruir o canal cístico, causando contrações na parede
muscular da vesícula biliar, conhecida como dor na ´´boca do estômago´´. Quando os cálculos não se
deslocam, a bile fica repressada irritando a parede da vesícula, que pode proporcionar o aumento de bactérias,
originando o quadro clínico de colecistite aguda.
COLECISTITEAGUDA Inflamação da vesícula, com ou sem a presença de pedras. Um surto de colecistite
aguda pode regredir, ou progredir, como consequência da infecção causar o rompimento da vesícula. Essa
ruptura a maioria das vezes fica bloqueada no quadrante superior do abdômen. Portanto, pode romper para
dentro da cavidade abdominal, originando um quadro grave de peritonite aguda.
COLECISTITECRÔNICA Inflamação prolongada, dores abdominais agudas e intensas e presença de pedras. A
parede interna contém cicatrizes e úlceras pelo aumento do tecido fibroso, causado por episódios de
inflamação aguda.
CÂNCER DAVESICULA BILIAR incidência baixa, na maioria das vezes por cálculos biliares presente à anos.
6. Os sinais e sintomas
■ Alguns casos não tem sintomas, mais outros provocam dor intensa do lado direito
superior do abdômen. A dor normalmente aparece meia hora após a refeição atinge
um pico de intensidade e depois diminui.
■ A dor pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas, vômitos, perda de apetite,
urina escura e diminuição dos movimentos intestinais.
7. Meios diagnósticos
■ Ultrassonografia é muito utilizada na identificação de colecistitíase.Cerca de 98% dos
casos de cálculos (pedras) na vesícula são diagnosticados através desse exame.
■ Colecintilografia é um exame que consiste na administração endovenosa do
radiofármaco e são adquiridas imagens imediatas entre 2 e 4 horas após, com duração
de 45 minutos aproximadamente.
■ Colecistigrafia oral permite a avaliação da capacidade de concentração da bile, a
permeabilidade do ducto cístico e a função de esvaziamento da vesícula biliar.
■ Radiografia.
■ Tomografia computadorizada(TC)
8. Tipos de colecistectomia
■ Existem dois tipos de colecistectomia:
■ Técnica convencional e a laparoscópica.
■ As duas técnicas cirúrgicas têm a mesma finalidade, porém só são realizadas de
maneiras diferentes, de acordo com a necessidade apresentada pela condição clínica
do paciente.
9. Técnica convencional
■ A técnica convencional conhecida
como laparotômica, sendo a
remoção da vesícula biliar através de
um corte abdominal popularmente
conhecido como“ técnica aberta”.
Esta intervenção é indicada nos
casos de inflamação da vesícula.
Média de dois meses para a
recuperação.
10. Técnica laparoscópica
■ A técnica laparoscópica conhecida
como “cirurgia por vídeo” a laiser é
realizada através de um pequeno
corte na cicatriz umbilical.O período
de recuperação é mais curto que a
técnica convencional.
11.
12. ■ Orientar o paciente quanto ao tipo de
cirurgia que irá realizar;
■ Cumprir rotina pré e pós operatória;
■ Colaboração do paciente no planejamento
da dieta
■ Fazer a avaliação da dieta;
■ Elaborar plano de alta;
■ Monitoramento dos sinais vitais
■ Administrar medicação prescrita pelo
médico;
■ Proporcionar conforto, ambiente arejado
■ Conversar com o paciente minimizando sua
ansiedade
■ Realizar avaliação para determinar o grau da
dor do paciente;
■ Realizar a troca de curativos de acordo com
a prescrição médica.
Ações da
Enfermagem
13. Pré Operatório
■ Consiste basicamente em jejum de 12 horas antes do procedimento cirúrgico e um
bom banho.
■ são solicitados exames específicos para avaliar melhor o órgão e suas estruturas
adjacentes.Também exames básicos, como o hemograma, coagulograma e
eletrocardiograma, além de outros, se o médico julgar necessário.
■ Pequena mudança em sua dieta, evitando alimentos e bebidas que causam irritação
gástrica com o objetivo de prevenir possíveis inflamações estomacais. Abster-se do
cigarro minimiza os riscos de complicações pulmonares e favorece a recuperação dos
tecidos no pós-operatório.
■ No dia do procedimento será solicitado o jejum do paciente, um procedimento padrão
para aqueles que precisarão de anestesia geral.
14. Drenos utilizados
Esses são os dois tipos de drenos que são utilizados nessa cirurgia:
Dreno de Penrose é removido em
seguida, na maioria das vezes no
hospital.
Dreno de Kehr pode ser retirado na
consulta de retorno, pois para retirar
é preciso realizar exame.
15. Pós Operatório
■ Paciente será transportado para o quarto assim que estiver suficientemente acordado e
com pouco desconforto.
■ No quarto poderá sentar-se imediatamente e pode receber uma dieta leve após poucas
horas.
■ Geralmente o paciente tem alta em menos de 24 horas.
■ Em casos selecionados poderá ir pra casa no mesmo dia.
■ De toda forma, nos primeiros dias é importante evitar esforço físico, mas o paciente não
deve permanecer o tempo todo deitado porque as caminhadas leves em local plano
contribuem com a sua recuperação e evitam complicações, como a formação de trombos.
■ Sai da dieta líquida para a leve, e então para a dieta sólida pronto para receber alta do
hospital de 1 a 3 dias.
16. ESTUDO DE CASO
■ NOME: I.O.S.
■ SEXO: F
■ IDADE: 66 anos.
■ DATA DE INTERVENÇÃO; 12/07/07.
■ MOTIVO DA INTERNAÇÃO: Cálculo(pedra) na vesícula.
■ PRINCIPAIS SINTOMAS ANTES DA INTERNAÇÃO: Mal estar, vômitos, queixas abdominais.
■ DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Dor em epicôndrio direito e epigástrico, histórico de colecistíase.
■ CIRURGIA: Colecistectomia.