O documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento pessoal e social. Resume que a leitura é crucial para o sucesso escolar e profissional, para combater a exclusão social e desenvolver habilidades linguísticas. Também destaca o papel da escola e da família em promover o hábito e o prazer da leitura desde cedo.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Ler para saber ser
1. Ler para saber
ser
Vila Praia de Âncora
Raquel Ramos – 28 junho 2012
Ler para saber ser 1
2. Ler para saber ser
• A promoção da leitura
A importância da leitura: os estudos
O contexto: novos tipos de texto, novos suportes, novos leitores
• Ler para saber ser
O dogma: é preciso ler!
Uma questão de ética
• O mediador: a escola e a família
Como promover a leitura?
Ler para saber ser 2
3. Os estudos
1. Leitura é uma ferramenta crucial para o sucesso
poder, no sentido de se ser capaz de decidir,
de agir
UNESCO: a literacia é um fator decisivo para lutar
contra a exclusão social
2. A leitura recreativa (voluntária) para
melhores resultados na compreensão leitora, na
escrita, no desenvolvimento de vocabulário e das
regras gramaticais
Krashen, The Power of Reading
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4. Leitura… livros … paraíso
«Sempre imaginei
que o paraíso
fosse uma espécie
de livraria.»
Jorge Luís Borges
Livraria Lello, Porto
«
Ler para 4
saber ser
6. Leitura… livros… novas formas de
ler
Rapariga a ler, de Jean Honoré
Fragonard, 1776
Ler para 6
saber ser
7. Perfil do atual leitor
• Nativo digital: utiliza as
novas tecnologias no dia
a dia
• Leitor “cosmopolita”:
convive com diferentes
tipos de texto
• Sujeito ativo –
compreende o que lê
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8. Textos multimodais
Boss, AC - É Sexta-feira
Cena do filme “As vinhas da ira”, de John Ford
"Subway" by Lily Furedi
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9. É necessário criar o hábito e o
prazer da leitura
Estimular nos alunos o prazer
de ler e o interesse pela ciência, a
arte e a cultura.
Desenvolver competências no
domínio da leitura e da escrita.
Aumentar os níveis de literacia.
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10. OCDE – PISA 2000- Programme for international student assessment
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11. OCDE – PISA 2009 - Programme for international student assessment
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12. É preciso ler! É preciso ler! É preciso
ler!
Para saber
• Para aprendermos.
• Para termos sucesso nos estudos.
• Para estarmos informados.
• Para nos cultivarmos.
• Para comunicar.
• Para mantermos viva a nossa curiosidade.
Daniel Pennac, Como um romance
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13. É preciso ler! É preciso ler! É preciso
ler!
Para saber ser
• Para sabermos de onde vimos.
• Para sabermos quem somos.
• Para conhecermos melhor os outros.
• Para sabermos para onde vamos.
• Para darmos um sentido à vida.
• Para exercermos o nosso espírito crítico.
Daniel Pennac, Como um romance
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14. A leitura tem de nos conduzir à
inscrição
“Inscrever implica ação, afirmação,
decisão com as quais o indivíduo
conquista autonomia e sentido para a
sua existência.”
Leitura cidadãos sem medo
“O medo é uma estratégia para
nada inscrever. Constitui-se, antes
de mais, como medo de inscrever,
quer dizer de existir, de afrontar as
forças do mundo (…). Medo de agir,
de tomar decisões diferentes da
norma vigente, medo de amar, de
criar, de viver. Medo de arriscar.”
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15. A leitura tem de nos ajudar a saber ser
• “(…) nós, seres humanos, podemos
inventar e escolher em parte a nossa
forma de vida.”
• “Mas entre as ordens que nos são
dadas, entre os costumes que nos
rodeiam ou que nós criamos, entre os
caprichos que nos assaltam, teremos de
aprender a escolher por nós próprios.”
• “Já que se trata de escolher, procura
sempre escolher essas opções que
depois te permitam o maior número de
outras opções possíveis, e não as que te
deixem entalado, contra a parede.
Escolhe o que te abre: aos outros, a
novas experiências, a diferentes
alegrias. Evita o que te encerra e te
enterra.”
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16. A leitura tem de nos ajudar a atuar
Onde está Pôr
Facilitismo Exigência
Vulgaridade Excelência
Moleza Dureza
Golpada Seriedade
Videirismo Honra
Ignorância Conhecimento
Mandriice Trabalho
Aldrabice Honestidade
A via útil para o futuro, Ernâni Lopes
Ler para saber ser
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17. Mas: “ O verbo ler não suporta o
imperativo”
“É preciso ler… quando cada
frase prova que eles nunca
leem!”
“É preciso ler… é preciso ler… E
se em vez de exigir leitura o
professor decidisse partilhar o
seu prazer de ler?”
Karen Cooper
Daniel Pennac, Como um romance
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18. Papel do mediador
Escola: formal Família: não formal
Edward Lamson, A Country School (1890) Reynaldo Fonseca, Recife (1925)
Valoriza a escola e a escolarização
Ensina a ler
Ensina a escrever Motiva para a leitura
Prepara para a vida
Lê com os filhos
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19. Na escola
1. Ter acesso a material de leitura (formatos e suportes diferentes)
2. Criar momentos de leitura /tempo para ler – escola deve oferecer
tempo para ler: para se passar do hábito ao prazer
3. Ler em voz alta ajuda a melhorar os níveis de literacia
4. Leitura conduz a mais leitura. O livro certo no momento certo para
a pessoa certa
5. Ambiente social da leitura – modelos de leitura; ver os outros a ler
6. Discussão à volta do livro, à volta de artigos de opinião
7. A literatura light não tem necessariamente um impacto negativo
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The power of reading, S. Krashen
20. O prazer da leitura
Savater - leitura nas escolas 20
21. Uma escola aLer+
Desenvolve uma cultura de leitura (envolvimento de todos)
Investe na coleção da biblioteca ( adequada ao público)
Disponibiliza material de leitura a todos os alunos ( nas escolas e para
casa)
Dedica tempo à leitura (biblioteca de turma, leitura orientada, 5 minutos
de leitura, clubes de leitura, “o que aconteceu ontem no mundo?”,…)
Organiza debates sobre as leituras dos alunos, dinamiza concursos, …
Utiliza as novas tecnologias para ajudar a promover a leitura
Implica os alunos em atividades de escrita criativa
Conduz os alunos à leitura para outros ( colegas, idosos, crianças,..)
Dá o exemplo: lê!
Ler para saber ser 21
22. A família
Dar o exemplo. Os adultos são um
modelo de leitura para as crianças.
Devem ler diante delas e mostrar-
lhes o prazer da leitura.
Escutar. As perguntas das crianças
são o caminho para uma
aprendizagem. Devemos estar
atentos às suas dúvidas.
Partilhar. O prazer da leitura é
contagiante. Devemos ler, mas
também contar contos.
Propor, não impor. É melhor
sugerir que impor. Devemos evitar
tratar a leitura como uma
obrigação
Leer te da más. Guia para padres
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Secretaria General de Educacíon e Formación Profesional, 2002
23. A família
Acompanhar. O apoio da família é
necessário em todas as idades. Não
devemos deixar as crianças sós.
Ser constante. Devemos reservar
tempo para ler todos os dias, de
preferência em ambientes calmos e
locais tranquilos.
Respeitar. Os leitores têm direito de
escolha. Devemos respeitar os seus
gostos.
Pedir conselho. A escola, as
bibliotecas, as livrarias são
excelentes aliados. Devemos
frequentar estes locais.
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24. A família
Estimular. Qualquer situação pode
proporcionar boas razões para
chegar aos livros. Devemos deixar
sempre livros sugestivos ao
alcance das crianças.
Organizar-se. A desorganização é
inimiga da leitura. Devemos as
crianças a organizarem-se: o
tempo, a biblioteca.
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25. Carta a um filho, Rudyard Kipling
(…)
Se fores capaz de falar às multidões sem perder a virtude,
Caminhar com reis sem deixares de ser simples,
Se nem os teus inimigos, nem os teus amigos mais queridos te conseguem magoar,
Se todos os homens contam contigo, mas nenhum dispõe de ti;
Se és capaz de preencher o fugaz minuto
Com sessenta segundos vividos plenamente,
Tua é a Terra e tudo o que nela existe,
E – o que mais importa – serás um Homem, meu filho!
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26. Referências bibliográficas
AZEVEDO, F. (2006) Formar Leitores. Das teorias às práticas. Lisboa: Lidel
Cerrillo, P., Larrañaga, E. , Yubero, S. ( 2002) . Libros, lectores e mediadores.Cuenca: Ediciones de la unversidad
de Castilla-La Mancha
GEPE. (2009). A Dimensão ecomómica da literacia em Portugal: uma análise. Lisboa: Ministério da Educação
GIL, J. ( 2005). Portugal: o medo de exitir. Lisboa: Relógio D´Água Editores
KIPLING, R. (2007). Carta a um filho. Lisboa: Esfera dos Livros
Kulhthau, C., Maniotes, L.K., Caspari, Ann K. (2007). Guided Inquiry: Learning in the 21st century. Westport,
Connecticut, London: Libraries Unlimited
Krashen, S. (2004). The Power of reading: insights from the research, 2nd ed. Westport, Connecticut.London:
Libraries Unlimited. Heinemann
Gallagher, K. ( 2009). Readicide: How schools are reading and what you can do about it. Portlande, Maine:
Stenhouse Publishers
PNL: Acedido em:
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/index1.php?e0688d13958a19e087e123148555e4b4
RBE: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/destaques
SAVATER, F. (2005). Ética para um jovem. Lisboa: Publicações Dom Quixote
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