O documento discute fatores que influenciam a adesão e aderência à atividade física, como expectativas positivas, falta de tempo, apoio social, compatibilidade de horários e nível de exigência das tarefas. Também apresenta estratégias de intervenção como aconselhamento baseado no modelo transteórico e participação popular.
Estudo efeitos biopsicossociais após utilização produtos de apoio
Adesão AF intervenções
1. Adesão e Aderência à Atividade
Física
2015
Universidade de São Paulo
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Estudos Avançados em Saúde Pública e Atividade Física
Adesão e Aderência à Atividade
Física
Rafael Ming Chi Santos Hsu
Graduando em Ciências da Atividade Física (EACH/USP
Leste) – 4º ano
Prof. Dr. Douglas Roque Andrade
3. Algumas Intervenções e
implicações para a prática
• → Duntun e Vaughan (2008), usando o modelo
transteórico, observaram que pessoas com mais
expectativas antecipadas positivas em relação à atividade
física mantiveram a prática.
• → (prazer)
• → Através de questionário sobre motivações para prática,
Klain (2010) encontrou que os principais determinantes
para desistência foram falta de tempo e desmotivação.
• → (comportamento sedentário)
• → Diferenças de gênero: Hankonen et. al. (2008)
identificaram que homens relatam receber mais apoio
social para fazer AF do que mulheres. Porém, elas
reportaram ter mais planos para mudar suas rotinas de AF.
• → (questão ambiental)
4. Algumas Intervenções e
implicações para a prática
• → Nunomura et. al. (1997), também investigando motivos para não
aderência em praticantes de um programa de extensão universitária,
viram como principais motivos incompatibilidade de horários e
descontentamento com o nível de exigência das tarefas.
• → (explorar diferentes horários para que mais pessoas sejam
contempladas; usar tarefas com variados níveis de execução)
• → Em entrevistas com idosos foram encontrados como motivos para
adesão e aderência: promoção da saúde, bem-estar, gosto pela AF,
socialização, sair de casa, apoio familiar e amigos e proximidade da
residência (Eiras et. al., 2010).
• → Em estudo sobre adesão a um programa de ginástica laboral, Grande
e Silva (2014) verificaram, dentre outros resultados, que parcela
considerável dos trabalhadores (19,67%), que não gostou da intervenção
proposta.
• → Importãncia da (participação popular/empoderamento)
5. Algumas Intervenções e
implicações para a prática
-> Em estudo usando estratégias de aconselhamento com base no
modelo transteórico e teoria educacional de Paulo Freire
(Gomes; Duarte, 2008), observou-se melhoras na percepção de
saúde, estágio de mudança de comportamento e nível de
atividade física habitual
-> O aconselhamento para prática de atividades físicas deve ser
mais utilizado pelos profissionais de saúde (Siqueira et. al., 2009)
-> Os profissionais devem ter mais conhecimento acerca das
recomendações globais para prática de AF, assim como devem
ser oferecidos programas nas UBS (Florindo et. al., 2013)
-> as estratégias de intervenção devem ser especificamente focadas
no estágio em que o indivíduo se encontra. Além disso, é
necessário dar maior atenção às minorias, assim como pessoas
em desvantagem, pois estas apresentam maior prevalência de
inatividade física (Marcus et. al., 2002)
-> (equidade)
•
6. Questões para
reflexão/debate
-> Como podemos montar intervenções para
estimularem adesão/aderência considerando
os princípios da PNPS (participação social,
intersetorialidade, equidade, divulgação das
iniciativas próprias e do entorno)?
7. Referências
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2010.
INGI PETITEMBERTE KLAIN DETERMINANTES DE ADERÊNCIA, MANUTENÇÃO E DESISTÊNCIA DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO
PERSONALIZADO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM
ACTIVIDADES DE ACADEMIA E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Vila Real – 2010
MARCUS, B.; BOCK, B.; PINTO, B.; NAPOLITANO, M.; CLARK, M. Exercise Initiation, Adoption and maintenance in Adults: Theoretical Models
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