SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 118
Baixar para ler offline
Curso de Treinadores 
I Nível 
FCDEF - UP 
Programação, Periodização e 
Planificação do Treino de 
Futebol 
José Guilherme Oliveira Aveiro – Maio 2005
“O Futebol é demasiado jogo para ser 
ciência, mas é demasiado cientifico para 
ser só jogo” (Vitor Frade)
A preparação de uma época de uma equipa de 
Futebol deve implicar: 
• A Programação; 
• A Periodização; 
• A Planificação.
A Programação: 
É a definição das estratégias, dos conteúdos e 
da forma de operacionalização do processo de 
ensino / treino e do jogo com o objectivo de 
criar o jogo pretendido pelo treinador.
A Periodização: 
É um aspecto particular da programação que 
visa dividir a época em períodos de tempo, 
estrategicamente definidos, para melhor 
controlar o processo de operacionalização do 
ensino/treino em correspondência com a 
evolução do jogo pretendido.
A Planificação 
É o acto de preparar e estabelecer um 
plano de actividades para realizar um 
conjunto de tarefas. 
Determinar um conjunto de objectivos e os 
meios de os atingir. 
Definir os conteúdos e as estratégias 
ideais para atingir os objectivos propostos. 
Reestruturar uma tipificação/modelo de 
acção.
Programação 
É a definição das Temos estratégias, de saber: 
dos conteúdos e da forma 
de operacionalização do processo de ensino/treino e do 
jogo com Que o Clube? 
objectivo de criar o jogo pretendido pelo 
treinador. 
Onde estamos 
Adequar um processo de gestão e acção 
à realidade em que nos encontramos. 
Quais as suas características? 
O que temos Para onde queremos ir 
Que Cultura? 
Qual o níveQl Encontrar uea aiss acsa rsaucates os reíssttircuatsu Caminhos rdaas Eeq inufipraa-?Ideais 
estruturas? 
ou seja 
Qual o nível e as caracterísicas dos Jogadores? 
Quais os Objectivos classificativos e qualitativos? 
Traçar Linhas Orientadoras de Todo o Processo 
Quais as características do calendário competitivo?
Programação 
Depois de ter em consideração tudo o que 
foi mencioUnamd oM éo ndeecleos sdáeri oJ odegfoinir: 
e consequentemente um 
Modelo de Treino
IDEIA DE JOGO DO TREINADOR 
O Modelo de Jogo “Adoptado” 
Princípios de jogo: 
Defensivos; 
Ofensivos; 
Transição: 
Defesa / Ataque; 
Ataque / Defesa. 
Organização Funcional 
Capacidades e 
Características 
dos Jogadores 
Organizações 
Estruturais 
Interacção 
Modelo de Jogo Criado 
Cultura e 
Modelo do 
Clube
O QUE É QUE DEVEMOS 
ENSINAR / TREINAR? 
FACE A ISTO HÁ 
UMA 
Serão os aspectos FÍSICOS do Futebolista? 
Do nosso ponto de vista são os 
PRINCÍPIOS DE JOGO e as 
respectivas INTERACÇÕES. 
QUESTÃO QUE 
SE LEVANTA 
No nosso entender não é nenhuma 
Será a CONJUGAÇÃO de todos estes aspectos? 
Serão os aspectos TÉCNICOS do Futebolista? 
destas quatro propostas 
Serão os aspectos TÁCTICOS do Futebolista?
PRINCÍPIOS DE JOGO 
TRADICIONALMENTE: 
Considera-se princípios específicos de jogo: 
• contenção 
• cobertura defensiva 
• equilíbrio 
• concentração 
• penetração 
• cobertura ofensiva 
• mobilidade 
• espaço 
Consideramos estes comportamentos 
como Princípios Culturais do jogo.
PRINCÍPIOS DE JOGO 
Consideramos Princípios de Jogo comportamentos 
tácticos, colectivos, inter-sectoriais, sectoriais e/ou 
individuais, que se pretende que a equipa e os 
jogadores assumam durante o jogo. 
Mas, são simultaneamente o INÍCIO e o NÚCLEO 
(essência) desses comportamentos desejados. 
Os Princípios de Jogo estão intimamente 
relacionados com Modelo de Jogo Criado. 
Nesse sentido, são contextualizados e assumem 
permanentemente uma articulação de sentido.
Princípios (Culturais) de Jogo: Penetração 
Pretensões: 
ƒ Criação de vantagem espacial 
e numérica 
ƒ Ataque ao adversário directo; 
baliza
Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção 
Pretensões: 
Condicionar o portador da bola 
com o objectivo de lhe retirar 
tempo e espaço de execução 
(paragem do contra-ataque, 
temporização para organização 
defensiva, paragem do ataque).
Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção 
Pretensões: 
Condicionar o portador da bola 
com o objectivo de lhe retirar 
tempo e espaço de execução 
(paragem do contra-ataque, 
temporização para organização 
defensiva, paragem do ataque).
Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção 
Pretensões: 
Condicionar o portador da bola 
com o objectivo de lhe retirar 
tempo e espaço de execução 
(paragem do contra-ataque, 
temporização para organização 
defensiva, paragem do ataque).
Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção
Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao companheiro que 
condiciona o adversário com 
bola (relacionar com baliza, zona 
do campo e adversários)
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva 
Pretensões: 
ƒ Apoio ao portador da bola 
ƒ Equilíbrio defensivo
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva e 
Cobertura Defensiva
Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva e 
Cobertura Defensiva
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade 
Pretensões: 
ƒ Variabilidade das posições 
ƒ Ocupação dos espaços livres 
ƒ Criação de espaços livres e de 
linhas de passe 
ƒ Manutenção da posse da bola 
ƒ Ruptura e desequilíbrio da 
estrutura defensiva adversária
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade 
Pretensões: 
ƒ Variabilidade das posições 
ƒ Ocupação dos espaços livres 
ƒ Criação de espaços livres e de 
linhas de passe 
ƒ Manutenção da posse da bola 
ƒ Ruptura e desequilíbrio da 
estrutura defensiva adversária
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade 
Pretensões: 
ƒ Variabilidade das posições 
ƒ Ocupação dos espaços livres 
ƒ Criação de espaços livres e de 
linhas de passe 
ƒ Manutenção da posse da bola 
ƒ Ruptura e desequilíbrio da 
estrutura defensiva adversária
Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio 
Pretensões: 
ƒ Cobertura dos espaços e 
jogadores livres (acções 
afastadas da bola) 
ƒ Cobertura de eventuais linhas 
de passe
Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio 
Pretensões: 
ƒ Cobertura dos espaços e 
jogadores livres (acções 
afastadas da bola) 
ƒ Cobertura de eventuais linhas 
de passe
Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio 
Pretensões: 
ƒ Cobertura dos espaços e 
jogadores livres (acções 
afastadas da bola) 
ƒ Cobertura de eventuais linhas 
de passe
Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio 
Pretensões: 
ƒ Cobertura dos espaços e 
jogadores livres (acções 
afastadas da bola) 
ƒ Cobertura de eventuais linhas 
de passe
Princípios (Culturais) de Jogo: Espaço 
Pretensões: 
ƒ Estruturação e racionalização 
das acções ofensivas colectivas 
no sentido de dar maior amplitude 
ao ataque (largura e 
profundidade).
Princípios (Culturais) de Jogo: Espaço Pretensões: 
ƒ Estruturação e 
racionalização 
das acções 
ofensivas 
colectivas no 
sentido de dar 
maior amplitude 
ao ataque 
(largura e 
profundidade).
Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração 
Pretensões: 
ƒ Estruturação e racionalização 
das acções defensivas colectivas 
no sentido de retirar amplitude às 
acções ofensivas (largura e 
profundidade)
Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração 
Pretensões: 
ƒ Estruturação e racionalização 
das acções defensivas colectivas 
no sentido de retirar amplitude às 
acções ofensivas (largura e 
profundidade)
Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração 
Pretensões: 
ƒ Estruturação e racionalização 
das acções defensivas colectivas 
no sentido de retirar amplitude às 
acções ofensivas (largura e 
profundidade)
Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração 
Pretensões: 
ƒ Estruturação e 
racionalização das 
acções defensivas 
colectivas no sentido 
de retirar amplitude 
às acções ofensivas 
(largura e 
profundidade)
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; 
Equilíbrio e Concentração
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; 
Equilíbrio e Concentração
Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; 
Equilíbrio e Concentração
PRINCÍPIOS DE JOGO 
Consideramos Princípios de Jogo comportamentos 
tácticos, colectivos e/ou individuais, que se 
pretende que a equipa e os jogadores assumam 
durante o jogo. 
Os Princípios de Jogo estão intimamente 
relacionados com Modelo de Jogo Adoptado. 
Nesse sentido, são contextualizados e assumem 
permanentemente uma articulação de sentido.
O Modelo de Jogo Adoptado 
• A dimensão Táctica, mais precisamente o Modelo de 
Jogo Adoptado, deve ser a orientadora das Periodizações 
e das Planificações. 
• As Periodizações e Planificações das outras dimensões 
do treino (técnica, física, cognitiva e psicológica) devem 
surgir em função das respectivas exigências requisitadas 
pelo Modelo de Jogo Adoptado. 
• A interacção das diferentes dimensões é um dos 
aspectos fundamentais deste tipo de Periodização e 
Planificação, de onde sobressai o princípio da 
Especificidade.
Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos 
Conceito de Exercício 
Repetição sistemática de uma actividade motora, 
estruturada e organizada em função de objectivos precisos, 
constituindo-se como o principal meio de realização das 
tarefas do desporto e de elevação do rendimento 
desportivo. 
Os exercícios são os instrumentos que o 
treinador se serve para cumprir as 
principais tarefas do treino.
Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos 
Os Exercícios têm as seguintes funções (Oliveira, J.): 
1. Formação e manutenção do rendimento específico da 
competição; 
2. Desenvolvimento e manutenção das capacidades motoras 
gerais e específicas; 
3. Aprendizagem, aperfeiçoamento e manutenção das 
técnicas específicas; 
4. Formação, manutenção e desenvolvimento dos 
fundamentos táctico-técnicos e dos comportamentos 
tácticos; 
5. Relaxamento emocional, impedimento da monotonia; 
6. Descanso activo, aceleração da recuperação e da 
compensação.
Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos 
Os Exercícios criam adaptações ao nível das dimensões: 
ƒ Cognitiva; 
ƒ Psicológica; 
ƒ Táctica 
ƒ Técnica; 
ƒ Fisiológica.
Classificação dos Exercícios 
Para José Oliveira: 
• Exercícios Gerais: 
• Exercícios Gerais Orientados; 
• Exercícios Gerais Não Orientados; 
•Exercícios Especiais: 
• Exercícios Especiais de Instrução; 
• Exercícios Especiais Condicionantes; 
• Exercícios de Competição: 
• Exercícios de Competição Propriamente ditos; 
• Exercícios de Competição Variados;
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exercícios Gerais Não Orientados
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exercícios Gerais Orientados
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exercícios Especiais de Instrução
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exercícios Especiais Condicionantes
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exercícios Competição Variados
Classificação dos Exercícios 
José Oliveira: Exerc. Competição Propriamente Ditos
Classificação dos Exercícios 
Para Carlos Queiroz: 
• Exercícios Fundamentais I, II e III (incluem finalização); 
• Exercícios Complementares (não incluem finalização): 
• Compl. Separados (apenas um factor de 
preparação); 
• Compl. Integrados (mais do que um factor de 
preparação).
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Fundamentais Forma I
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Fundamentais Forma II
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Fundamentais Forma III
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Complementares Formas Separadas
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Complementares Formas Separadas
Classificação dos Exercícios 
Carlos Queiroz: Complementares Formas Integradas
Características Estruturais e Funcionais dos Exercícios 
- Definição dos Objectivos 
- Relação com os Princípios de Jogo 
- Estrutura organizacional do Exercício: 
- Espaço; 
- Número de Jogadores; 
- Tempo, número de repetições, tempo de recuperação; 
- Regras e/ou condicionantes; 
- Organização Funcional Interna do Exercício 
- Intensidade (máxima relativa)
Operacionalização dos Exercícios 
Três Momentos: 
Antes Durante Depois 
- Organização 
- Objectivos (princípios 
e sub-principios) 
-Equipas ou jogadores 
- Feedbacks ajustados 
- Timing dos Feedbaks 
-Comunicação Motora e 
Gestual 
- Reforços positivos 
e/ou negativos 
- Posicionamento do 
treinador 
- Avaliação do 
desempenho 
- Reforços positivos 
e/ou negativos
Princípio da Especificidade 
O treino, ou as situações do treino, só são verdadeiramente 
Específicas quando houver uma permanente e constante 
interacção entre o exercício que se está a realizar e o 
Modelo de Jogo Adoptado e respectivos Princípios que lhe 
dão corpo. 
Assim sendo, só existe Especificidade quando: 
as situações de treino são realmente Específicas e não 
apenas Situacionais.
Princípio da Especificidade 
A operacionalização do novo Princípio da Especificidade 
deve assumir várias dimensões: 
• Dimensão Colectiva; 
• Dimensão Sectorial / Grupal; 
• Dimensão Individual.
Princípio da Especificidade 
Dimensão Colectiva:
Princípio da Especificidade 
Dimensão Sectorial/Grupal:
Princípio da Especificidade 
Dimensão Individual:
Princípio da Especificidade 
A operacionalização do novo Princípio da Especificidade deve assumir 
várias dimensões: 
• Dimensão Colectiva; 
• Dimensão Sectorial / Grupal; 
• Dimensão Individual. 
O cumprimento do Princípio da Especificidade só é atingido em toda a 
sua magnitude quando durante o treino: 
• Os atletas entenderem os objectivos e as finalidades da situação; 
• Os atletas mantiverem um elevado nível de concentração durante 
toda a situação; 
• O treinador intervier adequada e atempadamente perante a situação.
Estudo: American Sport Education Program 
Alto 
Médio 
Baixo 
Nada 
Métodos de Ensino usados por Treinadores 
Grau de Aprendizagem 
Apenas 
explicar 
Explicar 
e 
Demonstrar 
Explicar, 
Demonstrar 
e Orientar 
Explicar e 
Orientar
Relação da idade e percentagem de Trabalho Específico e Trabalho Geral 
100 
80 
60 
40 
20 
0 
Trabalho Específico 
Trabalho Geral 
95 
5 
90 
10 
85 
15 
80 
10 14 16 18 
20 
Idade 
% de Trab. Específico e Geral
Relação de nº de treinos por semana e % de Trab. Específico e Trab. Geral 
100 
80 
60 
40 
20 
0 
Trabalho Específico 
Trabalho Geral 
2 3 4 5 
95 
5 
90 
10 
85 
15 
80 
20 
Número de Treinos por Semana 
% de Trab. Específico e Geral
A Periodização: 
É um aspecto particular da Programação que visa dividir a 
época em períodos de tempo, estrategicamente definidos e 
com objectivos específicos, com a finalidade de melhor 
controlar o processo de operacionalização do ensino / treino 
em função da evolução do jogo pretendido.
A Periodização: 
Tradicionalmente a época divide-se nos seguintes períodos: 
Macroestrutura Macrociclo (ano ou época desportiva) 
Mesoestrutura Mesociclo (conj. de semanas, meses) 
Microestrutura Microciclo (semanas, conj. de dias) 
Unidade de treino (dias) 
Sessão de treino
A Periodização: 
Alguns treinadores: 
Macroestrutura Macrociclo (ano ou época desportiva) 
Microestrutura Padrão Semanal / Microciclo 
- 1 ou 2 jogos 
- jogos em diferentes dias da semana 
Unidade de treino (dias) 
Sessão de treino
A Periodização: 
Macroestrutura: períodos de uma época 
Períodos Características / Objectivos 
Período curto (4 a 5 semanas). 
Reabilitar as estruturas fisiológicas, musculares e psicológicas. 
Vai haver, necessariamente, uma perda temporária da Forma 
Desportiva. 
Transitório 
Período longo (aproximadamente 10 meses). 
Desenvolver as capacidades táctico-técnicas individuais e 
colectivas e psicológicas. 
Desenvolver e estabilizar as capacidades físicas. 
Desenvolver e manter a Forma Desportiva colectiva e individual 
no patamar mais alto possível. 
Competitivo 
Período curto (4 a 6 semanas). 
Desenvolver as capacidades táctico-técnicas, físicas e 
psicológicas. 
Desenvolver a Forma Desportiva individual e colectiva. 
Preparatório
A Periodização: 
As Periodizações devem surgir em função do: 
Modelo de Jogo Adoptado 
Ao nível Táctico o que implica aspectos: 
Cognitivos; 
Técnicos; 
Físicos; 
Estratégicos; 
Psicológicos.
Periodização 
Exemplo de evolução:
Periodização 
Exemplo de evolução:
Periodização 
Exemplo de evolução:
Periodização 
Exemplo de evolução:
Periodização 
Exemplo de evolução:
A Planificação 
É o acto de preparar e estabelecer um 
plano de actividades para realizar um 
conjunto de tarefas. 
Determinar um conjunto de objectivos e os 
meios de os atingir. 
Definir os conteúdos e as estratégias 
ideais para atingir os objectivos propostos. 
Reestruturar uma tipificação/modelo de 
acção.
Planificação Semanal 
Preocupações: 
1. Deve-se ter em atenção a dinâmica dos esforços e 
recuperação (1 ou 2 jogos semanais; 2, 3 ou 4 treinos 
semanais). A lógica do padrão do esforço semanal, se 
possível, deve ser mantida. 
2. Lógica evolutiva do Modelo de Jogo Adoptado; 
3. Periodização previamente realizada; 
4. Jogo realizado: aspectos positivos e aspectos negativos; 
5. Jogo a realizar: 
- aspectos colectivos positivos e negativos da equipa 
adversária; 
- características individuais dos adversários; 
- estratégias a adoptar.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alta 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Recuperação
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alta 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Recuperação 
Recuperação Activa – Esforços com: 
• exercícios com pouca tensão 
muscular; 
• exercícios com duração não muito 
prolongada; 
• exercícios com velocidade baixa.
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alta 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Recuperação 
Espaços reduzidos; 
Número reduzido de 
jogadores. 
Esforços com: 
• exercícios com alta tensão muscular; 
• exercícios com duração curta; 
• exercícios com velocidade moderada 
ou alta.
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alta 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Recuperação 
Espaços grandes; 
Número elevado de 
jogadores. 
Esforços com: 
• exercícios com baixa ou moderada 
tensão muscular; 
• exercícios com duração longa; 
• exercícios com velocidade moderada.
Planificação
Planificação
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
Espaços reduzidos; 
Número variável de 
jogadores. 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alta 
Alta 
Moderada 
Baixa 
Recuperação 
Esforços com: 
• exercícios com tensão muscular 
moderada 
• exercícios com curta duração; 
• exercícios com velocidade alta.
Planificação
Planificação
Planificação
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 2 treinos semanais 
Jogo 
Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alto 
Alto 
Moderado 
Baixo 
Recuperação 
Recuperação Activa – Esforços com: 
- exercícios com pouca tensão 
muscular; 
- exercícios com duração não muito 
prolongada; 
- exercícios com velocidade baixa. 
Esforços com: 
- exercícios com alta tensão 
muscular; 
- exercícios com duração curta; 
- exercícios com velocidade 
moderada ou alta.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 2 treinos semanais 
Jogo 
Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alto 
Alto 
Moderado 
Baixo 
Recuperação 
Esforços com: 
- exercícios com baixa ou moderada 
tensão muscular; 
- exercícios com duração longa; 
- exercícios com velocidade 
moderada. 
Esforços com: 
- exercícios com tensão 
muscular moderada 
- exercícios com curta 
duração; 
- exercícios com velocidade 
alta.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alto 
Alto 
Moderado 
Baixo 
Recuperação 
Recuperação Activa – Esforços com: 
- exercícios com pouca tensão 
muscular; 
- exercícios com duração não muito 
prolongada; 
- exercícios com velocidade baixa. 
Esforços com: 
- exercícios com alta tensão 
muscular; 
- exercícios com duração curta; 
- exercícios com velocidade 
moderada ou alta.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alto 
Alto 
Moderado 
Baixo 
Recuperação 
Esforços com: 
- exercícios com alta tensão 
muscular; 
- exercícios com duração curta; 
- exercícios com velocidade 
moderada ou alta. 
Esforços com: 
- exercícios com baixa ou moderada 
tensão muscular; 
- exercícios com duração longa; 
- exercícios com velocidade 
moderada.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Jogo 
Jogo 
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Muito Alto 
Alto 
Moderado 
Baixo 
Recuperação 
Esforços com: 
- exercícios com tensão muscular 
moderada 
- exercícios com curta duração; 
- exercícios com velocidade alta.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Muito Alto 
Alto 
Baixo 
Jogo 
Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Moderado 
Recuperação 
Recuperação Activa – Esforços com: 
- exercícios com pouca tensão 
muscular; 
- exercícios com duração não muito 
prolongada; 
- exercícios com velocidade baixa.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Muito Alto 
Alto 
Baixo 
Jogo 
Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Moderado 
Recuperação 
Esforços com: 
- exercícios com alta tensão 
muscular; 
- exercícios com duração curta; 
- exercícios com velocidade 
moderada ou alta. 
Esforços com: 
- exercícios com baixa ou moderada 
tensão muscular; 
- exercícios com duração longa; 
- exercícios com velocidade 
moderada.
Planificação 
Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: 
- 3 treinos semanais 
Muito Alto 
Alto 
Baixo 
Jogo 
Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 
Moderado 
Recuperação 
Esforços com: 
- exercícios com tensão muscular 
moderada 
- exercícios com curta duração; 
- exercícios com velocidade alta.
Planificação Diária 
Preocupações: 
1. Ter sempre em consideração a periodização e planificação 
semanal (aos níveis táctico, técnico, físico, cognitivo, 
psicológico) respeitando os esforços de cada dia; 
2. Definir objectivos concretos e direccionados; 
3. Escolher criteriosamente os conteúdos (exercícios); 
4. Promover a interacção entre os esforços (intensidade 
máximas relativas) e a recuperação, relacionando-os com 
a capacidade de concentração necessária; 
5. Seleccionar e direccionar as estratégias de acção para a 
rentabilidade e eficácia do treino; 
6. Ser suficientemente aberto para alterar o que for 
necessário.
Não se esqueçam, o que devemos treinar, 
decompondo, são COMPORTAMENTOS 
DE JOGO, tudo o resto é arrastado por 
esses comportamentos. 
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Unidade de treino - principios especificos
Unidade de treino - principios especificosUnidade de treino - principios especificos
Unidade de treino - principios especificos
António Seromenho
 
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
Raúl Oliveira
 
Meios de ensino treino do jogo de futebol
Meios de ensino treino do jogo de futebolMeios de ensino treino do jogo de futebol
Meios de ensino treino do jogo de futebol
moko25
 

Mais procurados (20)

Implantação e Caraterização de um Modelo de Jogo
Implantação e Caraterização de um Modelo de JogoImplantação e Caraterização de um Modelo de Jogo
Implantação e Caraterização de um Modelo de Jogo
 
Plano de treino
Plano de treinoPlano de treino
Plano de treino
 
Preparar para o Jogo através do Jogo
Preparar para o Jogo através do JogoPreparar para o Jogo através do Jogo
Preparar para o Jogo através do Jogo
 
A Construção de uma Dinâmica
A Construção de uma DinâmicaA Construção de uma Dinâmica
A Construção de uma Dinâmica
 
Periodização Tática - Exercícios
Periodização Tática - ExercíciosPeriodização Tática - Exercícios
Periodização Tática - Exercícios
 
Futsal exercicios treinamento
Futsal   exercicios treinamentoFutsal   exercicios treinamento
Futsal exercicios treinamento
 
Periodização Tática - José Guilherme Oliveira - CBF
Periodização Tática - José Guilherme Oliveira - CBFPeriodização Tática - José Guilherme Oliveira - CBF
Periodização Tática - José Guilherme Oliveira - CBF
 
João Aroso - Periodização do Treino no Futebol
João Aroso - Periodização do Treino no FutebolJoão Aroso - Periodização do Treino no Futebol
João Aroso - Periodização do Treino no Futebol
 
Unidade Treino - Transiçoes
Unidade Treino - TransiçoesUnidade Treino - Transiçoes
Unidade Treino - Transiçoes
 
Unidade de treino - principios especificos
Unidade de treino - principios especificosUnidade de treino - principios especificos
Unidade de treino - principios especificos
 
Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol
Programação, Periodização e Planificação do Treino de FutebolProgramação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol
Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol
 
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
Futebol de Formação: Um abismo metodológico… O “treino da táctica” e o “trein...
 
Programação e Periodização do Treino em Futebol
Programação e Periodização do Treino em FutebolProgramação e Periodização do Treino em Futebol
Programação e Periodização do Treino em Futebol
 
Meios de ensino treino do jogo de futebol
Meios de ensino treino do jogo de futebolMeios de ensino treino do jogo de futebol
Meios de ensino treino do jogo de futebol
 
Treinos em construção
Treinos em construçãoTreinos em construção
Treinos em construção
 
Futebol 7
Futebol 7Futebol 7
Futebol 7
 
Periodização Tática - José Guilherme Oliveira
Periodização Tática - José Guilherme OliveiraPeriodização Tática - José Guilherme Oliveira
Periodização Tática - José Guilherme Oliveira
 
Plano de treino_93
Plano de treino_93Plano de treino_93
Plano de treino_93
 
Exemplo modelo de jogo
Exemplo modelo de jogoExemplo modelo de jogo
Exemplo modelo de jogo
 
Periodização Táctica - Carlos Carvalhal
Periodização Táctica - Carlos CarvalhalPeriodização Táctica - Carlos Carvalhal
Periodização Táctica - Carlos Carvalhal
 

Semelhante a Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol

Materia esportes coletivos_i__2014
Materia esportes coletivos_i__2014Materia esportes coletivos_i__2014
Materia esportes coletivos_i__2014
williamwmo
 
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendesEscola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
Gilmar Wiercinski
 
Desportos coletivos passar pc - trabalho desporto
Desportos coletivos   passar pc - trabalho desportoDesportos coletivos   passar pc - trabalho desporto
Desportos coletivos passar pc - trabalho desporto
Sérgio Santos
 
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
LuizPace
 
Apresentação sra hora
Apresentação sra horaApresentação sra hora
Apresentação sra hora
J Mauro Santos
 
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo TempoOrganização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
pstec25
 
Apresentação iniciação esportiva pablo novo - bartholo
Apresentação   iniciação esportiva pablo novo - bartholoApresentação   iniciação esportiva pablo novo - bartholo
Apresentação iniciação esportiva pablo novo - bartholo
pstec25
 

Semelhante a Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol (20)

TÁTICA NO FUTEBOL (2).pptx fundamentos importantes técnicos da modalidade
TÁTICA NO FUTEBOL (2).pptx fundamentos importantes técnicos da modalidadeTÁTICA NO FUTEBOL (2).pptx fundamentos importantes técnicos da modalidade
TÁTICA NO FUTEBOL (2).pptx fundamentos importantes técnicos da modalidade
 
Futebol 7
Futebol 7Futebol 7
Futebol 7
 
Materia esportes coletivos_i__2014
Materia esportes coletivos_i__2014Materia esportes coletivos_i__2014
Materia esportes coletivos_i__2014
 
Métodos de Treino
Métodos de TreinoMétodos de Treino
Métodos de Treino
 
O modelo de jogo
O modelo de jogoO modelo de jogo
O modelo de jogo
 
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendesEscola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
 
1a visita-técnica iabb-resumo
1a visita-técnica iabb-resumo1a visita-técnica iabb-resumo
1a visita-técnica iabb-resumo
 
Desportos coletivos passar pc - trabalho desporto
Desportos coletivos   passar pc - trabalho desportoDesportos coletivos   passar pc - trabalho desporto
Desportos coletivos passar pc - trabalho desporto
 
Futsal-Curso Iniciação a Tática
Futsal-Curso Iniciação a Tática Futsal-Curso Iniciação a Tática
Futsal-Curso Iniciação a Tática
 
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
 
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
Esporte Organização do Esporte Futebol eou futsal, utilizando técnicas e táti...
 
Apresentação sra hora
Apresentação sra horaApresentação sra hora
Apresentação sra hora
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Futebol total - técnio, tático, físico e admistrativo
Futebol total - técnio, tático, físico e admistrativoFutebol total - técnio, tático, físico e admistrativo
Futebol total - técnio, tático, físico e admistrativo
 
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo TempoOrganização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
Organização e desenvolvimento Pedagógico do Esporte no Programa Segundo Tempo
 
Apresentação iniciação esportiva pablo novo - bartholo
Apresentação   iniciação esportiva pablo novo - bartholoApresentação   iniciação esportiva pablo novo - bartholo
Apresentação iniciação esportiva pablo novo - bartholo
 
Coachidapp-eBook.pdf
Coachidapp-eBook.pdfCoachidapp-eBook.pdf
Coachidapp-eBook.pdf
 
Futebol
Futebol Futebol
Futebol
 
Ebook Modelo-de-Jogo-Periodizacao-Tatica.pdf
Ebook Modelo-de-Jogo-Periodizacao-Tatica.pdfEbook Modelo-de-Jogo-Periodizacao-Tatica.pdf
Ebook Modelo-de-Jogo-Periodizacao-Tatica.pdf
 
Metodologia de trabalho no futebol: Rafael Fernandes
Metodologia de trabalho no futebol: Rafael FernandesMetodologia de trabalho no futebol: Rafael Fernandes
Metodologia de trabalho no futebol: Rafael Fernandes
 

Mais de Fundação Real Madrid

Mais de Fundação Real Madrid (20)

O Guarda-Redes no Futebol - Sérgio Ferreira
O Guarda-Redes no Futebol - Sérgio FerreiraO Guarda-Redes no Futebol - Sérgio Ferreira
O Guarda-Redes no Futebol - Sérgio Ferreira
 
Club Brugge - Youth Development
Club Brugge - Youth DevelopmentClub Brugge - Youth Development
Club Brugge - Youth Development
 
Modelo de Formação do "Pequeno" Jogador
Modelo de Formação do "Pequeno" JogadorModelo de Formação do "Pequeno" Jogador
Modelo de Formação do "Pequeno" Jogador
 
"The Roadmap to International Success" - FFA National Curriculum 2013
"The Roadmap to International Success" - FFA National Curriculum 2013"The Roadmap to International Success" - FFA National Curriculum 2013
"The Roadmap to International Success" - FFA National Curriculum 2013
 
Periodização - Prolongamento do estado de forma
Periodização - Prolongamento do estado de formaPeriodização - Prolongamento do estado de forma
Periodização - Prolongamento do estado de forma
 
Football Conditioning - FFA
Football Conditioning - FFAFootball Conditioning - FFA
Football Conditioning - FFA
 
Periodização Tática x Periodização Convencional
Periodização Tática x Periodização ConvencionalPeriodização Tática x Periodização Convencional
Periodização Tática x Periodização Convencional
 
New Zealand FA Development Framework
New Zealand FA Development FrameworkNew Zealand FA Development Framework
New Zealand FA Development Framework
 
Technical Report and Statistics - FIFA World Cup Brazil 2014
Technical Report and Statistics - FIFA World Cup Brazil 2014Technical Report and Statistics - FIFA World Cup Brazil 2014
Technical Report and Statistics - FIFA World Cup Brazil 2014
 
Periodização Tática - Pressupostos e Fundamentos (2014)
Periodização Tática - Pressupostos e Fundamentos (2014)Periodização Tática - Pressupostos e Fundamentos (2014)
Periodização Tática - Pressupostos e Fundamentos (2014)
 
FUNino: Horst Wein
FUNino: Horst WeinFUNino: Horst Wein
FUNino: Horst Wein
 
Reunião de Preparação para o Jogo
Reunião de Preparação para o JogoReunião de Preparação para o Jogo
Reunião de Preparação para o Jogo
 
The FA: Tesco Skills 5-11's
The FA:  Tesco Skills 5-11'sThe FA:  Tesco Skills 5-11's
The FA: Tesco Skills 5-11's
 
LIVERPOOL FC - Training Drills
LIVERPOOL FC - Training DrillsLIVERPOOL FC - Training Drills
LIVERPOOL FC - Training Drills
 
TACTICAL PERIODIZATION - Mourinho's Secret
TACTICAL PERIODIZATION - Mourinho's SecretTACTICAL PERIODIZATION - Mourinho's Secret
TACTICAL PERIODIZATION - Mourinho's Secret
 
German Football Association - Talent Development
German Football Association - Talent DevelopmentGerman Football Association - Talent Development
German Football Association - Talent Development
 
DFB - Youth Development Programme
DFB - Youth Development Programme DFB - Youth Development Programme
DFB - Youth Development Programme
 
Belgium Youth Development
Belgium Youth DevelopmentBelgium Youth Development
Belgium Youth Development
 
Pep Guardiola - Sesiones de Entrenamiento
Pep Guardiola - Sesiones de EntrenamientoPep Guardiola - Sesiones de Entrenamiento
Pep Guardiola - Sesiones de Entrenamiento
 
AC Milan Methodology
AC Milan MethodologyAC Milan Methodology
AC Milan Methodology
 

Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol

  • 1. Curso de Treinadores I Nível FCDEF - UP Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol José Guilherme Oliveira Aveiro – Maio 2005
  • 2. “O Futebol é demasiado jogo para ser ciência, mas é demasiado cientifico para ser só jogo” (Vitor Frade)
  • 3. A preparação de uma época de uma equipa de Futebol deve implicar: • A Programação; • A Periodização; • A Planificação.
  • 4. A Programação: É a definição das estratégias, dos conteúdos e da forma de operacionalização do processo de ensino / treino e do jogo com o objectivo de criar o jogo pretendido pelo treinador.
  • 5. A Periodização: É um aspecto particular da programação que visa dividir a época em períodos de tempo, estrategicamente definidos, para melhor controlar o processo de operacionalização do ensino/treino em correspondência com a evolução do jogo pretendido.
  • 6. A Planificação É o acto de preparar e estabelecer um plano de actividades para realizar um conjunto de tarefas. Determinar um conjunto de objectivos e os meios de os atingir. Definir os conteúdos e as estratégias ideais para atingir os objectivos propostos. Reestruturar uma tipificação/modelo de acção.
  • 7. Programação É a definição das Temos estratégias, de saber: dos conteúdos e da forma de operacionalização do processo de ensino/treino e do jogo com Que o Clube? objectivo de criar o jogo pretendido pelo treinador. Onde estamos Adequar um processo de gestão e acção à realidade em que nos encontramos. Quais as suas características? O que temos Para onde queremos ir Que Cultura? Qual o níveQl Encontrar uea aiss acsa rsaucates os reíssttircuatsu Caminhos rdaas Eeq inufipraa-?Ideais estruturas? ou seja Qual o nível e as caracterísicas dos Jogadores? Quais os Objectivos classificativos e qualitativos? Traçar Linhas Orientadoras de Todo o Processo Quais as características do calendário competitivo?
  • 8. Programação Depois de ter em consideração tudo o que foi mencioUnamd oM éo ndeecleos sdáeri oJ odegfoinir: e consequentemente um Modelo de Treino
  • 9. IDEIA DE JOGO DO TREINADOR O Modelo de Jogo “Adoptado” Princípios de jogo: Defensivos; Ofensivos; Transição: Defesa / Ataque; Ataque / Defesa. Organização Funcional Capacidades e Características dos Jogadores Organizações Estruturais Interacção Modelo de Jogo Criado Cultura e Modelo do Clube
  • 10. O QUE É QUE DEVEMOS ENSINAR / TREINAR? FACE A ISTO HÁ UMA Serão os aspectos FÍSICOS do Futebolista? Do nosso ponto de vista são os PRINCÍPIOS DE JOGO e as respectivas INTERACÇÕES. QUESTÃO QUE SE LEVANTA No nosso entender não é nenhuma Será a CONJUGAÇÃO de todos estes aspectos? Serão os aspectos TÉCNICOS do Futebolista? destas quatro propostas Serão os aspectos TÁCTICOS do Futebolista?
  • 11. PRINCÍPIOS DE JOGO TRADICIONALMENTE: Considera-se princípios específicos de jogo: • contenção • cobertura defensiva • equilíbrio • concentração • penetração • cobertura ofensiva • mobilidade • espaço Consideramos estes comportamentos como Princípios Culturais do jogo.
  • 12. PRINCÍPIOS DE JOGO Consideramos Princípios de Jogo comportamentos tácticos, colectivos, inter-sectoriais, sectoriais e/ou individuais, que se pretende que a equipa e os jogadores assumam durante o jogo. Mas, são simultaneamente o INÍCIO e o NÚCLEO (essência) desses comportamentos desejados. Os Princípios de Jogo estão intimamente relacionados com Modelo de Jogo Criado. Nesse sentido, são contextualizados e assumem permanentemente uma articulação de sentido.
  • 13. Princípios (Culturais) de Jogo: Penetração Pretensões: ƒ Criação de vantagem espacial e numérica ƒ Ataque ao adversário directo; baliza
  • 14. Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção Pretensões: Condicionar o portador da bola com o objectivo de lhe retirar tempo e espaço de execução (paragem do contra-ataque, temporização para organização defensiva, paragem do ataque).
  • 15. Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção Pretensões: Condicionar o portador da bola com o objectivo de lhe retirar tempo e espaço de execução (paragem do contra-ataque, temporização para organização defensiva, paragem do ataque).
  • 16. Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção Pretensões: Condicionar o portador da bola com o objectivo de lhe retirar tempo e espaço de execução (paragem do contra-ataque, temporização para organização defensiva, paragem do ataque).
  • 17. Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção
  • 18. Princípios (Culturais) de Jogo: Contenção
  • 19. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 20. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 21. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 22. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 23. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 24. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 25. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 26. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Defensiva Pretensões: ƒ Apoio ao companheiro que condiciona o adversário com bola (relacionar com baliza, zona do campo e adversários)
  • 27. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva Pretensões: ƒ Apoio ao portador da bola ƒ Equilíbrio defensivo
  • 28. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva e Cobertura Defensiva
  • 29. Princípios (Culturais) de Jogo: Cobertura Ofensiva e Cobertura Defensiva
  • 30. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade Pretensões: ƒ Variabilidade das posições ƒ Ocupação dos espaços livres ƒ Criação de espaços livres e de linhas de passe ƒ Manutenção da posse da bola ƒ Ruptura e desequilíbrio da estrutura defensiva adversária
  • 31. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade Pretensões: ƒ Variabilidade das posições ƒ Ocupação dos espaços livres ƒ Criação de espaços livres e de linhas de passe ƒ Manutenção da posse da bola ƒ Ruptura e desequilíbrio da estrutura defensiva adversária
  • 32. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade Pretensões: ƒ Variabilidade das posições ƒ Ocupação dos espaços livres ƒ Criação de espaços livres e de linhas de passe ƒ Manutenção da posse da bola ƒ Ruptura e desequilíbrio da estrutura defensiva adversária
  • 33. Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio Pretensões: ƒ Cobertura dos espaços e jogadores livres (acções afastadas da bola) ƒ Cobertura de eventuais linhas de passe
  • 34. Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio Pretensões: ƒ Cobertura dos espaços e jogadores livres (acções afastadas da bola) ƒ Cobertura de eventuais linhas de passe
  • 35. Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio Pretensões: ƒ Cobertura dos espaços e jogadores livres (acções afastadas da bola) ƒ Cobertura de eventuais linhas de passe
  • 36. Princípios (Culturais) de Jogo: Equilíbrio Pretensões: ƒ Cobertura dos espaços e jogadores livres (acções afastadas da bola) ƒ Cobertura de eventuais linhas de passe
  • 37. Princípios (Culturais) de Jogo: Espaço Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções ofensivas colectivas no sentido de dar maior amplitude ao ataque (largura e profundidade).
  • 38. Princípios (Culturais) de Jogo: Espaço Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções ofensivas colectivas no sentido de dar maior amplitude ao ataque (largura e profundidade).
  • 39. Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções defensivas colectivas no sentido de retirar amplitude às acções ofensivas (largura e profundidade)
  • 40. Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções defensivas colectivas no sentido de retirar amplitude às acções ofensivas (largura e profundidade)
  • 41. Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções defensivas colectivas no sentido de retirar amplitude às acções ofensivas (largura e profundidade)
  • 42. Princípios (Culturais) de Jogo: Concentração Pretensões: ƒ Estruturação e racionalização das acções defensivas colectivas no sentido de retirar amplitude às acções ofensivas (largura e profundidade)
  • 43. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; Equilíbrio e Concentração
  • 44. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; Equilíbrio e Concentração
  • 45. Princípios (Culturais) de Jogo: Mobilidade e Espaço; Equilíbrio e Concentração
  • 46. PRINCÍPIOS DE JOGO Consideramos Princípios de Jogo comportamentos tácticos, colectivos e/ou individuais, que se pretende que a equipa e os jogadores assumam durante o jogo. Os Princípios de Jogo estão intimamente relacionados com Modelo de Jogo Adoptado. Nesse sentido, são contextualizados e assumem permanentemente uma articulação de sentido.
  • 47. O Modelo de Jogo Adoptado • A dimensão Táctica, mais precisamente o Modelo de Jogo Adoptado, deve ser a orientadora das Periodizações e das Planificações. • As Periodizações e Planificações das outras dimensões do treino (técnica, física, cognitiva e psicológica) devem surgir em função das respectivas exigências requisitadas pelo Modelo de Jogo Adoptado. • A interacção das diferentes dimensões é um dos aspectos fundamentais deste tipo de Periodização e Planificação, de onde sobressai o princípio da Especificidade.
  • 48. Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos Conceito de Exercício Repetição sistemática de uma actividade motora, estruturada e organizada em função de objectivos precisos, constituindo-se como o principal meio de realização das tarefas do desporto e de elevação do rendimento desportivo. Os exercícios são os instrumentos que o treinador se serve para cumprir as principais tarefas do treino.
  • 49. Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos Os Exercícios têm as seguintes funções (Oliveira, J.): 1. Formação e manutenção do rendimento específico da competição; 2. Desenvolvimento e manutenção das capacidades motoras gerais e específicas; 3. Aprendizagem, aperfeiçoamento e manutenção das técnicas específicas; 4. Formação, manutenção e desenvolvimento dos fundamentos táctico-técnicos e dos comportamentos tácticos; 5. Relaxamento emocional, impedimento da monotonia; 6. Descanso activo, aceleração da recuperação e da compensação.
  • 50. Exercícios Gerais, Situacionais e Específicos Os Exercícios criam adaptações ao nível das dimensões: ƒ Cognitiva; ƒ Psicológica; ƒ Táctica ƒ Técnica; ƒ Fisiológica.
  • 51. Classificação dos Exercícios Para José Oliveira: • Exercícios Gerais: • Exercícios Gerais Orientados; • Exercícios Gerais Não Orientados; •Exercícios Especiais: • Exercícios Especiais de Instrução; • Exercícios Especiais Condicionantes; • Exercícios de Competição: • Exercícios de Competição Propriamente ditos; • Exercícios de Competição Variados;
  • 52. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exercícios Gerais Não Orientados
  • 53. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exercícios Gerais Orientados
  • 54. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exercícios Especiais de Instrução
  • 55. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exercícios Especiais Condicionantes
  • 56. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exercícios Competição Variados
  • 57. Classificação dos Exercícios José Oliveira: Exerc. Competição Propriamente Ditos
  • 58. Classificação dos Exercícios Para Carlos Queiroz: • Exercícios Fundamentais I, II e III (incluem finalização); • Exercícios Complementares (não incluem finalização): • Compl. Separados (apenas um factor de preparação); • Compl. Integrados (mais do que um factor de preparação).
  • 59. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Fundamentais Forma I
  • 60. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Fundamentais Forma II
  • 61. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Fundamentais Forma III
  • 62. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Complementares Formas Separadas
  • 63. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Complementares Formas Separadas
  • 64. Classificação dos Exercícios Carlos Queiroz: Complementares Formas Integradas
  • 65. Características Estruturais e Funcionais dos Exercícios - Definição dos Objectivos - Relação com os Princípios de Jogo - Estrutura organizacional do Exercício: - Espaço; - Número de Jogadores; - Tempo, número de repetições, tempo de recuperação; - Regras e/ou condicionantes; - Organização Funcional Interna do Exercício - Intensidade (máxima relativa)
  • 66.
  • 67. Operacionalização dos Exercícios Três Momentos: Antes Durante Depois - Organização - Objectivos (princípios e sub-principios) -Equipas ou jogadores - Feedbacks ajustados - Timing dos Feedbaks -Comunicação Motora e Gestual - Reforços positivos e/ou negativos - Posicionamento do treinador - Avaliação do desempenho - Reforços positivos e/ou negativos
  • 68. Princípio da Especificidade O treino, ou as situações do treino, só são verdadeiramente Específicas quando houver uma permanente e constante interacção entre o exercício que se está a realizar e o Modelo de Jogo Adoptado e respectivos Princípios que lhe dão corpo. Assim sendo, só existe Especificidade quando: as situações de treino são realmente Específicas e não apenas Situacionais.
  • 69. Princípio da Especificidade A operacionalização do novo Princípio da Especificidade deve assumir várias dimensões: • Dimensão Colectiva; • Dimensão Sectorial / Grupal; • Dimensão Individual.
  • 70. Princípio da Especificidade Dimensão Colectiva:
  • 71. Princípio da Especificidade Dimensão Sectorial/Grupal:
  • 72. Princípio da Especificidade Dimensão Individual:
  • 73. Princípio da Especificidade A operacionalização do novo Princípio da Especificidade deve assumir várias dimensões: • Dimensão Colectiva; • Dimensão Sectorial / Grupal; • Dimensão Individual. O cumprimento do Princípio da Especificidade só é atingido em toda a sua magnitude quando durante o treino: • Os atletas entenderem os objectivos e as finalidades da situação; • Os atletas mantiverem um elevado nível de concentração durante toda a situação; • O treinador intervier adequada e atempadamente perante a situação.
  • 74. Estudo: American Sport Education Program Alto Médio Baixo Nada Métodos de Ensino usados por Treinadores Grau de Aprendizagem Apenas explicar Explicar e Demonstrar Explicar, Demonstrar e Orientar Explicar e Orientar
  • 75. Relação da idade e percentagem de Trabalho Específico e Trabalho Geral 100 80 60 40 20 0 Trabalho Específico Trabalho Geral 95 5 90 10 85 15 80 10 14 16 18 20 Idade % de Trab. Específico e Geral
  • 76. Relação de nº de treinos por semana e % de Trab. Específico e Trab. Geral 100 80 60 40 20 0 Trabalho Específico Trabalho Geral 2 3 4 5 95 5 90 10 85 15 80 20 Número de Treinos por Semana % de Trab. Específico e Geral
  • 77. A Periodização: É um aspecto particular da Programação que visa dividir a época em períodos de tempo, estrategicamente definidos e com objectivos específicos, com a finalidade de melhor controlar o processo de operacionalização do ensino / treino em função da evolução do jogo pretendido.
  • 78. A Periodização: Tradicionalmente a época divide-se nos seguintes períodos: Macroestrutura Macrociclo (ano ou época desportiva) Mesoestrutura Mesociclo (conj. de semanas, meses) Microestrutura Microciclo (semanas, conj. de dias) Unidade de treino (dias) Sessão de treino
  • 79. A Periodização: Alguns treinadores: Macroestrutura Macrociclo (ano ou época desportiva) Microestrutura Padrão Semanal / Microciclo - 1 ou 2 jogos - jogos em diferentes dias da semana Unidade de treino (dias) Sessão de treino
  • 80. A Periodização: Macroestrutura: períodos de uma época Períodos Características / Objectivos Período curto (4 a 5 semanas). Reabilitar as estruturas fisiológicas, musculares e psicológicas. Vai haver, necessariamente, uma perda temporária da Forma Desportiva. Transitório Período longo (aproximadamente 10 meses). Desenvolver as capacidades táctico-técnicas individuais e colectivas e psicológicas. Desenvolver e estabilizar as capacidades físicas. Desenvolver e manter a Forma Desportiva colectiva e individual no patamar mais alto possível. Competitivo Período curto (4 a 6 semanas). Desenvolver as capacidades táctico-técnicas, físicas e psicológicas. Desenvolver a Forma Desportiva individual e colectiva. Preparatório
  • 81. A Periodização: As Periodizações devem surgir em função do: Modelo de Jogo Adoptado Ao nível Táctico o que implica aspectos: Cognitivos; Técnicos; Físicos; Estratégicos; Psicológicos.
  • 87. A Planificação É o acto de preparar e estabelecer um plano de actividades para realizar um conjunto de tarefas. Determinar um conjunto de objectivos e os meios de os atingir. Definir os conteúdos e as estratégias ideais para atingir os objectivos propostos. Reestruturar uma tipificação/modelo de acção.
  • 88. Planificação Semanal Preocupações: 1. Deve-se ter em atenção a dinâmica dos esforços e recuperação (1 ou 2 jogos semanais; 2, 3 ou 4 treinos semanais). A lógica do padrão do esforço semanal, se possível, deve ser mantida. 2. Lógica evolutiva do Modelo de Jogo Adoptado; 3. Periodização previamente realizada; 4. Jogo realizado: aspectos positivos e aspectos negativos; 5. Jogo a realizar: - aspectos colectivos positivos e negativos da equipa adversária; - características individuais dos adversários; - estratégias a adoptar.
  • 89. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alta Alta Moderada Baixa Recuperação
  • 90. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alta Alta Moderada Baixa Recuperação Recuperação Activa – Esforços com: • exercícios com pouca tensão muscular; • exercícios com duração não muito prolongada; • exercícios com velocidade baixa.
  • 94. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alta Alta Moderada Baixa Recuperação Espaços reduzidos; Número reduzido de jogadores. Esforços com: • exercícios com alta tensão muscular; • exercícios com duração curta; • exercícios com velocidade moderada ou alta.
  • 102. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alta Alta Moderada Baixa Recuperação Espaços grandes; Número elevado de jogadores. Esforços com: • exercícios com baixa ou moderada tensão muscular; • exercícios com duração longa; • exercícios com velocidade moderada.
  • 105. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: Espaços reduzidos; Número variável de jogadores. Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alta Alta Moderada Baixa Recuperação Esforços com: • exercícios com tensão muscular moderada • exercícios com curta duração; • exercícios com velocidade alta.
  • 109. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 2 treinos semanais Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alto Alto Moderado Baixo Recuperação Recuperação Activa – Esforços com: - exercícios com pouca tensão muscular; - exercícios com duração não muito prolongada; - exercícios com velocidade baixa. Esforços com: - exercícios com alta tensão muscular; - exercícios com duração curta; - exercícios com velocidade moderada ou alta.
  • 110. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 2 treinos semanais Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alto Alto Moderado Baixo Recuperação Esforços com: - exercícios com baixa ou moderada tensão muscular; - exercícios com duração longa; - exercícios com velocidade moderada. Esforços com: - exercícios com tensão muscular moderada - exercícios com curta duração; - exercícios com velocidade alta.
  • 111. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alto Alto Moderado Baixo Recuperação Recuperação Activa – Esforços com: - exercícios com pouca tensão muscular; - exercícios com duração não muito prolongada; - exercícios com velocidade baixa. Esforços com: - exercícios com alta tensão muscular; - exercícios com duração curta; - exercícios com velocidade moderada ou alta.
  • 112. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alto Alto Moderado Baixo Recuperação Esforços com: - exercícios com alta tensão muscular; - exercícios com duração curta; - exercícios com velocidade moderada ou alta. Esforços com: - exercícios com baixa ou moderada tensão muscular; - exercícios com duração longa; - exercícios com velocidade moderada.
  • 113. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Muito Alto Alto Moderado Baixo Recuperação Esforços com: - exercícios com tensão muscular moderada - exercícios com curta duração; - exercícios com velocidade alta.
  • 114. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Muito Alto Alto Baixo Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Moderado Recuperação Recuperação Activa – Esforços com: - exercícios com pouca tensão muscular; - exercícios com duração não muito prolongada; - exercícios com velocidade baixa.
  • 115. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Muito Alto Alto Baixo Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Moderado Recuperação Esforços com: - exercícios com alta tensão muscular; - exercícios com duração curta; - exercícios com velocidade moderada ou alta. Esforços com: - exercícios com baixa ou moderada tensão muscular; - exercícios com duração longa; - exercícios com velocidade moderada.
  • 116. Planificação Dinâmica e incidência dos esforços e recuperação: - 3 treinos semanais Muito Alto Alto Baixo Jogo Jogo D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D Moderado Recuperação Esforços com: - exercícios com tensão muscular moderada - exercícios com curta duração; - exercícios com velocidade alta.
  • 117. Planificação Diária Preocupações: 1. Ter sempre em consideração a periodização e planificação semanal (aos níveis táctico, técnico, físico, cognitivo, psicológico) respeitando os esforços de cada dia; 2. Definir objectivos concretos e direccionados; 3. Escolher criteriosamente os conteúdos (exercícios); 4. Promover a interacção entre os esforços (intensidade máximas relativas) e a recuperação, relacionando-os com a capacidade de concentração necessária; 5. Seleccionar e direccionar as estratégias de acção para a rentabilidade e eficácia do treino; 6. Ser suficientemente aberto para alterar o que for necessário.
  • 118. Não se esqueçam, o que devemos treinar, decompondo, são COMPORTAMENTOS DE JOGO, tudo o resto é arrastado por esses comportamentos. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!