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1
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
IMPLANTAÇÃO DE UM
SISTEMA DA QUALIDADE
EM LABORATÓRIO
Leonardo César Amstalden
Gerente da Qualidade
Laboratório T&E Analítica
Rua Lauro Vannucci 1260 – Campinas - SP
(19) 3756-6600
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
SISTEMA DA QUALIDADE
• Um sistema da qualidade é um conjunto de condutas
que uma empresa adota para adequar seus
processos a uma norma publicada. Esta norma pode
ser nacional e/ou internacional e, para que a empresa
seja acreditada como cumpridora da norma ela é
inspecionada pelo(s) órgão(s) certificadores.
• Procura assegurar a qualidade e integridade dos
trabalhos desenvolvidos.
2
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Benefícios da implantação
Dentre os benefícios da implantação de um sistema
da qualidade em um laboratório podemos destacar:
• melhoria da capacitação técnica do pessoal
• confiabilidade dos resultados emitidos
• Os princípios de um sistema da qualidade são
aplicáveis a quaisquer laboratórios públicos,
privados, de economias mistas e até mesmo nos
laboratórios de ensino
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
SISTEMAS DA QUALIDADE
EM LABORATÓRIOS
• ISO/IEC 17025
– INMETRO: ABNT ISO GUIA 17025 Requisitos gerais
para a competência de laboratórios de ensaio e
calibração
• Revisão atual entrou em vigor em 31/10/2005
– ANVISA: Procedimento GGLAS 02/17025
Habilitação de laboratórios analíticos em saúde
segundo os requisitos da ISO/IEC 17025
• Atualizado em 29/11/2004
3
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
• BPL (BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO) OU
GLP (GOOD LABORATORY PRACTICES)
– INMETRO: NIT-DICLA-028 Critérios para o
credenciamento de laboratórios de ensaio segundo
os princípios BPL – boas práticas de laboratório
• Revisão atual (01) entrou em vigor em setembro de 2003
– ANVISA: Procedimento GGLAS 02/BPL Critérios
para a Habilitação de laboratórios Segundo os
princípios das Boas Práticas de Laboratório (BPL)
• revisão 00
SISTEMAS DA QUALIDADE EM LABORATÓRIOS
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
ACREDITAÇÃO (DEFINIÇÃO INMETRO)
• É atestação relacionada a um organismo de avaliação
da conformidade, comunicando a demonstração
formal da sua competência para realizar tarefas
específicas de avaliação da conformidade. No Inmetro
é de caráter voluntário e representa o reconhecimento
formal da competência de um Organismo de
Avaliação da Conformidade - OAC para desenvolver
tarefas específicas, segundo requisitos estabelecidos.
4
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Acreditação de Laboratórios
• É concedida com base na NBR ISO / IEC 17025, de
acordo com diretrizes estabelecidas pela International
Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC) e nos
códigos de BPL da Organization for Econonic
Cooperation and Development (OECD).
• É aberta a qualquer laboratório que realize serviços de
calibração e/ou de ensaios, em atendimento à própria
demanda interna ou de terceiros, independente ou
vinculado a outra organização, público ou privado,
nacional ou estrangeiro, independente do seu porte ou
área de atuação.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Acreditação de Laboratórios
• Rede Brasileira de Calibração (RBC)
– Conjunto de laboratórios acreditados pelo INMETRO
para a realização de serviços de calibração de
instrumentos de medição e de medidas
materializadas.
• Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio
(RBLE)
– Conjunto de laboratórios acreditados pelo INMETRO
que prestam serviços de ensaio em matérias primas
e produtos industrializados, de acordo com normas
específicas.
5
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Acreditação de Laboratórios
• A acreditação de um laboratório de calibração é
concedida por especialidade da metrologia para uma
determinada relação de serviços, incluindo faixas e
melhores capacidades de medição.
• A acreditação de um laboratório de ensaios é concedida
por ensaio para atendimento a uma determinada norma
ou a um método de ensaio desenvolvido pelo próprio
laboratório.
• Pode ser concedida a laboratórios permanentes,
temporários ou móveis, para realizar serviços de
calibração e/ou de ensaios nas próprias instalações e/ou
em campo.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Habilitação de Laboratórios
(definição ANVISA)
• Reconhecimento formal da competência dos
laboratórios prestadores de serviços em saúde pública
para fins de integração na Reblas/Anvisa.
– Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em
Saúde (REBLAS)
• Conjunto de laboratórios habilitados pela
GGLAS/ANVISA para a realização de serviços
analíticos e em saúde.
6
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Escolha de um sistema adequado às
atividades do laboratório
1. BPL
• Os princípios das Boas Práticas de Laboratório são
aplicáveis em estudos que dizem respeito ao uso
seguro de produtos relacionados à saúde humana,
vegetal, animal e ao meio ambiente, nos seguintes
casos:
– Concessão, renovação ou modificação de registro e pesquisa
de produtos químicos, biológicos ou biotecnológicos, tais como
produtos farmacêuticos, correlatos, agrotóxicos e afins,
produtos veterinários, cosméticos, aditivos de alimentos e
rações e produtos químicos industriais;
– Testes de produtos químicos, biológicos ou biotecnológicos
para obtenção de propriedades físicas, químicas e físico-
químicas;
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
– Atendimento aos questionamentos de órgãos
governamentais;
– Petição ou submissão aos órgãos competentes no
objetivo de persuadi-los a garantir ou modificar um
registro, aprovar uma condição de venda ou
distribuição.
Escolha de um sistema adequado às
atividades do laboratório
7
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
2. ISO 17025
– Sistema da qualidade aplicável a laboratórios que
conduzem ensaios de calibração ou ensaios
analíticos que não envolvam registro, pesquisa ou
estabelecimento de propriedades físico-químicas.
– Atividades rotineiras ou de controle de qualidade
são o foco da norma, que se preocupa com o
atendimento das necessidades do cliente (interno
ou externo) que contrata os serviços do laboratório.
Escolha de um sistema adequado às
atividades do laboratório
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Estrutura da Norma ISO/IEC 17025
• Aplicada a qualquer tipo de laboratório;
• Inclusão de amostragem
• Atende aos requisitos da ISO 9001/2000;
• Notas não são requisitos;
• Apenas a certificação ISO 9001/2000 não demonstra
competência técnica (dados e resultados
tecnicamente válidos);
• Requisitos de segurança não são cobertos pela
norma;
• Direcionada a laboratórios
• Foco no cliente
8
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Estrutura da Norma ISO/IEC 17025
• Duas seções:
– Seção 4: Requisitos da Direção
– Seção 5: Requisitos Técnicos
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
ISO 17025 – ORGANIZAÇÃO E PESSOAL
• DIREÇÃO
• GERENTE DA QUALIDADE
– COLABORADORES
• GERÊNCIA TÉCNICA
– ANALISTAS
• GERÊNCIA ADMINISTRATIVA
– PESSOAL ADMINISTRATIVO
• ATENDIMENTO AO CLIENTE
9
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4 - Requisitos da Direção
• 4.1 Organização
• 4.2 Sistema de gestão
– Manual da qualidade
• 4.3 Controle de documentos
• 4.4 Análise crítica de pedidos, propostas e contratos
• 4.5 Subcontratação de ensaios e calibrações
• 4.6 Aquisição de serviços e suprimentos
• 4.7 Atendimento ao cliente
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4 - Requisitos da Direção
• 4.8 Reclamações
• 4.9 Controle de trabalhos de ensaio e/ou calibração
não conforme
• 4.10 Melhoria
• 4.11 Ação corretiva
• 4.12 Ação preventiva
• 4.13 controle de registros
• 4.14 auditorias internas
• 4.15 análise crítica pela direção
10
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.1 Organização - Principais aspectos
• Ser legalmente responsável e atender os requisitos da “norma 17025”,
necessidades dos clientes, autoridades regulamentadoras e organizações
que fornecem reconhecimento
• Trabalhos realizados: Instalações permanentes, temporárias ou móveis
• Responsabilidades do pessoal chave definidas para evitar possíveis
conflitos de interesse. Fontes de conflito:
– Pessoal gerencial e técnico
– Pressões e influências (gerência e pessoal)
• Políticas e procedimentos para garantir a confidencialidade, para evitar
envolvimento em atividades que poderiam diminuir a confiança
• Definição da estrutura organizacional e gerencial (não exige organograma)
• Responsabilidade, autoridade e interrelacionamento de todo o pessoal
– Ex: Matriz de responsabilidade
• Nomear substitutos para as funções gerenciais chaves.
Nota: algumas pessoas podem ter mais de uma função e pode ser impraticável
designar substitutos para cada função.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.2 Sistema de gestão - Principais aspectos
• Documentar o sistema da qualidade
• Definir os itens que requerem políticas e/ou
procedimentos
Incluir pelo menos:
• Comprometimento da gerência com as boas práticas
profissionais, qualidade de ensaios e calibrações e a
conformidade com a ISO/IEC 17025
• Declaração da gerência sobre o nível de serviço do
laboratório
• Objetivos do SQ
(segue)
11
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.2 Sistema de gestão - Principais aspectos
• Requisito que todo o pessoal envolvido nas atividades
de ensaio e calibração familiarize-se com a
documentação da qualidade e implemente as políticas
e os procedimentos
• MANUAL DA QUALIDADE (Incluir no MQ)
– As políticas e objetivos do SQ
– Procedimentos complementares (ou referenciar)
– Estrutura da documentação
– Atribuições e responsabilidades da gerência técnica e
do gerente da qualidade
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.3 Controle de documentos
Principais aspectos
• Procedimentos para controle da documentação que
faz parte do SQ
12
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.4 Análise crítica de pedidos propostas
e contratos - Principais aspectos
• Objetivo é assegurar que tanto o laboratório quanto o
cliente entendam e concordem sobre o trabalho a ser
realizado.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.5 Subcontratações - Principais aspectos
• Subcontratado deve atender a norma ISO/IEC 17025
13
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.6 Aquisição de serviços e
suprimentos - Principais aspectos
• Procedimentos para seleção e compra de serviços e
suprimentos, compra, recebimento e armazenamento
de reagentes e material de consumo
• Verificação e inspeção de suprimentos, reagentes e
materiais de consumo antes da utilização
• Qualificar fornecedores
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.7 Atendimento ao cliente
Principais aspectos
• Cooperação com o cliente
• “feedback”
• Troca de informações
14
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.8 Reclamações - Principais aspectos
• Política e procedimento
• Registros:
– Reclamações
– Investigações
– Ações corretivas implementadas
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.9 Controle de trabalhos de ensaio e/ou
calibração não conforme
Principais aspectos
• política e procedimento
– Interrupção dos serviços e retenção dos
relatórios/certificados quando identificado trabalho
não conforme
– Avaliação da importância de trabalho não conforme
– Aceitação ou não do trabalho não conforme
– Cancelamento do trabalho não conforme
– Responsabilidade pela autorização para retomada
de trabalho
15
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.10 Melhoria - Principais aspectos
• Aprimorar continuamente a eficácia do sistema de
gestão por meio das diversas ferramentas
disponíveis: uso da política da qualidade,
objetivos da qualidade, resultados de auditorias,
análise de dados, ações corretivas e preventivas e
análises críticas pela direção.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.11 e 4.12 Ações preventivas e
corretivas – Principais aspectos
• Políticas e procedimentos
16
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.13 Controle de registros
Principais aspectos
• Estabelecimento e manutenção de procedimentos
para identificação, coleta, indexação, acesso,
arquivamento, armazenamento, manutenção e
disposição.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
4.14 Auditorias internas
Principais aspectos
• Exame sistemático e independente para determinar se
as atividades da qualidade e seus resultados estão de
acordo com as disposições planejadas, se estas
foram efetivamente implementadas e se são
adequadas à consecução dos objetivos.
17
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5 Requisitos Técnicos
• 5.1 Generalidades
• 5.2 Pessoal
• 5.3 Acomodações e condições ambientais
• 5.4 Métodos de ensaio e calibração e validação de
métodos
• 5.5 Equipamentos
• 5.6 Rastreabilidade de medição
• 5.7 Amostragem
• 5.8 Manuseio dos itens de ensaio e calibração
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5 Requisitos Técnicos
• 5.9 Garantia da qualidade de resultados de ensaio e
calibração
• 5.10 Apresentação de resultados
18
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.2 Pessoal - principais aspectos
• Direção deve assegurar competência:
– Operadores de equipamentos específicos
– Daqueles que realizam ensaios
– Avaliam resultados
– Assinam relatórios e certificados
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.3 Acomodações
• Instalações: Fontes de energia e iluminação devem
facilitar a realização correta dos ensaios
• Condições ambientais não devem invalidar os
resultados ou afetar adversamente a qualidade
• Cuidados especiais para trabalhos executados em
locais diferentes das instalações permanentes
19
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.4 Métodos de ensaio e
calibração e validação de métodos
• Métodos incluem: amostragem, manuseio, transporte,
armazenamento, preparação dos itens, estimativa da
incerteza, técnicas estatísticas de análise – prontamente
disponíveis
• Instruções:
– Uso e operação dos equipamentos
– Manuseio e preparação dos itens
• Validar métodos não normalizados, desenvolvidos pelo
próprio laboratório, métodos usados fora dos escopos para os
quais foram concebidos, modificações de métodos
normalizados.
• Aplicar a incerteza da medição
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.5 Equipamentos - principais aspectos
• O laboratório deve ser aparelhado com todos os
equipamentos necessários para conduzir os ensaios.
• Os equipamentos fora de controle permanente
também devem atender os requisitos da 17025
• Equipamentos e seus softwares devem atender a
exatidão requerida e às especificações pertinentes.
Também devem ser verificados e/ou calibrados antes
de serem colocados em serviço.
20
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.6 Rastreabilidade de medição
principais aspectos
• Calibrar, antes de colocar em serviço os
equipamentos que tenham efeito sobre a exatidão ou
validade do método
• Uso de materiais de referência certificados, uso de
métodos especificados, comparações
interlaboratoriais
• Padrões de referência e materiais de referência
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.7 Amostragem - principais aspectos
• Plano e procedimentos para amostragem disponíveis
no local onde se faz a amostragem
– Sempre que possível ou viável, baseados em
métodos estatísticos apropriados
– Deve assegurar a validade dos resultados
21
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.8 Manuseio dos itens de ensaio
e calibração – principais aspectos
• procedimento para transporte, recebimento, manuseio,
proteção, armazenamento, retenção e/ou remoção de
itens.
• sistema para identificação de itens.
– A identificação deve ser mantida durante toda a
permanência de item no laboratório
– Assegurar que os itens não sejam confundidos
• registros de anormalidades ou desvios das condições
normais ou especificadas durante o recebimento
• procedimentos e instalações adequadas para evitar
deterioração, perda ou dano no item.
– Seguir instruções de manuseio (quando aplicável),
manter em segurança quando necessário e monitorar
as condições ambientais (quando aplicável).
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.9 Garantia da qualidade
de resultados – principais aspectos
• Os registros devem permitir a análise de tendências
• Aplicação de técnicas estatísticas para análise crítica
dos resultados
• Procedimentos de controle de qualidade para monitorar
a validade dos ensaios.
– Uso regular de materiais de referência certificados e/ou controle
interno da qualidade, utilizando materiais de referência
secundários.
– Participação em programas de comparação interlaboratorial ou
ensaios de proficiência.
– Ensaios replicados, utilizando os mesmos métodos ou métodos
diferentes
– Reensaio de itens retidos
– Correlação de resultados de características diferentes de um
item.
22
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
5.10 Apresentação de resultados
principais aspectos
• Generalidades
– Os relatórios devem incluir informações solicitadas
pelo cliente
– Relatados com clareza e objetividade, sem
ambigüidade.
– Relatórios simplificados são preferíveis
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
BPL
OECD: ORGANIZATION FOR ECONOMIC
COOPERATION AND DEVELOPMENT
Fórum que estabelece as diretrizes BPL.
23
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Norma BPL Internacional
• 13 documentos de referência da OECD:
– 3 documentos principais
– 10 documentos orientativos
Os documentos podem ser encontrados no site da
OECD:
http://www.oecd.org/document/63/0,2340,en_2649_2011
85_2346175_1_1_1_1,00.html
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Quem são os personagens do sistema BPL?
• Patrocinador
• Gerente da Unidade Operacional
• Gerente da Garantia da Qualidade
• Diretor de Estudos
• Pesquisador Principal
• Pessoal
• Arquivista
24
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Principal característica de um sistema BPL
• As atividades desenvolvidas são caracterizadas como
ESTUDOS
• ESTUDO
É um conjunto de ensaios nos quais uma ou mais
substâncias-teste são estudadas para obter dados
sobre suas propriedades e sua segurança, com
respeito à saúde humana, vegetal, animal e ao meio-
ambiente.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas de um estudo
• PLANO OU PROTOCOLO DE ESTUDO
É o documento que define o objetivo do estudo e como
será conduzido.
– UNIDADE OPERACIONAL ENVOLVIDA
– PATROCINADOR
– DESIGNAR DIRETOR DE ESTUDO
– METODOLOGIA ANALÍTICA
• NORMATIZADA?
• VALIDAR
• PADRÕES (SUBSTÂNCIAS DE REFERÊNCIA)
25
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas de um estudo
• Experimental
– É a etapa onde os dados brutos e resultados são
gerados, pela condução dos ensaios analíticos
descritos no plano.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas de um estudo
• RELATÓRIO DE ESTUDO
É o documento gerado pelo laboratório contendo
informações detalhadas sobre todas as etapas de um
estudo conduzido. Deve ser datado e assinado pelo
diretor de estudo, contendo também as devidas
declarações e assinaturas da Unidade da Garantia da
Qualidade.
26
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Funções do Gerente da UO
• Responsável pelo laboratório
• Designa / substitui um diretor de estudo
• Aprova um plano de estudo
• Assegura que exista uma U.G.Q.
• Assegura que exista pessoal qualificado, recursos,
material, equipamentos e métodos
• Assegura que desvios observados pela U.G.Q. sejam
corrigidos e as ações corretivas registradas.
• Assegura a existência de POPs escritos e adequados para
assegurar a qualidade e integridade dos dados gerados.
• Assegura que o pessoal entenda bem as funções que
realizam.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Funções do Diretor de Estudo
• Responsável pela condução de um estudo, conforme o
protocolo de estudo.
• É um pesquisador com formação, treinamento e experiência
apropriados para o desenvolvimento de um estudo.
• Representa o ponto de controle do estudo.
• Controla o registro de dados.
• Avalia o registro, ações e documentação de ocorrências que
interfiram na integridade de um estudo.
• Verifica que o sistema teste seja o especificado no protocolo.
• Assegura o cumprimento das BPLs
• Assegura que todos os dados brutos, espécimes,
documentação, protocolos e relatório final sejam transferidos
ao arquivo, após a finalização do estudo.
27
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Funções da UGQ
• Pessoa(s) designadas(s) pelo gerente que realiza(m)
testes relativos à garantia da qualidade dos estudos.
• O monitoramento deve ser independente das diversas
fases do estudo.
• Indicar ações corretivas, avaliar processos,
instalações e relatório final em conformidade com as
BPLs.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Pessoal
• Devem ter formação, treinamento e experiência que
os capacitem a executar as funções necessárias ao
estudo.
• Tomar precauções e medidas sanitárias necessárias
para evitar contaminação.
• Usar roupas apropriadas para evitar contaminação.
• Relatar qualquer condição de saúde que possa afetar
adversamente um estudo.
28
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Procedimento Operacional Padrão
• POP é um procedimento escrito que define como
realizar uma atividade laboratorial em toda sua
extensão. Os POPs são exigidos por todos os
regulamentos atualmente existentes das normas de
qualidade.
• Os POPs devem ser escritos para as diversas
atividades de rotina envolvidas na realização de um
estudo.
• Fazem parte dos POPs instruções aprovadas pela
gerência e ou orientadores de ensino, necessária ao
cientista para desempenhar sua atividade e efetuar
ação corretiva, caso ocorra algo de errado.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Tipos de POPs
• Amostra:
• instruções de coleta, critérios de aceitação e rejeição,
transporte, preparo, estabilidade e preservação,
descontaminação e descarte;
• Procedimento analítico:
• Condutas para a realização de análises específicas a cada
estudo e gerais;
• Equipamentos:
• Operação, manutenção preventiva e corretiva, limpeza,
calibração de equipamentos de medição e de controle
ambiental; quando aplicável a cada caso;
• Reagentes:
• Recebimento, produção, validação, identificação,
etiquetagem, manuseio, aliquotagem e condições de
armazenamento (inclusive incompatibilidade de reagentes);
29
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Tipos de POPs
• Arquivos:
• Organização, armazenamento e recuperação de registros e
amostras.
• Procedimentos para Programas de Controle da Qualidade
interno e interlaboratorial.
• Procedimentos de Garantia da Qualidade.
• Regulamentos Técnicos de Saúde, Segurança e Meio
Ambiente Vigentes.
• Treinamento e qualificação pessoal.
• Controle de água reagente.
• Resíduos
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas a serem cumpridas
para a acreditação
• Definir o sistema a ser implantado (BPL ou ISO 17025
ou ambos)
• Definir quem serão os personagens “chave” da
estrutura:
– BPL: G.U.O.; G.Q; D.E.; arquivista. nomear
substitutos
– ISO 17025: Diretor, Ger. Técnico, Ger. administrativo.
nomear substitutos
• Definir o escopo a ser acreditado (habilitado).
• Definir e redigir políticas e todos os procedimentos.
Manual da qualidade (ISO 17025)
30
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas a serem cumpridas
para a acreditação
• Providenciar treinamento na(s) norma(s) adotada(s)
para o pessoal chave.
• O treinamento para os demais colaboradores pode ser
feito por um dos previamente qualificados.
• Providenciar treinamento em auditorias internas para
o pessoal da UGQ.
• Providenciar treinamento dos colaboradores nos
procedimentos.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas a serem cumpridas
para a acreditação
• Providenciar a adequação do laboratório: organização
do ambiente, formulários de registros, codificação das
amostras, controle das condições ambientais e de
segurança, calibração/qualificação dos equipamentos,
controle dos reagentes e soluções.
• Validar metodologias, quando necessário.
31
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas a serem cumpridas
para a acreditação
• Definir as incertezas de medição (ISO 17025)
• Providenciar, pelo menos uma auditoria interna.
• Participar, pelo menos, de um programa
interlaboratorial (ensaio de proficiência) na área do
escopo.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Etapas a serem cumpridas
para a acreditação
• Verificar a lista de documentos solicitada pelo
organismo de interesse através do site, preencher e
enviar para avaliação.
32
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
INMETRO
• O Formulário de Solicitação de Acreditação, assinado
pelo representante autorizado do laboratório, deve
então ser encaminhado à Divisão de Credenciamento
de Laboratórios, acompanhado da documentação
correspondente, para a abertura do processo de
acreditação .
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
INMETRO
• De posse destas informações básicas, o laboratório
encaminha a solicitação pertinente junto com os
documentos necessários. O Inmetro verifica a
viabilidade de atender à solicitação e, se necessário,
solicita documentação adicional. Uma visita de pré-
avaliação pode ocorrer dependendo do resultado de
uma análise preliminar da documentação.
33
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
INMETRO
• A documentação é analisada por uma equipe formada
por avaliadores qualificados e especializados nas
atividades que serão avaliadas.
• Após a análise da documentação, os laboratórios
participam de uma comparação interlaboratorial, que
tem por finalidade avaliar o seu desempenho na
realização das calibrações e/ou ensaios para os quais
pretende ser acreditados.
No sentido de verificar a implementação do sistema
da qualidade e a competência técnica do laboratório,
a equipe realiza a avaliação.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
INMETRO
• Com as informações resultantes das etapas
anteriores, a Comissão de Acreditação analisa todo o
processo e emite parecer ao coordenador da Cgcre
que tomará a decisão sobre a concessão ou não da
acreditação.
• Em caso favorável, a formalização da acreditação
ocorre por meio de um contrato de acreditação.
34
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
ANVISA
• Processo similar ao do INMETRO, de acordo com o
procedimento GGLAS 01 para habilitação junto à
Reblas.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Principais dificuldades na implantação
• Definir o escopo. Normalmente é preferível começar
com um escopo pequeno, para ser ampliado à medida
em que o sistema se aprimora.
• Definir responsabilidades, adequar condutas e tarefas
de rotina (resistência por parte de quem não está
acostumado a trabalhar com um regime de
qualidade).
• Redação dos procedimentos.
• Adequação dos registros.
35
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Principais dificuldades na manutenção
• Necessidade de inspeções e auditorias internas
freqüentes para minimizar não conformidades
sistemáticas.
• Manutenção dos registros e documentação para
compor a rastreabilidade.
• Controle efetivo das calibrações, validades de
soluções, reagentes e padrões.
• Controle da validade dos documentos.
Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)
Principais dificuldades na manutenção
• O sistema da qualidade é dinâmico e sua manutenção
requer a colaboração de toda a equipe.
• Apenas a UGQ não pode se responsabilizar pelo
desempenho do sistema.

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Sistemas qualidade laboratórios

  • 1. 1 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DA QUALIDADE EM LABORATÓRIO Leonardo César Amstalden Gerente da Qualidade Laboratório T&E Analítica Rua Lauro Vannucci 1260 – Campinas - SP (19) 3756-6600 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) SISTEMA DA QUALIDADE • Um sistema da qualidade é um conjunto de condutas que uma empresa adota para adequar seus processos a uma norma publicada. Esta norma pode ser nacional e/ou internacional e, para que a empresa seja acreditada como cumpridora da norma ela é inspecionada pelo(s) órgão(s) certificadores. • Procura assegurar a qualidade e integridade dos trabalhos desenvolvidos.
  • 2. 2 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Benefícios da implantação Dentre os benefícios da implantação de um sistema da qualidade em um laboratório podemos destacar: • melhoria da capacitação técnica do pessoal • confiabilidade dos resultados emitidos • Os princípios de um sistema da qualidade são aplicáveis a quaisquer laboratórios públicos, privados, de economias mistas e até mesmo nos laboratórios de ensino Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) SISTEMAS DA QUALIDADE EM LABORATÓRIOS • ISO/IEC 17025 – INMETRO: ABNT ISO GUIA 17025 Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração • Revisão atual entrou em vigor em 31/10/2005 – ANVISA: Procedimento GGLAS 02/17025 Habilitação de laboratórios analíticos em saúde segundo os requisitos da ISO/IEC 17025 • Atualizado em 29/11/2004
  • 3. 3 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) • BPL (BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO) OU GLP (GOOD LABORATORY PRACTICES) – INMETRO: NIT-DICLA-028 Critérios para o credenciamento de laboratórios de ensaio segundo os princípios BPL – boas práticas de laboratório • Revisão atual (01) entrou em vigor em setembro de 2003 – ANVISA: Procedimento GGLAS 02/BPL Critérios para a Habilitação de laboratórios Segundo os princípios das Boas Práticas de Laboratório (BPL) • revisão 00 SISTEMAS DA QUALIDADE EM LABORATÓRIOS Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) ACREDITAÇÃO (DEFINIÇÃO INMETRO) • É atestação relacionada a um organismo de avaliação da conformidade, comunicando a demonstração formal da sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade. No Inmetro é de caráter voluntário e representa o reconhecimento formal da competência de um Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC para desenvolver tarefas específicas, segundo requisitos estabelecidos.
  • 4. 4 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Acreditação de Laboratórios • É concedida com base na NBR ISO / IEC 17025, de acordo com diretrizes estabelecidas pela International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC) e nos códigos de BPL da Organization for Econonic Cooperation and Development (OECD). • É aberta a qualquer laboratório que realize serviços de calibração e/ou de ensaios, em atendimento à própria demanda interna ou de terceiros, independente ou vinculado a outra organização, público ou privado, nacional ou estrangeiro, independente do seu porte ou área de atuação. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Acreditação de Laboratórios • Rede Brasileira de Calibração (RBC) – Conjunto de laboratórios acreditados pelo INMETRO para a realização de serviços de calibração de instrumentos de medição e de medidas materializadas. • Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE) – Conjunto de laboratórios acreditados pelo INMETRO que prestam serviços de ensaio em matérias primas e produtos industrializados, de acordo com normas específicas.
  • 5. 5 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Acreditação de Laboratórios • A acreditação de um laboratório de calibração é concedida por especialidade da metrologia para uma determinada relação de serviços, incluindo faixas e melhores capacidades de medição. • A acreditação de um laboratório de ensaios é concedida por ensaio para atendimento a uma determinada norma ou a um método de ensaio desenvolvido pelo próprio laboratório. • Pode ser concedida a laboratórios permanentes, temporários ou móveis, para realizar serviços de calibração e/ou de ensaios nas próprias instalações e/ou em campo. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Habilitação de Laboratórios (definição ANVISA) • Reconhecimento formal da competência dos laboratórios prestadores de serviços em saúde pública para fins de integração na Reblas/Anvisa. – Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (REBLAS) • Conjunto de laboratórios habilitados pela GGLAS/ANVISA para a realização de serviços analíticos e em saúde.
  • 6. 6 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Escolha de um sistema adequado às atividades do laboratório 1. BPL • Os princípios das Boas Práticas de Laboratório são aplicáveis em estudos que dizem respeito ao uso seguro de produtos relacionados à saúde humana, vegetal, animal e ao meio ambiente, nos seguintes casos: – Concessão, renovação ou modificação de registro e pesquisa de produtos químicos, biológicos ou biotecnológicos, tais como produtos farmacêuticos, correlatos, agrotóxicos e afins, produtos veterinários, cosméticos, aditivos de alimentos e rações e produtos químicos industriais; – Testes de produtos químicos, biológicos ou biotecnológicos para obtenção de propriedades físicas, químicas e físico- químicas; Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) – Atendimento aos questionamentos de órgãos governamentais; – Petição ou submissão aos órgãos competentes no objetivo de persuadi-los a garantir ou modificar um registro, aprovar uma condição de venda ou distribuição. Escolha de um sistema adequado às atividades do laboratório
  • 7. 7 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 2. ISO 17025 – Sistema da qualidade aplicável a laboratórios que conduzem ensaios de calibração ou ensaios analíticos que não envolvam registro, pesquisa ou estabelecimento de propriedades físico-químicas. – Atividades rotineiras ou de controle de qualidade são o foco da norma, que se preocupa com o atendimento das necessidades do cliente (interno ou externo) que contrata os serviços do laboratório. Escolha de um sistema adequado às atividades do laboratório Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Estrutura da Norma ISO/IEC 17025 • Aplicada a qualquer tipo de laboratório; • Inclusão de amostragem • Atende aos requisitos da ISO 9001/2000; • Notas não são requisitos; • Apenas a certificação ISO 9001/2000 não demonstra competência técnica (dados e resultados tecnicamente válidos); • Requisitos de segurança não são cobertos pela norma; • Direcionada a laboratórios • Foco no cliente
  • 8. 8 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Estrutura da Norma ISO/IEC 17025 • Duas seções: – Seção 4: Requisitos da Direção – Seção 5: Requisitos Técnicos Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) ISO 17025 – ORGANIZAÇÃO E PESSOAL • DIREÇÃO • GERENTE DA QUALIDADE – COLABORADORES • GERÊNCIA TÉCNICA – ANALISTAS • GERÊNCIA ADMINISTRATIVA – PESSOAL ADMINISTRATIVO • ATENDIMENTO AO CLIENTE
  • 9. 9 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4 - Requisitos da Direção • 4.1 Organização • 4.2 Sistema de gestão – Manual da qualidade • 4.3 Controle de documentos • 4.4 Análise crítica de pedidos, propostas e contratos • 4.5 Subcontratação de ensaios e calibrações • 4.6 Aquisição de serviços e suprimentos • 4.7 Atendimento ao cliente Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4 - Requisitos da Direção • 4.8 Reclamações • 4.9 Controle de trabalhos de ensaio e/ou calibração não conforme • 4.10 Melhoria • 4.11 Ação corretiva • 4.12 Ação preventiva • 4.13 controle de registros • 4.14 auditorias internas • 4.15 análise crítica pela direção
  • 10. 10 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.1 Organização - Principais aspectos • Ser legalmente responsável e atender os requisitos da “norma 17025”, necessidades dos clientes, autoridades regulamentadoras e organizações que fornecem reconhecimento • Trabalhos realizados: Instalações permanentes, temporárias ou móveis • Responsabilidades do pessoal chave definidas para evitar possíveis conflitos de interesse. Fontes de conflito: – Pessoal gerencial e técnico – Pressões e influências (gerência e pessoal) • Políticas e procedimentos para garantir a confidencialidade, para evitar envolvimento em atividades que poderiam diminuir a confiança • Definição da estrutura organizacional e gerencial (não exige organograma) • Responsabilidade, autoridade e interrelacionamento de todo o pessoal – Ex: Matriz de responsabilidade • Nomear substitutos para as funções gerenciais chaves. Nota: algumas pessoas podem ter mais de uma função e pode ser impraticável designar substitutos para cada função. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.2 Sistema de gestão - Principais aspectos • Documentar o sistema da qualidade • Definir os itens que requerem políticas e/ou procedimentos Incluir pelo menos: • Comprometimento da gerência com as boas práticas profissionais, qualidade de ensaios e calibrações e a conformidade com a ISO/IEC 17025 • Declaração da gerência sobre o nível de serviço do laboratório • Objetivos do SQ (segue)
  • 11. 11 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.2 Sistema de gestão - Principais aspectos • Requisito que todo o pessoal envolvido nas atividades de ensaio e calibração familiarize-se com a documentação da qualidade e implemente as políticas e os procedimentos • MANUAL DA QUALIDADE (Incluir no MQ) – As políticas e objetivos do SQ – Procedimentos complementares (ou referenciar) – Estrutura da documentação – Atribuições e responsabilidades da gerência técnica e do gerente da qualidade Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.3 Controle de documentos Principais aspectos • Procedimentos para controle da documentação que faz parte do SQ
  • 12. 12 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.4 Análise crítica de pedidos propostas e contratos - Principais aspectos • Objetivo é assegurar que tanto o laboratório quanto o cliente entendam e concordem sobre o trabalho a ser realizado. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.5 Subcontratações - Principais aspectos • Subcontratado deve atender a norma ISO/IEC 17025
  • 13. 13 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.6 Aquisição de serviços e suprimentos - Principais aspectos • Procedimentos para seleção e compra de serviços e suprimentos, compra, recebimento e armazenamento de reagentes e material de consumo • Verificação e inspeção de suprimentos, reagentes e materiais de consumo antes da utilização • Qualificar fornecedores Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.7 Atendimento ao cliente Principais aspectos • Cooperação com o cliente • “feedback” • Troca de informações
  • 14. 14 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.8 Reclamações - Principais aspectos • Política e procedimento • Registros: – Reclamações – Investigações – Ações corretivas implementadas Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.9 Controle de trabalhos de ensaio e/ou calibração não conforme Principais aspectos • política e procedimento – Interrupção dos serviços e retenção dos relatórios/certificados quando identificado trabalho não conforme – Avaliação da importância de trabalho não conforme – Aceitação ou não do trabalho não conforme – Cancelamento do trabalho não conforme – Responsabilidade pela autorização para retomada de trabalho
  • 15. 15 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.10 Melhoria - Principais aspectos • Aprimorar continuamente a eficácia do sistema de gestão por meio das diversas ferramentas disponíveis: uso da política da qualidade, objetivos da qualidade, resultados de auditorias, análise de dados, ações corretivas e preventivas e análises críticas pela direção. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.11 e 4.12 Ações preventivas e corretivas – Principais aspectos • Políticas e procedimentos
  • 16. 16 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.13 Controle de registros Principais aspectos • Estabelecimento e manutenção de procedimentos para identificação, coleta, indexação, acesso, arquivamento, armazenamento, manutenção e disposição. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 4.14 Auditorias internas Principais aspectos • Exame sistemático e independente para determinar se as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas, se estas foram efetivamente implementadas e se são adequadas à consecução dos objetivos.
  • 17. 17 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5 Requisitos Técnicos • 5.1 Generalidades • 5.2 Pessoal • 5.3 Acomodações e condições ambientais • 5.4 Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos • 5.5 Equipamentos • 5.6 Rastreabilidade de medição • 5.7 Amostragem • 5.8 Manuseio dos itens de ensaio e calibração Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5 Requisitos Técnicos • 5.9 Garantia da qualidade de resultados de ensaio e calibração • 5.10 Apresentação de resultados
  • 18. 18 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.2 Pessoal - principais aspectos • Direção deve assegurar competência: – Operadores de equipamentos específicos – Daqueles que realizam ensaios – Avaliam resultados – Assinam relatórios e certificados Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.3 Acomodações • Instalações: Fontes de energia e iluminação devem facilitar a realização correta dos ensaios • Condições ambientais não devem invalidar os resultados ou afetar adversamente a qualidade • Cuidados especiais para trabalhos executados em locais diferentes das instalações permanentes
  • 19. 19 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.4 Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos • Métodos incluem: amostragem, manuseio, transporte, armazenamento, preparação dos itens, estimativa da incerteza, técnicas estatísticas de análise – prontamente disponíveis • Instruções: – Uso e operação dos equipamentos – Manuseio e preparação dos itens • Validar métodos não normalizados, desenvolvidos pelo próprio laboratório, métodos usados fora dos escopos para os quais foram concebidos, modificações de métodos normalizados. • Aplicar a incerteza da medição Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.5 Equipamentos - principais aspectos • O laboratório deve ser aparelhado com todos os equipamentos necessários para conduzir os ensaios. • Os equipamentos fora de controle permanente também devem atender os requisitos da 17025 • Equipamentos e seus softwares devem atender a exatidão requerida e às especificações pertinentes. Também devem ser verificados e/ou calibrados antes de serem colocados em serviço.
  • 20. 20 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.6 Rastreabilidade de medição principais aspectos • Calibrar, antes de colocar em serviço os equipamentos que tenham efeito sobre a exatidão ou validade do método • Uso de materiais de referência certificados, uso de métodos especificados, comparações interlaboratoriais • Padrões de referência e materiais de referência Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.7 Amostragem - principais aspectos • Plano e procedimentos para amostragem disponíveis no local onde se faz a amostragem – Sempre que possível ou viável, baseados em métodos estatísticos apropriados – Deve assegurar a validade dos resultados
  • 21. 21 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.8 Manuseio dos itens de ensaio e calibração – principais aspectos • procedimento para transporte, recebimento, manuseio, proteção, armazenamento, retenção e/ou remoção de itens. • sistema para identificação de itens. – A identificação deve ser mantida durante toda a permanência de item no laboratório – Assegurar que os itens não sejam confundidos • registros de anormalidades ou desvios das condições normais ou especificadas durante o recebimento • procedimentos e instalações adequadas para evitar deterioração, perda ou dano no item. – Seguir instruções de manuseio (quando aplicável), manter em segurança quando necessário e monitorar as condições ambientais (quando aplicável). Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.9 Garantia da qualidade de resultados – principais aspectos • Os registros devem permitir a análise de tendências • Aplicação de técnicas estatísticas para análise crítica dos resultados • Procedimentos de controle de qualidade para monitorar a validade dos ensaios. – Uso regular de materiais de referência certificados e/ou controle interno da qualidade, utilizando materiais de referência secundários. – Participação em programas de comparação interlaboratorial ou ensaios de proficiência. – Ensaios replicados, utilizando os mesmos métodos ou métodos diferentes – Reensaio de itens retidos – Correlação de resultados de características diferentes de um item.
  • 22. 22 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) 5.10 Apresentação de resultados principais aspectos • Generalidades – Os relatórios devem incluir informações solicitadas pelo cliente – Relatados com clareza e objetividade, sem ambigüidade. – Relatórios simplificados são preferíveis Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) BPL OECD: ORGANIZATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT Fórum que estabelece as diretrizes BPL.
  • 23. 23 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Norma BPL Internacional • 13 documentos de referência da OECD: – 3 documentos principais – 10 documentos orientativos Os documentos podem ser encontrados no site da OECD: http://www.oecd.org/document/63/0,2340,en_2649_2011 85_2346175_1_1_1_1,00.html Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Quem são os personagens do sistema BPL? • Patrocinador • Gerente da Unidade Operacional • Gerente da Garantia da Qualidade • Diretor de Estudos • Pesquisador Principal • Pessoal • Arquivista
  • 24. 24 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Principal característica de um sistema BPL • As atividades desenvolvidas são caracterizadas como ESTUDOS • ESTUDO É um conjunto de ensaios nos quais uma ou mais substâncias-teste são estudadas para obter dados sobre suas propriedades e sua segurança, com respeito à saúde humana, vegetal, animal e ao meio- ambiente. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas de um estudo • PLANO OU PROTOCOLO DE ESTUDO É o documento que define o objetivo do estudo e como será conduzido. – UNIDADE OPERACIONAL ENVOLVIDA – PATROCINADOR – DESIGNAR DIRETOR DE ESTUDO – METODOLOGIA ANALÍTICA • NORMATIZADA? • VALIDAR • PADRÕES (SUBSTÂNCIAS DE REFERÊNCIA)
  • 25. 25 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas de um estudo • Experimental – É a etapa onde os dados brutos e resultados são gerados, pela condução dos ensaios analíticos descritos no plano. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas de um estudo • RELATÓRIO DE ESTUDO É o documento gerado pelo laboratório contendo informações detalhadas sobre todas as etapas de um estudo conduzido. Deve ser datado e assinado pelo diretor de estudo, contendo também as devidas declarações e assinaturas da Unidade da Garantia da Qualidade.
  • 26. 26 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Funções do Gerente da UO • Responsável pelo laboratório • Designa / substitui um diretor de estudo • Aprova um plano de estudo • Assegura que exista uma U.G.Q. • Assegura que exista pessoal qualificado, recursos, material, equipamentos e métodos • Assegura que desvios observados pela U.G.Q. sejam corrigidos e as ações corretivas registradas. • Assegura a existência de POPs escritos e adequados para assegurar a qualidade e integridade dos dados gerados. • Assegura que o pessoal entenda bem as funções que realizam. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Funções do Diretor de Estudo • Responsável pela condução de um estudo, conforme o protocolo de estudo. • É um pesquisador com formação, treinamento e experiência apropriados para o desenvolvimento de um estudo. • Representa o ponto de controle do estudo. • Controla o registro de dados. • Avalia o registro, ações e documentação de ocorrências que interfiram na integridade de um estudo. • Verifica que o sistema teste seja o especificado no protocolo. • Assegura o cumprimento das BPLs • Assegura que todos os dados brutos, espécimes, documentação, protocolos e relatório final sejam transferidos ao arquivo, após a finalização do estudo.
  • 27. 27 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Funções da UGQ • Pessoa(s) designadas(s) pelo gerente que realiza(m) testes relativos à garantia da qualidade dos estudos. • O monitoramento deve ser independente das diversas fases do estudo. • Indicar ações corretivas, avaliar processos, instalações e relatório final em conformidade com as BPLs. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Pessoal • Devem ter formação, treinamento e experiência que os capacitem a executar as funções necessárias ao estudo. • Tomar precauções e medidas sanitárias necessárias para evitar contaminação. • Usar roupas apropriadas para evitar contaminação. • Relatar qualquer condição de saúde que possa afetar adversamente um estudo.
  • 28. 28 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Procedimento Operacional Padrão • POP é um procedimento escrito que define como realizar uma atividade laboratorial em toda sua extensão. Os POPs são exigidos por todos os regulamentos atualmente existentes das normas de qualidade. • Os POPs devem ser escritos para as diversas atividades de rotina envolvidas na realização de um estudo. • Fazem parte dos POPs instruções aprovadas pela gerência e ou orientadores de ensino, necessária ao cientista para desempenhar sua atividade e efetuar ação corretiva, caso ocorra algo de errado. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Tipos de POPs • Amostra: • instruções de coleta, critérios de aceitação e rejeição, transporte, preparo, estabilidade e preservação, descontaminação e descarte; • Procedimento analítico: • Condutas para a realização de análises específicas a cada estudo e gerais; • Equipamentos: • Operação, manutenção preventiva e corretiva, limpeza, calibração de equipamentos de medição e de controle ambiental; quando aplicável a cada caso; • Reagentes: • Recebimento, produção, validação, identificação, etiquetagem, manuseio, aliquotagem e condições de armazenamento (inclusive incompatibilidade de reagentes);
  • 29. 29 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Tipos de POPs • Arquivos: • Organização, armazenamento e recuperação de registros e amostras. • Procedimentos para Programas de Controle da Qualidade interno e interlaboratorial. • Procedimentos de Garantia da Qualidade. • Regulamentos Técnicos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente Vigentes. • Treinamento e qualificação pessoal. • Controle de água reagente. • Resíduos Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas a serem cumpridas para a acreditação • Definir o sistema a ser implantado (BPL ou ISO 17025 ou ambos) • Definir quem serão os personagens “chave” da estrutura: – BPL: G.U.O.; G.Q; D.E.; arquivista. nomear substitutos – ISO 17025: Diretor, Ger. Técnico, Ger. administrativo. nomear substitutos • Definir o escopo a ser acreditado (habilitado). • Definir e redigir políticas e todos os procedimentos. Manual da qualidade (ISO 17025)
  • 30. 30 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas a serem cumpridas para a acreditação • Providenciar treinamento na(s) norma(s) adotada(s) para o pessoal chave. • O treinamento para os demais colaboradores pode ser feito por um dos previamente qualificados. • Providenciar treinamento em auditorias internas para o pessoal da UGQ. • Providenciar treinamento dos colaboradores nos procedimentos. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas a serem cumpridas para a acreditação • Providenciar a adequação do laboratório: organização do ambiente, formulários de registros, codificação das amostras, controle das condições ambientais e de segurança, calibração/qualificação dos equipamentos, controle dos reagentes e soluções. • Validar metodologias, quando necessário.
  • 31. 31 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas a serem cumpridas para a acreditação • Definir as incertezas de medição (ISO 17025) • Providenciar, pelo menos uma auditoria interna. • Participar, pelo menos, de um programa interlaboratorial (ensaio de proficiência) na área do escopo. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Etapas a serem cumpridas para a acreditação • Verificar a lista de documentos solicitada pelo organismo de interesse através do site, preencher e enviar para avaliação.
  • 32. 32 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) INMETRO • O Formulário de Solicitação de Acreditação, assinado pelo representante autorizado do laboratório, deve então ser encaminhado à Divisão de Credenciamento de Laboratórios, acompanhado da documentação correspondente, para a abertura do processo de acreditação . Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) INMETRO • De posse destas informações básicas, o laboratório encaminha a solicitação pertinente junto com os documentos necessários. O Inmetro verifica a viabilidade de atender à solicitação e, se necessário, solicita documentação adicional. Uma visita de pré- avaliação pode ocorrer dependendo do resultado de uma análise preliminar da documentação.
  • 33. 33 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) INMETRO • A documentação é analisada por uma equipe formada por avaliadores qualificados e especializados nas atividades que serão avaliadas. • Após a análise da documentação, os laboratórios participam de uma comparação interlaboratorial, que tem por finalidade avaliar o seu desempenho na realização das calibrações e/ou ensaios para os quais pretende ser acreditados. No sentido de verificar a implementação do sistema da qualidade e a competência técnica do laboratório, a equipe realiza a avaliação. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) INMETRO • Com as informações resultantes das etapas anteriores, a Comissão de Acreditação analisa todo o processo e emite parecer ao coordenador da Cgcre que tomará a decisão sobre a concessão ou não da acreditação. • Em caso favorável, a formalização da acreditação ocorre por meio de um contrato de acreditação.
  • 34. 34 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) ANVISA • Processo similar ao do INMETRO, de acordo com o procedimento GGLAS 01 para habilitação junto à Reblas. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Principais dificuldades na implantação • Definir o escopo. Normalmente é preferível começar com um escopo pequeno, para ser ampliado à medida em que o sistema se aprimora. • Definir responsabilidades, adequar condutas e tarefas de rotina (resistência por parte de quem não está acostumado a trabalhar com um regime de qualidade). • Redação dos procedimentos. • Adequação dos registros.
  • 35. 35 Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Principais dificuldades na manutenção • Necessidade de inspeções e auditorias internas freqüentes para minimizar não conformidades sistemáticas. • Manutenção dos registros e documentação para compor a rastreabilidade. • Controle efetivo das calibrações, validades de soluções, reagentes e padrões. • Controle da validade dos documentos. Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS) Principais dificuldades na manutenção • O sistema da qualidade é dinâmico e sua manutenção requer a colaboração de toda a equipe. • Apenas a UGQ não pode se responsabilizar pelo desempenho do sistema.