No século XIX, o retrato foi o gênero fotográfico mais popular. Fotógrafos estabeleceram estúdios nas maiores cidades após a invenção do daguerreótipo em 1840, permitindo a ascensão da classe burguesa que buscava retratos como forma de visibilidade social. Os primeiros estúdios eram adaptados para captar a luz solar, já que era a única fonte de iluminação disponível na época.
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Retrato fotográfico no século XIX
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2. O retrato foi no século XIX o maior tema
fotografado. Fotógrafos estabeleceram
seus estúdios nas maiores cidades do
mundo em curto espaço de tempo após o
daguerreótipo ter sido colocado no
mercado por volta de 1840.
3. Daguerreótipo, invenção do
francês Louis Daguerre, é um
processo fotográfico, direto-
positivo, que fornece uma única
imagem, com muitos detalhes
em uma folha de cobre
espelhada coberta com uma
fina camada de cristais de prata
sem o uso de um negativo. O
daguerreótipo durou até 1860
quando surgiram novos e
melhores processos
fotográficos.
4. A aceitação desta inovação foi um reflexo do crescimento econômico
impulsionado pela Revolução Industrial, que levou à ascensão da
classe burguesa que buscava, na fotografia de retrato, uma forma de
visibilidade e ostentação social.
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8. Na segunda metade do século XIX a única fonte de luz para se elaborar as fotos era o
sol. Em função disso, a escolha do local onde seria o estúdio tinha que ser no último
andar de algum edifício ou em uma residência que permitisse capturar a luz solar o
melhor possível. Os primeiros estúdios fotográficos eram adaptados com telhados de
vidro ou grandes janelas para que a luz pudesse entrar.
9. O pesado equipamento fotográfico
disponível no século XIX, que
chegava a pesar 50 kilos, foi uma das
limitações que obrigava o fotógrafo
trabalhar no estúdio. Poucos foram os
que se aventuraram a realizar fotos
externas.
10. Ilustração do século XIX
Os primeiros retratos em estúdio exigiam longos tempos de exposição da câmera para se
formar a imagem. Se a pessoa fotografada se movia enquanto a foto era realizada, sairia
tremida ou “borrada” quando a imagem fosse revelada. Para assegurar que o retrato não fosse
arruinado pelo movimento (mínimo que fosse), alguns fotógrafos usavam, alem da câmera
sobre um tripé, uma pequena estrutura de ferro chamado “prendedores de cabeça” (head
clamps) para ter certeza de que a pessoa retratada não se movesse.
11. Essa estrutura de ferro era
posicionada por trás da pessoa
tomando-se o cuidado para que a
mesma não aparecesse na foto.
Ilustração século XIX
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13. O francês Felix Nadar foi o mais
importante fotógrafo de retratos do século
XIX. Seu estúdio em Paris, era um ponto
de encontro dos grandes intelectuais e
artistas daquela época. Nadar fotografou
essas celebridades com maestria…
Estúdio de Felix Nadar no último andar deste edifício em Paris.
Foto de 1860
19. Em uma época em que os
fotógrafos podiam tirar várias
cópias de um mesmo
negativo, surge o carte de
visite, a forma mais popular
de retrato no século XIX. Era
uma pequena fotografia
montada em cartão de,
aproximadamente 10 x 6,5
cm e, geralmente, distribuída
entre os membros da família
ou amigos e representava
uma forma de status e
distinção social.
20. Carte de visite era, muitas vezes,
autografado pela pessoa na parte
inferior do cartão, logo abaixo da
imagem, para distribuir aos
parentes...
21. ... ou para o público, quando
se tratava de uma pessoa
proeminente, tal como um
político ou artista.
Carte de visite do presidente americano Abrahan
Lincoln, fotografado por Mathew Brady em 1860
22. As fotografias produzidas no século XIX
eram monocromáticas (preto/branco).
Para obterem maior realismo, alguns
fotógrafos coloriam a mão as fotografias,
como neste carte de visite.
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24. Post mortem que em latim significa “após a morte” refere-se ao estilo de
retrato feito no século dezenove após a morte de uma pessoa querida em
uma família. Essa atitude, que pode parecer mórbida nos tempos atuais, no
século XIX era uma forma muito comum de homenagear e eternizar o falecido
através da fotografia.
25. No retrato Post Mortem, era comum arranjar para que o corpo
parecesse vivo. Em muitos casos usavam, suportes metálicos ou de
madeira, escondidos por trás do corpo.