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A Língua do
Mundo
       José Antônio L. Simas – Arte-Educador
“...Foi no decorrer de muitos, muitos milhares de anos, osso por osso,
  músculo por músculo, nervo por nervo, artéria por artéria e mutação
 nas longas horas de um paciencioso trabalho, seja pelas mãos divinas,
       seja pela mudança de linhagens, que o HOMEM se formou.
  Ao contrário do que se pensa, o homem teve que aprender muito. Às
  vezes era arrogante e tinha que aprender a humildade, às vezes era
  covarde e era preciso aprender a ser valente. Algumas vezes sofria
 porque não entendia a alma dos seus semelhantes; mas, para suportar
  tudo isso e tornar-se o melhor pela sua própria sabedoria, o homem
                 inventou uma ferramenta, a linguagem.
Linguagens que se tornaram inseparáveis do homem para ele penetrar na
  floresta sombria das coisas do mundo e desvelar para si bosques de
     realidade, desvelo da consciência de viver e existir. Linguagens
      inventoras dos mundos do brincante homem criador de signos.
    Algumas linguagens se fizeram especiais,feitas para o “homem”
 mergulhar dentro de si mesmo trazendo “emoções” do próprio homem.
  Sabe o    homem que as emoções são o sal da vida. Por isso é que
  quando um homem quer        falar aos outros homens ele o faz pela
  linguagem da ARTE/TECNOLOGIA... Quando isso acontece nasce,
                sente e age o ARTISTA/TECNÓLOGO.
Todo o estudo sobre a História da Civilização demonstra que nossos mais
primitivos ancestrais começaram a andar na Terra, sobre os dois pés, há cerca de
dois milhões de anos atrás, mas, só por volta de seiscentos mil anos mais tarde é
que encontramos os primeiros indícios do homem como fabricante de utensílios.

   Nos últimos estágios do paleolítico, há cerca de 35000 anos, encontramos as
primeiras obras de arte conhecidas. Elas, no entanto, já revelam uma segurança e
        um requinte artesanal muito distante da modesta origem simiesca.

                          Como se desenvolveu a arte ?

    Além da arte das cavernas feita em grandes proporções, os homens deste
período criaram pequenas esculturas do tamanho da mão, utilizando-se de ossos,
             chifres de animais ou pedras rudimentarmente cortados.

Acredita-se que toda esta arte tinha caráter relativo a crenças e cultos religiosos,
        noções básicas dentro da relação do homem com o sobrenatural
“... Milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema. Por quê?
Dizer que procuram distração, divertimento, a relaxação, é não responder à pergunta.
Por que relaxa, diverte e distrai o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o
identificar-se com uma pintura ou música, um romance, uma peça ou um filme? Por que
reagimos diante dessas irrealidades como se elas fossem realidade intensificada? Que
estranho e misterioso divertimento é esse?

E se alguém nos responde que almejamos escapar de uma existência insatisfatória para
uma existência mais rica através de uma experiência sem riscos, então uma nova
pergunta se nos apresenta: Por que, da penumbra de nosso assento, fixamos nosso
olhar admirado em um palco ou tela iluminados, onde acontece algo que é “fictício” e
que tão completamente absorve nossa atenção????????

É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo... Não lhe basta ser um indivíduo
separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma plenitude de vida que
lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas limitações; uma plenitude na direção
da qual se orienta quando busca um mundo mais compreensível e mais justo, um
mundo que tenha significação.”

Nesta citação de Ernest Fischer (A necessidade da arte), podemos ver como a arte e a
ciência são importantes na escola, principalmente porque são importantes fora dela. E
por ter sido o conhecimento construído pelo homem através dos tempos, ele é um
patrimônio ao qual todo ser humano tem direito ao acesso desse saber.
O século XV foi um período de intensa exploração para
 pintores, escultores e arquitetos. Os esforços pioneiros
destes artistas, tanto na teoria como na prática estética,
constituíram um monumento decisivo no rumo e no caráter
            da arte em todo o mundo ocidental.
    O florescimento da arte renascentista foi o ponto
 culminante de um renascimento intelectual inspirado pela
redescoberta gradual do saber da Roma e Grécia antigas.
  A mais importante de todas as inovações da Renascença
 talvez tenha sido a descoberta da perspectiva - produto
     de preocupações tanto com a matemática como a
             aparência imediata da realidade.
 Os primeiros passos da nova arte foram dados na Itália,
 onde as relíquias das glórias passadas do mundo clássico
estavam à mão. Em Florença, por volta de 1420, um grupo
      de artistas iniciou a criação de uma nova arte.
A descoberta das Leis da Perspectiva Linear significou um
  salto adiante na representação da realidade numa superfície
plana pintada. Foi Brunelleschi que realizou experiências óticas
  para demonstrar porque os objetos próximos do espectador
    parecem maiores que os distantes. Seu discípulo Alberti
 registrou e ampliou essas descobertas em seu Tratado sobre
     pintura, de 1436, explicando como calcular a diferença
 proporcional em tamanho de acordo com a distância da pessoa
 que vê a pintura, e como fazer os planos horizontais da figura
  convergirem para um ponto no fundo da cena. Os pintores do
 início da renascença ficaram obcecados pela manipulação dos
                     efeitos da perspectiva.
    As possibilidades abertas pela nova técnica realçavam a
   impressão da realidade tridimensional numa pintura, , além
    disso, a nova técnica combinava com a ênfase humanista,
   atraindo o observador para dentro do quadro e situá-lo no
ponto de visão do qual a perspectiva dependia, ela confirmava a
              posição central do indivíduo no mundo.
Repertório:
Numa simplificação conceitual, repertório ou subcódigo é o arquivo dinâmico de
experiências reais ou simbólicas de uma pessoa ou grupo social. ... Tem recorrência
no conceito de memória, de imaginação e, em última instância, no de conhecimento.
Mas é importante ter sempre presente o aspecto dinâmico desses conceitos. O
repertório, a memória, a imaginação e o conhecimento não são arquivos mortos ou
passivos.
Techné:
Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o ato da
potência, o cosmos do caos. ... O modo exato de perfazer uma tarefa,
antecedente de todas as técnicas dos nossos dias.
Poiesis:
Do grego: a ação de fazer algo; aquilo que desperta o sentido do belo,
que encanta e eleva...
Como disse o próprio Magritte:
...Como fui censurado o por aquele famoso cachimbo! E, entretanto... Vocês
poderiam enchê-lo de fumo? Não, não é mesmo?
Ele é apenas uma representação, e, se eu tivesse escrito “Isto é um cachimbo”,
eu teria mentido...
A Utilização de Novas Tecnologias
“quando você começa a usar o computador em sala de aula, você
começa a questionar tudo o que fez no passado e a se perguntar de
que forma você poderá adaptar tudo isso ao computador. Então você
começa a questionar todo conceito do que você originalmente fazia”.
Como trabalhar a Informática em
                     Arte- Educação?

A informática educativa não é simplesmente a utilização da informática. Esta deve ser
apropriada de forma consciente, contextualizada.
Como a escola deve utilizar as tecnologias como recurso para garantir as operações
mentais, as aprendizagens, a construção de competências e o senso crítico e ético de seu
educando?
A informática possibilita leituras várias. Deve-se refletir em conjunto com outras
disciplinas, buscando a multi e a inter disciplinaridade e considerando a validade da
mesma, tomando como ponto de partida a leitura natural da realidade, na qual a escola
esteja inserida.
Formar para e através das novas tecnologias significa:
        Formar o pensamento crítico, o pensamento hipotético e dedutivo,
as faculdades de observação e pesquisa, a imaginação, a capacidade de
memorizar e classificar, a leitura e análise de textos verbais e visuais, a
representação de redes, de procedimentos e de estratégias de
comunicação.
Justificativa:
Durante muitos anos o ensino da Educação Artística estava voltado apenas para o fazer
artístico. As aulas eram consideradas apenas como um momento de lazer sem dar a devida
importância ao conhecimento da arte, subestimando assim o desenvolvimento da
criatividade do aluno. Ensinava-se a copiar modelos – a classe toda apresentava o mesmo
desenho e nas aulas de música as crianças aprendiam, muitas vezes, somente para
apresentações. O objetivo do professor era que seus alunos tivessem:
           •    Uma boa coordenação motora
           •    Precisão
           •    Aprendessem superficialmente algumas técnicas
           •    Adquirissem hábitos de limpeza e ordem nos trabalhos, que esse servissem,
de alguma forma, para decorar a escola
Como todo processo artístico deveria “brotar”do aluno, os conteúdos dessas aulas eram
apenas “deixar fazer”, o que muito pouco acrescentava ao aluno em termos de
aprendizagem de arte.
A nova LDB nº 9394, aprovada em 20 de dezembro de 1996, determina em seu artigo 26,
parágrafo 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos
níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
Assim a Arte torna-se matéria de conhecimento.
Nesta proposta buscamos uma integração onde as Artes Visuais, Música, Teatro e Dança
estejam num só programa, de acordo com a proposta dos parâmetros Curriculares.
Objetivos gerais:

Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e
materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e
entrando em contato com formas diversas de expressão artística;
Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas
possibilidades de expressão e comunicação;

Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras
artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entre m contato, ampliando
seu conhecimento do mundo e da cultura;
Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da
colagem, da construção, desenvolvendo o interesse, cuidado e o respeito pelo processo de
criação e produção;
Brincar com a música, imitar, inventar e produzir criações musicais;
Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produção musical.
Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e
ampliar seus conhecimentos do mundo;
Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações,
composições e interpretações.
A proposta que se vimos está fundamentada no moderno conceito da
Multi-educação. Esta nova proposta educacional reconhece o precioso e
complexo universo de nossas cidades, suas famílias e seus filhos, nossos
alunos; e, reafirma o ensino fundamental como lugar indispensável para
a constituição de conhecimentos e valores.
Concebe o Núcleo Curricular como eixo em que se articulam os
        Princípios Educativos de Meio Ambiente, Trabalho, Cultura e
Linguagens; com os
        Núcleos Conceituais: Identidade, Tempo, Espaço e Transformação.
Concebe a sala de aula como um lugar do tamanho do mundo, porque é
sabido o quanto professores e alunos podem integrar-se ao movimento da
vida, através de energias que se trocam, criando possibilidades de um
presente e futuro mais felizes, na compensação das realizações do
passado.
Trabalhar a Arte-Educação vai muito além
do “despertar o olhar crítico para as
possibilidades de se entender a expressão
humana”, é mais que “desvelar vínculos
dialogantes entre as vivências e a arte”;
demonstrar as alternativas em se trabalhar
a arte, traçando referências para o seu
entendimento, salientar a importância da
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despertar e estimular a ação dos
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humano que haverá de agir como um ser
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A LíNgua Do Mundo

  • 1. A Língua do Mundo José Antônio L. Simas – Arte-Educador
  • 2. “...Foi no decorrer de muitos, muitos milhares de anos, osso por osso, músculo por músculo, nervo por nervo, artéria por artéria e mutação nas longas horas de um paciencioso trabalho, seja pelas mãos divinas, seja pela mudança de linhagens, que o HOMEM se formou. Ao contrário do que se pensa, o homem teve que aprender muito. Às vezes era arrogante e tinha que aprender a humildade, às vezes era covarde e era preciso aprender a ser valente. Algumas vezes sofria porque não entendia a alma dos seus semelhantes; mas, para suportar tudo isso e tornar-se o melhor pela sua própria sabedoria, o homem inventou uma ferramenta, a linguagem. Linguagens que se tornaram inseparáveis do homem para ele penetrar na floresta sombria das coisas do mundo e desvelar para si bosques de realidade, desvelo da consciência de viver e existir. Linguagens inventoras dos mundos do brincante homem criador de signos. Algumas linguagens se fizeram especiais,feitas para o “homem” mergulhar dentro de si mesmo trazendo “emoções” do próprio homem. Sabe o homem que as emoções são o sal da vida. Por isso é que quando um homem quer falar aos outros homens ele o faz pela linguagem da ARTE/TECNOLOGIA... Quando isso acontece nasce, sente e age o ARTISTA/TECNÓLOGO.
  • 3.
  • 4. Todo o estudo sobre a História da Civilização demonstra que nossos mais primitivos ancestrais começaram a andar na Terra, sobre os dois pés, há cerca de dois milhões de anos atrás, mas, só por volta de seiscentos mil anos mais tarde é que encontramos os primeiros indícios do homem como fabricante de utensílios. Nos últimos estágios do paleolítico, há cerca de 35000 anos, encontramos as primeiras obras de arte conhecidas. Elas, no entanto, já revelam uma segurança e um requinte artesanal muito distante da modesta origem simiesca. Como se desenvolveu a arte ? Além da arte das cavernas feita em grandes proporções, os homens deste período criaram pequenas esculturas do tamanho da mão, utilizando-se de ossos, chifres de animais ou pedras rudimentarmente cortados. Acredita-se que toda esta arte tinha caráter relativo a crenças e cultos religiosos, noções básicas dentro da relação do homem com o sobrenatural
  • 5. “... Milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema. Por quê? Dizer que procuram distração, divertimento, a relaxação, é não responder à pergunta. Por que relaxa, diverte e distrai o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o identificar-se com uma pintura ou música, um romance, uma peça ou um filme? Por que reagimos diante dessas irrealidades como se elas fossem realidade intensificada? Que estranho e misterioso divertimento é esse? E se alguém nos responde que almejamos escapar de uma existência insatisfatória para uma existência mais rica através de uma experiência sem riscos, então uma nova pergunta se nos apresenta: Por que, da penumbra de nosso assento, fixamos nosso olhar admirado em um palco ou tela iluminados, onde acontece algo que é “fictício” e que tão completamente absorve nossa atenção???????? É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo... Não lhe basta ser um indivíduo separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma plenitude de vida que lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas limitações; uma plenitude na direção da qual se orienta quando busca um mundo mais compreensível e mais justo, um mundo que tenha significação.” Nesta citação de Ernest Fischer (A necessidade da arte), podemos ver como a arte e a ciência são importantes na escola, principalmente porque são importantes fora dela. E por ter sido o conhecimento construído pelo homem através dos tempos, ele é um patrimônio ao qual todo ser humano tem direito ao acesso desse saber.
  • 6. O século XV foi um período de intensa exploração para pintores, escultores e arquitetos. Os esforços pioneiros destes artistas, tanto na teoria como na prática estética, constituíram um monumento decisivo no rumo e no caráter da arte em todo o mundo ocidental. O florescimento da arte renascentista foi o ponto culminante de um renascimento intelectual inspirado pela redescoberta gradual do saber da Roma e Grécia antigas. A mais importante de todas as inovações da Renascença talvez tenha sido a descoberta da perspectiva - produto de preocupações tanto com a matemática como a aparência imediata da realidade. Os primeiros passos da nova arte foram dados na Itália, onde as relíquias das glórias passadas do mundo clássico estavam à mão. Em Florença, por volta de 1420, um grupo de artistas iniciou a criação de uma nova arte.
  • 7. A descoberta das Leis da Perspectiva Linear significou um salto adiante na representação da realidade numa superfície plana pintada. Foi Brunelleschi que realizou experiências óticas para demonstrar porque os objetos próximos do espectador parecem maiores que os distantes. Seu discípulo Alberti registrou e ampliou essas descobertas em seu Tratado sobre pintura, de 1436, explicando como calcular a diferença proporcional em tamanho de acordo com a distância da pessoa que vê a pintura, e como fazer os planos horizontais da figura convergirem para um ponto no fundo da cena. Os pintores do início da renascença ficaram obcecados pela manipulação dos efeitos da perspectiva. As possibilidades abertas pela nova técnica realçavam a impressão da realidade tridimensional numa pintura, , além disso, a nova técnica combinava com a ênfase humanista, atraindo o observador para dentro do quadro e situá-lo no ponto de visão do qual a perspectiva dependia, ela confirmava a posição central do indivíduo no mundo.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Repertório: Numa simplificação conceitual, repertório ou subcódigo é o arquivo dinâmico de experiências reais ou simbólicas de uma pessoa ou grupo social. ... Tem recorrência no conceito de memória, de imaginação e, em última instância, no de conhecimento. Mas é importante ter sempre presente o aspecto dinâmico desses conceitos. O repertório, a memória, a imaginação e o conhecimento não são arquivos mortos ou passivos. Techné: Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o ato da potência, o cosmos do caos. ... O modo exato de perfazer uma tarefa, antecedente de todas as técnicas dos nossos dias. Poiesis: Do grego: a ação de fazer algo; aquilo que desperta o sentido do belo, que encanta e eleva... Como disse o próprio Magritte: ...Como fui censurado o por aquele famoso cachimbo! E, entretanto... Vocês poderiam enchê-lo de fumo? Não, não é mesmo? Ele é apenas uma representação, e, se eu tivesse escrito “Isto é um cachimbo”, eu teria mentido...
  • 11. A Utilização de Novas Tecnologias “quando você começa a usar o computador em sala de aula, você começa a questionar tudo o que fez no passado e a se perguntar de que forma você poderá adaptar tudo isso ao computador. Então você começa a questionar todo conceito do que você originalmente fazia”.
  • 12. Como trabalhar a Informática em Arte- Educação? A informática educativa não é simplesmente a utilização da informática. Esta deve ser apropriada de forma consciente, contextualizada. Como a escola deve utilizar as tecnologias como recurso para garantir as operações mentais, as aprendizagens, a construção de competências e o senso crítico e ético de seu educando? A informática possibilita leituras várias. Deve-se refletir em conjunto com outras disciplinas, buscando a multi e a inter disciplinaridade e considerando a validade da mesma, tomando como ponto de partida a leitura natural da realidade, na qual a escola esteja inserida. Formar para e através das novas tecnologias significa: Formar o pensamento crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e análise de textos verbais e visuais, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.
  • 13. Justificativa: Durante muitos anos o ensino da Educação Artística estava voltado apenas para o fazer artístico. As aulas eram consideradas apenas como um momento de lazer sem dar a devida importância ao conhecimento da arte, subestimando assim o desenvolvimento da criatividade do aluno. Ensinava-se a copiar modelos – a classe toda apresentava o mesmo desenho e nas aulas de música as crianças aprendiam, muitas vezes, somente para apresentações. O objetivo do professor era que seus alunos tivessem: • Uma boa coordenação motora • Precisão • Aprendessem superficialmente algumas técnicas • Adquirissem hábitos de limpeza e ordem nos trabalhos, que esse servissem, de alguma forma, para decorar a escola Como todo processo artístico deveria “brotar”do aluno, os conteúdos dessas aulas eram apenas “deixar fazer”, o que muito pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem de arte. A nova LDB nº 9394, aprovada em 20 de dezembro de 1996, determina em seu artigo 26, parágrafo 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Assim a Arte torna-se matéria de conhecimento. Nesta proposta buscamos uma integração onde as Artes Visuais, Música, Teatro e Dança estejam num só programa, de acordo com a proposta dos parâmetros Curriculares.
  • 14. Objetivos gerais: Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística; Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação; Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entre m contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura; Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o interesse, cuidado e o respeito pelo processo de criação e produção; Brincar com a música, imitar, inventar e produzir criações musicais; Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produção musical. Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seus conhecimentos do mundo; Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações.
  • 15. A proposta que se vimos está fundamentada no moderno conceito da Multi-educação. Esta nova proposta educacional reconhece o precioso e complexo universo de nossas cidades, suas famílias e seus filhos, nossos alunos; e, reafirma o ensino fundamental como lugar indispensável para a constituição de conhecimentos e valores. Concebe o Núcleo Curricular como eixo em que se articulam os Princípios Educativos de Meio Ambiente, Trabalho, Cultura e Linguagens; com os Núcleos Conceituais: Identidade, Tempo, Espaço e Transformação. Concebe a sala de aula como um lugar do tamanho do mundo, porque é sabido o quanto professores e alunos podem integrar-se ao movimento da vida, através de energias que se trocam, criando possibilidades de um presente e futuro mais felizes, na compensação das realizações do passado.
  • 16. Trabalhar a Arte-Educação vai muito além do “despertar o olhar crítico para as possibilidades de se entender a expressão humana”, é mais que “desvelar vínculos dialogantes entre as vivências e a arte”; demonstrar as alternativas em se trabalhar a arte, traçando referências para o seu entendimento, salientar a importância da multi e inter-disciplinaridade é permitir, despertar e estimular a ação dos instrumentos conscientes e intuitivos do ser humano que haverá de agir como um ser completo.