O documento fornece informações sobre a técnica da xilogravura, descrevendo seu processo de criação, materiais utilizados e sua história. A xilogravura envolve entalhar uma gravura na madeira e transferir a imagem para outro material através da impressão. Sua origem remonta à cultura chinesa e foi trazida para o Brasil pelos portugueses, influenciando a literatura de cordel nordestina.
2. Você já ouviu falar em escrita cuneiforme?
A escrita cuneiforme foi desenvolvida
pelos sumérios, sendo a designação
geral dada a certos tipos de escrita
feitas com auxílio de objetos em
formato de cunha. É juntamente com
os hieróglifos egípcios, o mais antigo
tipo conhecido de escrita, tendo sido
criado pelos sumérios por volta de
3500 a.C. Inicialmente a escrita
representava formas do mundo
(pictogramas), mas por praticidade as
formas foram se tornando mais
simples e abstratas.
7. Técnica e funcionalidade
Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma
gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se
um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a
gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a
superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem
impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode
ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana.
Xilogravura aplicada no Brasil
O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o
surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que,
quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas
obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos,
principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro
Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos
brasileiros.
8. História da Xilogravura
As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a
xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6.
Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante
o século 18. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias,
onde influenciaram as artes do século 19 e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da
gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e
inciando a produção em larga escala de imagens pictóricas.
Porém, com o avanço tecnológico do século 20, a técnica da xilogravura começa a cair
em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica
oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e
artesões
Mais informações:
http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
http://casadaxilogravura.com.br/xilo.html
9.
10. Gato e peixe. Oswaldo Goeldi. Xilogravura. 23 x 30 cm. 1973
17. Locais abertos ou com janelas são ideais por cotna da circulação de ar.
18. Errado Certo
Procure manter o local de trabalho organizado e com espaço suficiente.
19. Tipos de ferramentas – GOIVAS, FORMÃO E FACA
• Goiva em V: também serve para
os contornos e para criar
hachuras finas.
• Faca: confere precisão e nitidez
nos contornos.
• Goiva em U (arredondadas):
utilizada em contornos sem a
precisão proporcionada pelas
facas e pelas goivas em V. Servem
especialmente para abrir luzes
nos fundos.
•Formão reto: serve para
desbaste de grandes áreas,
deixando irregularidades
nasuperfície, nos intervalos de
cada corte.
20. Como afiar as ferramentas.
A precisão da gravação depende das goivas
bem afiadas.Quando utilizamos o esmeril, a
ferramenta se aquece com rapidez, faz-se
necessário esfriá-la, evitando-se a perda da
durezado aço (têmpera). Na afiação manual,
fazemos uso da pedra de carborundum, pedra
Arkansas, óleo fino de máquina e de lixas
d'água. Passamos das lixas mais grossas (de
baixa numeração àquelas mais finas), por
exemplo: 400, 600 e 1000. No ato de afiar,
deve-se manter o desenho característico da
ponta de cada ferramenta.
22. A princípio qualquer tipo de papel
serviria para a xilogravura(sulfite,
canson nacional ,vergê, Kraft,
papel arroz japonês, papéis
importados paradesenho).
Independentemente da qualidade
do papel, este deve ser de
superfície lisa e absorvente. De
modo geral, imprime-se com
papel seco.
Papéis
23. Tintas à base de óleo
Comumente imprimimos com tinta tipográfica
(quando mais seca, resulta mais opaca) e tinta
de off-set. Há marcas importadas de tintas
oleosas para xilogravura. Antes de aplicarmos a
tinta com o rolo (cilindro) de
borracha/gelatina/couro, prepara-se a tinta
sobre um vidro, esticando-a com uma espátula
de aço, afim de torná-la maleável (plástica).
Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta esticada,
de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto
no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na
matriz, até que esta adquira homogeneidade
sem brilho excessivo. A tinta a óleo confere um
"peso", uma profundidade as cores.
24. Tintas à base d’água
Procedimento oriental, cuja tinta é
composta de pasta de arroz
pigmentada, substitui a tinta oleosa.
Na tradição oriental é aplicada com
pincéis apropriados, após
umedecimento prévio dos papéis e da
matriz. O baren é um instrumento
mais apropriado para este tipo de
impressão rápida.Uma opção mais
direta é a tinta à base de água
industrializada cujos resultados podem
se assemelhar a transparência da
aquarela.
25. Tipos de madeiras. (MATRIZ)
Sempre damos preferência às
madeiras secas para evitarmos as
empenas e termos fluência nos
cortes. As madeiras devem ser
aplainadas e lixadas para que
obtenhamos boas entintagens e
impressões, valorizando os veios da
madeira.
As madeiras devem ser aplainadas e
lixadas para que obtenhamos boas
entintagens e impressões, valorizando
os veios da madeira.
Tipos de madeira brasileira que
podem ser utilizados na xilogravura:
pinho (araucária),cerejeira, cedrinho,
peroba, imbuia, mogno, cedro, pau-marfim
etc.
26. XILOGRAVURA AO FIO
Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
27. XILOGRAVURA DE TOPO
Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
28. Formas de manuseio das ferramentas.
A princípio é interessante
compreender a forma de corte de
cada ferramenta. Cada uma delas
tem um tipo de corte. Vamos ver
isso na prática?
29. Vamos para o processo de feitura da gravura? Aqui começa nossa
prática de ateliê.
30. Referências para pesquisa
http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravura
(Museu)
https://www.scribd.com/doc/17049101/Apostila-Xilogravura (apostila)
http://www.youtube.com/watch?v=Yj-0jkelXLE (video aula)
http://www.youtube.com/watch?v=4p96AWO5Kgw (video aula)
http://artenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/arq_pdf_13.pdf (pdf sobre Rubem
Grillo)
31. BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CATAFAL, Jorge, OLIVA, Clara. A gravura. Lisboa : Estampa, 2003. 160 p.
HERSKOVITS, Anico. Xilogravura: arte e técnica. Porto Alegre : Tchê!, 1986. 157 p.
COSTELLA, Antonio F. Breve história ilustrada da xilogravura. Campos do Jordão: Editora
Mantiqueira,2003.
COSTELLA, Antonio F. Introdução à gravura e à sua história. Campos do Jordão: Editora
Mantiqueira,2006.
MARTINS, Itajahy. Gravura - arte e técnica. São Paulo: Laserprint Editorial Ltda, 1987.
WESTHEIM, Paul. El grabado em madera. México: Fondo de Cultura Econômica, 1992.