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O que permanece após o encontro com
imagens em movimento? Ou ainda, no espírito da
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IMAGENS EM MOVIMENTO: fantasmagoria
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Por Ricardo Macêdo
Stan Brakhage, antecipation of the night, 1958.
https://www.youtube.com/watch?v=iwNbW37fMoQ
“O documento para Brakhage não é um simples registro a ser
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http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
Stan Brakhage (1933-
2003)
Stan Brakhage (Kansas City, 4 de janeiro de
1933 — Victoria, 9 de março de 2003) foi um
cineasta estadunidense. Dentre suas principais
obras estão curtas-metragens, pelos quais o
tornaram conhecido: Song 9 & Song 10, The
Dante Quartet e Dark Night of the Soul.[1]´
Um dos grandes ícones do cinema experimental mundial, Stan Brakhage (1933 – 2003),
nasceu em Kansas City, Missouri, em 14 de janeiro de 1933. Estudou no Instituto de
Belas Artes, de San Francisco, em 1953. Em 1958, casou-se com Jane Collum, com
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Stan Brackhage
Dog Star Man, 1962
Série de filmes curtas
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Brakhage começou a trabalhar em 1937, quando ensaiava como
cantor e pianista até 1946, se apresentando como um menino
soprano no rádio, ao vivo e em gravações. Em 1952, aos 19
anos, abandonou a faculdade e começou a fazer filmes. Desta
época, e utilizando-se de um enredo tradicional, mas que
apontava para o cinema experimental, como o uso criativo da
câmera e de ângulos sobrepostos contrastando sombras e luz
no preto e branco, destacam-se duas grandes películas: Interim
(1952) e Unglassed Windows Cast a Terrible Reflection (1953).
“Tecnicamente, o ritmo da montagem, o trabalho com a textura da imagem, o
contraste entre a precisão didática de uma parte e o tom de diatribe
expressionista de outra são modos que o cineasta utiliza para situar o
espectador em uma estranha dialética de identificação e estranheza. Nesse
filme, o paradoxo fecundo da arte de Brakhage vem à tona de forma radical:
trabalhar de tal forma o símbolo de maneira que nele sejam deflagradas forças
que destruam todo o seu potencial simbólico. A partir do símbolo, temos o
acesso a uma experiência primitiva, inconsciente que arrasa o próprio sentido
da simbolização.”
http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
Negativos de fotos
Película cinematográfica.
Voltando a Stan Brackhage
“Historicamente, fala-se numa grande influência do
expressionismo sobre a obra de Brakhage, sendo os seus
primeiros trabalhos colocados sob o signo de um
psicologismo um pouco naif.”
http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
Meus trabalhos são “pensamento visual em movimento” ou “música visual”
“Brakhage é "considerado como o mais notável cineasta experimental do
mundo” (Gauguly, Sight & Sound). Em 1986, recebeu o primeiro prêmio do
American Film Institute para artistas de cinema e vídeo independentes (o
"Maya Deren Award"). Faleceu em 9 de março de 2003, aos 70 anos. Ao todo,
Stan Brakhage fez mais de 300 filmes experimentais.”
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The Dante Quartet - Stan Brakhage (Music: Michael Paul Surber) 17.766 visualizações•13
de jan. de 2012
Stan Brakhage, "Mothlight" (1963)
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Mothlight é um "filme de colagem" mudo que incorpora "elementos do mundo
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descreveu como "uma técnica de filme totalmente nova". Brakhage coletou asas de
mariposa, pétalas de flores e folhas de grama e as pressionou entre duas tiras de fita
de emenda de 16 mm. A montagem resultante foi então impressa por contato em
um laboratório para permitir a projeção em um cinema. Os objetos escolhidos
deveriam ser finos e translúcidos, para permitir a passagem da luz. Brakhage
reutilizou a técnica para produzir seu filme posterior, The Garden of Earthly Delights
(1981). Mothlight foi descrito como ostentando uma "estrutura musical de três
partes".
“(…) perseguiu aquilo que definiu como uma “arte da visão”.
Um criador que reclama profundas influências de outras artes
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como modo de reproduzir uma visão essencialmente interior
ou de impulsionar uma experiência como uma pura perceção
visual, realizando filmes que se dirigem diretamente à visão do
espectador, proporcionando uma real ‘aventura da percepção’”
https://ciclosdacinemateca.wordpress.com/2018/02/22/stan-
brakhage-a-arte-da-visao/
https://film-makerscoop.com/catalogue/stan-brakhage-mothlight
CATÁLOGO COM MATERIAIS DE STAN BRAKHAGE
https://www.fondation-langlois.org/html/e/page.php?NumPage=2246
Enciclopédia visual sobre Michael Snow
Michael Snow (1928-)
Michael Snow é um artista
canadense que trabalha em
uma variedade de mídias,
incluindo filme, instalação,
escultura, fotografia e
música. Seus filmes mais
conhecidos são Wavelength e
La Région Centrale, sendo o
primeiro considerado um
marco no cinema de
vanguarda.
Michael Snow. La region centrale, 1971.
“La région centrale olha para a paisagem de um ponto de vista nunca antes
tomado, pelo que é inteiramente primordial – é como ver o mundo pela
primeira vez. É um filme inteiro suportado por um tipo de movimento que o
envolve inteiramente. Num filme, geralmente uma cena é apenas uma
fracção do evento; um movimento é apenas uma fracção desta. Nesta obra,
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movimento cíclico do sentir ou do existir: o movimento de ida e volta, o
movimento de zoom lento. É ficar preso numa completa força da visão”.
https://www.apaladewalsh.com/2019/02/o-cinema-de-michael-snow/
Corpus Callosum (2002) de Michael Snow
uma família constituída pelo pai, pela mãe e pelo filho, enquanto assiste à
televisão, os objectos da sala (entre eles, uma Walking Woman pendurada na
parede) adquirem vida, deslocando-se, mudando de cor, explodindo,
mudando de tamanho ou, simplesmente, desaparecendo. Grande parte do
filme é composto por um travelling alucinante através de um banal escritório
com secretárias, computadores e trabalhadores, compondo um movimento
circular entre a ilusão e a realidade. Como uma criança, a quem foi oferecido
um brinquedo novo, Michael Snow aplica uma miríade de possibilidades que
o medium digital oferece para metamorfosear o espaço e os seus ocupantes :
encolhendo, expandindo, levitando, explodindo, electrificando, colorindo,
desaparecendo ou fundindo.
https://www.apaladewalsh.com/2019/02/o-cinema-de-michael-snow/
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  • 1. O que permanece após o encontro com imagens em movimento? Ou ainda, no espírito da citação de Calvino: que imagem um filme cria no espectador, após este encontro?
  • 2. IMAGENS EM MOVIMENTO: fantasmagoria , expressão e reordenação. Por Ricardo Macêdo
  • 3. Stan Brakhage, antecipation of the night, 1958. https://www.youtube.com/watch?v=iwNbW37fMoQ
  • 4. “O documento para Brakhage não é um simples registro a ser representado, mas a plataforma de uma reordenação fantasmagórica dos dados do mundo” http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
  • 6. Stan Brakhage (Kansas City, 4 de janeiro de 1933 — Victoria, 9 de março de 2003) foi um cineasta estadunidense. Dentre suas principais obras estão curtas-metragens, pelos quais o tornaram conhecido: Song 9 & Song 10, The Dante Quartet e Dark Night of the Soul.[1]´ Um dos grandes ícones do cinema experimental mundial, Stan Brakhage (1933 – 2003), nasceu em Kansas City, Missouri, em 14 de janeiro de 1933. Estudou no Instituto de Belas Artes, de San Francisco, em 1953. Em 1958, casou-se com Jane Collum, com quem teve cinco filhos.
  • 7. Stan Brackhage Dog Star Man, 1962 Série de filmes curtas experimentais https://www.youtube.com/watch?v=C_j2leCH7OQ
  • 8.
  • 9. Brakhage começou a trabalhar em 1937, quando ensaiava como cantor e pianista até 1946, se apresentando como um menino soprano no rádio, ao vivo e em gravações. Em 1952, aos 19 anos, abandonou a faculdade e começou a fazer filmes. Desta época, e utilizando-se de um enredo tradicional, mas que apontava para o cinema experimental, como o uso criativo da câmera e de ângulos sobrepostos contrastando sombras e luz no preto e branco, destacam-se duas grandes películas: Interim (1952) e Unglassed Windows Cast a Terrible Reflection (1953).
  • 10. “Tecnicamente, o ritmo da montagem, o trabalho com a textura da imagem, o contraste entre a precisão didática de uma parte e o tom de diatribe expressionista de outra são modos que o cineasta utiliza para situar o espectador em uma estranha dialética de identificação e estranheza. Nesse filme, o paradoxo fecundo da arte de Brakhage vem à tona de forma radical: trabalhar de tal forma o símbolo de maneira que nele sejam deflagradas forças que destruam todo o seu potencial simbólico. A partir do símbolo, temos o acesso a uma experiência primitiva, inconsciente que arrasa o próprio sentido da simbolização.” http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Voltando a Stan Brackhage “Historicamente, fala-se numa grande influência do expressionismo sobre a obra de Brakhage, sendo os seus primeiros trabalhos colocados sob o signo de um psicologismo um pouco naif.” http://www.revistacinetica.com.br/brakhage.htm
  • 19. Meus trabalhos são “pensamento visual em movimento” ou “música visual”
  • 20.
  • 21. “Brakhage é "considerado como o mais notável cineasta experimental do mundo” (Gauguly, Sight & Sound). Em 1986, recebeu o primeiro prêmio do American Film Institute para artistas de cinema e vídeo independentes (o "Maya Deren Award"). Faleceu em 9 de março de 2003, aos 70 anos. Ao todo, Stan Brakhage fez mais de 300 filmes experimentais.”
  • 22. https://www.youtube.com/watch?v=KJKC3cwv5b0 The Dante Quartet - Stan Brakhage (Music: Michael Paul Surber) 17.766 visualizações•13 de jan. de 2012
  • 23. Stan Brakhage, "Mothlight" (1963) https://www.youtube.com/watch?v=XaGh0D2NXCA
  • 24. Mothlight é um "filme de colagem" mudo que incorpora "elementos do mundo real". Brakhage produziu o filme sem o uso de uma câmera, usando o que ele então descreveu como "uma técnica de filme totalmente nova". Brakhage coletou asas de mariposa, pétalas de flores e folhas de grama e as pressionou entre duas tiras de fita de emenda de 16 mm. A montagem resultante foi então impressa por contato em um laboratório para permitir a projeção em um cinema. Os objetos escolhidos deveriam ser finos e translúcidos, para permitir a passagem da luz. Brakhage reutilizou a técnica para produzir seu filme posterior, The Garden of Earthly Delights (1981). Mothlight foi descrito como ostentando uma "estrutura musical de três partes".
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  • 32. “(…) perseguiu aquilo que definiu como uma “arte da visão”. Um criador que reclama profundas influências de outras artes como a literatura, a pintura e a música, que trabalhou o cinema como modo de reproduzir uma visão essencialmente interior ou de impulsionar uma experiência como uma pura perceção visual, realizando filmes que se dirigem diretamente à visão do espectador, proporcionando uma real ‘aventura da percepção’” https://ciclosdacinemateca.wordpress.com/2018/02/22/stan- brakhage-a-arte-da-visao/
  • 36. Michael Snow é um artista canadense que trabalha em uma variedade de mídias, incluindo filme, instalação, escultura, fotografia e música. Seus filmes mais conhecidos são Wavelength e La Région Centrale, sendo o primeiro considerado um marco no cinema de vanguarda.
  • 37. Michael Snow. La region centrale, 1971.
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  • 41. “La région centrale olha para a paisagem de um ponto de vista nunca antes tomado, pelo que é inteiramente primordial – é como ver o mundo pela primeira vez. É um filme inteiro suportado por um tipo de movimento que o envolve inteiramente. Num filme, geralmente uma cena é apenas uma fracção do evento; um movimento é apenas uma fracção desta. Nesta obra, o movimento domina todo o ecrã, todo o filme. É ver as coisas dentro do movimento cíclico do sentir ou do existir: o movimento de ida e volta, o movimento de zoom lento. É ficar preso numa completa força da visão”. https://www.apaladewalsh.com/2019/02/o-cinema-de-michael-snow/
  • 42. Corpus Callosum (2002) de Michael Snow
  • 43. uma família constituída pelo pai, pela mãe e pelo filho, enquanto assiste à televisão, os objectos da sala (entre eles, uma Walking Woman pendurada na parede) adquirem vida, deslocando-se, mudando de cor, explodindo, mudando de tamanho ou, simplesmente, desaparecendo. Grande parte do filme é composto por um travelling alucinante através de um banal escritório com secretárias, computadores e trabalhadores, compondo um movimento circular entre a ilusão e a realidade. Como uma criança, a quem foi oferecido um brinquedo novo, Michael Snow aplica uma miríade de possibilidades que o medium digital oferece para metamorfosear o espaço e os seus ocupantes : encolhendo, expandindo, levitando, explodindo, electrificando, colorindo, desaparecendo ou fundindo. https://www.apaladewalsh.com/2019/02/o-cinema-de-michael-snow/ https://film-makerscoop.com/