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INFORMAÇÕES 
IMPLÍCITAS 
Comunicação e Expressão Verbal II 
Prof. Taïs Bressane – SLIDE SHARE
Linguagem e comunicação 
A comunicação linguística é sempre motivada pela 
interação social em que acontece e não existe fora de um 
contexto particular. 
Sempre que produzimos ou interpretamos um enunciado, 
nos valemos de conhecimentos e informações que vão além 
do significado das expressões constantes nas frases que 
formam o enunciado. 
A frase “Pa s s e m uito be m !”, por exemplo, pode adquirir 
significados totalmente diferentes dependendo do contexto 
em que for empregada.
Pragmática: objeto de estudo 
Nossas escolhas de linguagem são reguladas pelo 
conhecimento de regras e princípios da língua em 
situação de uso, que estão para além do conhecimento 
gramatical. 
Esses princípios reguladores da atividade verbal são o 
objeto de estudo da Pragmática, uma área da Linguística, 
nascida a partir de estudos de filósofos da linguagem. 
A Pragmática, portanto, tem por objetivo estudar a relação 
existente entre as línguas enquanto sistemas formais e a 
sua atualização em situações de uso.
Pragmática: fatores de contexto 
Os significados pragmáticos surgem de fatores linguísticos 
ou não linguísticos, envolvidos na situação de produção dos 
enunciados, como: 
 o que é dito, o modo como é dito e a intenção com que é 
dito; 
 o posicionamento físico; 
 os papéis sociais, as identidades, as atitudes, os 
comportamentos e crenças dos participantes; 
 a relação entre os participantes; 
 a localização espacial e temporal dos participantes. 
Esses fatores dependem, portanto, do contexto de situação e 
do contexto de cultura em que a interação acontece
Informações Implícitas 
As informações implícitas são percebidas não pelo 
significado das expressões usadas nas frases, mas por 
dados do contexto em que a interação acontece. 
Essas informações podem ficar marcadas gramaticalmente 
nas frases ou apenas sugeridas pela situação. 
Essa distinção marca dois tipos de enunciados implícitos: 
pressupostos e subentendidos
Pressupostos 
Os pressupostos, embora tragam informações 
implícitas, são marcados lexicalmente na 
frase. 
As informações implícitas decorrem de 
palavras ou expressões contidas na frase, 
verdadeiras ou admitidas como tal – são os 
marcadores de pressuposição.
Marcadores de pressupostos 
 Adjetivos: 
André é o meu filho mais e s p e rto . 
 Verbos que indicam mudança ou permanência de 
estado: 
Renato c o ntinua emagrecendo. 
 Advérbios: 
A produção agropecuária está to ta lm e nte nas mãos 
dos brasileiros.
Marcadores de pressupostos 
 orações adjetivas: 
Os brasileiros, q ue nã o s e im p o rtam c o m a 
c o le tivid a d e , só se preocupam com o seu 
bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, 
fecham os cruzamentos, etc. 
 conjunções: 
Freqüentei a Universidade, m a s aprendi 
bastante
Subentendidos 
Os subentendidos são insinuações não marcadas 
lexicalmente. São produzidos durante a interação, por 
conhecimentos partilhados entre os participantes. 
As informações não são ditas, mas apenas sugeridas, 
como na frase: 
“O m é rito e a c a p a c id a d e nã o s ã o s e m p re le va d o s e m 
c o nta . ” 
quando dirigida a uma pessoa que tenha acabado de 
receber uma promoção.
Pressupostos e subentendidos em textos 
multimodais 
Fonte: Josué Marcos de Oliveira Brazil 
Pressuposto, subentendido e ironia no texto publicitário de outdoor, in COMU – Revista Acadêmica do Departamento de 
Comunicação Social da Unitau, http://www.csonlineunitau.com.br/comu/artigo10.html
Pressupostos e subentendidos em textos 
multimodais 
"Ninguém resiste "Agora a beleza está em suas mãos" a lábios hidratados. Nem você" 
Fonte: Neusa Fumie Nishida 
A Responsabilidade Social na Propaganda Feminina, acessado em: 
http://www.comtexto.com.br/2convicomartigoNeusaNishida.htm
Considerações finais 
 O falante/escritor não pode negar que tenha 
querido transmitir a informação expressa pelo 
pressuposto, mas pode negar que tenha 
desejado transmitir a informação expressa 
pelo subentendido. 
 Extraído e adaptado de “Lições de Texto”, 
Platão e Fiorin, ed. ática, 2003.

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  • 1. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS Comunicação e Expressão Verbal II Prof. Taïs Bressane – SLIDE SHARE
  • 2. Linguagem e comunicação A comunicação linguística é sempre motivada pela interação social em que acontece e não existe fora de um contexto particular. Sempre que produzimos ou interpretamos um enunciado, nos valemos de conhecimentos e informações que vão além do significado das expressões constantes nas frases que formam o enunciado. A frase “Pa s s e m uito be m !”, por exemplo, pode adquirir significados totalmente diferentes dependendo do contexto em que for empregada.
  • 3. Pragmática: objeto de estudo Nossas escolhas de linguagem são reguladas pelo conhecimento de regras e princípios da língua em situação de uso, que estão para além do conhecimento gramatical. Esses princípios reguladores da atividade verbal são o objeto de estudo da Pragmática, uma área da Linguística, nascida a partir de estudos de filósofos da linguagem. A Pragmática, portanto, tem por objetivo estudar a relação existente entre as línguas enquanto sistemas formais e a sua atualização em situações de uso.
  • 4. Pragmática: fatores de contexto Os significados pragmáticos surgem de fatores linguísticos ou não linguísticos, envolvidos na situação de produção dos enunciados, como:  o que é dito, o modo como é dito e a intenção com que é dito;  o posicionamento físico;  os papéis sociais, as identidades, as atitudes, os comportamentos e crenças dos participantes;  a relação entre os participantes;  a localização espacial e temporal dos participantes. Esses fatores dependem, portanto, do contexto de situação e do contexto de cultura em que a interação acontece
  • 5. Informações Implícitas As informações implícitas são percebidas não pelo significado das expressões usadas nas frases, mas por dados do contexto em que a interação acontece. Essas informações podem ficar marcadas gramaticalmente nas frases ou apenas sugeridas pela situação. Essa distinção marca dois tipos de enunciados implícitos: pressupostos e subentendidos
  • 6. Pressupostos Os pressupostos, embora tragam informações implícitas, são marcados lexicalmente na frase. As informações implícitas decorrem de palavras ou expressões contidas na frase, verdadeiras ou admitidas como tal – são os marcadores de pressuposição.
  • 7. Marcadores de pressupostos  Adjetivos: André é o meu filho mais e s p e rto .  Verbos que indicam mudança ou permanência de estado: Renato c o ntinua emagrecendo.  Advérbios: A produção agropecuária está to ta lm e nte nas mãos dos brasileiros.
  • 8. Marcadores de pressupostos  orações adjetivas: Os brasileiros, q ue nã o s e im p o rtam c o m a c o le tivid a d e , só se preocupam com o seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc.  conjunções: Freqüentei a Universidade, m a s aprendi bastante
  • 9. Subentendidos Os subentendidos são insinuações não marcadas lexicalmente. São produzidos durante a interação, por conhecimentos partilhados entre os participantes. As informações não são ditas, mas apenas sugeridas, como na frase: “O m é rito e a c a p a c id a d e nã o s ã o s e m p re le va d o s e m c o nta . ” quando dirigida a uma pessoa que tenha acabado de receber uma promoção.
  • 10. Pressupostos e subentendidos em textos multimodais Fonte: Josué Marcos de Oliveira Brazil Pressuposto, subentendido e ironia no texto publicitário de outdoor, in COMU – Revista Acadêmica do Departamento de Comunicação Social da Unitau, http://www.csonlineunitau.com.br/comu/artigo10.html
  • 11. Pressupostos e subentendidos em textos multimodais "Ninguém resiste "Agora a beleza está em suas mãos" a lábios hidratados. Nem você" Fonte: Neusa Fumie Nishida A Responsabilidade Social na Propaganda Feminina, acessado em: http://www.comtexto.com.br/2convicomartigoNeusaNishida.htm
  • 12. Considerações finais  O falante/escritor não pode negar que tenha querido transmitir a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo subentendido.  Extraído e adaptado de “Lições de Texto”, Platão e Fiorin, ed. ática, 2003.