O documento descreve a ocupação e desenvolvimento econômico do Nordeste brasileiro ao longo dos séculos XVI a XIX. Inicialmente, a ocupação se concentrou no litoral e a economia girava em torno da produção de cana-de-açúcar para exportação. Posteriormente, a criação de gado permitiu a ocupação do interior nordestino. Entretanto, no final do século XVII, a economia açucareira entrou em crise devido à concorrência das Antilhas. No século XIX, o cultivo de
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O espaço colonial do nordeste
1. O ESPAÇO COLONIAL DO NORDESTE
O Nordeste é a região de ocupação mais antiga, onde a fundação de vilas e cidades
se deu, inicialmente, ao longo do litoral.
A construção dos primeiros núcleos urbanos no litoral nordestino resultou da
preocupação dos colonizadores com a defesa do território.
Ao longo do século XVI, a organização do espaço nordestino esteve relacionada à
economia canavieira, que proporcionou poder político e econômico à região no
período colonial.
As condições naturais, a existência de latifúndios, o desenvolvimento da monocultura
e o trabalho escravo garantiu a produção açucareira, atividade que é desenvolvida até
hoje no Nordeste.
A criação de gado foi outra atividade econômica que se desenvolveu no Nordeste,
inicialmente relacionada à produção de açúcar.
Os bois eram utilizados nos engenhos como animais de tração e de transporte da
cana-de-açúcar e constituíam fonte de abastecimento de carnes e couro.
Posteriormente esses animais passaram a ser criados em áreas distantes do litoral,
onde as condições do clima e do solo não eram favoráveis ao cultivo da cana-de-
açúcar. Com o tempo, a criação dos rebanhos possibilitou a ocupação do interior do
Nordeste.
No final do século XVII, a agricultura canavieira do Nordeste entrou em crise. Isso
ocorreu devido, principalmente, à concorrência das Antilhas, que, com preços mais
baixos, conquistaram os mercados europeus de açúcar.
Já no século XIX, o cultivo de algodão, que era realizado no Agreste e no Sertão
nordestinos, sofreu com a concorrência dos Estados Unidos, constituindo mais um
elemento da decadência econômica da região.
Como consequência da decadência econômica sofrida, a Região Nordeste passou a
ser uma área de repulsão populacional.
O espaço está organizado segundo os interesses do grande capital (de grandes
empresas ou grandes capitalistas, isto é, que possuem muito dinheiro). É o caso, por
exemplo, do povoamento recente das Regiões Norte e Centro-Oeste* do Brasil.
Os interesses do grande capitalista chocam-se com os interesses do pequeno
agricultor, do garimpeiro, dos indígenas e dos homens sem-terra ou trabalhadores.
Chocam-se também com a necessidade de se manter o equilíbrio da natureza.
2. Vê-se, então, que o espaço geográfico reflete ou reproduz a sociedade que nele vive
e principalmente as relações que se estabelecem entre os homens na busca de sua
subsistência.
No século XVI: A ocupação se limitava ao litoral, a principal atividade econômica desse
período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na
Europa, a produção era destinada a exportação. As propriedades rurais eram grandes
extensões de terra que era cultivada com força de trabalho escrava. O crescimento
da exportação urbanizou o litoral com os primeiros centros urbanos, as cidades
portuárias.
Século XVII e XVIII: Foi marcado pela produção pastoril que adentrou a oeste do país,
e também, descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas
Gerais e Mato Grosso, esse período foi chamado de aurífero, no qual fez surgir várias
cidades.
Século XIX: No século XIX a atividade que contribuiu para o processo de urbanização
foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Espírito Santo, essa atividade contribuiu para o surgimento de várias
cidades.