SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
PROTOZOÁRIOS
ERNESTO PEDRO DA SILVA
       BIÓLOGO - UECE
Protozoários
 Organismos pertencentes ao Reino Protista
 Seres Eucariontes, heterotróficos, unicelulares ou
  pluricelulares (formação de colônias rudimentares)
 Vida livre ou parasitas
 Divididos de acordo com as diferentes formas de
  locomoção:
   Rhizopoda ou Sarcodinea  Pseudópodes
   Ciliophora Cílios
   Mastigophora  Flagelos
   Sporozoa ou Apicomplexa Não possuem organela de
    locomoção
Sarcodinea ou Rhizopoda
 Pseudópodos para a locomoção, que auxiliam também
  na captura de alimentos  Fagocitose
 Principais representantes: AMEBAS
 Maioria de vida livre; Ex: Amoeba proteus (água doce)
 Algumas espécies parasitas
    Entamoeba hystolitica  Disenteria amebiana ou
     Amebíase  Parasita do intestino grosso humano
    Ingestão de cistos através de alimentos e água
     contaminados
    Sintomas: Dores abdominais, forte diarréia
    Profilaxia: Hábitos de higiene adequados, saneamento
     básico.
Sarcodinea ou Rhizopoda
 Algumas espécies possuem carapaças resistentes de
  sílica ou de carbonato de cálcio, que sustentam e
  protegem a célula.
 Exemplos:
    Foraminíferos, Radiolários e Heliozoários
Rhizopoda
Ciliophora
 Cílios para a locomoção  pequenos e numerosos
  espalhados pela membrana ou em tufos (cirros)
 Grande maioria de vida livre
 Exemplo: Paramecium sp  Ciliado de água doce
    Sulco oral: abertura ciliada que empurra a água com o
     alimento para o citóstoma (“boca”)
    Dois núcleos: Macronúcleo (controle do metabolismo) e
     micronúcleo (reprodução por conjugação)
    Vacúolo contrátil ou pulsátil  “bomba” que expulsa a água
     em excesso que entra passivamente por osmose
Ciliophora



Paramecium caudatum
Micronúcleo      Vacúolo Pulsátil




  Ciliophora
Paramecium caudatum




               Citóstoma   Sulco Oral
                                           Macronúcleo
Mastigophora
 Flagelos como organela de locomoção  1 a 4
 Vida livre, parasitas ou simbióticos
 Simbiose: Triconympha sp vive no intestino de cupins e
  digere a celulose ingerida por ele. Em contrapartida, o
  cupim oferece um habitat adequado às condições
  metabólicas do protozoário.
Doenças causadas por Flagelados
 DOENÇA DE CHAGAS
   Carlos Chagas, 1909
   Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por
    percevejos triatomídeos conhecidos como BARBEIROS
Ciclo da doença
 Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres
  (reservatórios naturais) ou pessoas doentes e o protozoário
  se aloja em seu intestino
 Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele e
  o protozoário penetra pela ferida.
    Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto, parte
     descoberta durante o sono e que é bastante vascularizada.
    A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho,
     provocando o sinal característico da infecção.
Ciclo da doença
 O tripanosoma cai na corrente circulatória e se aloja no
  coração ou no intestino, onde irá se reproduzir.
 O coração e o intestino aumentam bastante de tamanho
  (megacólon e megacoração), provocando insuficiência
  cardíaca e alterações na digestão.
Ciclo da doença
 Doença grave, sem cura, mas que pode ser controlada e
  prevenida
 PROFILAXIA:
   Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas
    nas paredes são o local ideal para a reprodução dos barbeiros
   Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros
   Tratar e isolar os doentes
   Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por
    transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
Doenças causadas por Flagelados
 DOENÇA DO SONO
   Provocada pelo Trypanosoma brucei e transmitido pela
    picada da mosca Glossina palpalis ou tsé-tsé
 DOENÇA DO SONO
   Restrita à região central da África, não foram registrados
    casos no Brasil
   Invasão do sistema nervoso central, provocando
    sonolência contínua e enfraquecimento do corpo 
    Morte
Doenças causadas por Flagelados
 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
    Úlcera de Baurú  Leishmania braziliensis
    Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família
     dos flebotomídeos (Gênero Lutzomia)  Mosquito
     palha
 Penetração através da picada do mosquito 
  reprodução intensa na pele  Lesões de pele, mucosa
  da boca, nariz e faringe  Deformações
 Se tratadas a tempo, há regressão das lesões
 Profilaxia:
   Evitar o contato com os mosquitos  100m das matas
    (voo curto)
   Tratar e isolar os doentes
Lesões por Leishmaniose Tegumentar Americana
Distribuição dos casos de Leishmaniose
         Tegumentar no Paraná
Doenças causadas por Flagelados
 LEISHMANIOSE VISCERAL
    Calazar
    Leishmania chagasi
    Transmitida também pelo mosquito palha (Lutzomya
     sp)
    Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço)
    Se não tratada, pode levar à morte
Doenças causadas por Flagelados
 TRICOMONÍASE
    Trichomonas vaginalis
    Mulher: inflamação na uretra e na vagina, corrimento
     branco-amarelado
    ASSINTOMÁTICA no homem, porém ainda é
     transmitida à mulher durante o ato sexual  AMBOS
     devem ser medicados
    PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de
     objetos ou sanitários públicos  sobrevivência do
     parasita por até 6 horas em ambientes úmidos
Doenças causadas por Flagelados
 GIARDÍASE
    Giardia lamblia
    Infecções no intestino delgado e diarréias 
     Desidratação
    Doença muito comum em crianças de creches públicas
    Transmissão pela ingestão de água e alimentos
     contaminados com os cistos da Giardia
SPOROZOA
 Não possuem organelas de locomoção e são parasitas
  intracelulares
 Podem causar doenças nos seres humanos
   MALÁRIA
   TOXOPLASMOSE
MALÁRIA
 Impaludismo, maleita ou sezão
 Países tropicais e África, principalmente
 Brasil  Região Amazônica
 Causada pelo esporozoário Plasmodium sp e
  transmitida pela picada das fêmeas do mosquito-prego
  (Anopheles sp)
 Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro
  intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro definitivo)




                     Anopheles sp
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
   Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma
    infectante do Plasmodium
   Fígado e baço  reprodução assexuada do parasita (esquizogonia) 
    Formação de MEROZOÍTOS
   Invasão das hemáceas  reprodução acentuada do parasita:
    Rompimento da célula  FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE.
   Algumas hemáceas não se rompem  aparecimento dos
    GAMETÓCITOS no interior delas  ingeridos pelo mosquito,
    originam gametas no tubo digestivo (reprodução sexuada)
   Fecundação, produção de novos ESPOROZOÍTOS, que migram para
    as glândulas salivares do mosquito e podem ser novamente
    inoculados no ser humano, retomando o ciclo.
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
ÁREAS DE RISCO DE MALÁRIA NO BRASIL
MALÁRIA – GRAVIDADE
Depende da espécie do Plasmodium:
   P. vivax: Febre a cada 48 horas (terçã benigna)
   P. malarie: Febre a cada 72 horas (quartã benigna)
   P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas

SINTOMAS:
   Danos no fígado, ANEMIA, cansaço, desânimo, falta de ar
    e diminuição da capacidade de trabalho.
MALÁRIA – TRATAMENTO e PROFILAXIA
   Medicamentos que matam o parasita no fígado e no
    sangue
   Prevenção:
       Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS,
        combate às larvas com LARVICIDAS ou peixes que se
        alimentem delas ou ainda drenagem de terrenos alagados.
       Uso de telas e cortineiros
       Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas,
        agulhas e no parto.
TOXOPLASMOSE
 Toxoplasma gondii
 Transmitido pela ingestão de cistos presentes nas fezes
  de gatos (solo, areia ou pelo do animal)
 Poucos ou nenhum sintoma: febre e aumento dos
  linfonodos  desaparecem sem deixar seqüelas
 Mulheres grávidas: transmissão ao feto  Lesões
  cerebrais e em outros órgãos
 PREVENÇÃO:
   Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto
   Lavar as mãos após o contato com eles
 Mulheres que pretendem engravidar: exame específico

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino Fungi
emanuel
 
Briofitas
BriofitasBriofitas
Briofitas
jcrrios
 
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
Leonardo Kaplan
 
V.1 Introdução a ecologia
V.1 Introdução a ecologiaV.1 Introdução a ecologia
V.1 Introdução a ecologia
Rebeca Vale
 
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres VivosClassificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
Juliana Mendes
 
7º ano cap 22 as aves
7º ano cap 22 as aves7º ano cap 22 as aves
7º ano cap 22 as aves
ISJ
 

Mais procurados (20)

Aula de ecologia curso completo
Aula de ecologia   curso completoAula de ecologia   curso completo
Aula de ecologia curso completo
 
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
 
Reino Animal
Reino AnimalReino Animal
Reino Animal
 
Aula completa reino protista
Aula completa reino protistaAula completa reino protista
Aula completa reino protista
 
Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino Fungi
 
Relações Ecológicas
Relações EcológicasRelações Ecológicas
Relações Ecológicas
 
Poríferos e cnidários
Poríferos e cnidários Poríferos e cnidários
Poríferos e cnidários
 
Histologia vegetal
Histologia vegetalHistologia vegetal
Histologia vegetal
 
Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino Fungi
 
Repteis
RepteisRepteis
Repteis
 
2EM #05 Platelmintos: Intro
2EM #05 Platelmintos: Intro2EM #05 Platelmintos: Intro
2EM #05 Platelmintos: Intro
 
Poríferos e cnidários
Poríferos e cnidáriosPoríferos e cnidários
Poríferos e cnidários
 
Angiospermas
AngiospermasAngiospermas
Angiospermas
 
Reino animal
Reino animalReino animal
Reino animal
 
Briofitas
BriofitasBriofitas
Briofitas
 
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
Aula 7º ano - Reino Animalia (Vertebrados)
 
V.1 Introdução a ecologia
V.1 Introdução a ecologiaV.1 Introdução a ecologia
V.1 Introdução a ecologia
 
Moluscos - Biologia
Moluscos - BiologiaMoluscos - Biologia
Moluscos - Biologia
 
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres VivosClassificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
 
7º ano cap 22 as aves
7º ano cap 22 as aves7º ano cap 22 as aves
7º ano cap 22 as aves
 

Destaque

Reino Protista 7 ano
Reino Protista 7 anoReino Protista 7 ano
Reino Protista 7 ano
UFMS
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
Wendy Vc
 
Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
Neila
 

Destaque (20)

Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Reino Protista
Reino Protista Reino Protista
Reino Protista
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Reino Protista 7 ano
Reino Protista 7 anoReino Protista 7 ano
Reino Protista 7 ano
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
DoençA Do Sono
DoençA Do SonoDoençA Do Sono
DoençA Do Sono
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
 
Doenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoáriosDoenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoários
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Algas e protozoários
Algas e protozoáriosAlgas e protozoários
Algas e protozoários
 
Parasitoses humanas
Parasitoses humanasParasitoses humanas
Parasitoses humanas
 
Protozoários - Parasitologia
Protozoários - ParasitologiaProtozoários - Parasitologia
Protozoários - Parasitologia
 
Reino Protoctista
Reino ProtoctistaReino Protoctista
Reino Protoctista
 
Protozoários e protozooses
Protozoários e protozoosesProtozoários e protozooses
Protozoários e protozooses
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
II.3 Reino Protoctista
II.3 Reino ProtoctistaII.3 Reino Protoctista
II.3 Reino Protoctista
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Protoctista 2013
Protoctista 2013Protoctista 2013
Protoctista 2013
 
O reino protoctista
O reino protoctistaO reino protoctista
O reino protoctista
 

Semelhante a Reino protista: protozoarios

Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
Neila
 

Semelhante a Reino protista: protozoarios (20)

Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino ProtistaSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Aula reino-protista
Aula reino-protistaAula reino-protista
Aula reino-protista
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Reino animal
Reino animalReino animal
Reino animal
 
Reino protista protozoarios
Reino protista protozoariosReino protista protozoarios
Reino protista protozoarios
 
Aula sobre Protozooses.pdf
Aula sobre Protozooses.pdfAula sobre Protozooses.pdf
Aula sobre Protozooses.pdf
 
Parasitismo
ParasitismoParasitismo
Parasitismo
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
 
Reino protoctista
Reino protoctistaReino protoctista
Reino protoctista
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Reino monera, protista
Reino monera, protistaReino monera, protista
Reino monera, protista
 

Último

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Último (20)

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 

Reino protista: protozoarios

  • 1. PROTOZOÁRIOS ERNESTO PEDRO DA SILVA BIÓLOGO - UECE
  • 2. Protozoários  Organismos pertencentes ao Reino Protista  Seres Eucariontes, heterotróficos, unicelulares ou pluricelulares (formação de colônias rudimentares)  Vida livre ou parasitas  Divididos de acordo com as diferentes formas de locomoção:  Rhizopoda ou Sarcodinea  Pseudópodes  Ciliophora Cílios  Mastigophora  Flagelos  Sporozoa ou Apicomplexa Não possuem organela de locomoção
  • 3. Sarcodinea ou Rhizopoda  Pseudópodos para a locomoção, que auxiliam também na captura de alimentos  Fagocitose  Principais representantes: AMEBAS  Maioria de vida livre; Ex: Amoeba proteus (água doce)  Algumas espécies parasitas  Entamoeba hystolitica  Disenteria amebiana ou Amebíase  Parasita do intestino grosso humano  Ingestão de cistos através de alimentos e água contaminados  Sintomas: Dores abdominais, forte diarréia  Profilaxia: Hábitos de higiene adequados, saneamento básico.
  • 4. Sarcodinea ou Rhizopoda  Algumas espécies possuem carapaças resistentes de sílica ou de carbonato de cálcio, que sustentam e protegem a célula.  Exemplos:  Foraminíferos, Radiolários e Heliozoários
  • 6. Ciliophora  Cílios para a locomoção  pequenos e numerosos espalhados pela membrana ou em tufos (cirros)  Grande maioria de vida livre  Exemplo: Paramecium sp  Ciliado de água doce  Sulco oral: abertura ciliada que empurra a água com o alimento para o citóstoma (“boca”)  Dois núcleos: Macronúcleo (controle do metabolismo) e micronúcleo (reprodução por conjugação)  Vacúolo contrátil ou pulsátil  “bomba” que expulsa a água em excesso que entra passivamente por osmose
  • 8. Micronúcleo Vacúolo Pulsátil Ciliophora Paramecium caudatum Citóstoma Sulco Oral Macronúcleo
  • 9. Mastigophora  Flagelos como organela de locomoção  1 a 4  Vida livre, parasitas ou simbióticos  Simbiose: Triconympha sp vive no intestino de cupins e digere a celulose ingerida por ele. Em contrapartida, o cupim oferece um habitat adequado às condições metabólicas do protozoário.
  • 10. Doenças causadas por Flagelados  DOENÇA DE CHAGAS  Carlos Chagas, 1909  Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por percevejos triatomídeos conhecidos como BARBEIROS
  • 11. Ciclo da doença  Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres (reservatórios naturais) ou pessoas doentes e o protozoário se aloja em seu intestino  Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele e o protozoário penetra pela ferida.  Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto, parte descoberta durante o sono e que é bastante vascularizada.  A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho, provocando o sinal característico da infecção.
  • 12. Ciclo da doença  O tripanosoma cai na corrente circulatória e se aloja no coração ou no intestino, onde irá se reproduzir.  O coração e o intestino aumentam bastante de tamanho (megacólon e megacoração), provocando insuficiência cardíaca e alterações na digestão.
  • 13. Ciclo da doença  Doença grave, sem cura, mas que pode ser controlada e prevenida  PROFILAXIA:  Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas nas paredes são o local ideal para a reprodução dos barbeiros  Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros  Tratar e isolar os doentes  Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
  • 14. Doenças causadas por Flagelados  DOENÇA DO SONO  Provocada pelo Trypanosoma brucei e transmitido pela picada da mosca Glossina palpalis ou tsé-tsé
  • 15.  DOENÇA DO SONO  Restrita à região central da África, não foram registrados casos no Brasil  Invasão do sistema nervoso central, provocando sonolência contínua e enfraquecimento do corpo  Morte
  • 16. Doenças causadas por Flagelados  LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA  Úlcera de Baurú  Leishmania braziliensis  Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família dos flebotomídeos (Gênero Lutzomia)  Mosquito palha
  • 17.  Penetração através da picada do mosquito  reprodução intensa na pele  Lesões de pele, mucosa da boca, nariz e faringe  Deformações  Se tratadas a tempo, há regressão das lesões  Profilaxia:  Evitar o contato com os mosquitos  100m das matas (voo curto)  Tratar e isolar os doentes
  • 18. Lesões por Leishmaniose Tegumentar Americana
  • 19. Distribuição dos casos de Leishmaniose Tegumentar no Paraná
  • 20. Doenças causadas por Flagelados  LEISHMANIOSE VISCERAL  Calazar  Leishmania chagasi  Transmitida também pelo mosquito palha (Lutzomya sp)  Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço)  Se não tratada, pode levar à morte
  • 21. Doenças causadas por Flagelados  TRICOMONÍASE  Trichomonas vaginalis  Mulher: inflamação na uretra e na vagina, corrimento branco-amarelado  ASSINTOMÁTICA no homem, porém ainda é transmitida à mulher durante o ato sexual  AMBOS devem ser medicados  PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de objetos ou sanitários públicos  sobrevivência do parasita por até 6 horas em ambientes úmidos
  • 22. Doenças causadas por Flagelados  GIARDÍASE  Giardia lamblia  Infecções no intestino delgado e diarréias  Desidratação  Doença muito comum em crianças de creches públicas  Transmissão pela ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos da Giardia
  • 23. SPOROZOA  Não possuem organelas de locomoção e são parasitas intracelulares  Podem causar doenças nos seres humanos  MALÁRIA  TOXOPLASMOSE
  • 24. MALÁRIA  Impaludismo, maleita ou sezão  Países tropicais e África, principalmente  Brasil  Região Amazônica  Causada pelo esporozoário Plasmodium sp e transmitida pela picada das fêmeas do mosquito-prego (Anopheles sp)  Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro definitivo) Anopheles sp
  • 25. MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA  Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma infectante do Plasmodium  Fígado e baço  reprodução assexuada do parasita (esquizogonia)  Formação de MEROZOÍTOS  Invasão das hemáceas  reprodução acentuada do parasita: Rompimento da célula  FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE.  Algumas hemáceas não se rompem  aparecimento dos GAMETÓCITOS no interior delas  ingeridos pelo mosquito, originam gametas no tubo digestivo (reprodução sexuada)  Fecundação, produção de novos ESPOROZOÍTOS, que migram para as glândulas salivares do mosquito e podem ser novamente inoculados no ser humano, retomando o ciclo.
  • 26. MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
  • 27. ÁREAS DE RISCO DE MALÁRIA NO BRASIL
  • 28. MALÁRIA – GRAVIDADE Depende da espécie do Plasmodium:  P. vivax: Febre a cada 48 horas (terçã benigna)  P. malarie: Febre a cada 72 horas (quartã benigna)  P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas SINTOMAS:  Danos no fígado, ANEMIA, cansaço, desânimo, falta de ar e diminuição da capacidade de trabalho.
  • 29. MALÁRIA – TRATAMENTO e PROFILAXIA  Medicamentos que matam o parasita no fígado e no sangue  Prevenção:  Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS, combate às larvas com LARVICIDAS ou peixes que se alimentem delas ou ainda drenagem de terrenos alagados.  Uso de telas e cortineiros  Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas, agulhas e no parto.
  • 30. TOXOPLASMOSE  Toxoplasma gondii  Transmitido pela ingestão de cistos presentes nas fezes de gatos (solo, areia ou pelo do animal)  Poucos ou nenhum sintoma: febre e aumento dos linfonodos  desaparecem sem deixar seqüelas  Mulheres grávidas: transmissão ao feto  Lesões cerebrais e em outros órgãos  PREVENÇÃO:  Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto  Lavar as mãos após o contato com eles  Mulheres que pretendem engravidar: exame específico