O governo do Marechal Costa e Silva (1964-1969) viu crescentes protestos contra a ditadura militar e a repressão, culminando no Ato Institucional no5 em 1968, que deu amplos poderes ao presidente para fechar o Congresso e cassar direitos políticos.
2. Em 15 de março de 1964 Marechal Arthur da Costa
Silva assumiu a presidência para suceder a Castelo
Branco.
Durante esse governo ocorreram muitas
manifestações contra a ditadura militar. E 1968 essas
manifestações se tornaram mais frequentes. No Rio de
Janeiro, cerca de 100 mil pessoas participaram de uma
passeata de protestos contra o assassinato do
estudante Edson Luis pela policia. Muitos operários
fizeram greves.
Os militares colocam
fim à liberdade
3. Os protestos podiam ser sentidos inclusive em
festivais de música e apresentações teatrais.
Alguns parlamentares no Congresso Nacional
resistiam ao poder ditatorial do presidente. O
deputado Márcio Moreira Alves fez um discurso
que propunha o boicote à parada de 7 de
setembro e aconselhava as moças a não
dançarem nos bailes da independência. O
governo solicitou á câmara uma licença para que
o deputado fosse processado. A maioria dos
deputados voltou contra. A reação do governo
manifestou – se num novo ato institucional.
5. O governo militar
fecha o congresso
Em dezembro de 1968, o governo baixou o AI-5.
Ele dava mais poderes ao presidente, que agora podia
fechar o Congresso Nacional, as assembléias legislativas e
as câmaras de vereadores; decretar intervenção nos
estados territórios e municípios; cassar mandatos eletivos e
suspender direitos políticos por dez anos.
No mesmo dia o presidente fechou o Congresso
Nacional por prazo indeterminado. Milhares de pessoas
foram presas, entre elas o ex presidente Juscelino
Kubitschek.
Em 1969, o general Costa e Silva adoeceu e ficou
impossibilitado de continuar na presidência .
6. Quem deveria assumir o cargo era o vice-presidente, o
civil Pedro Aleixo. Mas os chefes militares não confiavam
em Pedro Aleixo, três ministros militares- Lyra Tavares do
Exército, Augusto Rademarker da Marinha, e Souza Mello
da Aeronáutica- tomaram o poder. O Brasil passou a ter
três governantes militares que formaram uma nova junta
militar.
A junta militar governou o Brasil durante dois meses.
8. “Música” um meio de
protestar
Além da resistência ora camuflada, ora explícita da
imprensa, artistas vinculados à produção musical
encontraram como forma de protesto e denúncia compor
obras que possuem duplo sentido, tentando alertar aos mais
atentos, e tentando despistar a atenção dos militares, que
geralmente descobriam que a música se tratava de uma
crítica a eles apenas após a aprovação e sucesso entre o
público das mesmas. Um dos mais marcantes do jogo
linguístico e musical presentes no período é a música
Cálice, composta por Chico Buarque e Gilberto Gil. Além do
título da composição ter som idêntico à expressão Cale-se,
seus versos poderiam ser confundidos com uma divagação
religiosa, tal como no trecho transcrito seguir.
9. Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
10. Artistas censurados
durante a ditadura
militar (1964-1985)
• Caetano Veloso
• Chico Buarque
• Elis Regina
• Geraldo André
• Gilberto Gil
• Kid Abelha
• Milton Nascimento
• Plínio Marcos
• Raul Seixas
• Taiguara
• Toquinho
• Odair José
• Torquato Neto
• Zé Keti
11. Fonte:
Livro História e Vida,
Nelson Piletti
e Claudino Piletti
Equipe: Victor F.
Lara S.
Poliane M.