O documento descreve a localização geológica dos Açores e os fatores que contribuem para a atividade vulcânica na região. As ilhas dos Açores situam-se numa zona de junção tripla de placas tectónicas. Existem várias estruturas geológicas como a Crista Média Atlântica e o Rifte da Terceira que influenciam a ascensão de magma para a superfície, dando origem a vulcões ativos na região dos Açores.
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
1. COMO SOBREVIVER JUNTO A UM
VULCÃO?
TRABALHO REALIZADO POR:
ALEXANDRE MARTINS Nº1 10ºC
ANDRÉ CARVALHO Nº3 10ºC
DIOGO NUNES Nº9 10ºC
FRANCISCO PEREIRA Nº11 10ºC
2. CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO
GEOLÓGICA DOS AÇORES
▪ As ilhas dos Açores emergem da designada Plataforma dos Açores, uma
região de morfologia muito acidentada com cerca de 5.8 milhões de
km2, limitada pela curva batimétrica dos 2.000 metros.
▪ Os Açores localizam-se na zona de junção tripla correspondente ao
contacto das placas litosféricas Norte - Americana, Eurasiática e Africana
(Núbia), condição que se traduz na existência de importantes sistemas de
fracturas nesta região do Atlântico Norte.
3. CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO
GEOLÓGICA DOS AÇORES
▪ As principais estruturas tectónicas existentes na Região dos Açores são
a Crista Média Atlântica (CMA), o Rifte da Terceira (RT), a Zona de
Fractura Este dos Açores (ZFEA) e a Falha da Glória (FG).
4. CRISTA MÉDIA ATLÂNTICA
▪ A Crista Média Atlântica apresenta a direcção aproximada N-S, a norte
dos Açores. Trata-se de uma estrutura distensiva pura, afectada por
diversas falhas transformantes de direcção geral E-W que apresentam
movimento direito a norte dos Açores e esquerdo a sul. É muito activa
do ponto de vista sísmico e vulcânico.
5. RIFTE DA TERCEIRA
▪ O Rifte da Terceira é definido pelo alinhamento, de direcção geral NWSE. No seu limite NW o Rift da Terceira contacta com a Zona de Fractura
Norte dos Açores (ZFNA), uma falha transformante de direcção E-W que
corta a Crista Média Atlântica, enquanto a SE intersecta a Falha Glória a
sueste da ilha de Santa Maria, fazendo um ângulo de aproximadamente
45º.
6. ZONA DE
AÇORES
FRACTURA ESTE
DOS
▪ A Zona de Fractura Este dos Açores, com uma orientação geral E-W.
Esta estrutura constituiu no passado a fronteira entre as placas
Eurasiática e Núbia, sendo considerada actualmente inactiva após a
migração para Norte da fronteira de placas.
7. FALHA DA GLÓRIA
▪ A Falha da Glória, de orientação geral E-W, corresponde ao segmento
da Falha Açores-Gibraltar que se estende desde leste da ilha de Santa
Maria, até cerca de 800 km para oeste. É uma estrutura
linear, batimetricamente bem definida, e sismicamente activa.
8. FACTORES
QUE
PROVOCAM
ASCENSÃO DO MAGMA
▪ Os magmas tendem a ascender em direcção à superfície, como
consequência da densidade (menor densidade dos magmas em relação
a densidade das rochas que os rodeiam) e da expansão volumétrica que
sofrem.
▪ Sempre que possível os magmas ascendem em direção à superfície
através de falhas ou fraturas. Quando estas descontinuidades da crusta
não estão disponíveis formam-se câmaras de magmas com formas de
gigantescas "bolhas invertidas" ou "balões“ que se deslocam por fluxo
plástico em meio às rochas sobrejacentes.
A
9. FACTORES QUE PROVOCAM A
ASCENSÃO DO MAGMA
▪ Alguns magmas não conseguem atingir à superfície, cristalizando e
arrefecendo em profundidade (formando as intrusões
magmáticas), sendo eventualmente revelados posteriormente por
erosão. Outros magmas, por sua vez, conseguem alcançar a porção
externa da Terra, alimentando dessa forma os vulcões. Assim, os vulcões
estão localizados acima de zonas de fusão parcial dentro do nosso
planeta.
10. PRINCIPAIS ZONAS DE VULCANISMO
ACTIVO NO GLOBO
▪ As principais zonas de vulcanismo activo no globo são:
▪ Anel de fogo do pacífico (A)
▪ Cintura mediterrânea-asiática (B)
▪ Dorsal Médio-Atlântica (C)
11. ANEL DE FOGO DO PACÍFICO
▪ É uma área onde há um elevado número de terremotos e uma forte
atividade vulcânica, localizado no Norte do Oceano Pacífico.
▪ No Anel de Fogo do Pacífico existem cerca de 452 vulcões, que
correspondem a 75% dos vulcões ativos do mundo, e ainda a 80% dos
abalos sísmicos.
▪ Quando o limite da resistência do limite de uma placa é atingido, as
rochas rompem-se, provocando atividade sísmica ou erupções
vulcânicas.
12. CINTURA MEDITERRÂNEA-ASIÁTICA
▪ Zona de grande atividade sísmica que se estende de Gibraltar até ao
Sudoeste Asiático, onde ocorrem cerca de 15% dos sismos do
planeta. É uma área sísmica numa fronteira de convergência de placas
oceânicas.
13. DORSAL MÉDIO-ATLÂNTICA
▪ A dorsal médio-atlântica faz parte do sistema global de
dorsais oceânicas, e como é o caso de todas as dorsais
oceânicas, crê-se que a sua formação fique a dever-se a um
limite divergente entre placas tectónicas. Através desta dorsal
é expelido magma, fazendo com que haja um elevado nº de
vulcões submarinos.
14. EXISTÊNCIA DE VULCANISMO
INTRAPLACAS
▪ No interior das placas tectónicas existe um conjunto de vulcões, não
menos importantes que os referidos anteriormente - os vulcões
intraplacas.
▪ Este tipo de vulcanismo localiza-se no interior das placas tectónicas. O
planalto do Decão (índia) e algumas das ilhas da Islândia e dos Açores
estão associa-das a este tipo de vulcanismo, que, é um vul-canismo do
tipo efusivo.
▪ A origem destes vulcões encontra-se associada aos pontos quentes (hot
spots).
15. EXISTÊNCIA DE VULCANISMO
INTRAPLACAS
▪ Um ponto quente é um centro de actividade vulcânica, passada ou
presente,
que
se
encontra
associado
a
uma
pluma
térmica, originando, geralmente, ilhas vulcânicas no interior das placas
litosféricas. As plumas térmicas são colunas de material magmático
quente e pouco denso que sobe ao longo do manto, até à base da
litosfera, onde terminam com a forma de cogumelo. O magma que
ascende ao longo da pluma térmica vai alimentar um vulcão à superfície
da litosfera.
16. EXISTÊNCIA DE VULCANISMO
INTRAPLACAS
▪ Os pontos quentes mantêm uma posição fixa no manto e originam, à
superfície, vulcões efusivos, de lava basáltica. Como a litosfera se
movimenta devido à expansão provocada junto das fronteiras
divergentes e como o ponto quente se mantém fixo, com o passar dos
tempos vai-se formar um ali-nhamento de vulcões, tanto mais antigos
quanto mais afastados do rifte e do ponto quente.
▪ À medi-da que a placa litosférica se movimenta, o ponto quente, como é
fixo, deixa de alimentar um vulcão, que se extingue, passando a
alimentar um novo vulcão.