O documento discute a expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI, com foco na atuação de Portugal e Espanha. Detalha a conquista de Ceuta por Portugal em 1415, marcando o início das grandes navegações, e o progressivo avanço português ao longo da costa africana. Também aborda as viagens de Colombo para a Espanha e o subsequente conflito entre os dois reinos ibéricos pelo controle do comércio com as Índias, resolvido pelo Tratado de Tordesilhas em 14
2. OBJETIVO
•Analisar o processo de conquista praticado pelos
europeus na América
•Analisar a atuação dos movimentos sociais que
contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de
disputa pelo poder.
•• Entender a expansão marítima dos séculos XV e XVI
como um empreendimento econômico, político, social e
militar.
•• Entender os interesses das monarquias modernas e de
novo grupo social emergente nas conquistas de novas
terras.
3. REFERÊNCIAS PARA APROFUNDAMENTO, ESTUDO E PESQUISA
Filme: 1492, a Conquista
do paraíso
http://nonio.eses.pt/gama/
http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/cristovao-colombo-impressao.shtml
http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/pedro-alvares-cabral.shtml
http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/tratado-de-tordesilhas.shtml
5. • Em meio às mudanças expressas com o
Renascimento, o universo político e
econômico europeu ganhava novos contornos
e outras dimensões;
• A sustentação material para a afirmação dos
monarcas estava estreitamente vinculada ao
desenvolvimento mercantil, em especial no
que tange ao comércio de produtos orientais.
6. Península Ibérica
• A península Ibérica vivia sua guerra interna e constante entre
cristãos e muçulmanos desde a investida islâmica do ano de
711. Os pequenos reinos de cultura cristã do norte eram
fortemente militarizados, tendo a seu serviço uma nobreza
unida diante da ameaça muçulmana.
• Devido a esses conflitos, houve fortalecimento da monarquia,
os reis possuíam pleno apoio da Igreja, pois a empreitada de
guerra contra os islâmicos inseria-se no espírito da Cruzada,
proclamada pelo papa Urbano II em 1095.
7.
8. Formação de Portugal
• A formação de Portugal ocorreu enquanto as vitórias sobre os
mouros sucediam-se;
• As guerras eram chamadas de Reconquista, pois aquele
espaço ao sul da península havia sido domínio romano;
• D. Fernando I rei de Portugal morreu, D. Leonor Teles, a viúva
de D. Fernando, nunca fora bem vista pelo povo e pela
nobreza, entre os anos de 1383-1385 na chamada Revolução
de Avis. D. João, mestre da Ordem de Avis, conduziu um grupo
de nobres, com apoio de populares, contra a regente, D.
Leonor Teles. As motivações eram várias e iam desde o
interesse pessoal do D. João em assumir o trono, pois era
meio-irmão do rei casado com D. Leonor e que havia falecido
naquele momento, até o interesse da nobreza na estabilidade
da região. O resultado dessa revolução foi a subida ao trono
de D. João, fundando uma nova dinastia, chamada de Avis.
9. • D. João não apenas estabilizou o reino, mas
empreendeu novas conquistas, atingindo Ceuta, no
norte da África, importante entreposto comercial
africano, no ano de 1415, esse foi o marco da expansão
marítimo-comercial europeia, cabendo a Portugal o
pioneirismo na história das Grandes Navegações da
época moderna.
Faltavam cereais e ouro. Mas sabia-se
onde encontrar estas riquezas. Um dos
lugares mais conhecidos e até mais
próximos era Ceuta, praça do Norte
d'África e bom mercado onde chegavam
caravanas de negociantes por diversas
rotas que atravessavam o deserto do
Sara.
10. Périplo Africano
• Portugal avançava sobre a costa africana
• As viagens eram de cabotagem, o que significa dizer que chegavam a um
ponto da costa e retornavam levando mercadorias e ouro, para depois ir
um pouco mais adiante noutro ponto do litoral africano.
• Feitorias eram organizadas para estabelecer contato com as populações
locais e para a prática do escambo.
• Assim, os portugueses conseguiam mais recursos para continuar seu
périplo africano.
• solução era continuar a navegar, explorando a África até atingir o Oriente,
o que ocorreu em 1498, quando Vasco da Gama chegou a Calicute, no
subcontinente indiano. Alguns autores afirmam que o ganho de Portugal
em relação ao investido na viagem superou os 4 000%, mas o custo
humano foi considerável: dos 170 homens envolvidos na expedição,
apenas 55 regressaram. Vasco da Gama ainda teve que enterrar seu irmão
no retorno da viagem.
15. Viagens Espanholas
• Enquanto os portugueses realizavam sua empreitada e ainda não tinham
chegado ao Oriente, o reino de Castela se uniu ao de Aragão. Eram dois
reinos cristãos da península Ibérica que juntavam forças para combater os
islâmicos que dominavam alguns territórios ao sul.
• Essa união foi sacramentada com o casamento do rei de Aragão, D.
Fernando, com a rainha de Castela, D. Isabel, em 1469. Com isso, as
campanhas militares foram mais eficazes, culminando com a expulsão dos
árabes de Granada, último reduto islâmico, em 1492.
• A vitória permitiu aos reis a pacificação da península e a liberação de
recursos para outras atividades. Isabel decidiu patrocinar a expedição de
Cristóvão Colombo para as Índias.
• Colombo, animado pelas ideias renascentistas, afirmava a esfericidade da
Terra e, por isso, pretendia chegar ao Oriente navegando para o Ocidente.
Seu plano de navegação, a princípio, não ameaçava Portugal, pois não
passaria pelo espaço de navegação lusitano.
16. Viagem de Cristovão Colombo
Antes de Portugal atingir o Oriente contornando a África, Colombo regressava afirmando ter
ido ao Oriente, navegando pelo Ocidente. A partir daí, o conflito entre os dois reinos ibéricos
estava declarado, pois a Espanha aparecia como a grande concorrente de Portugal. Não se
sabia ali se Cristóvão Colombo havia atingido, de fato, as Índias, mas sua afirmação de ter
chegado à terra firme animava a disputa entre Portugal e Espanha.
17. Divisão do Mundo: Bula
Intercoetera O papa Alexandre VI lançou uma
bula, a Inter Coetera (1493), em
que se definia a divisão do mundo
entre os dois reinos. O esquema de
divisão estava assentado na
contagem de 100 léguas a oeste
das ilhas de Cabo Verde. Nesse
ponto, seria traçado um meridiano
de polo a polo dividindo o globo. As
terras situadas a oeste seriam de
Espanha e as localizadas a leste
seriam de Portugal.
A Coroa lusitana não aceitou esta
divisão e ameaçou a Espanha com
uma guerra.
18. Tratado de Tordesilhas
Em 1494, era assinado o Tratado de Tordesilhas que alterava a
quantidade de léguas de 100 para 370. Nascia ali o novo
imperialismo, muito diferente daquele inaugurado por Roma na
bacia do mar Mediterrâneo.
20. Outras monarquias na expansão marítima
• França e Inglaterra, que haviam saído da Guerra dos Cem
Anos (1337-1453), organizavam o aparelho de Estado que
permitiria o financiamento das suas movimentações
marítimas rumo a novos territórios.
• Os franceses foram os primeiros a questionar a divisão do
mundo entre Portugal e Espanha. O rei da França, Francisco I,
chegou mesmo a perguntar onde se encontrava o testamento
de Adão e Eva afirmando que as terras do mundo eram de
Portugal e de Espanha.