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FACULDADE CATÓLICA RAINHA
DO SERTÃO
CAMILA ALVES
CARLA VIVIANE
RUTH REIS
VICTÓRIA RÉGIA
Fundamentos Teológicos
O direito de ser diferente
INTRODUÇÃO
 Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem
sua própria singularidade que a distingue como ser humano
individual, em face de gosto, antipatia, talento, sexo, cultura, língua,
religião e nacionalidade. Entretanto, as diferenças sempre
alimentaram discórdias entre as pessoas e grupos sociais.
 Aliás, sob tal perspectiva, urge ressaltar que a humanidade tem
presenciado ao longo de sua história uma sequência de
intolerância à diferença. Ser rotulado de “diferente” sempre foi visto
como sinônimo de inferioridade, de indesejável, de separado do
grupo. Basta à pessoa ser considerada diferente para os tidos
padrões “normais” para que todos passem a desprezá-la,
considerando-a como um ser de outro mundo.
 Nesse sentido, um dos problemas que deve ser enfrentado por
toda humanidade é a tendência existente de definir as pessoas
diferentes em termos negativos, de ver essas pessoas e o grupo ao
qual pertencem como inferiores e não merecedores de respeito.
 As mulheres têm menos direitos que os homens; as pessoas
portadoras de deficiência ainda enfrentam dificuldades em ver seus
direitos efetivamente implantados e os homossexuais ainda sofrem
discriminação em face das suas preferências sexuais.
PROIBIÇÃO DE QUALQUER FORMA DE
DISCRIMINAÇÃO
 A Constituição Federal de 1988 rejeita qualquer forma de
discriminação ao proclamar que todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, sendo invioláveis o direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Dessa forma, dentre os objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil está à promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
 Com efeito, não é permitido adotar qualquer tipo de discriminação
em razão do sexo, origem, idade, cor, raça, estado civil, crença
religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, condição
e saúde física sensorial e mental ou orientação sexual (gay, lésbica,
travesti e bissexual).
PRINCÍPIO DA IGUALDADE FORMAL E
MATERIAL
 Segundo Gregório Assagra de Almeida, em sentido vulgar o
vocábulo “princípio” tem o significado de origem, começo,
nascedouro. Por outro lado, assevera que no campo do direito a
palavra “princípio” tem significado de normas elementares ou
preceitos primordiais instituídos como alicerce de alguma coisa. Aduz
que nessa concepção, os princípios exprimem sentido mais
importante que as regras jurídicas e significam pontos básicos que
constituem o próprio alicerce do direito.
 Portanto, o princípio da igualdade surge como ponto de equilíbrio
entre os direitos das pessoas “ditas” normais e das pessoas
diferentes. É razoável entender que a pessoa diferente tem, pela sua
própria condição, direito à quebra da igualdade.
DIREITO DE SER DIFERENTE
 Conforme asseverou Charles Evans Hughes, quando perdemos o
direito de ser diferentes, perdemos o privilégio de ser livres. Nesse
sentido, o princípio da igualdade defendido pelos direitos humanos
assegura o respeito às diferenças e determina que todos devam ser
tratados iguais quando a desigualdade puder implicar em prejuízo de
alguns.
 Nesse viés, a igualdade assegura ao ser humano o direito de ser
diferente, de não ser submetido a tratamento de modificação de
personalidade, proibindo qualquer forma de discriminação e de
tratamento desigual em razão de origem, sexo, idade, cor, raça,
estado civil, deficiência, crença religiosa, convicção filosófica ou
política, situação familiar, orientação sexual etc.
 A sociedade deve ter em mente que a diversidade ou diferença não é
um problema, mas sim, uma solução. Todo ser humano tem o direito
de ser autêntico, de ser diferente. Ora, o que todos queremos é ser
feliz, inclusive, as pessoas diferentes.
 Enfim, toda sociedade deve ser capaz de aceitar e conviver com as
diferenças.
DA TOLERÂNCIA
 O exercício da tolerância inclui, em primeiro lugar, o respeito à outra
pessoa. Isso não significa concordar incondicionalmente com o que
está sendo dito, anular sua opinião ou se submeter ao que nos
violenta ou faz mal. A tolerância nos permite considerar que existem,
sim, diversas formas de olhar para a vida, outras maneiras de ser ou
vários tipos de ideal. E que opiniões diferentes das nossas não
significam, necessariamente, uma afronta pessoal.
 Somente seremos felizes quando concretizarmos o disposto na
Declaração de Princípios da Tolerância aprovada pela Organização
das Nações Unidas para a Educação. Isto é: "A prática da tolerância
significa que cada pessoa é livre para escolher suas convicções e
aceita que seu semelhante possa usufruir da mesma liberdade".
TOLERÂNCIA VERSUS RESPEITO
 A palavra tolerância provém da palavra tolerareque significa
etimologicamente sofrer ou suportar pacientemente. O conceito
tolerância radica numa aceitação assimétrica de poder: a) tolera-se
aquilo que se apresenta como distinto da maneira de agir, pensar e
sentir de quem tolera; b) quem tolera está, em princípio numa
posição de superioridade em relação aquele que é tolerado.
 Ser tolerante implica em aceitar que os outros pensem diferentes de
nós, sem que isso possa nos levar a odiá-los. Assim, podemos ser
tolerantes dentro do mesmo grupo; ser tolerantes face aos que não
pertencem ao nosso grupo; e tolerante as convicções e crenças dos
outros que sejam diferentes das nossas.
 Por outro lado, respeito é o apreço por, ou o sentido do valor e
excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a
manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. Em certos
aspectos, o respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio.
 O respeito, ao invés da tolerância, carrega uma polaridade ativa,
marcada pela preocupação com os outros e na qual vem impressa a
indelével marca do amor.
 O respeito constitui uma virtude que nunca pode pecar por excesso,
porque quanto mais respeito se tem mais se ama, a tolerância é o
exemplo de uma virtude que se obriga ao meio termo porque, em
excesso, resulta em indiferença, e, em falta, traz o sabor da
intolerância.
 Sem mais delongas, tolerar é bom, mas respeitar é melhor. Respeitar
é bom, mas amar é divino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Face ao exposto, podemos concluir que não se admite mais a
adoção de qualquer tipo de discriminação em razão de sexo, origem,
idade, cor, raça, estado civil, crença religiosa, convicção filosófica ou
política, situação familiar, deficiência, orientação sexual etc.
 Cumpre ressaltar que toda sociedade deve ser capaz de aceitar e
conviver com as diferenças. Tolerar a diferença nos permite
considerar que existem diversas formas de olhar para a vida. Nesse
diapasão, quanto mais pessoas se unirem em torna dessa idéia,
respeito à diferença, mais rapidamente caminharemos para uma
sociedade justa, pacífica e igualitária.
 Tolerar é bom, mas respeitar é melhor. Respeitar é bom, mas amar é
divino. Em essência, pode-se dizer que todo ser humano tem por
objetivo alcançar a felicidade, inclusive as pessoas diferentes e
ninguém tem o direito de negar isso a elas.

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Unicatólica - O direito de ser diferente!

  • 1. FACULDADE CATÓLICA RAINHA DO SERTÃO CAMILA ALVES CARLA VIVIANE RUTH REIS VICTÓRIA RÉGIA Fundamentos Teológicos O direito de ser diferente
  • 2. INTRODUÇÃO  Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem sua própria singularidade que a distingue como ser humano individual, em face de gosto, antipatia, talento, sexo, cultura, língua, religião e nacionalidade. Entretanto, as diferenças sempre alimentaram discórdias entre as pessoas e grupos sociais.  Aliás, sob tal perspectiva, urge ressaltar que a humanidade tem presenciado ao longo de sua história uma sequência de intolerância à diferença. Ser rotulado de “diferente” sempre foi visto como sinônimo de inferioridade, de indesejável, de separado do grupo. Basta à pessoa ser considerada diferente para os tidos padrões “normais” para que todos passem a desprezá-la, considerando-a como um ser de outro mundo.  Nesse sentido, um dos problemas que deve ser enfrentado por toda humanidade é a tendência existente de definir as pessoas diferentes em termos negativos, de ver essas pessoas e o grupo ao qual pertencem como inferiores e não merecedores de respeito.
  • 3.  As mulheres têm menos direitos que os homens; as pessoas portadoras de deficiência ainda enfrentam dificuldades em ver seus direitos efetivamente implantados e os homossexuais ainda sofrem discriminação em face das suas preferências sexuais.
  • 4. PROIBIÇÃO DE QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO  A Constituição Federal de 1988 rejeita qualquer forma de discriminação ao proclamar que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa forma, dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está à promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.  Com efeito, não é permitido adotar qualquer tipo de discriminação em razão do sexo, origem, idade, cor, raça, estado civil, crença religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, condição e saúde física sensorial e mental ou orientação sexual (gay, lésbica, travesti e bissexual).
  • 5. PRINCÍPIO DA IGUALDADE FORMAL E MATERIAL  Segundo Gregório Assagra de Almeida, em sentido vulgar o vocábulo “princípio” tem o significado de origem, começo, nascedouro. Por outro lado, assevera que no campo do direito a palavra “princípio” tem significado de normas elementares ou preceitos primordiais instituídos como alicerce de alguma coisa. Aduz que nessa concepção, os princípios exprimem sentido mais importante que as regras jurídicas e significam pontos básicos que constituem o próprio alicerce do direito.  Portanto, o princípio da igualdade surge como ponto de equilíbrio entre os direitos das pessoas “ditas” normais e das pessoas diferentes. É razoável entender que a pessoa diferente tem, pela sua própria condição, direito à quebra da igualdade.
  • 6. DIREITO DE SER DIFERENTE  Conforme asseverou Charles Evans Hughes, quando perdemos o direito de ser diferentes, perdemos o privilégio de ser livres. Nesse sentido, o princípio da igualdade defendido pelos direitos humanos assegura o respeito às diferenças e determina que todos devam ser tratados iguais quando a desigualdade puder implicar em prejuízo de alguns.  Nesse viés, a igualdade assegura ao ser humano o direito de ser diferente, de não ser submetido a tratamento de modificação de personalidade, proibindo qualquer forma de discriminação e de tratamento desigual em razão de origem, sexo, idade, cor, raça, estado civil, deficiência, crença religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, orientação sexual etc.  A sociedade deve ter em mente que a diversidade ou diferença não é um problema, mas sim, uma solução. Todo ser humano tem o direito de ser autêntico, de ser diferente. Ora, o que todos queremos é ser feliz, inclusive, as pessoas diferentes.  Enfim, toda sociedade deve ser capaz de aceitar e conviver com as diferenças.
  • 7. DA TOLERÂNCIA  O exercício da tolerância inclui, em primeiro lugar, o respeito à outra pessoa. Isso não significa concordar incondicionalmente com o que está sendo dito, anular sua opinião ou se submeter ao que nos violenta ou faz mal. A tolerância nos permite considerar que existem, sim, diversas formas de olhar para a vida, outras maneiras de ser ou vários tipos de ideal. E que opiniões diferentes das nossas não significam, necessariamente, uma afronta pessoal.  Somente seremos felizes quando concretizarmos o disposto na Declaração de Princípios da Tolerância aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação. Isto é: "A prática da tolerância significa que cada pessoa é livre para escolher suas convicções e aceita que seu semelhante possa usufruir da mesma liberdade".
  • 8. TOLERÂNCIA VERSUS RESPEITO  A palavra tolerância provém da palavra tolerareque significa etimologicamente sofrer ou suportar pacientemente. O conceito tolerância radica numa aceitação assimétrica de poder: a) tolera-se aquilo que se apresenta como distinto da maneira de agir, pensar e sentir de quem tolera; b) quem tolera está, em princípio numa posição de superioridade em relação aquele que é tolerado.  Ser tolerante implica em aceitar que os outros pensem diferentes de nós, sem que isso possa nos levar a odiá-los. Assim, podemos ser tolerantes dentro do mesmo grupo; ser tolerantes face aos que não pertencem ao nosso grupo; e tolerante as convicções e crenças dos outros que sejam diferentes das nossas.  Por outro lado, respeito é o apreço por, ou o sentido do valor e excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. Em certos aspectos, o respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio.
  • 9.  O respeito, ao invés da tolerância, carrega uma polaridade ativa, marcada pela preocupação com os outros e na qual vem impressa a indelével marca do amor.  O respeito constitui uma virtude que nunca pode pecar por excesso, porque quanto mais respeito se tem mais se ama, a tolerância é o exemplo de uma virtude que se obriga ao meio termo porque, em excesso, resulta em indiferença, e, em falta, traz o sabor da intolerância.  Sem mais delongas, tolerar é bom, mas respeitar é melhor. Respeitar é bom, mas amar é divino.
  • 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS  Face ao exposto, podemos concluir que não se admite mais a adoção de qualquer tipo de discriminação em razão de sexo, origem, idade, cor, raça, estado civil, crença religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, deficiência, orientação sexual etc.  Cumpre ressaltar que toda sociedade deve ser capaz de aceitar e conviver com as diferenças. Tolerar a diferença nos permite considerar que existem diversas formas de olhar para a vida. Nesse diapasão, quanto mais pessoas se unirem em torna dessa idéia, respeito à diferença, mais rapidamente caminharemos para uma sociedade justa, pacífica e igualitária.  Tolerar é bom, mas respeitar é melhor. Respeitar é bom, mas amar é divino. Em essência, pode-se dizer que todo ser humano tem por objetivo alcançar a felicidade, inclusive as pessoas diferentes e ninguém tem o direito de negar isso a elas.