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MONODOCÊNCIA, DE NOVO
Sempre se considerou que as crianças, até aos 9/10 anos, se
desenvolviam de forma mais harmoniosa se tivessem no educador/professor
uma figura única, de referência, com a qual pudessem estabelecer laços afetivos,
os quais lhes conferiam estabilidade e segurança, sendo ideal que mantivessem
o mesmo professor, do 1.º ao 4.º ano.
Friso não estar a dar opiniões pessoais, nem pretender emiti-las. Hoje,
mais do que em qualquer outra época, o desnorte leva a contestações
impensadas, infundadas, e, poupem-me a discussões estéreis.
Fruto dessa teoria do desenvolvimento infantil, muito se refletiu a nível de
divisão dos ciclos e anos curriculares, tendo havido quem defendesse um
primeiro ciclo com 6 anos, como o Senhor Ministro Roberto Carneiro, ou quem
achasse que ao Ensino Básico, de 4 anos, se deveria seguir o Secundário de 6
anos, como o Senhor Ministro Júlio Pedrosa. De qualquer forma, a
monodocência ou a monodocência coadjuvada, que é usada atualmente,
nunca esteve em causa. Muitas foram as reflexões, considerações de benefícios
e riscos. Por exemplo, aquela cujo link coloco abaixo, em que Maria do Céu
Roldão, Fátima Costa, Paulo Abrantes e outros pensam o assunto.
http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docs/Gestao_curr_%201ciclo.pdf
Certo é que os professores do 1.º ciclo assim trabalham até hoje (1500
minutos semanais de componente letiva), com a responsabilidade de se
manterem atualizados em todos os domínios do saber- a Língua Materna, a
Matemática e as Ciências, a Educação Física e a Música, o Teatro e as Artes
Gráficas.
Quem quer ser um BOM professor, tem que fazer FORMAÇÃO, estar a par
de qualquer inovação!! Tem que conhecer os Grupos Musicais que as crianças
ouvem atualmente… Vai cantar as “Pombinhas da Catrina” com eles?? Leva um
coro de assobios! (exemplo jocoso) Técnicas de desenho e pintura, trabalhos
manuais… O PROFESSOR do 1.º CICLO TEM QUE DOMINAR e ATUALIZAR
TODAS AS MATÉRIAS!! Assim é o EDUCADOR de INFÂNCIA.
Para além de tudo o que já foi referido, muitos professores no 1.º ciclo,
estão entre os que se encontram em situação de risco a nível de saúde, com
40 anos de serviço e mais de 60 anos de idade. Que estão esses docentes a
fazer nas escolas, quando há tanta necessidade de jovens para lidar com as
tecnologias e para levar frescura ao ensino??
Os argumentos de que nos outros níveis de ensino básico e no ensino
secundário, nos quais os docentes apenas lecionam 1100 minutos por semana,
logo, menos 400 minutos, e têm redução de horário letivo, por idade e tempo
de serviço, a partir dos 50 anos, de que o seu trabalho é mais exigente
intelectualmente, de que tiveram maior formação, de que realizam mais
tarefas….são todos eles fruto de desconhecimento do trabalho no 1.º ciclo e de
um preconceito vindo da suposição de que o professor primário(primeiro) é um
ser inferior, que não tem um Curso completo, esquecendo os colegas que cada
um de nós possui a formação de base exigida por Lei, uma direcionada ao
Ensino, outra, a ele adaptada.
Conclusão: as especificidades existem em cada nível do Ensino; todos
os docentes têm um horário geral de 35 horas semanais e todos exercem uma
maior carga horária, porque necessária a realizar o seu trabalho; nada justifica
que esteja legislada uma componente letiva superior para a monodocência e que
se tenha abolido o Regime Especial de Aposentação.
COMO O ESTADO ATUAL DOS HORÁRIOS DOS PROFESSORES MONODOCENTES LEVA
A UMA SOBRECARGA DE ANOS DE TRABALHO, É URGENTE QUE HAJA UMA
COMPENSAÇÃO NA ANTECIPAÇÃO DE APOSENTAÇÃO DOS MESMOS.

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  • 1. MONODOCÊNCIA, DE NOVO Sempre se considerou que as crianças, até aos 9/10 anos, se desenvolviam de forma mais harmoniosa se tivessem no educador/professor uma figura única, de referência, com a qual pudessem estabelecer laços afetivos, os quais lhes conferiam estabilidade e segurança, sendo ideal que mantivessem o mesmo professor, do 1.º ao 4.º ano. Friso não estar a dar opiniões pessoais, nem pretender emiti-las. Hoje, mais do que em qualquer outra época, o desnorte leva a contestações impensadas, infundadas, e, poupem-me a discussões estéreis. Fruto dessa teoria do desenvolvimento infantil, muito se refletiu a nível de divisão dos ciclos e anos curriculares, tendo havido quem defendesse um primeiro ciclo com 6 anos, como o Senhor Ministro Roberto Carneiro, ou quem achasse que ao Ensino Básico, de 4 anos, se deveria seguir o Secundário de 6 anos, como o Senhor Ministro Júlio Pedrosa. De qualquer forma, a monodocência ou a monodocência coadjuvada, que é usada atualmente, nunca esteve em causa. Muitas foram as reflexões, considerações de benefícios e riscos. Por exemplo, aquela cujo link coloco abaixo, em que Maria do Céu Roldão, Fátima Costa, Paulo Abrantes e outros pensam o assunto. http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docs/Gestao_curr_%201ciclo.pdf Certo é que os professores do 1.º ciclo assim trabalham até hoje (1500 minutos semanais de componente letiva), com a responsabilidade de se manterem atualizados em todos os domínios do saber- a Língua Materna, a Matemática e as Ciências, a Educação Física e a Música, o Teatro e as Artes Gráficas. Quem quer ser um BOM professor, tem que fazer FORMAÇÃO, estar a par de qualquer inovação!! Tem que conhecer os Grupos Musicais que as crianças ouvem atualmente… Vai cantar as “Pombinhas da Catrina” com eles?? Leva um coro de assobios! (exemplo jocoso) Técnicas de desenho e pintura, trabalhos manuais… O PROFESSOR do 1.º CICLO TEM QUE DOMINAR e ATUALIZAR TODAS AS MATÉRIAS!! Assim é o EDUCADOR de INFÂNCIA. Para além de tudo o que já foi referido, muitos professores no 1.º ciclo, estão entre os que se encontram em situação de risco a nível de saúde, com 40 anos de serviço e mais de 60 anos de idade. Que estão esses docentes a fazer nas escolas, quando há tanta necessidade de jovens para lidar com as tecnologias e para levar frescura ao ensino?? Os argumentos de que nos outros níveis de ensino básico e no ensino secundário, nos quais os docentes apenas lecionam 1100 minutos por semana, logo, menos 400 minutos, e têm redução de horário letivo, por idade e tempo de serviço, a partir dos 50 anos, de que o seu trabalho é mais exigente intelectualmente, de que tiveram maior formação, de que realizam mais
  • 2. tarefas….são todos eles fruto de desconhecimento do trabalho no 1.º ciclo e de um preconceito vindo da suposição de que o professor primário(primeiro) é um ser inferior, que não tem um Curso completo, esquecendo os colegas que cada um de nós possui a formação de base exigida por Lei, uma direcionada ao Ensino, outra, a ele adaptada. Conclusão: as especificidades existem em cada nível do Ensino; todos os docentes têm um horário geral de 35 horas semanais e todos exercem uma maior carga horária, porque necessária a realizar o seu trabalho; nada justifica que esteja legislada uma componente letiva superior para a monodocência e que se tenha abolido o Regime Especial de Aposentação. COMO O ESTADO ATUAL DOS HORÁRIOS DOS PROFESSORES MONODOCENTES LEVA A UMA SOBRECARGA DE ANOS DE TRABALHO, É URGENTE QUE HAJA UMA COMPENSAÇÃO NA ANTECIPAÇÃO DE APOSENTAÇÃO DOS MESMOS.