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Disciplina: Filosofia/ Trabalho alienado e consumo alienado
Professora: Edivania Martins 2º ano 20/08/15
Marx procurou mostrar que o trabalho alienado é intrínseco ao capitalismo e que essa forma de
organização econômica da sociedade leva a uma opressão cada vez maior do trabalhador.
A relação que o ser humano tem com o trabalho remonta aos tempos em que o seu caráter de
humanidade apenas estava principiando seu desenvolvimento. Assim, o trabalho tem
acompanhado, ao longo da história, a evolução dos seres humanos em seus mais diversos
aspectos, sejam eles cognitivos, emotivos, afetivos, motores, criativos, imaginativos e outros que
se possam relacionar. Portanto, podemos dizer que o ato de trabalhar praticamente se confunde
com a história do desenvolvimento humano.
O conceito de trabalho alienado é um conceito-chave para compreender a argumentação
Marxiana a respeito das relações que se dão, na forma capitalista de produção, entre o trabalho
e o capital. Mas, também, mostra em que medida o próprio trabalhador se relaciona com o seu
trabalho, consigo mesmo e com os demais seres humanos.
(A alienação do trabalhador no objeto exprime-se assim nas leis da economia política: quanto mais
o trabalhador produz, tanto menos tem de consumir; quanto mais valores cria, tanto mais sem
valor e mais indigno se torna; quanto mais refinado o seu produto, tanto mais deformado o
trabalhador; quanto mais civilizado o produto tanto mais bárbaro o trabalhador; quanto mais
poderoso o trabalho, tanto mais impotente se torna o trabalhador; quanto mais brilhante e pleno
de inteligência o trabalho, tanto mais o trabalhador diminui em inteligência e se torna servo da
natureza) (Marx, 1964, p. 161).
O trabalho alienado, assim, aliena o ser humano do próprio corpo, da natureza externa, da sua
capacidade intelectual, da sua própria humanidade. Mas, Marx ainda vê uma outra consequência
do trabalho alienado:
Uma consequência imediata da alienação do homem a respeito do produto do seu trabalho, da
sua vida genérica, é a alienação do homem relativamente ao homem. Quando o homem se
contrapõe a si mesmo, entra igualmente em oposição com os outros homens. O que se verifica
com a relação do homem ao seu trabalho, ao produto do seu trabalho e a si mesmo, verifica-se
também com a relação do homem aos outros homens, bem como ao trabalho e ao objeto do
trabalho dos outros homens. De modo geral, a afirmação de que o homem se encontra alienado
da sua vida genérica significa que um homem está alienado dos outros, e que cada um dos outros
se encontra igualmente alienado da vida humana (Marx, 1964, p.66)
Em linhas gerais, o trabalho se torna alienado na medida em que é realizado sob as seguintes
condições: sob a égide da propriedade privada, da divisão do trabalho e da mercantilização do
trabalhador.
Podemos dizer que consumo é o ato da sociedadeadquirir algo para a sua necessidade. Consumir
é comprar algo para satisfazer um desejo.
No ato de consumo partimos como pessoas inteiras, movidas pela sensibilidade, imaginação,
inteligência e liberdade. Por exemplo, quando adquirimos uma roupa diversos fatores são
considerados: precisamos proteger nosso corpo; ou ocultá-lo por pudor; ou “revelá-o” de forma
erótica; usamos a imaginação na combinação de peças, mesmo quando seguimos as tendências
da moda; desenvolvemos um estilo próprio de vestir; não compramos apenas uma peça, pois
gostamos de variar as cores e os modelos. (ARANHA; MARTINS, 1993, p.15).
Segundo Engel (2000), “o consumismo possui um lugar fundamental na economia capitalista
passando a impressão de gerar prazer e satisfação, tendo como realidade a insatisfação.” A
maioria das pessoas acaba se endividando por causa do consumismo alienado. Quando o
consumismo se torna alienado, ele gera vários fatores negativos, pois ao invés de comprar algum
bem, a pessoa acaba comprando dívidas. A televisão, internet e o rádio são meios que induzem
e influenciam as pessoas a consumirem excessivamente. As pessoas consumistas compram os
produtos sem precisar do mesmo, muitos acabam comprando e nunca usam.
Para Baudrillard (1995), “a mercadoria apresenta-se envolta por características de conforto e bem-
estar, passando a dominar o homem, fazendo com que o ter seja mais do que o ser.” Quando os
gastos de uma pessoa acabam se tornando compulsivo ela irá comprar muitas coisas e muitas
vezes deixam de pagar e raramente utilizam o produto comprado. As mulheres são as que
representam mais da metade dos casos de pessoas consumistas compulsivas. Esse mal pode ser
tratado com psicoterapia ou até medicamentos em alguns casos.
Para se livrar dessa alienação é de grande importância fazer um planejamento e ver o que é
indispensável para aquele momento, descartado alguma dessa hipótese a pessoa deve se
controlar e não comprar já que não necessita com urgência.
A doença do consumo compulsivo tem nome e preocupa as autoridades na área de saúde do
Brasil. O nome que se dá a doença de quem sofre com gastos compulsivos é oneomania.
Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, três em cada
dez brasileiros, a maioria mulheres, compram compulsivamente. É gente que usufrui apenas no
momento da compra, mas não o produto, que muitas vezes é deixado de lado sem utilidade
alguma. Alguns dos sintomas são a baixa estima e o sentimento de vazio. Depois da compra vem
a sensação de culpa Compradores compulsivos são em sua maioria pessoas angustiadas ou
ansiosas que tentam preencher essa sensação através dos gastos desnecessários. A oneomania
pode ser tratada com remédios antidepressivos e acompanhamento psicológico.
Muitas pessoas compram por prazer. Esse é um dos fatores psicológicos que acaba prejudicando
as pessoas. O uso de cartões de crédito faz com que as pessoas pensem que podem fazer longas
prestações e muitas vezes perdem o emprego ou surge algum imprevisto e não conseguem pagar.
REFERENCIA:
MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
_______. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Lisboa: Edições 70, 1964.
ENGEL, James F.; BLACKWEL, Roger D.; MINIARD, Paul W. Comportamento do consumidor. Rio de
Janeiro: LTC Editora, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Editora
Moderna, 1993. BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos Editora, 1995.
ROTEIRO:
TEMA ABORDADO:TRABALHO ALIENADO E CONSUMO ALIENADO
PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
CONCLUSÃO
DINAMICA: FALAR OUVIR E JULGAR /professorsde filosofia e sociologia DE santos
A TURMA SERÁ DIVIDIDA EM GRUPO DE TRES ALUNOS
ORADOR: SOCIALIZA O ASUNTO ABORDADO
SECRETARIO: ANOTA A DISCURSÃO DO GRUPO ACERCA DO TEMA ABORDADO
JUIZ: FAZ A CONCLUSÃO REFERENTE AOS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO TEMA
ABORDADO
DEPOIS DA SOCIALIZAÇÃO PARA O GRANDE GRUPO OS ALUNOS REPONDEM AS SEGUINTES
QUESTÕES INDIVIDUALMENTE:
1-QUAIS AS DIFICULDADES QUE VOCÊS ENFRENTARAM AOS DESENVOLVER OS PAPEIAS DE
ORADOR, SECRETÁRIO E JUIZ?
2-QUE DIFICULDAES VOCÊS TIVERAM DURANTE A ESCUTA NO GRUPO?
3- O QUE VOCÊS APRENDERAM SOBRE O TEMA ABORDADO?

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  • 1. Disciplina: Filosofia/ Trabalho alienado e consumo alienado Professora: Edivania Martins 2º ano 20/08/15 Marx procurou mostrar que o trabalho alienado é intrínseco ao capitalismo e que essa forma de organização econômica da sociedade leva a uma opressão cada vez maior do trabalhador. A relação que o ser humano tem com o trabalho remonta aos tempos em que o seu caráter de humanidade apenas estava principiando seu desenvolvimento. Assim, o trabalho tem acompanhado, ao longo da história, a evolução dos seres humanos em seus mais diversos aspectos, sejam eles cognitivos, emotivos, afetivos, motores, criativos, imaginativos e outros que se possam relacionar. Portanto, podemos dizer que o ato de trabalhar praticamente se confunde com a história do desenvolvimento humano. O conceito de trabalho alienado é um conceito-chave para compreender a argumentação Marxiana a respeito das relações que se dão, na forma capitalista de produção, entre o trabalho e o capital. Mas, também, mostra em que medida o próprio trabalhador se relaciona com o seu trabalho, consigo mesmo e com os demais seres humanos. (A alienação do trabalhador no objeto exprime-se assim nas leis da economia política: quanto mais o trabalhador produz, tanto menos tem de consumir; quanto mais valores cria, tanto mais sem valor e mais indigno se torna; quanto mais refinado o seu produto, tanto mais deformado o trabalhador; quanto mais civilizado o produto tanto mais bárbaro o trabalhador; quanto mais poderoso o trabalho, tanto mais impotente se torna o trabalhador; quanto mais brilhante e pleno de inteligência o trabalho, tanto mais o trabalhador diminui em inteligência e se torna servo da natureza) (Marx, 1964, p. 161). O trabalho alienado, assim, aliena o ser humano do próprio corpo, da natureza externa, da sua capacidade intelectual, da sua própria humanidade. Mas, Marx ainda vê uma outra consequência do trabalho alienado: Uma consequência imediata da alienação do homem a respeito do produto do seu trabalho, da sua vida genérica, é a alienação do homem relativamente ao homem. Quando o homem se contrapõe a si mesmo, entra igualmente em oposição com os outros homens. O que se verifica com a relação do homem ao seu trabalho, ao produto do seu trabalho e a si mesmo, verifica-se também com a relação do homem aos outros homens, bem como ao trabalho e ao objeto do trabalho dos outros homens. De modo geral, a afirmação de que o homem se encontra alienado da sua vida genérica significa que um homem está alienado dos outros, e que cada um dos outros se encontra igualmente alienado da vida humana (Marx, 1964, p.66) Em linhas gerais, o trabalho se torna alienado na medida em que é realizado sob as seguintes condições: sob a égide da propriedade privada, da divisão do trabalho e da mercantilização do trabalhador. Podemos dizer que consumo é o ato da sociedadeadquirir algo para a sua necessidade. Consumir é comprar algo para satisfazer um desejo.
  • 2. No ato de consumo partimos como pessoas inteiras, movidas pela sensibilidade, imaginação, inteligência e liberdade. Por exemplo, quando adquirimos uma roupa diversos fatores são considerados: precisamos proteger nosso corpo; ou ocultá-lo por pudor; ou “revelá-o” de forma erótica; usamos a imaginação na combinação de peças, mesmo quando seguimos as tendências da moda; desenvolvemos um estilo próprio de vestir; não compramos apenas uma peça, pois gostamos de variar as cores e os modelos. (ARANHA; MARTINS, 1993, p.15). Segundo Engel (2000), “o consumismo possui um lugar fundamental na economia capitalista passando a impressão de gerar prazer e satisfação, tendo como realidade a insatisfação.” A maioria das pessoas acaba se endividando por causa do consumismo alienado. Quando o consumismo se torna alienado, ele gera vários fatores negativos, pois ao invés de comprar algum bem, a pessoa acaba comprando dívidas. A televisão, internet e o rádio são meios que induzem e influenciam as pessoas a consumirem excessivamente. As pessoas consumistas compram os produtos sem precisar do mesmo, muitos acabam comprando e nunca usam. Para Baudrillard (1995), “a mercadoria apresenta-se envolta por características de conforto e bem- estar, passando a dominar o homem, fazendo com que o ter seja mais do que o ser.” Quando os gastos de uma pessoa acabam se tornando compulsivo ela irá comprar muitas coisas e muitas vezes deixam de pagar e raramente utilizam o produto comprado. As mulheres são as que representam mais da metade dos casos de pessoas consumistas compulsivas. Esse mal pode ser tratado com psicoterapia ou até medicamentos em alguns casos. Para se livrar dessa alienação é de grande importância fazer um planejamento e ver o que é indispensável para aquele momento, descartado alguma dessa hipótese a pessoa deve se controlar e não comprar já que não necessita com urgência. A doença do consumo compulsivo tem nome e preocupa as autoridades na área de saúde do Brasil. O nome que se dá a doença de quem sofre com gastos compulsivos é oneomania. Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, três em cada dez brasileiros, a maioria mulheres, compram compulsivamente. É gente que usufrui apenas no momento da compra, mas não o produto, que muitas vezes é deixado de lado sem utilidade alguma. Alguns dos sintomas são a baixa estima e o sentimento de vazio. Depois da compra vem a sensação de culpa Compradores compulsivos são em sua maioria pessoas angustiadas ou ansiosas que tentam preencher essa sensação através dos gastos desnecessários. A oneomania pode ser tratada com remédios antidepressivos e acompanhamento psicológico. Muitas pessoas compram por prazer. Esse é um dos fatores psicológicos que acaba prejudicando as pessoas. O uso de cartões de crédito faz com que as pessoas pensem que podem fazer longas prestações e muitas vezes perdem o emprego ou surge algum imprevisto e não conseguem pagar. REFERENCIA: MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1983. _______. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Lisboa: Edições 70, 1964. ENGEL, James F.; BLACKWEL, Roger D.; MINIARD, Paul W. Comportamento do consumidor. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2000. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 1993. BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos Editora, 1995.
  • 3. ROTEIRO: TEMA ABORDADO:TRABALHO ALIENADO E CONSUMO ALIENADO PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS CONCLUSÃO DINAMICA: FALAR OUVIR E JULGAR /professorsde filosofia e sociologia DE santos A TURMA SERÁ DIVIDIDA EM GRUPO DE TRES ALUNOS ORADOR: SOCIALIZA O ASUNTO ABORDADO SECRETARIO: ANOTA A DISCURSÃO DO GRUPO ACERCA DO TEMA ABORDADO JUIZ: FAZ A CONCLUSÃO REFERENTE AOS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO TEMA ABORDADO DEPOIS DA SOCIALIZAÇÃO PARA O GRANDE GRUPO OS ALUNOS REPONDEM AS SEGUINTES QUESTÕES INDIVIDUALMENTE: 1-QUAIS AS DIFICULDADES QUE VOCÊS ENFRENTARAM AOS DESENVOLVER OS PAPEIAS DE ORADOR, SECRETÁRIO E JUIZ? 2-QUE DIFICULDAES VOCÊS TIVERAM DURANTE A ESCUTA NO GRUPO? 3- O QUE VOCÊS APRENDERAM SOBRE O TEMA ABORDADO?