Este documento resume três pontos principais da epístola aos Gálatas: 1) O "outro evangelho" eram as doutrinas dos judaizantes que defendiam a necessidade da circuncisão e obediência à lei de Moisés para a salvação; 2) Paulo defende sua autoridade apostólica e o evangelho que pregou contra aqueles que queriam submetê-lo à lei; 3) A justificação é unicamente pela fé em Cristo e Sua graça, não pelas obras da lei.
7. Autor e destinatário
1 ―Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por
intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus
Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,
2 e todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia‖
(Gl 1:1-2)
8. Lugar
1ª viagem missionária (45-47 d. C.): Paulo e Barnabé
fundaram as igrejas do sul da província da Galácia: Antioquía
da Pisidia, Icônio, Listra e Derbe (At 13:14 a 14:23).
Voltaram a visitar essas igrejas (At 14:20-22)
Essa carta foi escrita após o Concílio de Jerusalém (Gl 2:1-10)
Galácia é uma província, uma região, não uma cidade!
A base das viagens era a Antioquia da Síria (At 13:1-3; 15:36-
41; 18:23).
13. Salvação pela graça mediante a fé:
Judaizantes, salvação pelas obras, rituais, formalidades (3, 4,
5:1-6:10)
O problema da autoridade apostólica:
Paulo defende a sua autoridade (1:10-2:21)
2 problemas se destacam
14. I. Introdução e acusação (1:1-9)
O ―cartão de visitas‖ não há outro evangelho:
6 ―Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos
chamou na graça de Cristo para outro [ἕηερος] evangelho,
7 o qual não é outro [ἄιιος], senão que há alguns [6:12] que vos
perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.
8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que vos temos pregado [εὐαγγειίδεηαη
[ὑκῖλ] παρ᾽ ὃ εὐεγγειηζάκεζα ὑκῖλ], seja anátema.
9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega
evangelho que vá além daquele que recebestes [εὐαγγειίδεηαη παρ᾽ ὃ
παρειάβεηε], seja anátema‖
(Gl 1:6-9)
15. II. Paulo defende sua autoridade (1:10-2:21)
Resumo biográfico até à conversão (1:10-24).
Concílio de Jerusalém (2:1-10):
4 ―E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o
fim de espreitar [θαηαζθοπέω] a nossa liberdade que temos em
Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão; [2Co 11:20]
5 aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos, para que a
verdade do evangelho permanecesse entre vós‖.
(Gl 2:4-5)
v.6
16. II. Paulo defende sua autoridade (1:10-2:21)
Paulo enfrenta Pedro:
11 ―Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face,
porque se tornara repreensível.
12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia
com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio
a apartar-se, temendo os da circuncisão.
13 E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o
próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles.
14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a
verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo
tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os
gentios a viverem como judeus?‖
(Gl 2:11-14)
17. II. Paulo defende sua autoridade (1:10-2:21)
O centro da carta:
15 ―Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios,
16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da
lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em
Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não
por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado‖.
(Gl 2:15-16; cf Ex 34:7)
O argumento dos judaizantes:
―Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos
também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do
pecado? Certo que não!‖
18 Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me
constituo transgressor‖ (Gl 2:17-18)
18. II. Paulo defende sua autoridade (1:10-2:21)
Morri para a lei e vivo para Deus:
19 ―Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de
viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;
20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que
me amou e a si mesmo se entregou por mim.
21 Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei,
segue-se que morreu Cristo em vão‖
(Gl 2:19-21)
19. Justificação pela fé
―O que é justificação pela fé? É a obra de Deus em lançar por terra a
glória do homem, e fazer pelo homem aquilo que não está ao seu
alcance fazer por si mesmo. Quando os homens veem sua própria
inutilidade, preparam-se para ser revestidos com a justiça de Cristo‖
[Testemunhos para Ministros, 456].
―Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o
Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma
oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém
pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se,
então, na mesma posição que os católicos para fazer penitência por
seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida
que pode ser quitada com o pagamento‖ (Fé e obras, 20)
20. Justificação pela fé
―Cristo, unicamente, é o caminho, a verdade e a vida; e o homem
não pode ser justificado senão por meio da imputada justiça de
Cristo. O homem é plenamente justificado pela graça de Deus pela
fé, e não pelas obras, para que ninguém se glorie‖ (Para Conhecê-
Lo, 82)
―Se juntássemos tudo que é bom e santo, nobre e belo no homem, e
apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se
desempenhasse uma parte na salvação da alma humana ou na
obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição‖ (Fé e
Obras, 24)
21. Justificação pela fé
―Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a
Salvação, então ela tem de ser totalmente pela graça… Ela é
inteiramente um dom gratuito. A Justificação pela Fé está fora de
controvérsia. E toda esta discussão estará terminada logo que seja
estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas
boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele‖ (Fé e
Obras, p. 20).
―A mensagem do terceiro anjo exige a apresentação do sábado do
quarto mandamento, e esta verdade deve ser apresentada ao mundo;
mas o grande centro de atração, Jesus Cristo, não deve ser deixado
fora da mensagem do terceiro anjo. O pecador precisa olhar sempre
para o Calvário, e com a fé simples de uma criança, confiar nos
méritos de Cristo, aceitando a Sua justiça e crendo em Sua
misericórdia. Os que trabalham na causa da verdade devem
apresentar a justiça de Cristo‖ (Ev., 184-185)
22. Justificação pela fé
“Cristo crucificado, Cristo ressurgido, Cristo assunto aos Céus, Cristo
vindo outra vez, deve abrandar, alegrar e encher o espírito do ministro,
de tal forma, que apresente estas verdades ao povo com amor e profundo
zelo. O ministro desaparecerá então, e Jesus será revelado.
Exaltai a Jesus, vós que ensinais o povo, exaltai-O nos sermões, em
cânticos, em oração. Que todas as vossas forças convirjam para dirigir ao
"Cordeiro de Deus" (Jo 1:29) almas confusas, transviadas, perdidas.
Exaltai-O, ao ressuscitado Salvador, e dizei a todos quantos ouvem: Ide
Àquele que "vos amou e Se entregou a Si mesmo por nós" (Ef 5:2). Seja
a ciência da salvação o tema central de todo sermão, de todo hino. Seja
manifestado em toda súplica. Não introduzais em vossas pregações coisa
alguma que seja em suplemento a Cristo, a sabedoria e o poder de Deus.
Mantende perante o povo a Palavra da vida, apresentando Jesus como a
esperança do arrependido e a fortaleza de todo crente. Revelai o caminho
da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência
do Salvador. (Ob. Ev, 159-160)
23. Justificação pela fé
―nunca se deve pregar um sermão sem apresentar a Cristo, e Ele
crucificado, como a base do evangelho‖ (Ob. Ev., 158-159)
―Cada mensageiro deve sentir-se no dever de apresentar a plenitude
de Cristo. Se não é apresentado o dom gratuito da justiça de Cristo,
os discursos são áridos e sem vigor; as ovelhas e os cordeiros não são
alimentados. ... Há no evangelho tutano e gordura. Jesus é o centro
vivo de todas as coisas. Introduzi a Cristo em cada sermão. Fazei
com que a preciosidade, a misericórdia e a glória de Jesus Cristo
sejam contempladas até que Cristo, a esperança da glória, seja
formado no homem interior‖ (Ev, 186)
24. Justificação pela fé
―Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da
justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes:
‗É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo‘.‖ (Ev, 190)
―Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em
Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela
família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que
Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável
dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem
que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem
angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o
derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida. (Ev, 190-
191)
25. Gálatas 1
O que era esse ―outro evangelho‖?
―Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a
ensinar aos irmãos: ‗Se vocês não forem circuncidados conforme o
costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos‘.
Então se levantaram alguns do partido religioso dos fariseus que
haviam crido e disseram: "É necessário circuncidá-los e exigir deles
que obedeçam à lei de Moisés". (At 15:1, 5)
Pedro (e depois Tiago) defendeu os gentios:
―Deus [...] os aceitou, dando-lhes o Espírito Santo [Gl 3:2], como
antes nos tinha concedido.
Ele não fez distinção alguma entre nós e eles, visto que purificou os
seus corações pela fé. [...]
De modo nenhum! Cremos que somos salvos pela graça de nosso
Senhor Jesus, assim como eles também". (At 15:8-11)
26. Gálatas 1
O evangelho de Paulo e dos apóstolos de Jerusalém (1Co 15:11)
Paulo x Tiago – a embalagem muda, mas o conteúdo é o mesmo
27. Gálatas 2
2 casos - Tito e Timóteo (At 16:3):
fracos x falsos / evangelização x doutrina da salvação
―Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, foi obrigado a
circuncidar-se, apesar de ser grego. [...]
Não nos submetemos a eles nem por um instante, para que a verdade
do evangelho permanecesse com vocês‖. (Gl 2:3-5)
―Como medida acauteladora, Paulo aconselhou prudentemente
a Timóteo a que se circuncidasse — não que Deus o exigisse, mas
a fim de tirar do espírito dos judeus aquilo que poderia servir de
objeção ao ministério de Timóteo.
[...] buscava ele, tanto quanto estivesse em harmonia com a fé,
remover cada pretexto de oposição. E conquanto fizesse essa
concessão ao preconceito judaico, cria e ensinava nada ser a
circuncisão ou incircuncisão, mas o evangelho de Cristo — este
era tudo‖. (AA, p. 114)
28. Gálatas 2
―nós podemos sofrer a perda de nossos bens, nossa reputação, nossa
vida e tudo o que temos: mas o Evangelho, a nossa fé e Jesus Cristo,
jamais permitiremos que nos sejam arrebatados. E maldita seja
aquela humildade que avilta e se submete nessas questões. E que
todo cristão seja orgulhoso, não condescendendo quando se tratar de
negar a Cristo.
Portanto, se Deus me ajudar, a minha cabeça será mais dura que a
cabeça de todos os outros homens. Neste ponto eu assumo o título,
segundo o provérvio: cedo nulli, não cedo a ninguém.
Sim, eu me alegro, de todo o meu coração, em me mostrar neste
ponto rebelde e obstinado. E aqui eu confesso que serei sempre
intrépido e inflexível, a ninguém cederei sequer uma polegada! O
amor cede, pois ele ‗tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta‘.
Mas a fé não cede!‖
Lutero, Commentary on the Epistle to the Galatians (James Clarke, 1953), p. 108, 111, 112.
29. Gálatas 2
O problema de Pedro não foi tanto doutrinário (2:1-10, 15-16), mas
de conduta, comportamento: ―não andavam bem e direitamente
[ὀρζοποδέω] conforme a verdade do evangelho‖ (Gl 2:14 ACF)
Pedro agiu hipocritamente. Ele conhecia a verdade nesse assunto (At
10; 11): ―Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de
pessoas‖ (At 10:34)
E também os demais judeus dissimularam com ele
[ζσλσπεθρίζεζαλ], a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar
pela dissimulação [ὑποθρίζεη] deles.
(Gal 2:13 ARA)
30. Gálatas 2
Paulo lavou a ―roupa suja‖ em público porque o assunto é de
EXTREMA importância: a ―verdade do evangelho‖ estava em jogo.
―Ele não estava lidando com um assunto superficial, mas com o
artigo principal de toda a doutrina cristã... Pois quem é Pedro?
Quem é Paulo? Quem é um anjo do céu? O que são todas as outras
criaturas para com o artigo da justificação pela fé? [...] se somos
ignorantes nesse ponto, então estamos na mais miserável escuridão‖.
Lutero, Commentary on the Epistle to the Galatians (James Clarke, 1953), p. 114
―Precisamos também de muito mais conhecimento; precisamos ser
esclarecidos acerca do plano da salvação. Não existe um dentre cem,
que compreenda por si mesmo a verdade bíblica sobre este assunto,
tão necessário ao nosso bem-estar presente e eterno. Há grande
necessidade de que Cristo seja pregado como única esperança e
salvação‖. (1ME, p. 360)
31. Gálatas 2
Deus ―não nos salva pela lei, nem nos salvará na desobediência à lei‖
(Fé e obras, p. 95-96).
―não há nenhum acordo feito conosco pelo qual possamos reivindicar
uma parte na nossa salvação em virtude de nossas boas obras.
Salvação é dom gratuito ao crente, a ele concedido apenas por amor
de Cristo‖. ―O plano da redenção começa e finda com um dom‖
(Exaltai-o, p. 279).
32. Gálatas 2
―Justificar‖ [δηθαηόω] é o oposto de condenar
―Justificação‖ (ou ―justiça‖) [δηθαηοζύλε] é o oposto de condenação
1) Deus é justo
2) Nós não somos justos
3) ―que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?‖ (2Co
6:14)
4) Pergunta de Bildade (Jó 25:4): Como, pois, seria justo o homem
para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?
―ao justo justificarão, e ao injusto condenarão‖ (Dt 25:1)
―O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o
outro são abomináveis ao Senhor‖ (Pv 17:15)
―Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus
quem os justifica, quem os condenará?‖ (Rm 8:33,34)
33. Gálatas 2
O argumento dos inimigos (v.17-20):
―Justificação pela fé encoraja a transgressão‖
Somos ―justificados em Cristo‖ (Gl 2:17).
―A justificação não é uma ficção legal, na qual o status do homem é
mudado, enquanto seu caráter permanece imutável. [...] nossa
justificação acontece quando somos ligados a Cristo pela fé. E uma
pessoa que foi unida a Cristo nunca mais será a mesma pessoa. Ela é
transformada.‖ John Stott, A mensagem de Gálatas (ABU, 2003), p. 62.
Justificação: morte com Cristo, vida com Cristo.
34. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
―ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto [προγράθω] como
crucificado‖ (Gl 3:1)
O evangelho é uma proclamação de Jesus crucificado (1Co 15).
35. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
―Ó gálatas insensatos [ἀλόεηος]! Quem vos fascinou [βαζθαίλω] a
vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como
crucificado?‖ (Gl 3:1)
―Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais,
agora, vos aperfeiçoando [ἐπηηειέω] na carne?‖ (Gl 3:3)
A justificação pela fé no AT: 3:6-14
―É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado
[ιογίδοκαη] para justiça. (Gl 3:6; cf. 2Tm 4:16 ARA e NVI)
O evangelho no AT:
―Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados
todos os povos‖ (Gl 3:8)
36. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Justificação pela obediência é impossível:
―Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição;
porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em
todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (AT; cf v.12).
E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus,
porque o justo viverá pela fé (AT Hc 2:4)‖
(Gl 3:10-11)
A única solução possível:
―Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele
que for pendurado em madeiro [AT])‖ (Gl 3:13)
37. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Abraão x Moisés:
Promessa x lei
2 tipos de religião, mas ambas de Deus (―Deus é um‖ 3:20)
Qual é então a relação entre lei e promessa?
3:15-18 – a lei não anula a promessa
3:19-22 – a lei iluminou a promessa, tornando-a indispensável.
―ou – ou‖:
Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas
foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente [ταρίδοκαη] a
Abraão. (Gal 3:18 ARA)
38. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
3:19-22 – a lei iluminou a promessa, tornando-a indispensável.
Para que serve a lei? Qual o propósito? Denunciar o pecado!
―Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o
descendente a quem se fez a promessa‖ (Gl 3:19; cf. Rm 3:20; 4:15;
7:7)
―Satanás gostaria que provássemos que somos santos através da lei,
a qual Deus deu para provar que somos pecadores‖ Andrews Jukes
Nesse aspecto, nessa função: ―o ponto principal da lei é tornar os
homens piores, não melhores; isto é, ela lhes mostrou o pecado deles,
para que através do conhecimento eles se tornassem humildes,
assustados, desanimados e quebrantados, e desse modo fossem
levados a buscar a graça, sendo assim levados a Cristo‖. Lutero, p. 316
39. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
A lei aqui refere-se à aliança com Israel no Sinai (pois a lei existia
antes do Sinai, cf. Gn 9:5-6; 17:1, 9; 18:19; 26:5; 39:7-10; Sl 119:142,
144).
―por causa das transgressões‖ (v.19) – Israel precisava (Ex 20:20)
Resumo: em 3:15-22 Paulo cobre 2mil anos do AT. Mostra que a
promessa de Deus a Abraão foi confirmada por Moisés e cumprida
em Cristo. A Lei torna a promessa mais desejável.
―Apenas quando a pessoa se submete à lei é que pode falar e graça.
Acho que não é cristão querer ir muito depressa e diretamente ao
Novo Testamento‖. Dietrich Bonhoeffer
40. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Qual a função da lei?
―Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela [θροσρέω] da lei e
nela encerrados [ζσγθιείω], para essa fé que, de futuro, haveria de
revelar-se‖ (Gl 3:23)
―Em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda
[θροσρέω] na cidade dos damascenos, para me prender‖ (2Co 11:32)
―pegaram [ζσγθιείω] tal quantidade de peixe que as redes
começaram a rasgar-se‖ (Lc 5:6)
A lei nos guardou como prisioneiros, sob vigilância.
41. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Qual a função da lei?
―De maneira que a lei nos serviu de aio [παηδαγωγὸς] para [nos
conduzir a] Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé‖
(Gl 3:24)
42. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Qual a função da lei?
Sob o pecado (v.22)
Sob a tutela da lei (v.23)
Sob a maldição (v.10)
Maldição da lei (v.13)
―Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada‖
1 Timóteo 1:8
43. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
3:25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao
aio.
26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos
revestistes.
28 Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem
liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus.
29 E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e
herdeiros segundo a promessa.
(Gal 3:25-29 ARA)
44. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
―Não havia na lei poder para perdoar ao transgressor. Jesus, tão-só,
podia pagar a dívida do pecador.‖ (1ME, p. 229)
―A lei de Deus, pronunciada do Sinai com terrível solenidade, é para
o pecador o pronunciamento de sua condenação. É da alçada da lei
condenar, mas não existe nela nenhum poder para perdoar ou
redimir. É ordenada para vida; os que andam em harmonia com os
seus preceitos receberão a recompensa da obediência. Ela traz,
porém, escravidão e morte aos que permanecem sob sua condenação.
[...]
A glória que resplandecia da face de Moisés era um reflexo da justiça
de Cristo na lei. A lei em si não possui glória, mas nela Se acha
incorporado Cristo. Não tem poder para salvar. É sem brilho, mas
nela é representado Cristo, cheio de justiça e verdade‖ (1ME, p. 236-
237)
45. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Que Lei é essa?
―Perguntam-me acerca da lei em Gálatas. Que lei é o aio que nos
deve levar a Cristo? Respondo: Tanto o código cerimonial como o
moral, dos Dez Mandamentos‖ (1ME, p. 233)
―‘A lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé
fôssemos justificados‘ (Gl 3:24). Nesta passagem, o Espírito Santo,
pelo apóstolo, refere-se especialmente à lei moral. A lei nos revela o
pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a
fugirmos para Ele em busca de perdão e paz mediante o
arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo‖
(1ME, p. 234)
46. III. A liberdade e a fé (3 e 4)
Ilustrações:
O herdeiro menor = escravo (4:1-4)
A adoção de filhos (Aba Pai) (4:5-11)
Isaque e Ismael/Sara e Hagar (4:21-31)
Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas
alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera
para escravidão; esta é Agar. (Gal 4:24 ARA)
Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém
atual, que está em escravidão com seus filhos. (Gal 4:25 ARA)
Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe;
(Gal 4:26 ARA)
Mesma argumentação de 2 Coríntios 3
47. IV. A liberdade em Cristo (5)
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.
(Gal 5:1 ARA)
―ou – ou‖
Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada
vos aproveitará. (Gal 5:2 ARA)
De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da
graça decaístes. (Gal 5:4 ARA)
Justificação pela fé
―Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que
provém da fé‖ (Gl 5:5)
―mas a fé que atua pelo amor‖ (Gl 5:6)
48. IV. A liberdade em Cristo (5)
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.
(Gal 5:1 ARA)
―ou – ou‖
Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada
vos aproveitará. (Gal 5:2 ARA)
De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da
graça decaístes. (Gal 5:4 ARA)
Justificação pela fé
―Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que
provém da fé‖ (Gl 5:5)
―mas a fé que atua pelo amor‖ (Gl 5:6)