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ORA E CONFIA 
Meimei 
... Ora em silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina 
Providência, porque Deus 
tem estradas, onde o mundo não tem caminhos... 
Se um dia te encontrares em situações tão difíceis que a vida te 
pareça um cárcere sem portas; 
sob o cerco de perseguidores aparentemente imbatíveis; 
sofrendo a conspiração de intrigas domésticas; na trama de 
processos obsessivos; 
no campo de moléstias consideradas irreversíveis; 
no laço de paixões que te conturbem a mente; 
debaixo de provas que te induzam à desolação e ao desânimo; 
sob a pressão de hábitos infelizes; em extrema penúria, sem 
trabalho e sem meios de sobrevivência; 
de alma relegada a supremo abandono; 
na área de problemas criados pelos entes a que mais ames; não 
desesperes. 
Ora em Silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina 
Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem 
caminhos. 
É por isto que a tempestade pode rugir à noite, mas não existem 
forças na Terra que impeçam, cada dia a chegada de novo 
amanhecer. 
(De “Amizade”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito 
Meimei)
SUICÍDIO ASSISTIDO – EUTANÁSIA 
Três dias atrás, morreu a jovem norte-americana Brittany Maynard, de 29 
anos, que optou pelo suicídio assistido ao ser diagnosticadacom câncer 
incurável no cérebro. Caso de repercussão mundial. 
(...) 
Pergunta – Um dos pioneiros dos transplantes cardíacos fez esta afirmação ao referir-se 
à prática da eutanásia: 
“Não tenho dúvidas em receitar doses excessivas de morfina para pacientes à beira da 
morte, quando a anestesia já não consegue exterminar a dor. Sou a favor da eutanásia 
passiva, ou seja, da não realização de tratamento que simplesmente adiaria a morte, 
como também sou favorável, em certos casos, à eutanásia ativa, ou seja, a que ajuda 
o paciente a morrer. São os vivos que temem a morte, não os moribundos”. 
Deparamo-nos, aqui, pois, com o delicado problema da eutanásia médica. Essa prática 
é moralmente correta aos olhos de Deus? 
Chico Xavier 
– A eutanásia, observada do Plano Espiritual para o Plano Físico, constitui 
sempre descaridade e imprudência praticadas pelo homem para com os seus 
semelhantes. Até nos instantes últimos do veículo físico, o espírito 
encarnado ainda é suscetível de colher valiosas lições e conquistar recursos 
de importância inavaliável para os entes que ficam, recursos esses que lhe 
serão de alto proveito logo após a desencarnação.
Livro: Janela Para a Vida 
Francisco Cândido Xavier, Fernando Worm 
LAKE – Livraria Allan Kardec Editora 
Eutanásia 
Evangelho de Chico Xavier 
1 Sou pela valorização da vida, pela esperança, portanto sou contra a eutanásia. A 
chamada morte piedosa pode interromper, para o Espírito, valioso processo de 
resgate… 
2 Deus não desampara os agonizantes. Os que têm a sua vida prolongada pela 
Ciência, nos quadros de dor em que os observamos, estão sob a proteção de 
devotados companheiros da Vida Maior… 
3 Às vezes, naquele minuto a mais de agonia, o Espírito alcança a vitória que 
perseguiu durante toda a existência!… 
.Chico Xavier 
DÍVIDA E TEMPO 
EUTANÁSIA 
Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e 
que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era 
completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, 
alimenta-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava. 
O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de 
pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico: 
- NEM MESMO NESTE CASO A EUTANÁSIA SERIA PERDOÁVEL? 
- NÃO CREIO, DOUTOR, RESPONDEU-LHE O CHICO. ESTE NOSSO IRMÃO, EM 
SUA ÚLTIMA ENCARNAÇÃO, TINHA MUITO PODER. PERSEGUIU, PREJUDICOU 
E COM TORTURAS DESUMANAS TIROU A VIDA DE MUITAS PESSOAS. 
ALGUMAS O PERDOARAM, OUTRAS NÃO E O PERSEGUIRAM DURANTE TODA A 
SUA VIDA. AGUARDARAM O SEU DESENCARNE E, ASSIM QUE ELE DEIXOU O 
CORPO, ELES O AGARRARAM E O TORTURARAM DE TODAS AS MANEIRAS 
DURANTE MUITOS ANOS. ESTE CORPO DISFORME E MUTILADO REPRESENTA 
UMA BÊNÇÃO PARA ELE. FOI O ÚNICO JEITO QUE A PROVIDÊNCIA DIVINA
ENCONTROU PARA ESCONDÊ-LO DE SEUS INIMIGOS. QUANTO MAIS TEMPO 
AGÜENTAR, MELHOR SERÁ. COM O PASSAR DOS ANOS, MUITOS DE SEUS 
INIMIGOS O TERÃO PERDOADO. OUTROS TERÃO REENCARNADO. APLICAR A 
EUTANÁSIA SERIA DEVOLVÊ-LO ÀS MÃOS DE SEUS INIMIGOS PARA QUE 
CONTINUASSEM A TORTURÁ-LO. 
- E como resgatará ele seus crimes? Inquiriu o médico. 
- O irmão X costuma dizer que DEUS USA O TEMPO E NÃO A VIOLÊNCIA. 
(Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino da 
Silveira, páginas 53 e 54, Editora CEU, ano 1987.) 
Eutanásia 
Plantão de respostas — Emmanuel — 
Entrevistas 
Pergunta: Que postura devemos ter perante a eutanásia? 
Estando o corpo físico sendo mantido por instrumentos, o 
Espírito continua ligado a ele ou não? 
Resposta: Os profissionais e responsáveis por 
pacientes que consentem com a prática da 
eutanásia, imbuídos de ideias materialistas, 
desconhecem a realidade maior quanto à 
imortalidade do Espírito. A morte voluntária é 
entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas 
trata-se de considerável engano. A fuga de uma 
situação difícil, como a enfermidade, não resolverá 
as causas profundas que a produziram, já que estas 
se encontram em nossa consciência. 
É necessário confiar, antes de tudo, na Providência 
Divina, já que tais situações consistem em valiosas
lições em processos de depuração do Espírito. Os 
momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por 
momentos felizes. Deve-se lembrar também que a 
ciência médica avança todos os dias e que males, 
antes incuráveis, hoje recebem tratamento 
adequado, além disso, em mais de uma ocasião já 
se verificaram casos de cura em pacientes 
desenganados pelos médicos. 
Quanto à outra questão, respondemos que sim, os 
aparelhos conseguem fazer com que o Espírito 
permaneça ligado a seu corpo por meio de laços do 
perispírito. Isso ocorre porque eles conseguem 
superar, até certo ponto, as descompensações e 
desarmonias no fluxo vital do organismo, causadas 
pela enfermidade. 
.Francisco Cândido Xavier.Emmanuel 
Eutanásia e socorro 
Fé, paz e amor — Emmanuel  
1 A eutanásia, ainda mesmo quando praticada em 
nome do amor, será sempre deplorável intromissão 
da ciência humana nos processos instituídos pela 
Sabedoria Divina, em favor da recuperação ou do 
aprimoramento da alma. 
2 Que dizer do artista que nas vésperas do término da 
obra-prima aniquilasse a peça inacabada, a pretexto 
de compaixão pelo mármore ferido? 
3 Como interpretar o lavrador que destruísse a árvore 
benfeitora, pronta a mitigar-lhe a fome, sob a 
alegação de que o tronco se desenvolveu 
tortuosamente, em desacordo com a elegância dos 
demais exemplares da espécie? 
4 A existência na carne é recurso da Providência
Divina, a benefício de nosso reajuste, à frente das 
Leis Eternas. 
5 Muitas vezes, o câncer é o meio de expungir as 
trevas que povoam o coração, impedindo-lhe maior 
entendimento da vida. 
6 Em muitas ocasiões, a cegueira irremediável é a 
restauração da consciência embotada de ontem para 
o amanhã que lhe sorrirá repleto de luz. 
7 Frequentemente, a lepra do corpo é medicação 
redentora da alma faminta da paz e do reequilíbrio 
que apenas conseguirá em se banhando na fonte 
lustral do sofrimento. 
8 A paralisia e a loucura, o pênfigo e a tuberculose, a 
idiotia e a mutilação, quase sempre, funcionam por 
abençoado corretivo, em socorro do Espírito que a 
culpa ensandeceu ou ensombrou na provação 
expiatória. Assim sendo, passemos amando e 
auxiliando aos que nos cercam, na estrada que 
fomos chamados a percorrer. 
9 Respeitemos a dor como instrutora das almas e, sem 
vacilações ou indagações descabidas, amparemos 
quantos lhe experimentam a presença 
constrangedora e educativa. 
10 Auxiliemos sem perguntar pelos méritos daqueles 
que se constituirão tutelados de nosso devotamento 
e carinho, de vez que a todos nós, espíritos 
endividados e em processo de purificação, diante da 
Lei, compete tão somente o dever de servir, 
porquanto a Justiça, em última instância, pertence a 
Deus que distribui conosco o alívio e a aflição, a 
saúde e a enfermidade, a vida e a morte, no 
momento oportuno. 
.Emmanuel
Sofrimento e eutanásia 
Religião dos Espíritos — Emmanuel 
Reunião pública de 3 de Abril de 1959 
Questão n.° 944 de “O Livro dos Espíritos” 
1 Quando te encontres diante de alguém que a morte 
parece nimbar de sombra, recorda que a vida 
prossegue, além da grande renovação… 
2 Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo 
naqueles que a agonia emudece, a pretexto de 
consolação e de amor, porque, muita vez, por trás 
dos olhos baços e das mãos desfalecentes que 
parecem deitar o último adeus, apenas repontam 
avisos e advertências para que o erro seja sustado 
ou para que a senda se reajuste amanhã. 
3 Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais 
dura, brilha o socorro da Infinita Bondade 
facilitando, a quem deve, a conquista da quitação. 
4 Por isso mesmo, nas próprias moléstias 
reconhecidamente obscuras para a diagnose 
terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso 
esperar, a fim de que o homem lhes não perca a 
essência divina. 
5 E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo 
o mais mutilado e disforme, em todas as
circunstâncias, é o sublime instrumento em que a 
alma é chamada a acender a flama de evolução. 
6 É por esse motivo que no mundo encontramos, a 
cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso. 
Corpos — santuários… 
Corpos — oficinas… 
Corpos — bênçãos… 
Corpos — esconderijos… 
Corpos — flagelos… 
Corpos — ambulâncias… 
Corpos — cárceres… 
Corpos — expiações… 
7 Em todos eles, contudo, palpita a concessão do 
Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas 
dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou. 
8 Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz 
horizontal da doença prolongada e difícil, 
administrando-lhe o veneno da morte suave, 
porquanto, provavelmente, conhecerás também 
mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à 
grande meditação. 
9 E usando bondade para os que atravessam 
semelhantes experiências, para que te não falte a 
bondade alheia no dia de tua experiência maior, 
lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, 
o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do 
sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse 
dispor de mais tempo para completar o tempo 
necessário à própria sublimação.
.Emmanuel 
O Evangelho Segundo o Espiritismo 
Capítulo V 
BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS 
[Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?] 
27. Deve alguém por termo às provas do seu 
próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os 
desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso? 
1 Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que 
estais nessa Terra de expiação para concluirdes as 
vossas provas e que tudo que vos sucede é 
consequência das vossas existências anteriores, são 
os juros da dívida que tendes de pagar. Esse 
pensamento, porém, provoca em certas pessoas 
reflexões que devem ser combatidas, devido aos 
funestos efeitos que poderiam determinar. 
2 Pensam alguns que, estando-se na Terra para 
expiar, cumpre que as provas sigam seu curso.
Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar 
que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas 
que, ao contrário, devem contribuir para que elas 
sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. 
Grande erro. 
3 É certo que as vossas provas têm de seguir o curso 
que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais 
esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o 
vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento 
de tal ou qual dos vossos irmãos: 
“Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não 
vos escolheu, não como instrumento de suplício para 
agravar os sofrimentos do culpado, mas como o 
bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as 
chagas que a sua justiça abrira? 
4 Não digais, pois, quando virdes atingido um dos 
vossos irmãos: 
“É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” 
Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso 
me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do 
meu irmão. Vejamos se as minhas consolações 
morais, o meu amparo material ou meus conselhos
poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais 
energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se 
Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que 
cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, 
também como prova, como expiação talvez, deter o 
mal e substituí-lo pela paz.” 
5 Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas 
respectivas provações e nunca vos considereis 
instrumentos de tortura. Contra essa ideia deve 
revoltar-se todo homem de coração, principalmente 
todo espírita, porquanto este, melhor do que 
qualquer outro, deve compreender a extensão 
infinita da bondade de Deus. 
6 Deve o espírita estar compenetrado de que a sua 
vida toda tem de ser um ato de amor e de 
devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor 
às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, 
portanto, sem receio, empregar todos os esforços 
por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de 
que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme 
julgar conveniente. 
7 Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, 
em se considerar no direito de, por assim dizer, 
revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose 
do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, 
sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh!
considerai-vos sempre como instrumento para faze-la 
cessar. 
8 Resumindo: todos estais na Terra para expiar; 
mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por 
abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de 
acordo com a lei de amor e caridade. — 
(BERNARDINO, Espírito protetor, Bordeaux, 1863.) 
EUTANÁSIA 
Gestor Vítor dos Santos* 
Ofega o corpo a sós... Oculta, a morte espia... 
– Invisível chacal na tocaia da presa. 
Na máscara do rosto, a ansiedade retesa 
Aparenta velar a dor do último dia. 
Choras ao ver prostrada a criatura indefesa 
Cujo olhar sem consolo a lágrima embacia, 
E intentas ministrar-lhe a branda anestesia 
Que apresse o longo fim e ajude a Natureza. 
Susta, porém, teu gesto! A vida é sábia em 
tudo!... 
A alma jungida à carne, em pranto amargo e 
mudo, 
Roga-te, embora gema e fale de outra esfera: 
– “Aguardo a mão da Lei, sempre doce e 
benvinda! 
Dá-me silêncio e paz! Não me expulses ainda!...” 
E, por trás da alma em luta, a Lei exclama: – 
“Espera!”. 
Poeta, conteur, romancista, crítico, Nestor Vítor foi também, no dizer de 
Andrade Muricy (Pan. Mov. Simb. Bras, I, pág. 268,), «pensador moralista 
penetrante». Vice-diretor, aos 26 anos, do Internato do Ginásio Normal, atual 
Colégio Pedro II. Colaborou em vários jornais do. Rio, entre os quais O Paiz, o 
Correio da Manhã e O Globo. Patrono, na Academia Paranaense de Letras, da 
cadeira nº. 27, tendo pertencido à extinta Academia de Letras do Paraná. Amigo 
particular de Cruz e Souza, foi NV o crítico principal do Simbolismo em plagas 
brasileiras. Brito Broca não vacila em colocá-la entre os melhores críticos
brasileiros. Para Fernando Góes (Pan. IV, pág. 78), «a poesia não foi o forte de 
gestor Vítor, antes é a sua parte mais vulnerável». (Paranaguá, Paraná, 12 de Abril 
de 1868 – Rio de Janeiro, GB, 13 de Outubro de 1932.) 
BIBLIOGRAFIA : Signos ; Transfigurações ; etc. 
BIBLIOGRAFIA: Primeiro Vôo; Gorjeios; O Tutor de Célia, contos; etc. 
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e 
Waldo Vieira. 
EUTANÁSIA 
Tema de freqüente discussão, por uns defendida, 
por outros objurgada, a eutanásia, ou “sistema 
que procura dar morte sem sofrimento a um 
doente incurável”, retorna aos debates 
acadêmicos, face à sua aplicação sistemática por 
eminentes autoridades médicas, em crianças 
incapazes físicas ou mentais desde o 
nascimento, internadas em Hospitais Pediátricos, 
sem esperanças científicas de recuperação ou 
sobrevivência. 
Prática nefanda que testemunha a predominância 
do conceito materialista sobre a vida, que apenas 
vê a matéria e suas implicações imediatas, em 
detrimento das realidades espirituais, reflete, 
também, a soberania do primitivismo animal na 
constituição emocional do homem. 
Na Grécia antiga, a hegemonia espartana, 
sempre armada para a guerra e a destruição, 
inseriu no seu Estatuto o emprego legal da 
eutanásia eugênica em referência aos enfermos,
mutilados, psicopatas considerados inúteis, que 
eram atirados ao Eurotas por pesarem 
negativamente na economia do Estado. Guiados 
por superlativos egoísmo e prepotência, apesar 
das arremetidas arbitrárias do exagerado orgulho 
nacional, fizeram-se vítimas da impulsividade 
belicosa que cultivavam... 
Outros povos, desde a mais remota antiguidade, 
permitiam-se praticar esse “homicídio exercido 
por compaixão”... 
Em circunstância alguma, ou sob qualquer 
motivo, não cabe ao homem direito de escolher 
ou deliberar sobre a vida ou a morte em relação 
ao seu próximo. 
Os criminosos mais empedernidos, homicidas ou 
genocidas dentre os mais hediondos, não devem 
ter ceifadas as vidas, antes serem isolados da 
convivência social, em celas, ou em trabalhos 
retificadores, nos quais expunjam sob a ação do 
tempo e da reflexão, que tarda, mas alcança o 
infrator, fazendo-os expiar os delitos 
perpetrados. Mesmo quando em se tratando de 
precitos anatematizados por desconcerto mental, 
não faltam Nosocômios judiciários onde possam 
receber conveniente assistência a que têm 
direito, sem que sejam considerados inocentes 
pelos crimes perpetrados... Em recuperando a 
saúde, eventualidade excepcional que pode 
ocorrer, cerceados, pelo perigo de provável 
reincidência psicopática, poderão, de alguma 
forma, retribuir de maneira positiva à Sociedade, 
os danos que haviam causado.
No que tange aos enfermos ditos irrecuperáveis, 
convém considerar que doenças, ontem 
detestáveis quanto incuráveis, são hoje capítulo 
superado pelo triunfo de homens-sacerdotes da 
Ciência Médica, que a enobrecem pelo contributo 
que suas vidas oferecem a beneficio da 
Humanidade. Sempre há, pois, possibilidade de 
amanhã conseguir-se a vitória sobre a 
enfermidade irreversível de hoje. Diariamente, 
para esse desiderato, mergulham na carne 
Espíritos Missionários que se aprestam a 
apressar e impulsionar o progresso, realizando 
descobrimentos e pesquisas superiores para a 
vida, fonte poderosa de esperança e conforto 
para os que sofrem, em nome do Supremo Pai. 
Diante das expressões teratológicas, ao invés da 
precipitação da falsa piedade em aliviar os 
padecentes dos sofrimentos. Se há-de pensar na 
terapêutica divina, que se utiliza do presídio 
orgânico e das jaulas mentais para justiçar os 
infratores de vários matizes que passaram na 
Terra impunes, despercebidos, mas não puderam 
fugir às sanções da consciência em falta, nem da 
Legislação Superior, à qual rogaram ensejo de 
recomeço, recuperação e sublimação porque 
anelavam pela edificação da paz íntima. 
Suicidas, - esses pobres revoltados contra a 
Divindade -, que esfacelaram o crânio, em 
arremetidas de ódio contra a existência, 
reencarnam perturbados pela idiotia, surdez-mudez, 
conforme a parte do cérebro afetada, ou 
por hidrocefalias, mongolismos; os que tentaram 
o enforcamento reaparecem com os processos
de paraplegia Infantil; os afogados, padecem 
enfisema pulmonar; os que desfecharam tiros no 
coração, retornam sob o jugo de cardiopatias 
congênitas irreversíveis, dolorosas; os que se 
utilizaram de tóxicos e venenos, volvem sob o 
tormento das deformações congênitas, da asfixia 
respiratória, ou estertorados por úlceras 
gástricas, duodenais e cânceres devoradores; os 
que despedaçaram o corpo em fugas 
espetaculares, recomeçam vitimados por 
atrofias, deformações, limitações pungentes, em 
que aprendem a valorizar a grandeza da vida... 
Agressores, exploradores, amantes da 
rapinagem, das arbitrariedades, dos abusos de 
qualquer natureza volvem aos cenários em que 
se empederniram, ou corromperam, ou 
infelicitaram, atingidos pelo sinete das 
soberanas leis da ordem e do equilíbrio, 
refazendo o caminho antes percorrido 
criminosamente e entesourando os sagrados 
valores da paciência, da compreensão, do 
respeito a si mesmos e ao próximo, da 
humildade, da resignação, armando-se de 
bênçãos para futuros cometimentos ditosos. 
Quem se poderá atribuir o direito de interromper-lhes 
a existência preciosa, santificadora? 
As pessoas que se lhes vinculam na condição de 
pais, cônjuges, irmãos, amigos, também lhes são
partícipes dos dramas e tragédias do passado, 
responsáveis diretos ou inconscientes, que ora 
se reabilitam, devendo distender-lhes mãos 
generosas, auxílio fraterno, pelo menos migalhas 
de amor. 
Ninguém se deverá permitir a interferência 
destrutiva ou liberativa por meio da eutanásia em 
tais processos redentores. Pessoas que se dizem 
penalizadas dos sofrimentos de familiares e que 
desejam os tenham logo cessados, quase 
sempre agem por egoísmo, pressurosos de 
libertar-se do comprometimento e da 
responsabilidade de ajudá-los, sustentá-los, 
amá-los mais. 
Não faltam terapêuticas médicas e cirúrgicas que 
podem amenizar a dor, perfeitamente 
compatíveis com a caridade e a piedade cristãs. 
A ninguém é dado precisar o tempo de vida ou 
sobrevida de um paciente. São tão escassos de 
exatidão os prognósticos humanos neste setor 
do conhecimento, quanto ocorre noutros? 
Quantos enfermos, rudemente vencidos, 
desesperados recobram a saúde sem aparente 
razão ou lógica?! Quantos outros homens em 
excelente forma, portadores de sanidade e 
robustez, são vitimados por surpresas orgânicas 
e sucumbem imprevisivelmente?! 
O conhecimento da reencarnação projeta luz nos 
mais intrincados problemas da vida, dirimindo os 
equívocos e as dúvidas em torno da saúde como 
da enfermidade, da desdita como da felicidade e
contribuindo eficazmente para a perfeita 
assimilação dos postulados renovadores de que 
Jesus Cristo se fez vexilário por excelência e o 
Espiritismo, o Consolador encarregado de 
demonstrá-lo nos tormentosos dias da 
atualidade. 
Argumentam, porém, os utilitaristas que as 
importâncias despendidas com os pacientes 
irrecuperáveis poderiam ser utilizadas para 
pesquisas valiosas ou para impedir-se que 
homens sadios enfermassem, ou para 
assistirem-se convenientemente os que, doentes, 
podem ser salvos... 
E devaneiam, utopistas, insensatos sem 
considerarem as fortunas que são atiradas fora 
em espetáculos ruidosos e funestos de exaltação 
da sensualidade, do fausto exagerado, das 
dissipações, sem que lhes ocorram a 
necessidade da aplicação correta de tais 
patrimônios em medidas preventivas salutares 
ou socorro às multidões esfaimadas e nuas que 
enxameiam por toda parte, perecendo, à guisa de 
migalha de pão, chafurdando no desespero pela 
ausência de uma gota de luz ou numa 
insignificante contribuição de misericórdia. 
Cada minuto em qualquer vida é, portanto, 
precioso para o Espírito em resgate abençoado. 
Quantas resoluções nobres, decisões felizes ou 
atitudes desditosas ocorrem num relance, de
momento? 
Penetrando-se o homem de responsabilidade e 
caridade, luarizado pela fé religiosa, fundada em 
fatos da imortalidade, da comunicabilidade e da 
reencarnação, abominará em definitivo a 
eutanásia tudo envidando para cooperar com o 
seu irmão nos justos ressarcimentos que a 
Divina Justiça lhe outorga para a conquista da 
paz interior e da evolução. 
Eutanásia 
Autor: 
Divaldo Franco (médium) 
Joanna de Angelis (espírito) 
Fonte: 
Livro: Após a Tempestade 
Anjos enfermos 
Augusto vive — Augusto Cezar Netto 
 
1 Prezada irmã. De todas as indagações que 
habitualmente recebo, a que me veio do seu 
maternal carinho é a que mais me doeu no coração. 
2 “Por que, Augusto amigo, teremos pessoas que 
recomendam a eutanásia para as crianças infelizes? 
Tenho meu filhinho de oito novembros, estirado no 
leito, paraplégico, que apenas conversa comigo 
através do olhar. Diga-me: você que está no mundo 
da verdade, diga-me se é justo suprimir um anjo 
desses, sonho de minhalma e força de minha vida, 
tão só porque não possa brincar e falar, como
sucede às outras crianças? E por que existirão 
meninos assim, maravilhosos de inteligência e de 
amor que somente as mães sabem ouvir e 
compreender?” 
3 Estes tópicos de sua confidência me tocaram o 
íntimo de rapaz inexperiente ao qual a senhora 
empresta valor tamanho. Devo dizer-lhe que nas 
paragens novas a que fui conduzido, as opiniões de 
quantos amigos conheço são idênticas aos seus 
próprios conceitos. 
4 Por que existem criaturas na Terra que aprovam o 
assassinato dos pequeninos enfermos, até mesmo 
aplaudindo aqueles que o executam, valendo-se da 
impunidade, suscetível de ser encontrada entre as 
paredes domésticas? Ah!… os que assim agem não 
tiveram ainda o espírito bafejado pela ternura que 
um filho doente sabe inspirar!… 
5 Guarde o seu abençoado amor nos próprios braços e 
defenda-o contra o assalto da delinquência vestida 
de belas palavras. Creia. A senhora e outras mães 
que receberam da Providência Divina semelhantes 
lírios mutilados, obtiveram do infinito amor de 
Deus um sagrado depósito. E qual a razão de 
existirem eles? 
6 Sempre que nos voltamos contra nós, admitindo as 
facilidades ou os suplícios da autodestruição, 
ferimos cruelmente a nós mesmos. O suicídio 
consciente e sem atenuantes gera tanta carga de 
culpa que desequilibramos os próprios veículos de 
manifestação.
7 Deus, porém, é Pai e não verdugo. Por isso mesmo, 
quando incursos no remorso a que me refiro, somos 
conduzidos ao coração das filhas de Deus que lhe 
refletem o amor imenso, com suficiente capacidade 
de sacrifício para aceitar-nos na condição de 
espíritos culpados em luta regenerativa. Isso, 
entretanto, é assunto para os pesquisadores e 
filósofos, que procuram dissecar os processos da 
reencarnação. 
8 Falaremos nós apenas do carinho que devemos aos 
companheiros enfermos que a Bondade Celeste 
devolve à terapêutica do lar para que se restaurem. 
9 Conserve o seu filho querido contra a leviandade de 
quantos pretendam atuar, em nome da Ciência, 
aconselhando a eliminação de seus semelhantes, 
temporariamente crucificados na prova que os 
redime perante a própria consciência. 
10 E recordemos que Deus não lhes colocou nos 
laboratórios essas flores humanas que parecem 
estrelas apedrejadas ao nascer. O Misericordioso 
Pai entregou os seus anjos enfermos a outros anjos 
criados por sua Infinita Sabedoria e que todos, no 
mundo, conhecemos na ternura e no sacrifício de 
nossas mães. 
.Augusto Cezar 
INTRODUÇÃO DE UM LIVRO SOBRE A EUTANÁSIA.
Conta-se que em certa cidade francesa distante de 
Paris, no início do nosso século, um determinado 
médico diagnosticou difteria em sua própria filha e, 
entre consternado e inconsolável com o sofrimento 
agravado pela evolução de enfermidade, sabendo-a 
no rol das doenças incuráveis, encheu-se de 
piedade, administrando sustância letal e indolor à 
pequena paciente, fazendo-a dormir o sono da 
morte. Sua filha querida dormia agora sem dores 
nem agonia. 
Ocorreu, no entanto, que aquilo que aparentava 
alívio transformou-se em pesadelo. É que, 
momentos após a sua irreversível decisão e o seu 
ato de fatalidade provocada, adentra-lhe o lar o 
emissário de um seu colega de Paris que, sabendo-lhe 
o drama, mandava-lhe encomenda e um bilhete 
que dizia: "Roux tem conseguido bons resultados 
com este soro que ora te envio". Tratava-se do soro 
antidiftérico. 
Desnecessário comentar o desespero, o 
desapontamento e o arrependimento desse pai que 
acabara de, "piedosamente" assassinar sua filha 
amada. 
São mais freqüentes do que imaginamos os casos de 
pessoas que, atingidas pela aflição e pela dor, na 
forma de doença torturante e incurável apelam para 
o expediente de apressar a morte, visando alijar-se 
do tormento ou estancá-lo o seio daqueles a quem 
amam. Isso acontece em decorrência da descrença 
na continuidade da vida após a morte ou mesmo de 
uma visão distorcida do que esta representa e do 
que nos aguarda após a sua consecução.
Infelizmente não conseguiu, ainda, o homem 
moderno sintonizar com a Nova Era inaugurada com 
o advento da Ciência Espírita. Para muitos, todos os 
ensinamentos emanados do Alto pelos Espíritos 
Superiores mais não são que crendices, superstição 
ignorância, taxando-se o seu conteúdo de irracional, 
irreal, fantasioso e embotado pelo fanatismo. Estes 
que assim pensam jamais deram-se ao trabalho de 
estudar detidamente o conteúdo doutrinário, única 
maneira de se atinar para a clareza, a racionalidade 
e, ao mesmo tempo, a simplicidade do 
Conhecimento Espírita (e como costuma ser simples 
o verdadeiro!). Se assim procedessem, veriam 
elucidadas as grandes dúvidas existenciais - e tudo 
dentro da mais pura lógica - , em um contínuo de 
idéias e explicações que saciam as exigências do 
homem intelectualizado e acostumado a pensar por 
si mesmo. Então, perceberiam a religião na sua 
verdadeira essência, compreendendo-lhe melhor os 
objetivos, destituída que é - sob a óptica espírita - 
dos aparatos, dogmas e poderio temporal. Mas, 
infelizmente, como afirmamos antes, o homem 
contemporâneo prefere ignorar os fatos 
demonstrados pela Doutrina dos Espíritos, 
esquecidos de que não são apenas os religiosos e 
místicos que podem ser considerados fanáticos, mas 
qualquer que se apegue enceguecidamente a uma 
doutrina (mesmo materialista). 
A continuidade da vida após a morte mais do que 
provada está. Os Espíritos têm-nos trazido provas 
sob as mais diversas condições, através de 
medianeiros das mais diferentes longitudes, classes 
sociais e inclusive religiões. Aqui mesmo no Brasil, já 
se obteve a comprovação do fenômeno até por 
intermédio da grafoscopia, após acurado estudo de
mensagens psicografadas através da mediunidade 
de Francisco Cândido Xavier. E o que dizer das 
materializações de Espíritos comprovadas por 
inúmeros e eminentes cientistas das mais 
diversificadas nacionalidades?... Das visões dos 
moribundos no momento da morte?... Das 
"Experiências de Quase Morte"... Das comunicações 
de Espíritos via aparelhos eletroeletrônicos?...Então, 
argüirá o leitor amigo, como entender o porquê de 
tanta descrença? A resposta é simples: egoísmo. 
Sim, o homem não suporta observar-se em sua real 
condição, pois isso, em sua opinião, o faria perder a 
posição que pensa ostentar de "senhor do 
Universo"; além do que, é-lhe muito 
difícil afastar-se dos excessos a que se acostumou, 
afastar-se do império da matéria, causando-lhe 
grande desconforto o curar do senso moral. 
(Do Livro " Eutanásia à Luz do Espiritismo" - 
Francisco Cajazeiras). 
Julgamentos 
Livro: Canteiro de Idéias - Capítulo 8 
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier 
Não faças julgamento 
De supostos culpados. 
O que o Céu quer saber 
É o que fazes no bem.
QUANDO ALGUÉM 
Quando alguém te fale do passado, acautela-te. 
A rigor, ninguém sabe o que foste ou o que fizeste em pregressas 
existências. 
Muitos se referem à reencarnação, apenas para conseguirem o 
que desejam de ti. 
Não te permitas iludir pelos que não te respeitam os sentimentos. 
Infelizmente, muitos que te falam de amor no passado estão 
apenas pensando em sexo no presente. 
Compromisso sério não se alicerça na mentira. 
Não te entregues afetivamente a quem esteja compromissado 
com outrem. 
Os Espíritos Superiores não se prestam a revelações levianas e 
nem são instrumentos para o mal. 
Do livro VIGIAI E ORAI 
Irmão José/Carlos A. Baccelli 
Na Luta Diária 
Livro: Canteiro de Idéias - Capítulo 7 
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier 
Aceita a luta que a Sabedoria da Vida te 
confere, sem exasperação e sem inveja, sem 
ciúme e sem mágoa, porque tudo o que te 
encanta os olhos e alimenta o coração, tudo 
o que te angaria o apreço dos outros e te 
consolida a própria dignidade vem de Deus 
que, através do tempo e da experiência, nos 
pedirá contas em momento oportuno. 
PERSEVERANÇA
Perseverança é esforço continuado, sem esmorecimento 
algum. 
É obra de paciência e determinação no que se pretende 
alcançar. 
Quem desanima não conclui qualquer tarefa. 
Quem não persiste no que faz, deixando com frequência uma 
coisa por outra, nada consegue produzir. 
Toda construção sólida demanda tempo. 
As edificações espirituais requerem disciplina. 
Se a semente germina relativamente depressa, custa-lhe 
produzir. 
Quem não se fixa em determinada atividade não logra em parte 
alguma o êxito que almeja. 
A inconstância é um desperdício de energias. 
A perseverança é capaz de transformar a atividade considerada 
de menor importância em tarefa indispensável. 
Irmão José/Carlos A. Baccelli 
Do livro VIGIAI E ORAI 
NEM SEMPRE 
Nem sempre, o melhor caminho é o que possuiu menos 
obstáculos... 
A decisão correta é a que se toma sem se prejudicar... 
Uma vida sem lutas é uma vida tranquila... 
Uma deficiência significa limitação... 
O impedimento é prejuízo... 
A surpresa desagradável tem consequências infelizes... 
O sonho que se alcança é o êxito que se espera... 
A lágrima que se derrama é dor insuportável na alma... 
A cruz pesa mais do que aparenta... 
A queixa sistemática tem fundamento... 
Nem sempre, passos firmes demonstram retidão de preceitos. 
Irmão José/Carlos A. Baccelli 
Do livro “VIGIAI E ORAI” - Ed. DIDIER
PROSSEGUE LUTANDO 
– DIVALDO FRANCO/ JOANNA DE ÂNGELIS 
“Levanta o Espírito combalido e prossegue lutando: 
a terra sofrida pelo arado mais produz; 
a fonte visitada pelo balde mais dessedenta; 
a árvore abençoada pela poda mais frutifica; 
o coração mais visitado pela dor mais se aprimora. 
Não te canses de lutar! 
A reencarnação é oportunidade abençoada que os Céus 
concedem para refazimento moral, ajuste de contas e 
quitação de dívidas. 
Não te aflijas ante a imperiosa necessidade de resgatar. 
Bendize as horas de dor, que passam como passam os 
momentos de prazer, avançando na tua luta, caindo para 
levantar, chorando por amor ao ideal e sofrendo por servir. 
Para onde sigas, defrontarás a luta em nome do trabalho 
sulcando o solo da humanidade. 
A luta é clima em que são forjados os verdadeiros 
heróis, e o sofrimento é a célula sublime que dá origem 
aos servidores verdadeiros. 
Há mães que no sofrimento se converteram em anjos 
estelares; há corações que no sofrimento se 
transformaram em urnas sublimes de amor; há 
criaturas que no sofrimento se renovaram fazendo de 
si mesmas sentinelas vigilantes, em defesa dos 
infelizes. 
Prossegue lutando! 
Esquece o próprio cansaço e escreve páginas de 
consolação; cessa de chorar e enxuga outras lágrimas 
com o lenço da tua compreensão; asserena tua 
inquietude e repete os excertos sobre a imortalidade,
de que tua alma está impregnada pelos zéfiros do 
mundo espiritual, junto aos que nada conhecem do 
além-túmulo... 
Há favônios cantantes que trazem blandícias de prece e te 
falam aos ouvidos, quando te aquietas para orar. 
Não percas a oportunidade de sofrer nem te desalentes 
porque a dor te visita. 
Quando menos esperares, um anjo incompreendido 
chegará de mansinho às portas do teu corpo e, selando 
teus lábios com o sinete da desencarnação, tomará tua 
alma de improviso. Abençoarás, então, ter prosseguido 
lutando. 
Se considerares que as provações que te visitam agora são 
aparentemente maiores do que tuas forças, recorda Jesus, 
o Anjo Crucificado, que, no Gólgota, ainda pôde, sofrendo, 
prosseguir lutando, quando, atendendo à súplica do larápio 
infeliz, esperançou-o com o desejo de entrar no paraíso. E 
guarda a certeza de que, prosseguindo lutando, já estás no 
paraíso desde hoje.” 
(Mensagem extraída do livro “Messe de Amor” pelo 
espírito Joanna de Ângelis, psicografado pelo médium 
Divaldo Franco.) 
NA VIA PÚBLICA 
A rua é um departamento importante da escola do mundo, onde cada 
criatura pode ensinar e aprender. 
Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa da saudação, 
usando cordialidade e carinho sem excesso. 
Caminhe em seu passo natural ou dentro da movimentação que se faça 
precisa, como se deve igualmente viver: sem atropelar os outros. 
Se você está num coletivo, acomode-se de maneira a não incomodar os 
vizinhos. 
Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa, atenda às leis 
do trânsito e aos princípios do respeito ao próximo, imunizando-se contra 
males suscetíveis de lhe amargurarem por longo tempo. 
Recebendo as saudações de alguém, responda com espontaneidade e
cortesia. 
Não detenha companheiros na via pública, absorvendo-lhes tempo e 
atenção com assuntos adiáveis para momento oportuno. 
Ante a abordagem dessa ou daquela pessoa, pratique a bondade e a 
gentileza, conquanto a pressa, frequentemente, esteja em suas cogitações. 
Em meio às maiores exigências de serviço, é possível falar com serenidade 
e compreensão, ainda mesmo por um simples minuto. 
Rogando um favor, faça isso de modo digno, evitando assovios, 
brincadeiras de mau gosto ou frases desrespeitosas, na certeza de que os 
outros estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos para nós. 
Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente, mas se alguém 
desenvolve assunto indesejável é possível escutar com tolerância e 
bondade, sem ferir o interlocutor. 
Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de compartilhar 
perturbações ou conflitos de rua. 
Perante alguém que surja enfermo ou acidentado, coloquemo-nos, 
em pensamento, no lugar difícil desse alguém e providenciemos o 
socorro possível. 
André Luiz 
Médium: Francisco Cândido Xavier, 
Do livro “SINAL VERDE” – edição CEC 
PRODÍGIOS DA FÉ 
Esquecer agravos. 
Apagar injúrias. 
Desprender-se das posses materiais em benefício dos outros. 
Reconhecer as próprias fraquezas. 
Praticar a humildade. 
Abençoar os que nos firam. 
Amar os adversários. 
Orar pelos que nos perseguem e caluniam. 
Converter dores em bênçãos.
Aceitar as provações da vida com paciência e bom ânimo. 
Transformar os golpes do mal em oportunidades para fazer o 
bem. 
Servir ao próximo em qualquer circunstância. 
Jamais duvidar da presença de Deus. 
Semelhantes atitudes são prodígios da fé; busquemos sustentá-las 
com todo o nosso coração, recordando as palavras do Mestre 
a cada enfermo que Seu Divino Amor levantava e restaurava nos 
caminhos do mundo: “a tua fé te curou”. 
pelo Espírito Albino Teixeira - Do livro: Caminho Espírita, 
Médium: Francisco Cândido Xavier. 
DEPENDÊNCIA AFETIVA 
Todos somos interdependentes, mas ninguém deve depender 
excessivamente de alguém. 
Nem material nem psicologicamente. 
Que a tua vida não se arrase por uma frustração sofrida. 
Os que não te correspondem afetivamente não te amam quanto 
os amas. 
Ninguém deve colocar-se completamente à mercê dos 
sentimentos alheios. 
A paixão é doença. 
Não sofras por quem te faça sofrer. 
Supera a prova e procura enxergar outros corações que pulsam 
ao lado do teu. 
Existem carmas criados nesta própria vida, ou seja: nada têm a 
ver com o passado. 
Almas gêmeas na Terra constituem raridade; almas afins na 
provação contam-se aos milhares. 
Do livro “VIGIAI E ORAIi” 
Irmão José/Carlos A. Baccelli 
-- 
RECEITA PARA FICAR
DOENTE 
1. Não dê atenção ao seu corpo. Coma muita porcaria, tome drogas, 
beba bastante; 
2. Cultive a sensação de que sua vida não tem sentido nem valor; 
3. Faça coisas de que não gosta e evite fazer o que realmente deseja; 
4. Seja rancoroso e supercrítico, principalmente em relação a si 
mesmo; 
5. Culpe os outros de todos os seus problemas; 
6. Encha a cabeça de quadros pavorosos e depois fique obcecado 
com eles; 
7. Evite relações profundas, duradouras e íntimas; 
8. Fuja de qualquer coisa que se pareça com senso de humor; 
9. Não expresse seus sentimentos e opiniões, os outros não vão 
gostar; 
10. Evite qualquer mudança que possa lhe trazer mais satisfação e 
alegria. 
Quero acrescentar à lista mais dois conselhos de Emmet Fox: 
11. Discuta amplamente suas próprias doenças e, se tiver feito uma 
cirurgia, faça conferências dramáticas sobre ela em todas as 
oportunidades; 
12. Nunca relaxe. Isso daria ao corpo uma chance de se recuperar. 
Tenho certeza que todos esses conselhos são infalíveis para quem 
deseja ficar rapidamente doente ou jamais se curar se já estiver 
enfermo. 
QUANDO A DOENÇA
CHEGAR 
Se a doença o visitou, não pense que você esteja sendo punido por 
Deus. Se quiser se curar pare de pensar em castigo, porque castigo é 
maldade e maldade não tem poder de curar coisa alguma. 
Pense na doença como uma professora de seu aprimoramento 
espiritual, como alguém que veio salvar de um caminho perigoso 
em que você se conduzia e não percebia que estava prestes a 
cair no precipício. A doença é o caminho que poderá levá-lo a 
uma vida mais saudável e feliz, desde que não mergulhe nas 
águas da revolta e do desespero. Você acha que Deus não está 
interessado na sua felicidade? 
A palavra vingança não existe nos Códigos Divinos. Deus nos ama, 
sobretudo quando estamos frágeis e precisando de ajuda, como 
agora. Qual o pai amoroso que não faria qualquer coisa para resgatar 
o filho em perigo? 
Jesus se apresentou para nós como o Bom Pastor, o Pastor que nos 
conhece e que está disposto a dar sua vida por nós. Jesus sabe até a 
quantidade de cabelos em nossa cabeça e por isso conhece nossas 
dificuldades do momento. Ele nos acompanha atentamente e deseja 
aproveitar as tempestades de agora para lavar nosso coração da 
raiva, da vingança, da mágoa, da tristeza e do medo. Se 
continuássemos sujos, não suportaríamos o peso das nossas próprias 
mazelas. Os problemas em geral procuram nos arrancar da loucura do 
mal, proporcionando-nos um choque que nos desperta para as coisas 
essenciais da vida. 
Você está disposto a aceitar a idéia de que a doença é um mal muito 
menor e necessário para impedir os grandes males que lhe 
aconteceriam se você continuasse vivendo na sua loucura? 
MOMENTOS COM CHICO XAVIER 
REENCARNAÇÕES NA
MESMA FAMÍLIA 
HELLE ALVES –É muito comum a gente ouvir os espíritas falarem 
que, em outra encarnação, tal pessoa, quer dizer, no mesmo grupo 
familiar, ou de convivência, fulana foi mãe de sicrano na outra 
encarnação ou beltrano foi irmão de não sei quem. Então, tem-se a 
impressão de que as reencarnações se fazem no mesmo grupo 
familiar. 
Como a gente se aprimora na medida em que tem experiências mais 
variadas, eu queria saber se, de fato, existe essa limitação nas 
reencarnações a determinados grupos e, também, outra coisa: se 
homem sempre nasce homem, mulher, mulher, porque é injusto, não 
é? A gente precisa ter mais chance de experiência. Mas sempre se 
ouve falar homem nascer sempre homem. 
CHICO XAVIER– Isto não é propriamente uma limitação, porque isso 
pode acontecer fora dos nossos grupos afins. A nossa reencarnação 
pode se processar à distância do nosso grupo eleito para a 
tranqüilidade e para a satisfação afetivas. Mas de um modo geral, 
atendendo-se às ligações do amor que nos prendem uns aos outros, 
geralmente nós renascemos naqueles grupos de ordem familiar a que 
nos vinculamos, para continuar com o trabalho da assistência mútua. 
Muitas vezes, nós queremos determinada conquista na Terra, seja nos 
domínios da afetividade ou nos domínios culturais, e às vezes nós 
vamos encontrar proteção para isso junto de uma criatura que nos foi 
muito amada em outra existência, junto de um coração materno, de 
um pai amigo, capazes de compreender-nos e auxiliar-nos nessas 
empresas. Então, isso é muito comum que voltemos no mesmo grupo 
de ordem sentimental, dentro da mesma faixa de atividade. 
Agora, quanto ao fato da transposição de sexo, O Livro dos Espíritos 
nos ensina que isso pode acontecer muitas vezes. Muitas vezes, nós 
renascemos com problemas de inversão, por efeito de provação 
educativa, depois de determinados excessos praticados em outras 
vidas, seja na condição do homem, seja na condição da mulher. E às 
vezes nascemos também na condição inversiva para encontrarmos no 
corpo uma célula de trabalho, que nos afaste de determinados riscos 
para a execução de tarefas específicas. 
Muitas vezes, um grande homem, ele terá de cumprir determinada
tarefa no ensino, isso é às vezes comum. Não vamos cogitar do 
problema da inversão na faixa de prova, na faixa de sofrimento 
reparador, o que ocorre muitas vezes, mas vamos pensar na inversão 
do seu ponto de vista mais elevado, mais alto. Um grande homem que 
se tenha apaixonado pelos problemas de educação na Terra, às vezes 
desejando voltar a esse mundo para uma obra educacional muito 
séria, muito extensa, a benefício da coletividade que ele ama, ele 
pode pedir aos seus instrutores para voltar num corpo de mulher, e 
será então uma grande professora. Ela terá talvez conflitos íntimos 
muito grandes, mas ela terá compensações muito maiores na missão 
que ela cumpre. O mesmo pode acontecer com a mulher que evoluiu 
muito, às vezes, do ponto de vista de inteligência, e que desejando 
voltar à Terra para determinada tarefa do coração, junto da 
comunidade, é possível que esse Espírito que esteve longamente na 
fieira das reencarnações femininas e, por isso mesmo, obtendo e 
fixando em si mesmo as qualidades femininas com muita intensidade, 
é possível que esse Espírito afeiçoado às questões femininas venha 
no corpo de um homem, para se isolar de compromissos que 
colocariam em risco o seu trabalho junto da comunidade. 
(Texto extraído do livro “Pinga-Fogo com Chico Xavier”, organizado 
por Saulo Gomes, editora InterVidas, páginas 52-54, ano 2010.) 
MOMENTOS COM CHICO XAVIER 
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS 
(Da entrevista concedida à Folha Espírita nº104, novembro de 
1982). 
PERGUNTA – Chico, você acha que o espírita deve doar as suas 
córneas? Não haveria nesse caso repercussão para o lado do 
perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após 
a desencarnação do indivíduo? 
CHICO – Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em 
tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao
beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer 
remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana 
habitualmente espera com o nome de compreensão, sem 
aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto 
de evolução em que a noção da posse não mais a preocupa, esta 
criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o 
perispírito em coisa alguma. 
No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou 
aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que 
julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego 
a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a 
morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, 
gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. 
Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, 
das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se 
perturbará. 
(Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino 
da Silveira, 
ano 1987, editora CEU.) 
À SOMBRA DO 
ABACATEIRO 
O Dr. Carlos Baccelli, querido irmão de ideal e prestimoso amigo, 
sempre presente ao Culto da Assistência que o Chico realizava à 
sombra de um abacateiro, atento e fiel a tudo o que o Chico diz, ia 
anotando as frases que ele pronunciava e depois escrevia os 
seus maravilhosos artigos “Chico Xavier, à sombra do 
abacateiro”. Às vezes fico pensando quanta coisa importante se 
teria perdido não fossem as abençoadas anotações do Baccelli. 
Num certo dia, o Chico pede para falar alguns minutos, parece 
que percebendo o anseio de cada um, vai dizendo: 
- Eu gostaria de oferecer-lhes, pessoalmente, mais tempo. Às 
vezes, a gente comete a falta da ingratidão sem desejar. Tenho
procurado cumprir com os meus deveres para com os Espíritos 
Amigos e para com os espíritas amigos. 
Fala do seu estado de saúde, do tempo reduzido que lhe resta no 
corpo: “Eu me contento com a alegria de vê-los a todos; gostaria 
de me sentar com cada um para conversar sobre as nossas 
tarefas...”. 
E pede perdão por estar doente!... 
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, aberto ao acaso, havia 
trazido para estudo e meditação, o capítulo V “Bem-aventurados 
os aflitos”, o item 18, “Bem e Mal sofrer”. 
Emmanuel, presente ao culto, pede ao Chico que fale um pouco 
sobre o tema do Evangelho. 
Chico, então, começa a falar. Sua voz suave e mansa vai 
penetrando os ouvidos dos presentes. 
- À medida que a Providência Divina determina melhoras para 
nós, na Terra, inventamos aflições... Para cultivar o solo temos o 
auxílio do trator, antes só possuíamos carros-de-bois... Hoje, 
temos veículos motorizados encurtando as distâncias, mas não 
nos contentamos com os 80 km por hora, antes andava-se a pé... 
Hoje, a geladeira conserva quase tudo; antes plantava-se 
canteiros... 
Fala do conforto em que o homem vive e do seu comodismo 
espiritual: 
“É que precisamos de contentar-nos com o que temos; estamos 
ricos, sem saber aproveitar a nossa felicidade... Antes, as 
pessoas idosas desencarnavam conosco; hoje as mandamos 
para os abrigos... Tínhamos um pouco de prosa durante o dia, a 
oração à noite... Agora inventamos dificuldades e depois vem o 
complexo de culpa e vamos para os psiquiatras... Se estamos 
numa fila e uma senhora doente nos pede o lugar, precisamos 
cedê-lo. Recordemos-nos da prece padrão para todos os tempos 
que é o Pai Nosso, quando Jesus diz: O pão nosso de cada dia... 
Por que acumular tanto? Existem pessoas que possuem trinta e 
cinco pares de sapato, onde é que irão arrumar setenta pés? 
Estamos sofrendo mais por excesso de conforto do que excesso 
de desconforto. Morre muito mais gente de tanto comer e de 
tanto beber, do que por falta de comida... A inflação existe, 
porque queremos o que é demais.
E conclui: “Esta é a opinião dos Espíritos. Perdoem-me se falei 
mal, mas se eu falei mal, falei, foi de mim”. 
Conta o Baccelli que quando o Chico acabou de falar, podia-se 
ouvir uma mosca voar, tão forte a impressão que deixara em 
todos os presentes. 
“Chico está coberto de razão; falou a pura verdade, verdade que 
nem sempre queremos ouvir... 
Sim, quando o Espírito silencia, Deus fala nele... 
Estávamos, agora, em silêncio e o Verbo Divino que vibrara pelos 
lábios do Chico ecoava dentro de nós...” 
(Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino 
da Silveira, 
edição CEU – Cultura Espírita União, ano 1987.) 
Aos interessados, leiam o livro "Chico Xavier à Sombra do Abacateiro" do autor Carlos A. 
Baccelli, IDEAL editora 
UM SONHO E UM IDEAL 
Chico também tem os seus sonhos e tem os seus ideais. Se não os 
tivesse não seria homem. 
Entre aqueles que de vez em quando deixavam as grandes capitais 
para visitá-lo estava Frederico Figner, o velho introdutor do fonógrafo 
e da lâmpada Edson no Brasil, proprietário da Casa Edson, aquela 
que, como símbolo, ostentava o cachorrinho preto e branco, ouvindo o 
fonógrafo, admiração e glória de nossos avós. 
Certa ocasião, como sempre fazia, o velho Figner conversava com o 
Chico em Pedro Leopoldo. Aquelas longas conversas espirituais
amigas, pois o velho amava muito ao Chico. Em determinado 
momento, Figner que era riquíssimo, perguntou ao grande médium: 
- Chico, você deve ter um ideal, não é verdade? Eu gostaria de saber 
qual o seu verdadeiro sonho. 
- Ideal, meu amigo? Meu ideal é viver o Evangelho de acordo com a 
vontade de Nosso Senhor Jesus Cristo e servir humildemente os 
homens. 
- Está certo, está certo, esse é o seu ideal espiritual e é também o 
meu... Mas não é bem isso que eu quero saber. Alguma coisa aqui do 
nosso mundo mesmo, material, algum objetivo seu, que você gostaria 
de alcançar. 
- Ora, meu caro, se dependesse de mim, eu gostaria de ter uma renda 
de trezentos mil réis mensais para que eu pudesse livre e 
despreocupado da vida material me dedicar ao Evangelho de Jesus e 
aos necessitados. 
Figner ficou pensativo, mas não disse mais nada. 
Chico cuidou de outros assuntos e se esqueceu da história. 
Na ampulheta misteriosa do tempo, os acontecimentos se sucederam, 
a vida mudou, e o médium Chico enfrentou outras situações e outras 
dificuldades. 
O velho Figner continuou escrevendo suas crônicas num jornal do Rio, 
crônicas de combate ao Catolicismo e de defesa do Espiritismo. 
Os seus milhões cresciam. 
Não esqueceu, porém, a conversa daquele dia, com o amigo de Pedro 
Leopoldo. 
A morte que tudo nivela materialmente veio também buscar Frederico 
Figner. 
Tinha duas ou três filhas e lhes deixou em testamento trinta e cinco mil 
contos de réis, hoje trinta e cinco milhões de cruzeiros. E com 
surpresa geral deixou cem contos de réis para Chico Xavier, dizendo 
que deixara somente os cem contos porque se o Chico os colocasse a 
juros de tanto por cento dariam exatamente os trezentos mil réis 
mensais, para viver livre de quaisquer preocupações... 
Última vontade do pai, as filhas que não eram espíritas, mas queriam 
cumprir as determinações paternas, autorizaram seu advogado a fazer
um cheque e enviar ao Chico. 
O pai de Chico que era vendedor de bilhetes de loteria, naquele dia 
marcou uma reunião de família para resolver o caso do pagamento do 
imposto da casa em que moravam e que montava a oito mil réis... 
Ninguém tinha dinheiro, lutavam com imensa dificuldade e imensa 
pobreza. 
Feita a reunião, compareceu o Chico, o irmão e as irmãs. 
- Meu pai, não sabemos como fazer! Não temos dinheiro para pagar 
os impostos. 
- É, mas precisamos de dar um jeito, se não a casa vai à praça para 
pagar... 
A situação era aflitiva. Todos se retiraram da reunião, e o Chico mais 
preocupado ainda porque se considerava o mais responsável. Fora 
ele que acabara de criar os irmãos e na realidade, há muitos anos era 
o verdadeiro chefe da casa. 
Pensativo, meditava como haveriam de sair da situação aflitiva... 
O correio, porém, lhe trouxe uma carta do advogado de Fred Figner. 
Aberto o testamento, dizia a carta, verificou-se que o velho deixara 
trinta e cinco mil contos para as filhas e cem contos para o Chico. 
Explicava ainda que Fred Figner fizera as contas e verificara que os 
cem contos colocados a juros no Banco dariam exatamente os 
trezentos mil réis que iriam dar ao Chico a vida que ele desejava... 
Ficaria livre para se dedicar ao Evangelho. 
Chico abriu dois olhos de espanto e exclamou: 
- Senhor! O que será que este dinheiro quer fazer comigo? 
E não teve dúvidas, devolveu pelo correio, o cheque, esclarecendo, 
naquela sua bondade evangélica, que não era justo que Fred Figner 
na sua generosidade prejudicasse as filhas, retirando do patrimônio 
que por justiça lhes pertencia, aqueles cem contos de réis e os desse 
a ele, Chico... 
***
Mais tarde, o médium encontrou o pai e falou de novo nos oito mil réis 
do pagamento do imposto. 
- Eu? Eu não quero saber de nada! – respondeu o progenitor. Aqui há 
gente que anda recusando cem contos! Eu vou-me embora, vocês que 
se arranjem!... 
Os cem contos, todavia voltaram. 
Nova carta das filhas de Figner. Absolutamente, não receberiam o 
dinheiro que o pai deixara para o Chico. Faziam questão de cumprir a 
determinação do pai, embora fossem católicas. Ele deixara e elas 
cumpririam, de qualquer jeito, sua última vontade. 
Chico compreendeu a decisão das moças mas não aceitou. Nova 
devolução. Nova carta. Finalmente, em face da resolução das filhas de 
Figner que afirmavam não receber o dinheiro de modo algum e que 
ficava à disposição do Chico, este escreveu-lhes que enviassem o 
dinheiro então para a Federação Espírita Brasileira com a finalidade 
de servir à difusão do livro espírita, coisa que Figner sempre amara e 
defendia com ardor. 
Assim terminou a batalha do cheque de cem contos. 
Mas ficou aquela expressão profunda: 
- Meu Deus! O que é que esse dinheiro quer fazer comigo? 
Alguns espíritos superiores têm-nos ensinado que a riqueza é uma 
prova mais dura que a pobreza. É a estrada larga da perdição. O 
dinheiro possibilita grandes tentações. Abre os caminhos do mundo à 
mente invigilante. 
Quem tem dinheiro, dizem, tem tudo 
materialmente. Com isso, há aqueles que se 
perdem no turbilhão da vida humana. Não basta 
ter boa intenção, é necessário que o homem seja 
protegido pela misericórdia de Deus. O poder do 
dinheiro ainda é muito grande. Infelizes daqueles 
que confiam no dinheiro como base de solução
de todos os problemas. Os problemas morais 
não são resolvidos na base do dinheiro. Pelo 
contrário, o dinheiro entrava, às vezes, a solução 
dos problemas de ordem moral. Por isso, é 
comovente ver Chico com as mãos para o Alto 
exclamar piedosamente: 
- Senhor, o que este dinheiro quer fazer de mim?! 
Texto extraído do livro “Chico Xavier O Santo dos Nossos Dias” 
Vol. 1, 
do autor R. A. Ranieri, ano 1973, editora Eco, páginas 26-30. 
A Descoberta 
Fonte: www.momento.com.br 
Equipe de Redação do Momento Espírita 
Um homem adquiriu uma casa em uma propriedade que lhe pareceu 
de excelente qualidade. A localização, próxima à escola, permitiria 
que as crianças não tivessem problemas maiores para o 
aprendizado das letras. 
O local era bem iluminado à noite, pois vários postes de luz se 
acendiam tão logo a claridade do dia diminuísse. 
Tudo parecia perfeito. Ele não entendeu muito bem porque o dono, 
que lhe vendera a propriedade, dela se desfizera por um preço 
quase irrisório. 
Alguns dias depois é que se deu conta porque o antigo dono saíra 
daquela casa, desgostoso e amargurado. O problema era o vizinho. 
Água podre escorria pelo seu quintal, vindo do terreno ao lado. As
crianças jogavam pedras, quebrando o telhado e as vidraças. 
Papéis e outros produtos eram queimados, deixando cheiro ruim nas 
roupas que a esposa acabara de estender no varal. Parecia 
proposital. Bastava colocar as roupas no varal e lá vinha a fumaça. 
Lixo era jogado no seu quintal: latas, vidros, objetos inaproveitáveis. 
Seus filhos não podiam brincar na calçada porque logo os filhos do 
vizinho os vinham perturbar, arrancando-lhes das mãos a bicicleta, o 
carrinho, a bola e os ameaçando com palavrões. 
Preocupado, o pai de família procurou um advogado. Acreditava 
que, com vizinho tão difícil, somente a lei o poderia ajudar. Deveria 
ter, com certeza, lei que protegesse o cidadão de outro ser que não 
agia como cidadão. 
O advogado, muito bem conceituado na cidade, ouviu com atenção. 
À medida que ia tomando ciência de todas aquelas barbaridades, foi 
se indignando. 
Quando a exposição de todos os atos foi concluída, ele falou que a 
família vizinha deveria ser muito irresponsável. As crianças eram 
perversas. Os pais ausentes. Como podiam permitir tamanhos 
disparates? 
A medida mais correta seria recorrer à ação policial. Sim, somente 
uma ação grave poderia pôr fim àqueles desmandos e tamanho 
desrespeito. 
Sentou-se frente ao computador para preparar os papéis, a fim de 
dar uma solução ao caso e perguntou ao homem qual era o 
endereço da sua residência. 
Quando ouviu o nome da rua, o número, a exata localização, ficou 
pálido e se recostou na cadeira. A casa do vizinho tão mal-educado, 
das crianças terríveis era o seu próprio lar. 
* * * 
De um modo geral, olhamos muito para os erros alheios e nos 
esquecemos de verificar as próprias falhas. 
Em matéria de educação de filhos, quase sempre acreditamos que 
os nossos jamais tomarão atitudes erradas ou agressivas. Tudo 
porque os enviamos a uma boa escola e temos um certo padrão de
vida. 
Estejamos atentos. Examinemo-nos e observemos as ações dos 
nossos filhos, na infância ou na adolescência. E, antes que eles se 
tornem os terrores da vizinhança, façamos uso do amor que ampara 
e da energia que transforma os seres em criaturas dignas de serem 
chamadas seres humanos. 
* * * 
Educar é a melhor maneira de curar o desequilíbrio do mundo. A 
violência somente será banida da Terra quando nos educarmos na 
calma e no bom senso. 
Existe a educação pessoal e a coletiva. A educação pessoal 
proporciona o progresso do indivíduo. A coletiva, resultado da 
primeira, faculta a evolução do mundo e das suas leis. 
Para nos livrarmos de todas as chagas morais do mundo a iniciativa 
deve ser individual, estendendo-se no lar e se derramando pelas 
ruas e estradas, alcançando todos os seres. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 19 do livro Bem-aventurados os simples, 
pelo Espírito Valérium, psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb. 
OBSERVANDO APRENDEMOS 
Cheng era o discípulo de um sábio monge de nome Ling.
Um dia, quando Cheng acreditava estar pronto para assumir a 
condição de liderar seu povo, foi conversar com seu mestre, o qual lhe 
disse: "observe este rio, qual a importância dele?". 
Eles se encontravam no alto de uma montanha. 
Cheng observou o rio, o seu vale, a vila, a floresta, os animais e 
respondeu: "este rio é a fonte do sustento de nossa aldeia. Ele nos dá 
a água que bebemos, os frutos das árvores, a colheita da plantação, o 
transporte de mercadorias, os animais que estão ao nosso redor e 
muito mais. Nossos antepassados construíram estas casas aqui, 
justamente por causa dele. Nosso futuro também depende deste rio." 
O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que 
continuasse a observar. 
Os meses se passaram e o mestre procurou Cheng. 
"Observe este rio, qual a importância dele?" - repetiu a pergunta ao 
discípulo. 
"Este rio é fonte de inspiração para nosso povo. Veja sua nascente: 
ela é pequena e modesta, mas com o curso do rio, a correnteza torna-se 
forte e poderosa. Este rio nasce e tem um objetivo: chegar ao 
oceano, mas para lá chegar terá de passar por muitos lugares e por 
muitas mudanças. Terá de receber afluentes, contornar obstáculos. 
Como o rio, temos de aprender a fluir. O formato do rio é definido 
pelas suas margens, assim como nossas vidas são influenciadas 
pelas pessoas com as quais convivemos. O rio sem as suas margens 
não é nada. Sem nossos amigos e familiares também não somos 
nada. O rio nos ensina, ainda, que uma curva pode ser a solução de 
um problema, porque logo depois dela podemos encontrar um vale 
que desconhecíamos. O rio tem suas cachoeiras, suas turbulências, 
mas continua sempre em frente porque tem um objetivo. Ensina-nos 
que uma mudança imprevista pode ser uma oportunidade de 
crescimento. Veja no fim do vale: o rio recebe um novo afluente e, 
assim, torna-se mais forte." 
O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que 
continuasse a observar. 
Os meses se passaram e novamente o mestre perguntou: "observe 
este rio: qual a importância dele?"
"Mestre, vejo o rio em outra dimensão. Vejo o ciclo das águas. Esta 
água que está indo já virou nuvem, chuva e penetrou na terra diversas 
vezes. Ora há a seca, ora a enchente. O rio nos mostra que se 
aprendermos a perceber esses ciclos, o que chamamos de mudança 
será apenas considerada como continuidade de um ciclo." 
O mestre colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que 
continuasse a observar. 
Os meses se passaram e o mestre voltou a perguntar a Cheng: 
"Observe este rio, qual a importância dele?" 
"Mestre, este rio me mostrou que cada vez que eu o observo, aprendo 
algo de novo. É observando que aprendemos. Não aprendo quando 
as pessoas me dizem algo, mas sim quando as coisas fazem sentido 
para mim." 
O mestre sorriu e disse-lhe com serenidade: "como é difícil aprender a 
aprender. Vá e siga seu caminho, meu filho." 
Pense nisso! 
Tantas palavras sábias já nos foram ditas. 
Tantos ensinos maravilhosos o Mestre Nazareno nos deixou. 
Mas, quanto disso realmente passou a integrar nossa consciência, 
alterando nossas atitudes perante a vida? 
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro As mais 
belas parábolas de todos os tempos, vol. I, pp. 24-26, Editora leitura, 
7ª edição, organizado por Alexandre Rangel. 
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A DÍVIDA, O TEMPO E A EUTANÁSIA

  • 1. ORA E CONFIA Meimei ... Ora em silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos... Se um dia te encontrares em situações tão difíceis que a vida te pareça um cárcere sem portas; sob o cerco de perseguidores aparentemente imbatíveis; sofrendo a conspiração de intrigas domésticas; na trama de processos obsessivos; no campo de moléstias consideradas irreversíveis; no laço de paixões que te conturbem a mente; debaixo de provas que te induzam à desolação e ao desânimo; sob a pressão de hábitos infelizes; em extrema penúria, sem trabalho e sem meios de sobrevivência; de alma relegada a supremo abandono; na área de problemas criados pelos entes a que mais ames; não desesperes. Ora em Silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos. É por isto que a tempestade pode rugir à noite, mas não existem forças na Terra que impeçam, cada dia a chegada de novo amanhecer. (De “Amizade”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Meimei)
  • 2. SUICÍDIO ASSISTIDO – EUTANÁSIA Três dias atrás, morreu a jovem norte-americana Brittany Maynard, de 29 anos, que optou pelo suicídio assistido ao ser diagnosticadacom câncer incurável no cérebro. Caso de repercussão mundial. (...) Pergunta – Um dos pioneiros dos transplantes cardíacos fez esta afirmação ao referir-se à prática da eutanásia: “Não tenho dúvidas em receitar doses excessivas de morfina para pacientes à beira da morte, quando a anestesia já não consegue exterminar a dor. Sou a favor da eutanásia passiva, ou seja, da não realização de tratamento que simplesmente adiaria a morte, como também sou favorável, em certos casos, à eutanásia ativa, ou seja, a que ajuda o paciente a morrer. São os vivos que temem a morte, não os moribundos”. Deparamo-nos, aqui, pois, com o delicado problema da eutanásia médica. Essa prática é moralmente correta aos olhos de Deus? Chico Xavier – A eutanásia, observada do Plano Espiritual para o Plano Físico, constitui sempre descaridade e imprudência praticadas pelo homem para com os seus semelhantes. Até nos instantes últimos do veículo físico, o espírito encarnado ainda é suscetível de colher valiosas lições e conquistar recursos de importância inavaliável para os entes que ficam, recursos esses que lhe serão de alto proveito logo após a desencarnação.
  • 3. Livro: Janela Para a Vida Francisco Cândido Xavier, Fernando Worm LAKE – Livraria Allan Kardec Editora Eutanásia Evangelho de Chico Xavier 1 Sou pela valorização da vida, pela esperança, portanto sou contra a eutanásia. A chamada morte piedosa pode interromper, para o Espírito, valioso processo de resgate… 2 Deus não desampara os agonizantes. Os que têm a sua vida prolongada pela Ciência, nos quadros de dor em que os observamos, estão sob a proteção de devotados companheiros da Vida Maior… 3 Às vezes, naquele minuto a mais de agonia, o Espírito alcança a vitória que perseguiu durante toda a existência!… .Chico Xavier DÍVIDA E TEMPO EUTANÁSIA Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimenta-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava. O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico: - NEM MESMO NESTE CASO A EUTANÁSIA SERIA PERDOÁVEL? - NÃO CREIO, DOUTOR, RESPONDEU-LHE O CHICO. ESTE NOSSO IRMÃO, EM SUA ÚLTIMA ENCARNAÇÃO, TINHA MUITO PODER. PERSEGUIU, PREJUDICOU E COM TORTURAS DESUMANAS TIROU A VIDA DE MUITAS PESSOAS. ALGUMAS O PERDOARAM, OUTRAS NÃO E O PERSEGUIRAM DURANTE TODA A SUA VIDA. AGUARDARAM O SEU DESENCARNE E, ASSIM QUE ELE DEIXOU O CORPO, ELES O AGARRARAM E O TORTURARAM DE TODAS AS MANEIRAS DURANTE MUITOS ANOS. ESTE CORPO DISFORME E MUTILADO REPRESENTA UMA BÊNÇÃO PARA ELE. FOI O ÚNICO JEITO QUE A PROVIDÊNCIA DIVINA
  • 4. ENCONTROU PARA ESCONDÊ-LO DE SEUS INIMIGOS. QUANTO MAIS TEMPO AGÜENTAR, MELHOR SERÁ. COM O PASSAR DOS ANOS, MUITOS DE SEUS INIMIGOS O TERÃO PERDOADO. OUTROS TERÃO REENCARNADO. APLICAR A EUTANÁSIA SERIA DEVOLVÊ-LO ÀS MÃOS DE SEUS INIMIGOS PARA QUE CONTINUASSEM A TORTURÁ-LO. - E como resgatará ele seus crimes? Inquiriu o médico. - O irmão X costuma dizer que DEUS USA O TEMPO E NÃO A VIOLÊNCIA. (Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino da Silveira, páginas 53 e 54, Editora CEU, ano 1987.) Eutanásia Plantão de respostas — Emmanuel — Entrevistas Pergunta: Que postura devemos ter perante a eutanásia? Estando o corpo físico sendo mantido por instrumentos, o Espírito continua ligado a ele ou não? Resposta: Os profissionais e responsáveis por pacientes que consentem com a prática da eutanásia, imbuídos de ideias materialistas, desconhecem a realidade maior quanto à imortalidade do Espírito. A morte voluntária é entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas trata-se de considerável engano. A fuga de uma situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se encontram em nossa consciência. É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas
  • 5. lições em processos de depuração do Espírito. Os momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos de cura em pacientes desenganados pelos médicos. Quanto à outra questão, respondemos que sim, os aparelhos conseguem fazer com que o Espírito permaneça ligado a seu corpo por meio de laços do perispírito. Isso ocorre porque eles conseguem superar, até certo ponto, as descompensações e desarmonias no fluxo vital do organismo, causadas pela enfermidade. .Francisco Cândido Xavier.Emmanuel Eutanásia e socorro Fé, paz e amor — Emmanuel  1 A eutanásia, ainda mesmo quando praticada em nome do amor, será sempre deplorável intromissão da ciência humana nos processos instituídos pela Sabedoria Divina, em favor da recuperação ou do aprimoramento da alma. 2 Que dizer do artista que nas vésperas do término da obra-prima aniquilasse a peça inacabada, a pretexto de compaixão pelo mármore ferido? 3 Como interpretar o lavrador que destruísse a árvore benfeitora, pronta a mitigar-lhe a fome, sob a alegação de que o tronco se desenvolveu tortuosamente, em desacordo com a elegância dos demais exemplares da espécie? 4 A existência na carne é recurso da Providência
  • 6. Divina, a benefício de nosso reajuste, à frente das Leis Eternas. 5 Muitas vezes, o câncer é o meio de expungir as trevas que povoam o coração, impedindo-lhe maior entendimento da vida. 6 Em muitas ocasiões, a cegueira irremediável é a restauração da consciência embotada de ontem para o amanhã que lhe sorrirá repleto de luz. 7 Frequentemente, a lepra do corpo é medicação redentora da alma faminta da paz e do reequilíbrio que apenas conseguirá em se banhando na fonte lustral do sofrimento. 8 A paralisia e a loucura, o pênfigo e a tuberculose, a idiotia e a mutilação, quase sempre, funcionam por abençoado corretivo, em socorro do Espírito que a culpa ensandeceu ou ensombrou na provação expiatória. Assim sendo, passemos amando e auxiliando aos que nos cercam, na estrada que fomos chamados a percorrer. 9 Respeitemos a dor como instrutora das almas e, sem vacilações ou indagações descabidas, amparemos quantos lhe experimentam a presença constrangedora e educativa. 10 Auxiliemos sem perguntar pelos méritos daqueles que se constituirão tutelados de nosso devotamento e carinho, de vez que a todos nós, espíritos endividados e em processo de purificação, diante da Lei, compete tão somente o dever de servir, porquanto a Justiça, em última instância, pertence a Deus que distribui conosco o alívio e a aflição, a saúde e a enfermidade, a vida e a morte, no momento oportuno. .Emmanuel
  • 7. Sofrimento e eutanásia Religião dos Espíritos — Emmanuel Reunião pública de 3 de Abril de 1959 Questão n.° 944 de “O Livro dos Espíritos” 1 Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação… 2 Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã. 3 Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação. 4 Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina. 5 E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as
  • 8. circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução. 6 É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso. Corpos — santuários… Corpos — oficinas… Corpos — bênçãos… Corpos — esconderijos… Corpos — flagelos… Corpos — ambulâncias… Corpos — cárceres… Corpos — expiações… 7 Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou. 8 Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação. 9 E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.
  • 9. .Emmanuel O Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo V BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS [Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?] 27. Deve alguém por termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso? 1 Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é consequência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar. 2 Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso.
  • 10. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. 3 É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou qual dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? 4 Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos
  • 11. poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.” 5 Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa ideia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. 6 Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente. 7 Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh!
  • 12. considerai-vos sempre como instrumento para faze-la cessar. 8 Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade. — (BERNARDINO, Espírito protetor, Bordeaux, 1863.) EUTANÁSIA Gestor Vítor dos Santos* Ofega o corpo a sós... Oculta, a morte espia... – Invisível chacal na tocaia da presa. Na máscara do rosto, a ansiedade retesa Aparenta velar a dor do último dia. Choras ao ver prostrada a criatura indefesa Cujo olhar sem consolo a lágrima embacia, E intentas ministrar-lhe a branda anestesia Que apresse o longo fim e ajude a Natureza. Susta, porém, teu gesto! A vida é sábia em tudo!... A alma jungida à carne, em pranto amargo e mudo, Roga-te, embora gema e fale de outra esfera: – “Aguardo a mão da Lei, sempre doce e benvinda! Dá-me silêncio e paz! Não me expulses ainda!...” E, por trás da alma em luta, a Lei exclama: – “Espera!”. Poeta, conteur, romancista, crítico, Nestor Vítor foi também, no dizer de Andrade Muricy (Pan. Mov. Simb. Bras, I, pág. 268,), «pensador moralista penetrante». Vice-diretor, aos 26 anos, do Internato do Ginásio Normal, atual Colégio Pedro II. Colaborou em vários jornais do. Rio, entre os quais O Paiz, o Correio da Manhã e O Globo. Patrono, na Academia Paranaense de Letras, da cadeira nº. 27, tendo pertencido à extinta Academia de Letras do Paraná. Amigo particular de Cruz e Souza, foi NV o crítico principal do Simbolismo em plagas brasileiras. Brito Broca não vacila em colocá-la entre os melhores críticos
  • 13. brasileiros. Para Fernando Góes (Pan. IV, pág. 78), «a poesia não foi o forte de gestor Vítor, antes é a sua parte mais vulnerável». (Paranaguá, Paraná, 12 de Abril de 1868 – Rio de Janeiro, GB, 13 de Outubro de 1932.) BIBLIOGRAFIA : Signos ; Transfigurações ; etc. BIBLIOGRAFIA: Primeiro Vôo; Gorjeios; O Tutor de Célia, contos; etc. Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. EUTANÁSIA Tema de freqüente discussão, por uns defendida, por outros objurgada, a eutanásia, ou “sistema que procura dar morte sem sofrimento a um doente incurável”, retorna aos debates acadêmicos, face à sua aplicação sistemática por eminentes autoridades médicas, em crianças incapazes físicas ou mentais desde o nascimento, internadas em Hospitais Pediátricos, sem esperanças científicas de recuperação ou sobrevivência. Prática nefanda que testemunha a predominância do conceito materialista sobre a vida, que apenas vê a matéria e suas implicações imediatas, em detrimento das realidades espirituais, reflete, também, a soberania do primitivismo animal na constituição emocional do homem. Na Grécia antiga, a hegemonia espartana, sempre armada para a guerra e a destruição, inseriu no seu Estatuto o emprego legal da eutanásia eugênica em referência aos enfermos,
  • 14. mutilados, psicopatas considerados inúteis, que eram atirados ao Eurotas por pesarem negativamente na economia do Estado. Guiados por superlativos egoísmo e prepotência, apesar das arremetidas arbitrárias do exagerado orgulho nacional, fizeram-se vítimas da impulsividade belicosa que cultivavam... Outros povos, desde a mais remota antiguidade, permitiam-se praticar esse “homicídio exercido por compaixão”... Em circunstância alguma, ou sob qualquer motivo, não cabe ao homem direito de escolher ou deliberar sobre a vida ou a morte em relação ao seu próximo. Os criminosos mais empedernidos, homicidas ou genocidas dentre os mais hediondos, não devem ter ceifadas as vidas, antes serem isolados da convivência social, em celas, ou em trabalhos retificadores, nos quais expunjam sob a ação do tempo e da reflexão, que tarda, mas alcança o infrator, fazendo-os expiar os delitos perpetrados. Mesmo quando em se tratando de precitos anatematizados por desconcerto mental, não faltam Nosocômios judiciários onde possam receber conveniente assistência a que têm direito, sem que sejam considerados inocentes pelos crimes perpetrados... Em recuperando a saúde, eventualidade excepcional que pode ocorrer, cerceados, pelo perigo de provável reincidência psicopática, poderão, de alguma forma, retribuir de maneira positiva à Sociedade, os danos que haviam causado.
  • 15. No que tange aos enfermos ditos irrecuperáveis, convém considerar que doenças, ontem detestáveis quanto incuráveis, são hoje capítulo superado pelo triunfo de homens-sacerdotes da Ciência Médica, que a enobrecem pelo contributo que suas vidas oferecem a beneficio da Humanidade. Sempre há, pois, possibilidade de amanhã conseguir-se a vitória sobre a enfermidade irreversível de hoje. Diariamente, para esse desiderato, mergulham na carne Espíritos Missionários que se aprestam a apressar e impulsionar o progresso, realizando descobrimentos e pesquisas superiores para a vida, fonte poderosa de esperança e conforto para os que sofrem, em nome do Supremo Pai. Diante das expressões teratológicas, ao invés da precipitação da falsa piedade em aliviar os padecentes dos sofrimentos. Se há-de pensar na terapêutica divina, que se utiliza do presídio orgânico e das jaulas mentais para justiçar os infratores de vários matizes que passaram na Terra impunes, despercebidos, mas não puderam fugir às sanções da consciência em falta, nem da Legislação Superior, à qual rogaram ensejo de recomeço, recuperação e sublimação porque anelavam pela edificação da paz íntima. Suicidas, - esses pobres revoltados contra a Divindade -, que esfacelaram o crânio, em arremetidas de ódio contra a existência, reencarnam perturbados pela idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada, ou por hidrocefalias, mongolismos; os que tentaram o enforcamento reaparecem com os processos
  • 16. de paraplegia Infantil; os afogados, padecem enfisema pulmonar; os que desfecharam tiros no coração, retornam sob o jugo de cardiopatias congênitas irreversíveis, dolorosas; os que se utilizaram de tóxicos e venenos, volvem sob o tormento das deformações congênitas, da asfixia respiratória, ou estertorados por úlceras gástricas, duodenais e cânceres devoradores; os que despedaçaram o corpo em fugas espetaculares, recomeçam vitimados por atrofias, deformações, limitações pungentes, em que aprendem a valorizar a grandeza da vida... Agressores, exploradores, amantes da rapinagem, das arbitrariedades, dos abusos de qualquer natureza volvem aos cenários em que se empederniram, ou corromperam, ou infelicitaram, atingidos pelo sinete das soberanas leis da ordem e do equilíbrio, refazendo o caminho antes percorrido criminosamente e entesourando os sagrados valores da paciência, da compreensão, do respeito a si mesmos e ao próximo, da humildade, da resignação, armando-se de bênçãos para futuros cometimentos ditosos. Quem se poderá atribuir o direito de interromper-lhes a existência preciosa, santificadora? As pessoas que se lhes vinculam na condição de pais, cônjuges, irmãos, amigos, também lhes são
  • 17. partícipes dos dramas e tragédias do passado, responsáveis diretos ou inconscientes, que ora se reabilitam, devendo distender-lhes mãos generosas, auxílio fraterno, pelo menos migalhas de amor. Ninguém se deverá permitir a interferência destrutiva ou liberativa por meio da eutanásia em tais processos redentores. Pessoas que se dizem penalizadas dos sofrimentos de familiares e que desejam os tenham logo cessados, quase sempre agem por egoísmo, pressurosos de libertar-se do comprometimento e da responsabilidade de ajudá-los, sustentá-los, amá-los mais. Não faltam terapêuticas médicas e cirúrgicas que podem amenizar a dor, perfeitamente compatíveis com a caridade e a piedade cristãs. A ninguém é dado precisar o tempo de vida ou sobrevida de um paciente. São tão escassos de exatidão os prognósticos humanos neste setor do conhecimento, quanto ocorre noutros? Quantos enfermos, rudemente vencidos, desesperados recobram a saúde sem aparente razão ou lógica?! Quantos outros homens em excelente forma, portadores de sanidade e robustez, são vitimados por surpresas orgânicas e sucumbem imprevisivelmente?! O conhecimento da reencarnação projeta luz nos mais intrincados problemas da vida, dirimindo os equívocos e as dúvidas em torno da saúde como da enfermidade, da desdita como da felicidade e
  • 18. contribuindo eficazmente para a perfeita assimilação dos postulados renovadores de que Jesus Cristo se fez vexilário por excelência e o Espiritismo, o Consolador encarregado de demonstrá-lo nos tormentosos dias da atualidade. Argumentam, porém, os utilitaristas que as importâncias despendidas com os pacientes irrecuperáveis poderiam ser utilizadas para pesquisas valiosas ou para impedir-se que homens sadios enfermassem, ou para assistirem-se convenientemente os que, doentes, podem ser salvos... E devaneiam, utopistas, insensatos sem considerarem as fortunas que são atiradas fora em espetáculos ruidosos e funestos de exaltação da sensualidade, do fausto exagerado, das dissipações, sem que lhes ocorram a necessidade da aplicação correta de tais patrimônios em medidas preventivas salutares ou socorro às multidões esfaimadas e nuas que enxameiam por toda parte, perecendo, à guisa de migalha de pão, chafurdando no desespero pela ausência de uma gota de luz ou numa insignificante contribuição de misericórdia. Cada minuto em qualquer vida é, portanto, precioso para o Espírito em resgate abençoado. Quantas resoluções nobres, decisões felizes ou atitudes desditosas ocorrem num relance, de
  • 19. momento? Penetrando-se o homem de responsabilidade e caridade, luarizado pela fé religiosa, fundada em fatos da imortalidade, da comunicabilidade e da reencarnação, abominará em definitivo a eutanásia tudo envidando para cooperar com o seu irmão nos justos ressarcimentos que a Divina Justiça lhe outorga para a conquista da paz interior e da evolução. Eutanásia Autor: Divaldo Franco (médium) Joanna de Angelis (espírito) Fonte: Livro: Após a Tempestade Anjos enfermos Augusto vive — Augusto Cezar Netto  1 Prezada irmã. De todas as indagações que habitualmente recebo, a que me veio do seu maternal carinho é a que mais me doeu no coração. 2 “Por que, Augusto amigo, teremos pessoas que recomendam a eutanásia para as crianças infelizes? Tenho meu filhinho de oito novembros, estirado no leito, paraplégico, que apenas conversa comigo através do olhar. Diga-me: você que está no mundo da verdade, diga-me se é justo suprimir um anjo desses, sonho de minhalma e força de minha vida, tão só porque não possa brincar e falar, como
  • 20. sucede às outras crianças? E por que existirão meninos assim, maravilhosos de inteligência e de amor que somente as mães sabem ouvir e compreender?” 3 Estes tópicos de sua confidência me tocaram o íntimo de rapaz inexperiente ao qual a senhora empresta valor tamanho. Devo dizer-lhe que nas paragens novas a que fui conduzido, as opiniões de quantos amigos conheço são idênticas aos seus próprios conceitos. 4 Por que existem criaturas na Terra que aprovam o assassinato dos pequeninos enfermos, até mesmo aplaudindo aqueles que o executam, valendo-se da impunidade, suscetível de ser encontrada entre as paredes domésticas? Ah!… os que assim agem não tiveram ainda o espírito bafejado pela ternura que um filho doente sabe inspirar!… 5 Guarde o seu abençoado amor nos próprios braços e defenda-o contra o assalto da delinquência vestida de belas palavras. Creia. A senhora e outras mães que receberam da Providência Divina semelhantes lírios mutilados, obtiveram do infinito amor de Deus um sagrado depósito. E qual a razão de existirem eles? 6 Sempre que nos voltamos contra nós, admitindo as facilidades ou os suplícios da autodestruição, ferimos cruelmente a nós mesmos. O suicídio consciente e sem atenuantes gera tanta carga de culpa que desequilibramos os próprios veículos de manifestação.
  • 21. 7 Deus, porém, é Pai e não verdugo. Por isso mesmo, quando incursos no remorso a que me refiro, somos conduzidos ao coração das filhas de Deus que lhe refletem o amor imenso, com suficiente capacidade de sacrifício para aceitar-nos na condição de espíritos culpados em luta regenerativa. Isso, entretanto, é assunto para os pesquisadores e filósofos, que procuram dissecar os processos da reencarnação. 8 Falaremos nós apenas do carinho que devemos aos companheiros enfermos que a Bondade Celeste devolve à terapêutica do lar para que se restaurem. 9 Conserve o seu filho querido contra a leviandade de quantos pretendam atuar, em nome da Ciência, aconselhando a eliminação de seus semelhantes, temporariamente crucificados na prova que os redime perante a própria consciência. 10 E recordemos que Deus não lhes colocou nos laboratórios essas flores humanas que parecem estrelas apedrejadas ao nascer. O Misericordioso Pai entregou os seus anjos enfermos a outros anjos criados por sua Infinita Sabedoria e que todos, no mundo, conhecemos na ternura e no sacrifício de nossas mães. .Augusto Cezar INTRODUÇÃO DE UM LIVRO SOBRE A EUTANÁSIA.
  • 22. Conta-se que em certa cidade francesa distante de Paris, no início do nosso século, um determinado médico diagnosticou difteria em sua própria filha e, entre consternado e inconsolável com o sofrimento agravado pela evolução de enfermidade, sabendo-a no rol das doenças incuráveis, encheu-se de piedade, administrando sustância letal e indolor à pequena paciente, fazendo-a dormir o sono da morte. Sua filha querida dormia agora sem dores nem agonia. Ocorreu, no entanto, que aquilo que aparentava alívio transformou-se em pesadelo. É que, momentos após a sua irreversível decisão e o seu ato de fatalidade provocada, adentra-lhe o lar o emissário de um seu colega de Paris que, sabendo-lhe o drama, mandava-lhe encomenda e um bilhete que dizia: "Roux tem conseguido bons resultados com este soro que ora te envio". Tratava-se do soro antidiftérico. Desnecessário comentar o desespero, o desapontamento e o arrependimento desse pai que acabara de, "piedosamente" assassinar sua filha amada. São mais freqüentes do que imaginamos os casos de pessoas que, atingidas pela aflição e pela dor, na forma de doença torturante e incurável apelam para o expediente de apressar a morte, visando alijar-se do tormento ou estancá-lo o seio daqueles a quem amam. Isso acontece em decorrência da descrença na continuidade da vida após a morte ou mesmo de uma visão distorcida do que esta representa e do que nos aguarda após a sua consecução.
  • 23. Infelizmente não conseguiu, ainda, o homem moderno sintonizar com a Nova Era inaugurada com o advento da Ciência Espírita. Para muitos, todos os ensinamentos emanados do Alto pelos Espíritos Superiores mais não são que crendices, superstição ignorância, taxando-se o seu conteúdo de irracional, irreal, fantasioso e embotado pelo fanatismo. Estes que assim pensam jamais deram-se ao trabalho de estudar detidamente o conteúdo doutrinário, única maneira de se atinar para a clareza, a racionalidade e, ao mesmo tempo, a simplicidade do Conhecimento Espírita (e como costuma ser simples o verdadeiro!). Se assim procedessem, veriam elucidadas as grandes dúvidas existenciais - e tudo dentro da mais pura lógica - , em um contínuo de idéias e explicações que saciam as exigências do homem intelectualizado e acostumado a pensar por si mesmo. Então, perceberiam a religião na sua verdadeira essência, compreendendo-lhe melhor os objetivos, destituída que é - sob a óptica espírita - dos aparatos, dogmas e poderio temporal. Mas, infelizmente, como afirmamos antes, o homem contemporâneo prefere ignorar os fatos demonstrados pela Doutrina dos Espíritos, esquecidos de que não são apenas os religiosos e místicos que podem ser considerados fanáticos, mas qualquer que se apegue enceguecidamente a uma doutrina (mesmo materialista). A continuidade da vida após a morte mais do que provada está. Os Espíritos têm-nos trazido provas sob as mais diversas condições, através de medianeiros das mais diferentes longitudes, classes sociais e inclusive religiões. Aqui mesmo no Brasil, já se obteve a comprovação do fenômeno até por intermédio da grafoscopia, após acurado estudo de
  • 24. mensagens psicografadas através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier. E o que dizer das materializações de Espíritos comprovadas por inúmeros e eminentes cientistas das mais diversificadas nacionalidades?... Das visões dos moribundos no momento da morte?... Das "Experiências de Quase Morte"... Das comunicações de Espíritos via aparelhos eletroeletrônicos?...Então, argüirá o leitor amigo, como entender o porquê de tanta descrença? A resposta é simples: egoísmo. Sim, o homem não suporta observar-se em sua real condição, pois isso, em sua opinião, o faria perder a posição que pensa ostentar de "senhor do Universo"; além do que, é-lhe muito difícil afastar-se dos excessos a que se acostumou, afastar-se do império da matéria, causando-lhe grande desconforto o curar do senso moral. (Do Livro " Eutanásia à Luz do Espiritismo" - Francisco Cajazeiras). Julgamentos Livro: Canteiro de Idéias - Capítulo 8 Emmanuel & Francisco Cândido Xavier Não faças julgamento De supostos culpados. O que o Céu quer saber É o que fazes no bem.
  • 25. QUANDO ALGUÉM Quando alguém te fale do passado, acautela-te. A rigor, ninguém sabe o que foste ou o que fizeste em pregressas existências. Muitos se referem à reencarnação, apenas para conseguirem o que desejam de ti. Não te permitas iludir pelos que não te respeitam os sentimentos. Infelizmente, muitos que te falam de amor no passado estão apenas pensando em sexo no presente. Compromisso sério não se alicerça na mentira. Não te entregues afetivamente a quem esteja compromissado com outrem. Os Espíritos Superiores não se prestam a revelações levianas e nem são instrumentos para o mal. Do livro VIGIAI E ORAI Irmão José/Carlos A. Baccelli Na Luta Diária Livro: Canteiro de Idéias - Capítulo 7 Emmanuel & Francisco Cândido Xavier Aceita a luta que a Sabedoria da Vida te confere, sem exasperação e sem inveja, sem ciúme e sem mágoa, porque tudo o que te encanta os olhos e alimenta o coração, tudo o que te angaria o apreço dos outros e te consolida a própria dignidade vem de Deus que, através do tempo e da experiência, nos pedirá contas em momento oportuno. PERSEVERANÇA
  • 26. Perseverança é esforço continuado, sem esmorecimento algum. É obra de paciência e determinação no que se pretende alcançar. Quem desanima não conclui qualquer tarefa. Quem não persiste no que faz, deixando com frequência uma coisa por outra, nada consegue produzir. Toda construção sólida demanda tempo. As edificações espirituais requerem disciplina. Se a semente germina relativamente depressa, custa-lhe produzir. Quem não se fixa em determinada atividade não logra em parte alguma o êxito que almeja. A inconstância é um desperdício de energias. A perseverança é capaz de transformar a atividade considerada de menor importância em tarefa indispensável. Irmão José/Carlos A. Baccelli Do livro VIGIAI E ORAI NEM SEMPRE Nem sempre, o melhor caminho é o que possuiu menos obstáculos... A decisão correta é a que se toma sem se prejudicar... Uma vida sem lutas é uma vida tranquila... Uma deficiência significa limitação... O impedimento é prejuízo... A surpresa desagradável tem consequências infelizes... O sonho que se alcança é o êxito que se espera... A lágrima que se derrama é dor insuportável na alma... A cruz pesa mais do que aparenta... A queixa sistemática tem fundamento... Nem sempre, passos firmes demonstram retidão de preceitos. Irmão José/Carlos A. Baccelli Do livro “VIGIAI E ORAI” - Ed. DIDIER
  • 27. PROSSEGUE LUTANDO – DIVALDO FRANCO/ JOANNA DE ÂNGELIS “Levanta o Espírito combalido e prossegue lutando: a terra sofrida pelo arado mais produz; a fonte visitada pelo balde mais dessedenta; a árvore abençoada pela poda mais frutifica; o coração mais visitado pela dor mais se aprimora. Não te canses de lutar! A reencarnação é oportunidade abençoada que os Céus concedem para refazimento moral, ajuste de contas e quitação de dívidas. Não te aflijas ante a imperiosa necessidade de resgatar. Bendize as horas de dor, que passam como passam os momentos de prazer, avançando na tua luta, caindo para levantar, chorando por amor ao ideal e sofrendo por servir. Para onde sigas, defrontarás a luta em nome do trabalho sulcando o solo da humanidade. A luta é clima em que são forjados os verdadeiros heróis, e o sofrimento é a célula sublime que dá origem aos servidores verdadeiros. Há mães que no sofrimento se converteram em anjos estelares; há corações que no sofrimento se transformaram em urnas sublimes de amor; há criaturas que no sofrimento se renovaram fazendo de si mesmas sentinelas vigilantes, em defesa dos infelizes. Prossegue lutando! Esquece o próprio cansaço e escreve páginas de consolação; cessa de chorar e enxuga outras lágrimas com o lenço da tua compreensão; asserena tua inquietude e repete os excertos sobre a imortalidade,
  • 28. de que tua alma está impregnada pelos zéfiros do mundo espiritual, junto aos que nada conhecem do além-túmulo... Há favônios cantantes que trazem blandícias de prece e te falam aos ouvidos, quando te aquietas para orar. Não percas a oportunidade de sofrer nem te desalentes porque a dor te visita. Quando menos esperares, um anjo incompreendido chegará de mansinho às portas do teu corpo e, selando teus lábios com o sinete da desencarnação, tomará tua alma de improviso. Abençoarás, então, ter prosseguido lutando. Se considerares que as provações que te visitam agora são aparentemente maiores do que tuas forças, recorda Jesus, o Anjo Crucificado, que, no Gólgota, ainda pôde, sofrendo, prosseguir lutando, quando, atendendo à súplica do larápio infeliz, esperançou-o com o desejo de entrar no paraíso. E guarda a certeza de que, prosseguindo lutando, já estás no paraíso desde hoje.” (Mensagem extraída do livro “Messe de Amor” pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado pelo médium Divaldo Franco.) NA VIA PÚBLICA A rua é um departamento importante da escola do mundo, onde cada criatura pode ensinar e aprender. Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa da saudação, usando cordialidade e carinho sem excesso. Caminhe em seu passo natural ou dentro da movimentação que se faça precisa, como se deve igualmente viver: sem atropelar os outros. Se você está num coletivo, acomode-se de maneira a não incomodar os vizinhos. Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa, atenda às leis do trânsito e aos princípios do respeito ao próximo, imunizando-se contra males suscetíveis de lhe amargurarem por longo tempo. Recebendo as saudações de alguém, responda com espontaneidade e
  • 29. cortesia. Não detenha companheiros na via pública, absorvendo-lhes tempo e atenção com assuntos adiáveis para momento oportuno. Ante a abordagem dessa ou daquela pessoa, pratique a bondade e a gentileza, conquanto a pressa, frequentemente, esteja em suas cogitações. Em meio às maiores exigências de serviço, é possível falar com serenidade e compreensão, ainda mesmo por um simples minuto. Rogando um favor, faça isso de modo digno, evitando assovios, brincadeiras de mau gosto ou frases desrespeitosas, na certeza de que os outros estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos para nós. Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente, mas se alguém desenvolve assunto indesejável é possível escutar com tolerância e bondade, sem ferir o interlocutor. Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de compartilhar perturbações ou conflitos de rua. Perante alguém que surja enfermo ou acidentado, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar difícil desse alguém e providenciemos o socorro possível. André Luiz Médium: Francisco Cândido Xavier, Do livro “SINAL VERDE” – edição CEC PRODÍGIOS DA FÉ Esquecer agravos. Apagar injúrias. Desprender-se das posses materiais em benefício dos outros. Reconhecer as próprias fraquezas. Praticar a humildade. Abençoar os que nos firam. Amar os adversários. Orar pelos que nos perseguem e caluniam. Converter dores em bênçãos.
  • 30. Aceitar as provações da vida com paciência e bom ânimo. Transformar os golpes do mal em oportunidades para fazer o bem. Servir ao próximo em qualquer circunstância. Jamais duvidar da presença de Deus. Semelhantes atitudes são prodígios da fé; busquemos sustentá-las com todo o nosso coração, recordando as palavras do Mestre a cada enfermo que Seu Divino Amor levantava e restaurava nos caminhos do mundo: “a tua fé te curou”. pelo Espírito Albino Teixeira - Do livro: Caminho Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier. DEPENDÊNCIA AFETIVA Todos somos interdependentes, mas ninguém deve depender excessivamente de alguém. Nem material nem psicologicamente. Que a tua vida não se arrase por uma frustração sofrida. Os que não te correspondem afetivamente não te amam quanto os amas. Ninguém deve colocar-se completamente à mercê dos sentimentos alheios. A paixão é doença. Não sofras por quem te faça sofrer. Supera a prova e procura enxergar outros corações que pulsam ao lado do teu. Existem carmas criados nesta própria vida, ou seja: nada têm a ver com o passado. Almas gêmeas na Terra constituem raridade; almas afins na provação contam-se aos milhares. Do livro “VIGIAI E ORAIi” Irmão José/Carlos A. Baccelli -- RECEITA PARA FICAR
  • 31. DOENTE 1. Não dê atenção ao seu corpo. Coma muita porcaria, tome drogas, beba bastante; 2. Cultive a sensação de que sua vida não tem sentido nem valor; 3. Faça coisas de que não gosta e evite fazer o que realmente deseja; 4. Seja rancoroso e supercrítico, principalmente em relação a si mesmo; 5. Culpe os outros de todos os seus problemas; 6. Encha a cabeça de quadros pavorosos e depois fique obcecado com eles; 7. Evite relações profundas, duradouras e íntimas; 8. Fuja de qualquer coisa que se pareça com senso de humor; 9. Não expresse seus sentimentos e opiniões, os outros não vão gostar; 10. Evite qualquer mudança que possa lhe trazer mais satisfação e alegria. Quero acrescentar à lista mais dois conselhos de Emmet Fox: 11. Discuta amplamente suas próprias doenças e, se tiver feito uma cirurgia, faça conferências dramáticas sobre ela em todas as oportunidades; 12. Nunca relaxe. Isso daria ao corpo uma chance de se recuperar. Tenho certeza que todos esses conselhos são infalíveis para quem deseja ficar rapidamente doente ou jamais se curar se já estiver enfermo. QUANDO A DOENÇA
  • 32. CHEGAR Se a doença o visitou, não pense que você esteja sendo punido por Deus. Se quiser se curar pare de pensar em castigo, porque castigo é maldade e maldade não tem poder de curar coisa alguma. Pense na doença como uma professora de seu aprimoramento espiritual, como alguém que veio salvar de um caminho perigoso em que você se conduzia e não percebia que estava prestes a cair no precipício. A doença é o caminho que poderá levá-lo a uma vida mais saudável e feliz, desde que não mergulhe nas águas da revolta e do desespero. Você acha que Deus não está interessado na sua felicidade? A palavra vingança não existe nos Códigos Divinos. Deus nos ama, sobretudo quando estamos frágeis e precisando de ajuda, como agora. Qual o pai amoroso que não faria qualquer coisa para resgatar o filho em perigo? Jesus se apresentou para nós como o Bom Pastor, o Pastor que nos conhece e que está disposto a dar sua vida por nós. Jesus sabe até a quantidade de cabelos em nossa cabeça e por isso conhece nossas dificuldades do momento. Ele nos acompanha atentamente e deseja aproveitar as tempestades de agora para lavar nosso coração da raiva, da vingança, da mágoa, da tristeza e do medo. Se continuássemos sujos, não suportaríamos o peso das nossas próprias mazelas. Os problemas em geral procuram nos arrancar da loucura do mal, proporcionando-nos um choque que nos desperta para as coisas essenciais da vida. Você está disposto a aceitar a idéia de que a doença é um mal muito menor e necessário para impedir os grandes males que lhe aconteceriam se você continuasse vivendo na sua loucura? MOMENTOS COM CHICO XAVIER REENCARNAÇÕES NA
  • 33. MESMA FAMÍLIA HELLE ALVES –É muito comum a gente ouvir os espíritas falarem que, em outra encarnação, tal pessoa, quer dizer, no mesmo grupo familiar, ou de convivência, fulana foi mãe de sicrano na outra encarnação ou beltrano foi irmão de não sei quem. Então, tem-se a impressão de que as reencarnações se fazem no mesmo grupo familiar. Como a gente se aprimora na medida em que tem experiências mais variadas, eu queria saber se, de fato, existe essa limitação nas reencarnações a determinados grupos e, também, outra coisa: se homem sempre nasce homem, mulher, mulher, porque é injusto, não é? A gente precisa ter mais chance de experiência. Mas sempre se ouve falar homem nascer sempre homem. CHICO XAVIER– Isto não é propriamente uma limitação, porque isso pode acontecer fora dos nossos grupos afins. A nossa reencarnação pode se processar à distância do nosso grupo eleito para a tranqüilidade e para a satisfação afetivas. Mas de um modo geral, atendendo-se às ligações do amor que nos prendem uns aos outros, geralmente nós renascemos naqueles grupos de ordem familiar a que nos vinculamos, para continuar com o trabalho da assistência mútua. Muitas vezes, nós queremos determinada conquista na Terra, seja nos domínios da afetividade ou nos domínios culturais, e às vezes nós vamos encontrar proteção para isso junto de uma criatura que nos foi muito amada em outra existência, junto de um coração materno, de um pai amigo, capazes de compreender-nos e auxiliar-nos nessas empresas. Então, isso é muito comum que voltemos no mesmo grupo de ordem sentimental, dentro da mesma faixa de atividade. Agora, quanto ao fato da transposição de sexo, O Livro dos Espíritos nos ensina que isso pode acontecer muitas vezes. Muitas vezes, nós renascemos com problemas de inversão, por efeito de provação educativa, depois de determinados excessos praticados em outras vidas, seja na condição do homem, seja na condição da mulher. E às vezes nascemos também na condição inversiva para encontrarmos no corpo uma célula de trabalho, que nos afaste de determinados riscos para a execução de tarefas específicas. Muitas vezes, um grande homem, ele terá de cumprir determinada
  • 34. tarefa no ensino, isso é às vezes comum. Não vamos cogitar do problema da inversão na faixa de prova, na faixa de sofrimento reparador, o que ocorre muitas vezes, mas vamos pensar na inversão do seu ponto de vista mais elevado, mais alto. Um grande homem que se tenha apaixonado pelos problemas de educação na Terra, às vezes desejando voltar a esse mundo para uma obra educacional muito séria, muito extensa, a benefício da coletividade que ele ama, ele pode pedir aos seus instrutores para voltar num corpo de mulher, e será então uma grande professora. Ela terá talvez conflitos íntimos muito grandes, mas ela terá compensações muito maiores na missão que ela cumpre. O mesmo pode acontecer com a mulher que evoluiu muito, às vezes, do ponto de vista de inteligência, e que desejando voltar à Terra para determinada tarefa do coração, junto da comunidade, é possível que esse Espírito que esteve longamente na fieira das reencarnações femininas e, por isso mesmo, obtendo e fixando em si mesmo as qualidades femininas com muita intensidade, é possível que esse Espírito afeiçoado às questões femininas venha no corpo de um homem, para se isolar de compromissos que colocariam em risco o seu trabalho junto da comunidade. (Texto extraído do livro “Pinga-Fogo com Chico Xavier”, organizado por Saulo Gomes, editora InterVidas, páginas 52-54, ano 2010.) MOMENTOS COM CHICO XAVIER DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (Da entrevista concedida à Folha Espírita nº104, novembro de 1982). PERGUNTA – Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussão para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo? CHICO – Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao
  • 35. beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção da posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma. No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará. (Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino da Silveira, ano 1987, editora CEU.) À SOMBRA DO ABACATEIRO O Dr. Carlos Baccelli, querido irmão de ideal e prestimoso amigo, sempre presente ao Culto da Assistência que o Chico realizava à sombra de um abacateiro, atento e fiel a tudo o que o Chico diz, ia anotando as frases que ele pronunciava e depois escrevia os seus maravilhosos artigos “Chico Xavier, à sombra do abacateiro”. Às vezes fico pensando quanta coisa importante se teria perdido não fossem as abençoadas anotações do Baccelli. Num certo dia, o Chico pede para falar alguns minutos, parece que percebendo o anseio de cada um, vai dizendo: - Eu gostaria de oferecer-lhes, pessoalmente, mais tempo. Às vezes, a gente comete a falta da ingratidão sem desejar. Tenho
  • 36. procurado cumprir com os meus deveres para com os Espíritos Amigos e para com os espíritas amigos. Fala do seu estado de saúde, do tempo reduzido que lhe resta no corpo: “Eu me contento com a alegria de vê-los a todos; gostaria de me sentar com cada um para conversar sobre as nossas tarefas...”. E pede perdão por estar doente!... “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, aberto ao acaso, havia trazido para estudo e meditação, o capítulo V “Bem-aventurados os aflitos”, o item 18, “Bem e Mal sofrer”. Emmanuel, presente ao culto, pede ao Chico que fale um pouco sobre o tema do Evangelho. Chico, então, começa a falar. Sua voz suave e mansa vai penetrando os ouvidos dos presentes. - À medida que a Providência Divina determina melhoras para nós, na Terra, inventamos aflições... Para cultivar o solo temos o auxílio do trator, antes só possuíamos carros-de-bois... Hoje, temos veículos motorizados encurtando as distâncias, mas não nos contentamos com os 80 km por hora, antes andava-se a pé... Hoje, a geladeira conserva quase tudo; antes plantava-se canteiros... Fala do conforto em que o homem vive e do seu comodismo espiritual: “É que precisamos de contentar-nos com o que temos; estamos ricos, sem saber aproveitar a nossa felicidade... Antes, as pessoas idosas desencarnavam conosco; hoje as mandamos para os abrigos... Tínhamos um pouco de prosa durante o dia, a oração à noite... Agora inventamos dificuldades e depois vem o complexo de culpa e vamos para os psiquiatras... Se estamos numa fila e uma senhora doente nos pede o lugar, precisamos cedê-lo. Recordemos-nos da prece padrão para todos os tempos que é o Pai Nosso, quando Jesus diz: O pão nosso de cada dia... Por que acumular tanto? Existem pessoas que possuem trinta e cinco pares de sapato, onde é que irão arrumar setenta pés? Estamos sofrendo mais por excesso de conforto do que excesso de desconforto. Morre muito mais gente de tanto comer e de tanto beber, do que por falta de comida... A inflação existe, porque queremos o que é demais.
  • 37. E conclui: “Esta é a opinião dos Espíritos. Perdoem-me se falei mal, mas se eu falei mal, falei, foi de mim”. Conta o Baccelli que quando o Chico acabou de falar, podia-se ouvir uma mosca voar, tão forte a impressão que deixara em todos os presentes. “Chico está coberto de razão; falou a pura verdade, verdade que nem sempre queremos ouvir... Sim, quando o Espírito silencia, Deus fala nele... Estávamos, agora, em silêncio e o Verbo Divino que vibrara pelos lábios do Chico ecoava dentro de nós...” (Texto extraído do livro “Chico, de Francisco” do autor Adelino da Silveira, edição CEU – Cultura Espírita União, ano 1987.) Aos interessados, leiam o livro "Chico Xavier à Sombra do Abacateiro" do autor Carlos A. Baccelli, IDEAL editora UM SONHO E UM IDEAL Chico também tem os seus sonhos e tem os seus ideais. Se não os tivesse não seria homem. Entre aqueles que de vez em quando deixavam as grandes capitais para visitá-lo estava Frederico Figner, o velho introdutor do fonógrafo e da lâmpada Edson no Brasil, proprietário da Casa Edson, aquela que, como símbolo, ostentava o cachorrinho preto e branco, ouvindo o fonógrafo, admiração e glória de nossos avós. Certa ocasião, como sempre fazia, o velho Figner conversava com o Chico em Pedro Leopoldo. Aquelas longas conversas espirituais
  • 38. amigas, pois o velho amava muito ao Chico. Em determinado momento, Figner que era riquíssimo, perguntou ao grande médium: - Chico, você deve ter um ideal, não é verdade? Eu gostaria de saber qual o seu verdadeiro sonho. - Ideal, meu amigo? Meu ideal é viver o Evangelho de acordo com a vontade de Nosso Senhor Jesus Cristo e servir humildemente os homens. - Está certo, está certo, esse é o seu ideal espiritual e é também o meu... Mas não é bem isso que eu quero saber. Alguma coisa aqui do nosso mundo mesmo, material, algum objetivo seu, que você gostaria de alcançar. - Ora, meu caro, se dependesse de mim, eu gostaria de ter uma renda de trezentos mil réis mensais para que eu pudesse livre e despreocupado da vida material me dedicar ao Evangelho de Jesus e aos necessitados. Figner ficou pensativo, mas não disse mais nada. Chico cuidou de outros assuntos e se esqueceu da história. Na ampulheta misteriosa do tempo, os acontecimentos se sucederam, a vida mudou, e o médium Chico enfrentou outras situações e outras dificuldades. O velho Figner continuou escrevendo suas crônicas num jornal do Rio, crônicas de combate ao Catolicismo e de defesa do Espiritismo. Os seus milhões cresciam. Não esqueceu, porém, a conversa daquele dia, com o amigo de Pedro Leopoldo. A morte que tudo nivela materialmente veio também buscar Frederico Figner. Tinha duas ou três filhas e lhes deixou em testamento trinta e cinco mil contos de réis, hoje trinta e cinco milhões de cruzeiros. E com surpresa geral deixou cem contos de réis para Chico Xavier, dizendo que deixara somente os cem contos porque se o Chico os colocasse a juros de tanto por cento dariam exatamente os trezentos mil réis mensais, para viver livre de quaisquer preocupações... Última vontade do pai, as filhas que não eram espíritas, mas queriam cumprir as determinações paternas, autorizaram seu advogado a fazer
  • 39. um cheque e enviar ao Chico. O pai de Chico que era vendedor de bilhetes de loteria, naquele dia marcou uma reunião de família para resolver o caso do pagamento do imposto da casa em que moravam e que montava a oito mil réis... Ninguém tinha dinheiro, lutavam com imensa dificuldade e imensa pobreza. Feita a reunião, compareceu o Chico, o irmão e as irmãs. - Meu pai, não sabemos como fazer! Não temos dinheiro para pagar os impostos. - É, mas precisamos de dar um jeito, se não a casa vai à praça para pagar... A situação era aflitiva. Todos se retiraram da reunião, e o Chico mais preocupado ainda porque se considerava o mais responsável. Fora ele que acabara de criar os irmãos e na realidade, há muitos anos era o verdadeiro chefe da casa. Pensativo, meditava como haveriam de sair da situação aflitiva... O correio, porém, lhe trouxe uma carta do advogado de Fred Figner. Aberto o testamento, dizia a carta, verificou-se que o velho deixara trinta e cinco mil contos para as filhas e cem contos para o Chico. Explicava ainda que Fred Figner fizera as contas e verificara que os cem contos colocados a juros no Banco dariam exatamente os trezentos mil réis que iriam dar ao Chico a vida que ele desejava... Ficaria livre para se dedicar ao Evangelho. Chico abriu dois olhos de espanto e exclamou: - Senhor! O que será que este dinheiro quer fazer comigo? E não teve dúvidas, devolveu pelo correio, o cheque, esclarecendo, naquela sua bondade evangélica, que não era justo que Fred Figner na sua generosidade prejudicasse as filhas, retirando do patrimônio que por justiça lhes pertencia, aqueles cem contos de réis e os desse a ele, Chico... ***
  • 40. Mais tarde, o médium encontrou o pai e falou de novo nos oito mil réis do pagamento do imposto. - Eu? Eu não quero saber de nada! – respondeu o progenitor. Aqui há gente que anda recusando cem contos! Eu vou-me embora, vocês que se arranjem!... Os cem contos, todavia voltaram. Nova carta das filhas de Figner. Absolutamente, não receberiam o dinheiro que o pai deixara para o Chico. Faziam questão de cumprir a determinação do pai, embora fossem católicas. Ele deixara e elas cumpririam, de qualquer jeito, sua última vontade. Chico compreendeu a decisão das moças mas não aceitou. Nova devolução. Nova carta. Finalmente, em face da resolução das filhas de Figner que afirmavam não receber o dinheiro de modo algum e que ficava à disposição do Chico, este escreveu-lhes que enviassem o dinheiro então para a Federação Espírita Brasileira com a finalidade de servir à difusão do livro espírita, coisa que Figner sempre amara e defendia com ardor. Assim terminou a batalha do cheque de cem contos. Mas ficou aquela expressão profunda: - Meu Deus! O que é que esse dinheiro quer fazer comigo? Alguns espíritos superiores têm-nos ensinado que a riqueza é uma prova mais dura que a pobreza. É a estrada larga da perdição. O dinheiro possibilita grandes tentações. Abre os caminhos do mundo à mente invigilante. Quem tem dinheiro, dizem, tem tudo materialmente. Com isso, há aqueles que se perdem no turbilhão da vida humana. Não basta ter boa intenção, é necessário que o homem seja protegido pela misericórdia de Deus. O poder do dinheiro ainda é muito grande. Infelizes daqueles que confiam no dinheiro como base de solução
  • 41. de todos os problemas. Os problemas morais não são resolvidos na base do dinheiro. Pelo contrário, o dinheiro entrava, às vezes, a solução dos problemas de ordem moral. Por isso, é comovente ver Chico com as mãos para o Alto exclamar piedosamente: - Senhor, o que este dinheiro quer fazer de mim?! Texto extraído do livro “Chico Xavier O Santo dos Nossos Dias” Vol. 1, do autor R. A. Ranieri, ano 1973, editora Eco, páginas 26-30. A Descoberta Fonte: www.momento.com.br Equipe de Redação do Momento Espírita Um homem adquiriu uma casa em uma propriedade que lhe pareceu de excelente qualidade. A localização, próxima à escola, permitiria que as crianças não tivessem problemas maiores para o aprendizado das letras. O local era bem iluminado à noite, pois vários postes de luz se acendiam tão logo a claridade do dia diminuísse. Tudo parecia perfeito. Ele não entendeu muito bem porque o dono, que lhe vendera a propriedade, dela se desfizera por um preço quase irrisório. Alguns dias depois é que se deu conta porque o antigo dono saíra daquela casa, desgostoso e amargurado. O problema era o vizinho. Água podre escorria pelo seu quintal, vindo do terreno ao lado. As
  • 42. crianças jogavam pedras, quebrando o telhado e as vidraças. Papéis e outros produtos eram queimados, deixando cheiro ruim nas roupas que a esposa acabara de estender no varal. Parecia proposital. Bastava colocar as roupas no varal e lá vinha a fumaça. Lixo era jogado no seu quintal: latas, vidros, objetos inaproveitáveis. Seus filhos não podiam brincar na calçada porque logo os filhos do vizinho os vinham perturbar, arrancando-lhes das mãos a bicicleta, o carrinho, a bola e os ameaçando com palavrões. Preocupado, o pai de família procurou um advogado. Acreditava que, com vizinho tão difícil, somente a lei o poderia ajudar. Deveria ter, com certeza, lei que protegesse o cidadão de outro ser que não agia como cidadão. O advogado, muito bem conceituado na cidade, ouviu com atenção. À medida que ia tomando ciência de todas aquelas barbaridades, foi se indignando. Quando a exposição de todos os atos foi concluída, ele falou que a família vizinha deveria ser muito irresponsável. As crianças eram perversas. Os pais ausentes. Como podiam permitir tamanhos disparates? A medida mais correta seria recorrer à ação policial. Sim, somente uma ação grave poderia pôr fim àqueles desmandos e tamanho desrespeito. Sentou-se frente ao computador para preparar os papéis, a fim de dar uma solução ao caso e perguntou ao homem qual era o endereço da sua residência. Quando ouviu o nome da rua, o número, a exata localização, ficou pálido e se recostou na cadeira. A casa do vizinho tão mal-educado, das crianças terríveis era o seu próprio lar. * * * De um modo geral, olhamos muito para os erros alheios e nos esquecemos de verificar as próprias falhas. Em matéria de educação de filhos, quase sempre acreditamos que os nossos jamais tomarão atitudes erradas ou agressivas. Tudo porque os enviamos a uma boa escola e temos um certo padrão de
  • 43. vida. Estejamos atentos. Examinemo-nos e observemos as ações dos nossos filhos, na infância ou na adolescência. E, antes que eles se tornem os terrores da vizinhança, façamos uso do amor que ampara e da energia que transforma os seres em criaturas dignas de serem chamadas seres humanos. * * * Educar é a melhor maneira de curar o desequilíbrio do mundo. A violência somente será banida da Terra quando nos educarmos na calma e no bom senso. Existe a educação pessoal e a coletiva. A educação pessoal proporciona o progresso do indivíduo. A coletiva, resultado da primeira, faculta a evolução do mundo e das suas leis. Para nos livrarmos de todas as chagas morais do mundo a iniciativa deve ser individual, estendendo-se no lar e se derramando pelas ruas e estradas, alcançando todos os seres. Redação do Momento Espírita, com base no cap. 19 do livro Bem-aventurados os simples, pelo Espírito Valérium, psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb. OBSERVANDO APRENDEMOS Cheng era o discípulo de um sábio monge de nome Ling.
  • 44. Um dia, quando Cheng acreditava estar pronto para assumir a condição de liderar seu povo, foi conversar com seu mestre, o qual lhe disse: "observe este rio, qual a importância dele?". Eles se encontravam no alto de uma montanha. Cheng observou o rio, o seu vale, a vila, a floresta, os animais e respondeu: "este rio é a fonte do sustento de nossa aldeia. Ele nos dá a água que bebemos, os frutos das árvores, a colheita da plantação, o transporte de mercadorias, os animais que estão ao nosso redor e muito mais. Nossos antepassados construíram estas casas aqui, justamente por causa dele. Nosso futuro também depende deste rio." O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar. Os meses se passaram e o mestre procurou Cheng. "Observe este rio, qual a importância dele?" - repetiu a pergunta ao discípulo. "Este rio é fonte de inspiração para nosso povo. Veja sua nascente: ela é pequena e modesta, mas com o curso do rio, a correnteza torna-se forte e poderosa. Este rio nasce e tem um objetivo: chegar ao oceano, mas para lá chegar terá de passar por muitos lugares e por muitas mudanças. Terá de receber afluentes, contornar obstáculos. Como o rio, temos de aprender a fluir. O formato do rio é definido pelas suas margens, assim como nossas vidas são influenciadas pelas pessoas com as quais convivemos. O rio sem as suas margens não é nada. Sem nossos amigos e familiares também não somos nada. O rio nos ensina, ainda, que uma curva pode ser a solução de um problema, porque logo depois dela podemos encontrar um vale que desconhecíamos. O rio tem suas cachoeiras, suas turbulências, mas continua sempre em frente porque tem um objetivo. Ensina-nos que uma mudança imprevista pode ser uma oportunidade de crescimento. Veja no fim do vale: o rio recebe um novo afluente e, assim, torna-se mais forte." O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar. Os meses se passaram e novamente o mestre perguntou: "observe este rio: qual a importância dele?"
  • 45. "Mestre, vejo o rio em outra dimensão. Vejo o ciclo das águas. Esta água que está indo já virou nuvem, chuva e penetrou na terra diversas vezes. Ora há a seca, ora a enchente. O rio nos mostra que se aprendermos a perceber esses ciclos, o que chamamos de mudança será apenas considerada como continuidade de um ciclo." O mestre colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar. Os meses se passaram e o mestre voltou a perguntar a Cheng: "Observe este rio, qual a importância dele?" "Mestre, este rio me mostrou que cada vez que eu o observo, aprendo algo de novo. É observando que aprendemos. Não aprendo quando as pessoas me dizem algo, mas sim quando as coisas fazem sentido para mim." O mestre sorriu e disse-lhe com serenidade: "como é difícil aprender a aprender. Vá e siga seu caminho, meu filho." Pense nisso! Tantas palavras sábias já nos foram ditas. Tantos ensinos maravilhosos o Mestre Nazareno nos deixou. Mas, quanto disso realmente passou a integrar nossa consciência, alterando nossas atitudes perante a vida? (Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro As mais belas parábolas de todos os tempos, vol. I, pp. 24-26, Editora leitura, 7ª edição, organizado por Alexandre Rangel. (http://www.reflexao.com.br/mensagem_ler.php?idmensagem=1485)