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Tratamento das
Infecções
Odontogênicas
Temas Abordados
etiologia
microbiologia
evolução
vias de
disseminação
tratamento
prognóstico
Temas Abordados
microbiologia
evolução
vias de
disseminação
tratamento
prognóstico
etiologia
Etiologia
Endodôntica
Periodontal
Etiologia
Pericoronarite
Temas Abordados
evolução
vias de
disseminação
tratamento
prognóstico
etiologia
microbiologia
Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus
pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus
faecalis.
Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae,
Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum,
Salmonella, Shigella.
Microbiologia das Infecções
Odontogênicas
• Polimicrobianas: em média 5 espécies de
bactérias por infecção
• Mistas: compostas por bactérias aeróbicas
e anaeróbicas
Estágio de Infecção e Predominância dos
Microorganismos
• Celulite(estágio inicial)
• Abscesso (estágio
tardio)
Predominam aeróbicos
Predominam anaeróbicos
Manejo das infeccoes
odontogênicas
• Determinar a severidade da infecçãoo
• Avaliar as defesas dos hospedeiro
• Decidir o tipo de tratamento
• Tratamento cirúrgico
• Suporte madicamentoso
• Escolha e precaução da terapia antibiótica
• Administração do antibiotico adequado
• Avaliação do paciente frequentemente
Determinar a severidade da infecção
• Exame intra oral – determinar região
• Exame físico – homeostase do paciente
• Localização anatomica – região de possivel
disseminação
• Taxa de progressão – prediccão e prevenção
de complicações
• Comprometimento de via aérea
Temas Abordados
vias de
disseminação
tratamento
prognóstico
etiologia
microbiologia
evolução
Evolução das Infecções Odontogênicas
• Osteíte periapical
• Celulite ou Fleimão
• Abscesso
Taxa de progressão
• Avaliação do edema
• Dor
• Trismo
• Comprometimento de via aérea
Osteíte Periapical
• Infecção confinada ao osso, não
ultrapassa o periósteo e cortical óssea
• Sensação de extrusão do dente
• Dor durante a mastigação
• Sensibilidade à percussão
• Exame radiográfico: aumento do espaço
pericementário
Diferenças entre celulite e abscesso
Característica Celulite Abscesso
Duração Aguda Crônica
Dor Intensa e generalizada Localizada
Volume Grande Pequeno
Localização Limites difusos Circunscrita
Presença de pus Não Sim
Palpação Endurecida Flutuante
Potencial de gravidade Alto Baixo
Bactérias Aeróbias Anaeróbias
Adaptado de Peterson, 2005
Estágios
• 1 a 3 dias – inchaco leve
• 3 a 5 dias – inchaço endurecido, dolorido,
vermelho brilhante
• 5 e 7 dias – processo de flutuação
• Drenagem – espontânea ou cirúrgica
Temas Abordados
tratamento
prognóstico
diagnósticoetiologia
microbiologia disseminação
Localização anatômica
Baixa severidade
Media severidade
Alta severidade
Baixa severidade
• Região do bucinador
• Anterior da maxila, infra orbitária
vestibular, e
• Sub periosteal *
Media severidade
• Espaço submassetérico
• Sub Madibular
• Sub mentoniano
• Sub lingual
• Pterigo mandibular
Alta severidade
• Obstrução de via aérea com desvio ou não
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• Mediastino
• Seio cavernoso e meningite (infecções intra
cranianas)
Vias de Disseminação das
Infecções Odontogênicas
• Continuidade
cárie polpa periápice espaços
fasciais
• Sanguínea
Venosa trombose do seio cavernoso
Arterial bacteremia endocardite
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do Abscesso
• Relação do ápice com a cortical óssea
– Vestibular
– Palatino/Lingual
• Relação do ápice com as inserções musculares
– Vestíbulo bucal
– Espaços fasciais
Relação do Ápice com a Cortical
VESTIBULARPALATINO
Relação do Ápice com Inserções
Musculares
VESTÍBULO BUCAL ESPAÇO BUCAL
Disseminação dos Abscessos na Maxila
Disseminação dos Abscessos na
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Espaços Fasciais e Disseminação das
Infecções
• Espaços virtuais
limitados pelas fáscias
musculares,
geralmente
preenchidos por
gordura, que facilitam a
disseminação das
infecções
odontogênicas
Espaços Fasciais e Disseminação
das Infecções Odontogênicas
• Espaço Canino
• Espaço Bucal
• Espaço Submentoniano
• Espaço Sublingual
• Espaço Submandibular
• Espaço Mastigador
Espaço Canino
Espaço Bucal
Espaço Submentoniano
Espaço Submentoniano
Espaço Sublingual
Espaço Submandibular
Espaço Mastigador
• Temporal superficial
• Temporal profundo
• Massetérico
• Pterigo-mandibular
• Infratemporal
Temas Abordados
prognóstico
diagnósticoetiologia
microbiologia disseminação
tratamento
Diagnóstico e Tratamento dos
Abscessos Odontogênicos
• Anamnese e Exame Clínico
– Tempo de evolução
– Presença de sinais sistêmicos
– Pacientes com comprometimento sistêmico:
doenças metabólicas não controladas,
doenças imunossupressoras, drogas
imunossupressoras
Sinais de Comprometimento
Sistêmico
• Sinais vitais
– temperatura: 38º C
– FR:
– FC:
– PA:
• “Face tóxica”
Avaliar a Gravidade da Infecção
• Importante para determinar o tipo de
tratamento
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da infecção
• Infecção de progressão rápida
• Dificuldade respiratória
• Dificuldade de deglutição
• Envolvimento dos espaços fasciais
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• Trismo acentuado
• Pacientes com comprometimento
sistêmico
Trismo por infecção odontogênica
Tratamento da Infecção Odontogênica
• Remoção da causa
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– Exodontia
– Tratamento periodontal
• Drenagem cirúrgica
– Via canal
– Intra ou extrabucal
– Terapia de suporte
• Antibioticoterapia
Drenagem Cirúrgica
• Tem por finalidade drenar
a secreção purulenta e
células necróticas
• Diminui a tensão dos
tecidos – alívio da dor
• Melhora o suprimento
sanguíneo local – facilita
o aporte de células de
defesa ao local
Drenagem de Abscessos – Técnica
Cirúrgica
• Escolher o ponto de flutuação
• Mais inferior possível
• Ser o mais estética possível
• Deve ser ampla o suficiente para propiciar a
drenagem de todas as lojas do abscesso
• Deve abranger todos os espaços fasciais
envolvidos, se necessário fazer múltiplas incisões
• Anestesia por bloqueio quando possível
Inserção do Dreno
• Manter uma via de drenagem, evitando novo
acúmulo de secreção
• Estimula o aporte de células inflamatórias
para o local da infecção
• Não suturar oclusivamente as bordas da
incisão
• Remover em 48 a 72 horas (ou enquanto
tiver secreção)
Tipos de Drenos
Penrose Sucção Irrigação
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem Cirúrgica
Drenagem de Abscessos – Técnica
Cirúrgica
• Pode ser feita punção
para coleta de
material para cultura
e antibiograma
Indicações de Cultura e Antibiograma
• Indicações para cultura:
– Infecções de progressão
rápida
– Infecções pós-
operatórias
– Não respondem á
antibioticoterapia
– Infecções recorrentes
– Pacientes
imiunocomprometidos
Princípios de Antibioticoterapia nas
Infecções Odontogênicas
• São utilizados como coadjuvantes – não
eliminam a necessidade de tratamento cirúrgico
• Não eliminam a secreção purulenta, apenas
combatem as bactérias vivas que colonizam o
local
Princípios de Antibioticoterapia nas
Infecções Odontogênicas
• Determinar a necessidade do uso
• Iniciar terapia empírica
• Usar antibióticos de espectro reduzido
• Empregar antibióticos com toxicidade e efeitos colaterais
reduzidos
• Preferência por antibióticos bactericidas
• Dose, intervalo e tempo de uso adequados
• Saber o custo do antibiótico
Uso Racional de Antimicrobianos
Princípios de Antibioticoterapia nas
Infecções Odontogênicas
Indicações para o uso de antibióticos
•Aumento de volume de evolução rápida
•Tumefação difusa
•Comprometimento das defesas do hospedeiro
•Envolvimento de espaços fasciais
•Pericoronarite grave
•Osteomielite
Uso de antibióticos desnecessário
•Abscesso crônico bem localizado
•Abscessos reduzidos situados do lado vestibular
•Alvéolo seco
•Pericoronarite branda
Terapia Antibiótica Empírica em
Infeções Odontogênicas
• PENICILINAS:
– Primeira escolha
– Bactericida
– Espectro limitado aos principais patógenos das
infecções odontogênicas
– Custo baixo
– Poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade
– Limitaçõe: hipersenssibilidade e resistência
bacteriana
Terapia Antibiótica Empírica em
Infecções Odontogênicas
• Penicilinas mais usadas:
– Penicilina G Cristalina:
• 3 a 5 milhões de unidades de 4/4 horas
• Crianças: 25.000 a 300.000 UI/Kg/dia
– Amoxicilina:
• 500mg a 1g de 6/6 ou 8/8 horas
• Crianças:30 a 50mg/kg/dia
Terapia Antibiótica Empírica em
Infecções Odontogênicas
• Clindamicina:
– Segunda escolha
– Efetiva contra cocos aeróbios Gram-positivos e anaeróbios bucais
– Atinge altos níveis ósseos
– Pouca resistência bacteriana associada
– Desvantagem: custo alto
– Dose:1.200 a 3.600 mg/dia em intervalos de 6/6 horas;
crianças:20mg/kg/dia
– Dose mínima no adulto: 1.200mg/dia (risco de colite
pseudomembranosa)
Terapia Antibiótica Empírica em
Infeções Odontogênicas
• Metronidazol
– Grande eficácia bactericida contra anaeróbios
Gram-negativos
– Não possui efeito sobre aeróbios
– Grande sinergismo com penicilinas
– Doses: 500mg 8/8 horas
Terapia Antibiótica Empírica em
Infeções Odontogênicas
• Aminoglicosídeos:
– Drogas de amplo espectro com ação sobre aeróbios
Gram-negativos
– Não eficazes contra anaeróbios bucais
– Efeitos ototóxicos, nefrotóxicos e neurotóxicos
– Usados em associação com metronidazol e penicilina
no tratamento de celulites gravíssimas
– Mais utilizados: gentamicina (3 a 6mg/kg de 8/8 horas)
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Temas Abordados
diagnósticoetiologia
microbiologia disseminação
tratamento
prognóstico
Complicações das Infecções
Odontogênicas
• Angina de Ludwig
• Disseminação intracraniana
– Abscesso cerebral e meningite
– Trombose do seio cavernoso
• Mediastinite
• Osteomielite
Complicações das Infecções
Odontogênicas
Complicações de Infecções
Odontogências
Angina de Ludwig
• Condição infecciosa descrita por Wilhelm
Friedrich von Ludwig em 1836, consistindo
de:
– Celulite aguda envolvendo os espaços
submandibular, submentoniano e sublingual
bilateralmente
Angina de Ludwig
• Sinais e Sintomas:
– Dor cervical
– Dispnéia
– Disfagia
– Aumento de volume edurecido,
simétrico e eritematoso da
região cervical
– Febre alta
– Elevação do assoalho bucal
com deslocamento posterior da
língua – dificuldade ou
obstrução respiratória
Angina de Ludwig
• Sinais e Sintomas:
– Dificuldade de deglutição e fonação
– Pode haver envolvimento de outros espaços fasciais como o
látero-faríngeo e retrofaríngeo
– Em geral o paciente vai a óbito por obstrução respiratória
– Antes dos antibióticos a mortalidade era de mais de 50%,
após diminuiu para menos de 5%
– Principal causa é infecção odontogênica e é muito
associada a indivíduos imunocomprometidos
Angina de Ludwig
• Tratamento:
– Eliminar causa
– Drenagem rápida (mesmo sem
flutuação)
– Manter via aérea (intubação ou
traqueostomia)
– Antibióticos endovenosos:
penicilina com metronidazol e
eventualmente aminoglicosídeo
Angina de Ludwig
Disseminação Intracraniana
ABSCESSO CEREBRAL E MENINGITE
• Infecção odontogênica chega ao SNC via:
– Plexo pterigóideo
– Veias emissárias
• Sinais e sintomas:
– Cefaléia intensa
– Hipertermia
– Rigidez nucal
– Vômitos
– Convulsões
Disseminação Intracraniana
TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO
• O seio cavernoso é um dos seios da dura
máter que drenam o sangue venoso
cerebral
• Área onde passam estruturas anatômicas
importantes:nervos troclear, oculomotor,
oftálmico,maxilar, abducente e carótida
interna
• Infecções chegam a essa região via plexo
pterigóideo e veia oftálmica inferior
• Sinais e sintomas: oftalmoplegia, midríase
paralítica,ptose palpebral
• Alta taxa de mortalidade
• Tratamento: antibioticoterapia agressiva
Mediastinite
• Processo infeccioso toma
uma via descendente no
pescoço, através dos
espaços látero-faríngeo,
retroferíngeo, alcançando a
bainha carotídea e chegam
ao tórax, na região do
mediastino
• Sinais e sintomas: dispnéia
intensa, dor torácica, febre
alta não-remissível
• Complicações: septicemia,
abscesso
mediastinal,empiema,efusã
o pleural, pericardite, óbito
(40% de mortalidade)
• Tratamento: além de
remoção da causa,
antibióticos e.v.,
traqueostomia, deve ser
feita a drenagem do tórax.
Mediastinite
Fascite Necrozante
Descendente
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Tratamento das infecções odontogênicas

  • 7. Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus faecalis. Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella.
  • 8. Microbiologia das Infecções Odontogênicas • Polimicrobianas: em média 5 espécies de bactérias por infecção • Mistas: compostas por bactérias aeróbicas e anaeróbicas
  • 9. Estágio de Infecção e Predominância dos Microorganismos • Celulite(estágio inicial) • Abscesso (estágio tardio) Predominam aeróbicos Predominam anaeróbicos
  • 10. Manejo das infeccoes odontogênicas • Determinar a severidade da infecçãoo • Avaliar as defesas dos hospedeiro • Decidir o tipo de tratamento • Tratamento cirúrgico • Suporte madicamentoso • Escolha e precaução da terapia antibiótica • Administração do antibiotico adequado • Avaliação do paciente frequentemente
  • 11. Determinar a severidade da infecção • Exame intra oral – determinar região • Exame físico – homeostase do paciente • Localização anatomica – região de possivel disseminação • Taxa de progressão – prediccão e prevenção de complicações • Comprometimento de via aérea
  • 13. Evolução das Infecções Odontogênicas • Osteíte periapical • Celulite ou Fleimão • Abscesso
  • 14. Taxa de progressão • Avaliação do edema • Dor • Trismo • Comprometimento de via aérea
  • 15. Osteíte Periapical • Infecção confinada ao osso, não ultrapassa o periósteo e cortical óssea • Sensação de extrusão do dente • Dor durante a mastigação • Sensibilidade à percussão • Exame radiográfico: aumento do espaço pericementário
  • 16. Diferenças entre celulite e abscesso Característica Celulite Abscesso Duração Aguda Crônica Dor Intensa e generalizada Localizada Volume Grande Pequeno Localização Limites difusos Circunscrita Presença de pus Não Sim Palpação Endurecida Flutuante Potencial de gravidade Alto Baixo Bactérias Aeróbias Anaeróbias Adaptado de Peterson, 2005
  • 17. Estágios • 1 a 3 dias – inchaco leve • 3 a 5 dias – inchaço endurecido, dolorido, vermelho brilhante • 5 e 7 dias – processo de flutuação • Drenagem – espontânea ou cirúrgica
  • 18.
  • 21. Baixa severidade • Região do bucinador • Anterior da maxila, infra orbitária vestibular, e • Sub periosteal *
  • 22. Media severidade • Espaço submassetérico • Sub Madibular • Sub mentoniano • Sub lingual • Pterigo mandibular
  • 23.
  • 24. Alta severidade • Obstrução de via aérea com desvio ou não • Espaço para faringeano ou retro faringeano • Mediastino • Seio cavernoso e meningite (infecções intra cranianas)
  • 25.
  • 26.
  • 27. Vias de Disseminação das Infecções Odontogênicas • Continuidade cárie polpa periápice espaços fasciais • Sanguínea Venosa trombose do seio cavernoso Arterial bacteremia endocardite
  • 28. Fatores Determinantes da Localização do Abscesso • Relação do ápice com a cortical óssea – Vestibular – Palatino/Lingual • Relação do ápice com as inserções musculares – Vestíbulo bucal – Espaços fasciais
  • 29. Relação do Ápice com a Cortical VESTIBULARPALATINO
  • 30. Relação do Ápice com Inserções Musculares VESTÍBULO BUCAL ESPAÇO BUCAL
  • 33. Espaços Fasciais e Disseminação das Infecções • Espaços virtuais limitados pelas fáscias musculares, geralmente preenchidos por gordura, que facilitam a disseminação das infecções odontogênicas
  • 34. Espaços Fasciais e Disseminação das Infecções Odontogênicas • Espaço Canino • Espaço Bucal • Espaço Submentoniano • Espaço Sublingual • Espaço Submandibular • Espaço Mastigador
  • 41. Espaço Mastigador • Temporal superficial • Temporal profundo • Massetérico • Pterigo-mandibular • Infratemporal
  • 43. Diagnóstico e Tratamento dos Abscessos Odontogênicos • Anamnese e Exame Clínico – Tempo de evolução – Presença de sinais sistêmicos – Pacientes com comprometimento sistêmico: doenças metabólicas não controladas, doenças imunossupressoras, drogas imunossupressoras
  • 44. Sinais de Comprometimento Sistêmico • Sinais vitais – temperatura: 38º C – FR: – FC: – PA: • “Face tóxica”
  • 45. Avaliar a Gravidade da Infecção • Importante para determinar o tipo de tratamento – Necessidade de encaminhar ao especialista? – Há necessidade de internação hospitalar?
  • 46. Fatores que podem indicar a gravidade da infecção • Infecção de progressão rápida • Dificuldade respiratória • Dificuldade de deglutição • Envolvimento dos espaços fasciais • Febre acima de 39ºC • Trismo acentuado • Pacientes com comprometimento sistêmico Trismo por infecção odontogênica
  • 47. Tratamento da Infecção Odontogênica • Remoção da causa – Tratamento endodôntico – Exodontia – Tratamento periodontal • Drenagem cirúrgica – Via canal – Intra ou extrabucal – Terapia de suporte • Antibioticoterapia
  • 48. Drenagem Cirúrgica • Tem por finalidade drenar a secreção purulenta e células necróticas • Diminui a tensão dos tecidos – alívio da dor • Melhora o suprimento sanguíneo local – facilita o aporte de células de defesa ao local
  • 49. Drenagem de Abscessos – Técnica Cirúrgica • Escolher o ponto de flutuação • Mais inferior possível • Ser o mais estética possível • Deve ser ampla o suficiente para propiciar a drenagem de todas as lojas do abscesso • Deve abranger todos os espaços fasciais envolvidos, se necessário fazer múltiplas incisões • Anestesia por bloqueio quando possível
  • 50. Inserção do Dreno • Manter uma via de drenagem, evitando novo acúmulo de secreção • Estimula o aporte de células inflamatórias para o local da infecção • Não suturar oclusivamente as bordas da incisão • Remover em 48 a 72 horas (ou enquanto tiver secreção)
  • 51. Tipos de Drenos Penrose Sucção Irrigação
  • 52.
  • 64. Drenagem de Abscessos – Técnica Cirúrgica • Pode ser feita punção para coleta de material para cultura e antibiograma
  • 65. Indicações de Cultura e Antibiograma • Indicações para cultura: – Infecções de progressão rápida – Infecções pós- operatórias – Não respondem á antibioticoterapia – Infecções recorrentes – Pacientes imiunocomprometidos
  • 66. Princípios de Antibioticoterapia nas Infecções Odontogênicas • São utilizados como coadjuvantes – não eliminam a necessidade de tratamento cirúrgico • Não eliminam a secreção purulenta, apenas combatem as bactérias vivas que colonizam o local
  • 67. Princípios de Antibioticoterapia nas Infecções Odontogênicas • Determinar a necessidade do uso • Iniciar terapia empírica • Usar antibióticos de espectro reduzido • Empregar antibióticos com toxicidade e efeitos colaterais reduzidos • Preferência por antibióticos bactericidas • Dose, intervalo e tempo de uso adequados • Saber o custo do antibiótico
  • 68. Uso Racional de Antimicrobianos
  • 69. Princípios de Antibioticoterapia nas Infecções Odontogênicas Indicações para o uso de antibióticos •Aumento de volume de evolução rápida •Tumefação difusa •Comprometimento das defesas do hospedeiro •Envolvimento de espaços fasciais •Pericoronarite grave •Osteomielite Uso de antibióticos desnecessário •Abscesso crônico bem localizado •Abscessos reduzidos situados do lado vestibular •Alvéolo seco •Pericoronarite branda
  • 70. Terapia Antibiótica Empírica em Infeções Odontogênicas • PENICILINAS: – Primeira escolha – Bactericida – Espectro limitado aos principais patógenos das infecções odontogênicas – Custo baixo – Poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade – Limitaçõe: hipersenssibilidade e resistência bacteriana
  • 71. Terapia Antibiótica Empírica em Infecções Odontogênicas • Penicilinas mais usadas: – Penicilina G Cristalina: • 3 a 5 milhões de unidades de 4/4 horas • Crianças: 25.000 a 300.000 UI/Kg/dia – Amoxicilina: • 500mg a 1g de 6/6 ou 8/8 horas • Crianças:30 a 50mg/kg/dia
  • 72. Terapia Antibiótica Empírica em Infecções Odontogênicas • Clindamicina: – Segunda escolha – Efetiva contra cocos aeróbios Gram-positivos e anaeróbios bucais – Atinge altos níveis ósseos – Pouca resistência bacteriana associada – Desvantagem: custo alto – Dose:1.200 a 3.600 mg/dia em intervalos de 6/6 horas; crianças:20mg/kg/dia – Dose mínima no adulto: 1.200mg/dia (risco de colite pseudomembranosa)
  • 73. Terapia Antibiótica Empírica em Infeções Odontogênicas • Metronidazol – Grande eficácia bactericida contra anaeróbios Gram-negativos – Não possui efeito sobre aeróbios – Grande sinergismo com penicilinas – Doses: 500mg 8/8 horas
  • 74. Terapia Antibiótica Empírica em Infeções Odontogênicas • Aminoglicosídeos: – Drogas de amplo espectro com ação sobre aeróbios Gram-negativos – Não eficazes contra anaeróbios bucais – Efeitos ototóxicos, nefrotóxicos e neurotóxicos – Usados em associação com metronidazol e penicilina no tratamento de celulites gravíssimas – Mais utilizados: gentamicina (3 a 6mg/kg de 8/8 horas) e amicacina (15 a 25mg/kg de 12/12 horas
  • 76. Complicações das Infecções Odontogênicas • Angina de Ludwig • Disseminação intracraniana – Abscesso cerebral e meningite – Trombose do seio cavernoso • Mediastinite • Osteomielite
  • 78.
  • 80. Angina de Ludwig • Condição infecciosa descrita por Wilhelm Friedrich von Ludwig em 1836, consistindo de: – Celulite aguda envolvendo os espaços submandibular, submentoniano e sublingual bilateralmente
  • 81. Angina de Ludwig • Sinais e Sintomas: – Dor cervical – Dispnéia – Disfagia – Aumento de volume edurecido, simétrico e eritematoso da região cervical – Febre alta – Elevação do assoalho bucal com deslocamento posterior da língua – dificuldade ou obstrução respiratória
  • 82. Angina de Ludwig • Sinais e Sintomas: – Dificuldade de deglutição e fonação – Pode haver envolvimento de outros espaços fasciais como o látero-faríngeo e retrofaríngeo – Em geral o paciente vai a óbito por obstrução respiratória – Antes dos antibióticos a mortalidade era de mais de 50%, após diminuiu para menos de 5% – Principal causa é infecção odontogênica e é muito associada a indivíduos imunocomprometidos
  • 83. Angina de Ludwig • Tratamento: – Eliminar causa – Drenagem rápida (mesmo sem flutuação) – Manter via aérea (intubação ou traqueostomia) – Antibióticos endovenosos: penicilina com metronidazol e eventualmente aminoglicosídeo
  • 85. Disseminação Intracraniana ABSCESSO CEREBRAL E MENINGITE • Infecção odontogênica chega ao SNC via: – Plexo pterigóideo – Veias emissárias • Sinais e sintomas: – Cefaléia intensa – Hipertermia – Rigidez nucal – Vômitos – Convulsões
  • 86. Disseminação Intracraniana TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO • O seio cavernoso é um dos seios da dura máter que drenam o sangue venoso cerebral • Área onde passam estruturas anatômicas importantes:nervos troclear, oculomotor, oftálmico,maxilar, abducente e carótida interna • Infecções chegam a essa região via plexo pterigóideo e veia oftálmica inferior • Sinais e sintomas: oftalmoplegia, midríase paralítica,ptose palpebral • Alta taxa de mortalidade • Tratamento: antibioticoterapia agressiva
  • 87. Mediastinite • Processo infeccioso toma uma via descendente no pescoço, através dos espaços látero-faríngeo, retroferíngeo, alcançando a bainha carotídea e chegam ao tórax, na região do mediastino • Sinais e sintomas: dispnéia intensa, dor torácica, febre alta não-remissível • Complicações: septicemia, abscesso mediastinal,empiema,efusã o pleural, pericardite, óbito (40% de mortalidade) • Tratamento: além de remoção da causa, antibióticos e.v., traqueostomia, deve ser feita a drenagem do tórax.
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