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HISTÓRIA
DE ARTE
DE
JARDINS
Susana Santos
HISTÓRIA DE ARTE DE JARDINS
Apresentação da UFCD
Conteúdos
1.História de Arte Geral
2. História de Arte de Jardins
2.1. Origens
2.2. Civilizações centrais
2.3. Civilizações orientais
2.4. Civilizações ocidentais
2.5. Portugal
2.5.1. O jardim em Portugal (tipologias e
atributos)
2.5.2 Fatores edafoclimáticos.
Susana Santos
História
• ESTUDA OS ASPETOS SOCIAIS, POLÍTICOS, ECONÓMICOS
E CULTURAIS DAS SOCIEDADES
• ESTUDA A EVOLUÇÃO DO HOMEM AO LONGO DO TEMPO E
NUM DETERMINADO ESPAÇO
• PRETENDEMOS CONHECER O PASSADO
PARA MELHOR COMPREENDER O PRESENTE
E PODER PROJETAR O FUTURO
Susana Santos
ARTE
A ARTE É O REFLEXO DE UMA ÉPOCA E DE UMA SOCIEDADE NUM
DETERMINADO TEMPO E LUGAR
• REFLETE O ESPÍRITO INVENTIVO
A CRIATIVIDADE
E A SENSIBILIDADE DO HOMEM
• A ARTE EXPRIME IDEIAS
• DESPERTA ESTÍMULOS
• ESTABELECE SIGNIFICADOS
Susana Santos
ORIGINALIDADE CRIATIVIDADE IMAGINAÇÃO
OBRA DE ARTE
Ao longo do século XX, os espaços de
conservação e divulgação da OBRA DE
ARTE têm contribuído para aproximar a arte
do público.
• Museus de arte
• Feiras internacionais
• Bienais de arte
• Galerias de arte
• Exposições coletivas e individuais
• Debates e conferências sobre arte
Susana Santos
Jardins e a Paisagem
Susana Santos
JARDINS
Os jardins são espaços delimitados em
centros urbanos onde predominam os
elementos naturais.
Susana Santos
ARQUITETURA PAISAGISTA
Os arquitetos paisagistas estudam através da sua
ciência e da sua arte, os jardins e a forma como eles
se relacionam com o meio envolvente e com o ser
humano.
O arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles
é um bom exemplo de contribuição para o
desenvolvimento da arquitetura
paisagística.
Recentemente foi galardoado com o
prémio IFLA 2013, o equivalente ao prémio
“Nobel” no paisagismo.
Susana Santos
JARDINAGEM
Os jardineiros, com o uso
de técnicas e ferramentas
próprias, trabalham os
jardins de um modo
planeado procedendo
também à sua
manutenção.
Susana Santos
PLANEAMENTO
Os jardins requerem
planeamento e cuidados para
que constituam espaços de
convívio agradáveis e
permitam uma boa relação
com o ambiente natural.
Susana Santos
COMO FAZER UM JARDIM
1. Para fazer um jardim devemos planear e estudar a sua
disposição e o melhor enquadramento das plantas ao
espaço.
2. Cada planta tem características muito próprias, como a cor e
o cheiro, assim como, necessidades especiais de
sobrevivência.
3. Existem processos simples de desenho que nos
permitem passar para a realidade o nosso projeto. Por
exemplo, usando fios e estacas para traçar retas,
circunferências ou elipses, podem ser dados efeitos
geométricos aos jardins.
Susana Santos
SEMEAR
1. Depois de marcar o espaço faz-se a sementeira usando
terra de boa qualidade. A sementeira deve ser feita num
lugar resguardado e com sol.
2. Abrem-se pequenos furos (com um furador) onde se
colocam as sementes e tapam-se com um pequeno
ancinho.
3. Depois rega-se.
Susana Santos
REPICAR
Depois de germinadas, as plantas já com algum
desenvolvimento crescem muito próximas umas das outras.
Devem ser então retiradas uma a uma da terra. Depois
devem ser plantadas a uma distância mais apropriada - este
processo é conhecido como repicagem.
Susana Santos
PLANTAR
1. Ao plantar, repetimos o processo de semear, embora
usando as plantas em vez das sementes e usando uma
distância apropriada entre elas.
2. Enterramos a raiz sem abafar o caule na terra e
devemos regar de seguida.
REGAR
1. A cor menos viva e brilhante das plantas é sinal de
desidratação, podendo ficar amarelas, murchar e morrer.
2. Devemos evitar regar nas alturas de mais calor, pois a
água evapora facilmente e funciona como lupa
aquecendo as plantas. Regando de manhã, permite
preparar as plantas para o calor do Sol.
Susana Santos
FERTILIZAR
Para obtermos um bom resultado, devemos fertilizar o terreno.
O solo é constituído por matéria viva em decomposição, como
restos de plantas, de insetos ou excrementos de animais,
de que as plantas se alimentam.
Se o solo não tiver esta matéria, deve ser
fertilizado, através de adubos naturais ou
químicos que ajudam as plantas a sobreviver.
Susana Santos
PODAR
A poda é uma técnica de jardinagem que serve para fortalecer as
plantas fazendo com que estas floresçam e frutifiquem na estação
seguinte. O processo de poda é feito com uma tesoura especial
para esse efeito.
As plantas podem ser fixadas a
tutores, com o auxílio de estacas e
atilhos, para se desenvolverem numa
determinada direção e resistirem
melhor ao vento.
Susana Santos
O conhecimento e os saberes da ciência
aliados ao uso e à manipulação de uma
determinada técnica, permitem-nos
chegar a resultados muito concretos.
Neste caso, à realização de um jardim.
Susana Santos
Paisagem
• Observação.
• A paisagem resulta da ação de fatores naturais e/ou humanos, dependendo
do lugar, do tempo e da perspetiva pessoal com que essa observação é feita.
As paisagens vão sofrendo, ao longo do
tempo, diversas transformações, o que
significa que são dinâmicas.
Parque das Nações, Lisboa,
Portugal
Paisagem As constantes mudanças a que uma paisagem está
sujeita são uma consequência da permanente
transformação dos elementos naturais e humanos.
A transformação da
paisagem resulta, então:
• de fatores naturais,
como a ocorrência de
uma catástrofe natural;
• da intervenção do
Homem sobre o meio
natural.
Sismo no
Haiti Desflorestação da
Amazónia
Paisagem
Natural
Elementos
naturas?
Susana Santos
Paisagem …
?
Elementos?
Susana Santos
Paisagem
Humanizada
Elementos?
Susana Santos
A arte desde a pré-história
até ao séc. XX
Jardins da História
Arte da Pré-história ao século XX
Pré - história
• período que antecedeu à invenção da escrita;
• não foi registado por nenhum documento escrito;
• Homem pré-histórico registou a sua evolução através dos
seus instrumentos, armas, fósseis, utensílios, gravuras,
pinturas e fragmentos de joalharia e ornamentação.
Tudo o que sabemos da raça humana que viveu nesse tempo é o resultado da pesquisa de
antropólogos, historiadores e arqueólogos, que reconstituíram as evoluções dessa época.
Susana Santos
Evolução da arte da Pré-História
1. Paleolítico
Arte paleolítica
Arte rupestre: com o sílex, o homem trabalhava a escultura e o relevo.
Na pintura utilizavam pigmentos ou cores naturais.
Tendência para o 3D, devido ao aproveitamento dos acidentes naturais dos tetos e
das paredes da guta, utilizando traços de grossura diferente e linhas de sombra.
Susana Santos
Sílex, utensílio em pedra, conservado até aos
nossos dias eram fabricados, habitualmente,
com ossos ou pedras. A técnica consistia em
lascar uma pedra de modo a dar-lhe a forma
para cortar, raspar ou furar.
Na pintura verifica-se a tendência para o uso
de cores como o vermelho e preto. Ausência
de figuras humanas, predominando apenas
animais isolados e de grande porte.
Pintura de bisonte, Pirenéus - França
Susana Santos
O Homem primitivo e a Natureza
• Nos primórdios da Humanidade, os recursos naturais eram, sobretudo, usados para criar
abrigos, fabricar armas ou ferramentas.
• O Homem foi aprendendo com a natureza e apercebeu-se de que muitas plantas e frutos eram
comestíveis e que outras tinham efeitos curativos.
• Percebeu também que as sementes germinavam e que davam origem a novas árvores ou plantas
da mesma espécie.
• Este conhecimento impulsionou a seleção e o cultivo de plantas, ajudando à sedentarização das
tribos primitivas.
Susana Santos
Os jardins da antiguidade
à idade média.
https://www.youtube.com/watch?v=IgdoDPBLPXs
Árvore – água – vida – luz - ar
• Jardim (garden; garten; giardino; jardín)
• Gan (hebreu arcaico) – proteger ou defender
• Oden ou Eden – prazer
• Jardim expressão de arte – correspondência
cultural, filosófica ou religiosa de refinado
senso estético e simbólico (valores) da
sociedade que o constrói.
• Filosofia: arquétipo da perfeição;
correspondência do mundo ideal.
• Religião: origem e fim da vida; espaço de
transcendência entre o céu e a terra.
Jardins foram associados à elite e ao poder da
aristocracia e religioso até ao século XIX
O Jardim das Delícias Terrenas é um tríptico de Hieronymus Bosch
Susana Santos
Contributo das primeiras civilizações
• Há 5 mil anos, na África e na Ásia,
surgiram as primeiras civilizações da
História, que cresceram a partir da
riqueza de grandes rios e das suas
margens.
• Cresceram até formarem grandes
cidades – Civilizações dos grandes rios.
• as terras férteis junto dos rios Tigre,
Eufrates, Indo, Amarelo e Nilo atraíram
comunidades de agricultores e
pastores e contribuíram para o
desenvolvimento das mais antigas
civilizações.
CIVILIZAÇÃO
SUMÉRIA
CIVILIZAÇÃO
EGÍPCIA
CIVILIZAÇÃO DO
VALE DO INDO
CIVILIZAÇÃO DO
RIO AMARELO
Susana Santos
CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA
Suméria é a mais antiga civilização conhecida da região
do sul da Mesopotâmia, na região dos rios Tigre e
Eufrates.
Susana Santos
CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO
Civilização do Vale do Indo foi uma civilização da
Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da
Ásia, que existiu entre 3 300 a.C. e 1 300 a.C.,
sendo que atingiu seu auge entre 2600 e 1 900
a.C.
Susana Santos
CIVILIZAÇÃO DO RIO AMARELO
Susana Santos
A procura das regiões férteis junto aos rios gerou uma maior
concentração populacional e o aparecimento de importantes
núcleos urbanos.
Ruínas do núcleo
urbano de
Mohenjo-Daro,
no Vale do Indo.
Susana Santos
Embora férteis, essas terras exigiram muito esforço para que se
tornassem produtivas. Foi necessário:
→ drenar campos;
→ desbravar terra;
→ construir diques e barragens;
→ contruir canais para irrigar os
campos.
Susana Santos
Estes fatores tiveram como
consequência uma maior
abundância das colheitas,
possibilitando a acumulação de
excedentes agrícolas, o que veio
criar condições para o
desenvolvimento do comércio, para a
especialização de algumas pessoas
noutras atividades e para a
estratificação social.
1. Núcleo urbano consiste numa
concentração de populações num
determinado lugar, já com alguma
organização política, económica,
social e religiosa, que deu origem às
primeiras cidades.
Susana Santos
Nos núcleos urbanos, as
habitações destacam-se pelo
refinado valor estético,
delimitados por espaços
consagrados ao luxo e ao
prazer, ao mesmo tempo em
que chamava a atenção para a
extensão do jardim.
O jardim - simbolismo (uma
espécie de natureza
domesticada pelo homem).
Ruínas do núcleo urbano de Mohenjo-Daro,
no Vale do Indo.
Susana Santos
Origens
Origens
https://www.youtube.com/watch?v=-dVdnviCQ_s&t=4s
• A história do paisagismo não começa com um lápis ou uma mangueira, mas sim com
o fogo. Os “projetistas” pré-históricos utilizavam as chamas para limpar o espaço, para
estimular o crescimento das plantas.
• 400.000 anos depois, já no século XVIII, ricos proprietários de terras contratavam
pessoas como “eremitas ornamentais” para seus extensos jardins.
• Para eles, um jardim era um símbolo de riqueza e exclusividade
Susana Santos
1400 aC: Jardim Doméstico (Era Egípcia Antiga)
• O jardim egípcio foi desenvolvido de acordo com a topografia do Rio Nilo.
• Grandes planos horizontais, sem acidentes naturais ou artificiais.
• As características dos monumentos egípcios - com a rigidez retilínea e a geometria -
fizeram com que os jardins tivessem uma simetrização rigorosa.
• Tudo de acordo com os 4 pontos cardeais.
Susana Santos
Susana Santos
• O jardim egípcio era um oásis. Fornecia
cuidadosamente a beleza natural em uma
terra árida.
• Práticos, geométricos e belos.
• Os jardins eram cultivados para produzirem
os ingredientes da vida quotidiana:
1. Papiro;
2. Ervas e especiarias;
3. Sombras e frutas.
• As plantas mais utilizadas eram as palmeiras,
figueiras, videiras e plantas aquáticas.
Susana Santos
• O jardim regular era símbolo da fertilidade,
sintetizava as forças da natureza e era a
imagem de um sistema racional e
arquitetónico baseado no monoteísmo.
• Fortemente influenciados pela astrologia e
pela crença em deuses.
• Osíris para os egípcios era o deus da
vegetação.
Susana Santos
Jardins Suspensos da Babilônia (605-652 a.C.)
Susana Santos
Babilónia
• Berço da civilização.
• Foi uma antiga área cultural, localizada na
região centro-sul da Mesopotâmia (atual
Iraque, a 100km de Bagdad).
• Os jardins mais famosos da Antiguidade.
• Banhada pelo rio Tigre e Eufrates.
Susana Santos
Babilónia
• A cidade era cosmopolita, com grande diversidade de povos e cultura.
• Tinha na educação e na ciência sua fonte de enriquecimento.
• A Babilônia impressionava pela sua arquitetura e urbanismo.
• Mostrava a sua potência e ostentação através das artes. Milhares de pessoas passavam
pela Babilônia apenas para conhecer a majestosa arquitetura. Seriam nossos primeiros
registros de um tipo de turismo.
• Politeístas, o que fazia com que templos magníficos fossem construídos.
• Estratificação social, sabe-se que a alta nobreza e o clero comandavam a maior parte da
administração pública.
Susana Santos
Jardins suspensos da Babilónia
• 7 maravilhas do mundo antigo.
• Jardins adaptados à topografia local.
• Desenvolvimento de técnicas agrícolas aliadas à irrigação.
• Formados por vastos terraços assentes sobre arcadas.
• Árvores raras e flores exóticas recebiam a água do rio Tigre, elevada por meio de
máquinas hidráulicas.
Susana Santos
Jardins suspensos da Babilónia
• Racionalidade geométrica nos projetos, de forma a que
pudessem ser admirados à distância.
• A água canalizada, tanques e bosques foram incorporados na
habitação para conforto e funcionalidade.
• Os jardins eram exclusivos da realeza.
• Atualmente estes jardins já não existem, apenas ruinas.
Susana Santos
Susana Santos
Lenda
• Foram construídos por Nabucodonosor para agradar a sua esposa (Persa) que sentia fortes calores e
precisava de um lugar para se refrescar, visto não estar acostumada com o clima da região.
Susana Santos
Jardins Suspensos da Babilônia (605-652 a.C.)
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Susana Santos

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  • 2. HISTÓRIA DE ARTE DE JARDINS Apresentação da UFCD Conteúdos 1.História de Arte Geral 2. História de Arte de Jardins 2.1. Origens 2.2. Civilizações centrais 2.3. Civilizações orientais 2.4. Civilizações ocidentais 2.5. Portugal 2.5.1. O jardim em Portugal (tipologias e atributos) 2.5.2 Fatores edafoclimáticos. Susana Santos
  • 3. História • ESTUDA OS ASPETOS SOCIAIS, POLÍTICOS, ECONÓMICOS E CULTURAIS DAS SOCIEDADES • ESTUDA A EVOLUÇÃO DO HOMEM AO LONGO DO TEMPO E NUM DETERMINADO ESPAÇO • PRETENDEMOS CONHECER O PASSADO PARA MELHOR COMPREENDER O PRESENTE E PODER PROJETAR O FUTURO Susana Santos
  • 4. ARTE A ARTE É O REFLEXO DE UMA ÉPOCA E DE UMA SOCIEDADE NUM DETERMINADO TEMPO E LUGAR • REFLETE O ESPÍRITO INVENTIVO A CRIATIVIDADE E A SENSIBILIDADE DO HOMEM • A ARTE EXPRIME IDEIAS • DESPERTA ESTÍMULOS • ESTABELECE SIGNIFICADOS Susana Santos
  • 5. ORIGINALIDADE CRIATIVIDADE IMAGINAÇÃO OBRA DE ARTE Ao longo do século XX, os espaços de conservação e divulgação da OBRA DE ARTE têm contribuído para aproximar a arte do público. • Museus de arte • Feiras internacionais • Bienais de arte • Galerias de arte • Exposições coletivas e individuais • Debates e conferências sobre arte Susana Santos
  • 6. Jardins e a Paisagem Susana Santos
  • 7. JARDINS Os jardins são espaços delimitados em centros urbanos onde predominam os elementos naturais. Susana Santos
  • 8. ARQUITETURA PAISAGISTA Os arquitetos paisagistas estudam através da sua ciência e da sua arte, os jardins e a forma como eles se relacionam com o meio envolvente e com o ser humano. O arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles é um bom exemplo de contribuição para o desenvolvimento da arquitetura paisagística. Recentemente foi galardoado com o prémio IFLA 2013, o equivalente ao prémio “Nobel” no paisagismo. Susana Santos
  • 9. JARDINAGEM Os jardineiros, com o uso de técnicas e ferramentas próprias, trabalham os jardins de um modo planeado procedendo também à sua manutenção. Susana Santos
  • 10. PLANEAMENTO Os jardins requerem planeamento e cuidados para que constituam espaços de convívio agradáveis e permitam uma boa relação com o ambiente natural. Susana Santos
  • 11. COMO FAZER UM JARDIM 1. Para fazer um jardim devemos planear e estudar a sua disposição e o melhor enquadramento das plantas ao espaço. 2. Cada planta tem características muito próprias, como a cor e o cheiro, assim como, necessidades especiais de sobrevivência. 3. Existem processos simples de desenho que nos permitem passar para a realidade o nosso projeto. Por exemplo, usando fios e estacas para traçar retas, circunferências ou elipses, podem ser dados efeitos geométricos aos jardins. Susana Santos
  • 12. SEMEAR 1. Depois de marcar o espaço faz-se a sementeira usando terra de boa qualidade. A sementeira deve ser feita num lugar resguardado e com sol. 2. Abrem-se pequenos furos (com um furador) onde se colocam as sementes e tapam-se com um pequeno ancinho. 3. Depois rega-se. Susana Santos
  • 13. REPICAR Depois de germinadas, as plantas já com algum desenvolvimento crescem muito próximas umas das outras. Devem ser então retiradas uma a uma da terra. Depois devem ser plantadas a uma distância mais apropriada - este processo é conhecido como repicagem. Susana Santos
  • 14. PLANTAR 1. Ao plantar, repetimos o processo de semear, embora usando as plantas em vez das sementes e usando uma distância apropriada entre elas. 2. Enterramos a raiz sem abafar o caule na terra e devemos regar de seguida. REGAR 1. A cor menos viva e brilhante das plantas é sinal de desidratação, podendo ficar amarelas, murchar e morrer. 2. Devemos evitar regar nas alturas de mais calor, pois a água evapora facilmente e funciona como lupa aquecendo as plantas. Regando de manhã, permite preparar as plantas para o calor do Sol. Susana Santos
  • 15. FERTILIZAR Para obtermos um bom resultado, devemos fertilizar o terreno. O solo é constituído por matéria viva em decomposição, como restos de plantas, de insetos ou excrementos de animais, de que as plantas se alimentam. Se o solo não tiver esta matéria, deve ser fertilizado, através de adubos naturais ou químicos que ajudam as plantas a sobreviver. Susana Santos
  • 16. PODAR A poda é uma técnica de jardinagem que serve para fortalecer as plantas fazendo com que estas floresçam e frutifiquem na estação seguinte. O processo de poda é feito com uma tesoura especial para esse efeito. As plantas podem ser fixadas a tutores, com o auxílio de estacas e atilhos, para se desenvolverem numa determinada direção e resistirem melhor ao vento. Susana Santos
  • 17. O conhecimento e os saberes da ciência aliados ao uso e à manipulação de uma determinada técnica, permitem-nos chegar a resultados muito concretos. Neste caso, à realização de um jardim. Susana Santos
  • 18. Paisagem • Observação. • A paisagem resulta da ação de fatores naturais e/ou humanos, dependendo do lugar, do tempo e da perspetiva pessoal com que essa observação é feita. As paisagens vão sofrendo, ao longo do tempo, diversas transformações, o que significa que são dinâmicas. Parque das Nações, Lisboa, Portugal
  • 19. Paisagem As constantes mudanças a que uma paisagem está sujeita são uma consequência da permanente transformação dos elementos naturais e humanos. A transformação da paisagem resulta, então: • de fatores naturais, como a ocorrência de uma catástrofe natural; • da intervenção do Homem sobre o meio natural. Sismo no Haiti Desflorestação da Amazónia
  • 23. A arte desde a pré-história até ao séc. XX
  • 24. Jardins da História Arte da Pré-história ao século XX Pré - história • período que antecedeu à invenção da escrita; • não foi registado por nenhum documento escrito; • Homem pré-histórico registou a sua evolução através dos seus instrumentos, armas, fósseis, utensílios, gravuras, pinturas e fragmentos de joalharia e ornamentação. Tudo o que sabemos da raça humana que viveu nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e arqueólogos, que reconstituíram as evoluções dessa época. Susana Santos
  • 25. Evolução da arte da Pré-História 1. Paleolítico Arte paleolítica Arte rupestre: com o sílex, o homem trabalhava a escultura e o relevo. Na pintura utilizavam pigmentos ou cores naturais. Tendência para o 3D, devido ao aproveitamento dos acidentes naturais dos tetos e das paredes da guta, utilizando traços de grossura diferente e linhas de sombra. Susana Santos
  • 26. Sílex, utensílio em pedra, conservado até aos nossos dias eram fabricados, habitualmente, com ossos ou pedras. A técnica consistia em lascar uma pedra de modo a dar-lhe a forma para cortar, raspar ou furar. Na pintura verifica-se a tendência para o uso de cores como o vermelho e preto. Ausência de figuras humanas, predominando apenas animais isolados e de grande porte. Pintura de bisonte, Pirenéus - França Susana Santos
  • 27. O Homem primitivo e a Natureza • Nos primórdios da Humanidade, os recursos naturais eram, sobretudo, usados para criar abrigos, fabricar armas ou ferramentas. • O Homem foi aprendendo com a natureza e apercebeu-se de que muitas plantas e frutos eram comestíveis e que outras tinham efeitos curativos. • Percebeu também que as sementes germinavam e que davam origem a novas árvores ou plantas da mesma espécie. • Este conhecimento impulsionou a seleção e o cultivo de plantas, ajudando à sedentarização das tribos primitivas. Susana Santos
  • 28. Os jardins da antiguidade à idade média. https://www.youtube.com/watch?v=IgdoDPBLPXs
  • 29. Árvore – água – vida – luz - ar • Jardim (garden; garten; giardino; jardín) • Gan (hebreu arcaico) – proteger ou defender • Oden ou Eden – prazer • Jardim expressão de arte – correspondência cultural, filosófica ou religiosa de refinado senso estético e simbólico (valores) da sociedade que o constrói. • Filosofia: arquétipo da perfeição; correspondência do mundo ideal. • Religião: origem e fim da vida; espaço de transcendência entre o céu e a terra. Jardins foram associados à elite e ao poder da aristocracia e religioso até ao século XIX O Jardim das Delícias Terrenas é um tríptico de Hieronymus Bosch Susana Santos
  • 30. Contributo das primeiras civilizações • Há 5 mil anos, na África e na Ásia, surgiram as primeiras civilizações da História, que cresceram a partir da riqueza de grandes rios e das suas margens. • Cresceram até formarem grandes cidades – Civilizações dos grandes rios. • as terras férteis junto dos rios Tigre, Eufrates, Indo, Amarelo e Nilo atraíram comunidades de agricultores e pastores e contribuíram para o desenvolvimento das mais antigas civilizações. CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO CIVILIZAÇÃO DO RIO AMARELO Susana Santos
  • 31. CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA Suméria é a mais antiga civilização conhecida da região do sul da Mesopotâmia, na região dos rios Tigre e Eufrates. Susana Santos
  • 32. CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO Civilização do Vale do Indo foi uma civilização da Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da Ásia, que existiu entre 3 300 a.C. e 1 300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 e 1 900 a.C. Susana Santos
  • 33. CIVILIZAÇÃO DO RIO AMARELO Susana Santos
  • 34. A procura das regiões férteis junto aos rios gerou uma maior concentração populacional e o aparecimento de importantes núcleos urbanos. Ruínas do núcleo urbano de Mohenjo-Daro, no Vale do Indo. Susana Santos
  • 35. Embora férteis, essas terras exigiram muito esforço para que se tornassem produtivas. Foi necessário: → drenar campos; → desbravar terra; → construir diques e barragens; → contruir canais para irrigar os campos. Susana Santos
  • 36. Estes fatores tiveram como consequência uma maior abundância das colheitas, possibilitando a acumulação de excedentes agrícolas, o que veio criar condições para o desenvolvimento do comércio, para a especialização de algumas pessoas noutras atividades e para a estratificação social. 1. Núcleo urbano consiste numa concentração de populações num determinado lugar, já com alguma organização política, económica, social e religiosa, que deu origem às primeiras cidades. Susana Santos
  • 37. Nos núcleos urbanos, as habitações destacam-se pelo refinado valor estético, delimitados por espaços consagrados ao luxo e ao prazer, ao mesmo tempo em que chamava a atenção para a extensão do jardim. O jardim - simbolismo (uma espécie de natureza domesticada pelo homem). Ruínas do núcleo urbano de Mohenjo-Daro, no Vale do Indo. Susana Santos
  • 39. Origens https://www.youtube.com/watch?v=-dVdnviCQ_s&t=4s • A história do paisagismo não começa com um lápis ou uma mangueira, mas sim com o fogo. Os “projetistas” pré-históricos utilizavam as chamas para limpar o espaço, para estimular o crescimento das plantas. • 400.000 anos depois, já no século XVIII, ricos proprietários de terras contratavam pessoas como “eremitas ornamentais” para seus extensos jardins. • Para eles, um jardim era um símbolo de riqueza e exclusividade Susana Santos
  • 40. 1400 aC: Jardim Doméstico (Era Egípcia Antiga) • O jardim egípcio foi desenvolvido de acordo com a topografia do Rio Nilo. • Grandes planos horizontais, sem acidentes naturais ou artificiais. • As características dos monumentos egípcios - com a rigidez retilínea e a geometria - fizeram com que os jardins tivessem uma simetrização rigorosa. • Tudo de acordo com os 4 pontos cardeais. Susana Santos
  • 42. • O jardim egípcio era um oásis. Fornecia cuidadosamente a beleza natural em uma terra árida. • Práticos, geométricos e belos. • Os jardins eram cultivados para produzirem os ingredientes da vida quotidiana: 1. Papiro; 2. Ervas e especiarias; 3. Sombras e frutas. • As plantas mais utilizadas eram as palmeiras, figueiras, videiras e plantas aquáticas. Susana Santos
  • 43. • O jardim regular era símbolo da fertilidade, sintetizava as forças da natureza e era a imagem de um sistema racional e arquitetónico baseado no monoteísmo. • Fortemente influenciados pela astrologia e pela crença em deuses. • Osíris para os egípcios era o deus da vegetação. Susana Santos
  • 44. Jardins Suspensos da Babilônia (605-652 a.C.) Susana Santos
  • 45. Babilónia • Berço da civilização. • Foi uma antiga área cultural, localizada na região centro-sul da Mesopotâmia (atual Iraque, a 100km de Bagdad). • Os jardins mais famosos da Antiguidade. • Banhada pelo rio Tigre e Eufrates. Susana Santos
  • 46. Babilónia • A cidade era cosmopolita, com grande diversidade de povos e cultura. • Tinha na educação e na ciência sua fonte de enriquecimento. • A Babilônia impressionava pela sua arquitetura e urbanismo. • Mostrava a sua potência e ostentação através das artes. Milhares de pessoas passavam pela Babilônia apenas para conhecer a majestosa arquitetura. Seriam nossos primeiros registros de um tipo de turismo. • Politeístas, o que fazia com que templos magníficos fossem construídos. • Estratificação social, sabe-se que a alta nobreza e o clero comandavam a maior parte da administração pública. Susana Santos
  • 47. Jardins suspensos da Babilónia • 7 maravilhas do mundo antigo. • Jardins adaptados à topografia local. • Desenvolvimento de técnicas agrícolas aliadas à irrigação. • Formados por vastos terraços assentes sobre arcadas. • Árvores raras e flores exóticas recebiam a água do rio Tigre, elevada por meio de máquinas hidráulicas. Susana Santos
  • 48. Jardins suspensos da Babilónia • Racionalidade geométrica nos projetos, de forma a que pudessem ser admirados à distância. • A água canalizada, tanques e bosques foram incorporados na habitação para conforto e funcionalidade. • Os jardins eram exclusivos da realeza. • Atualmente estes jardins já não existem, apenas ruinas. Susana Santos
  • 50. Lenda • Foram construídos por Nabucodonosor para agradar a sua esposa (Persa) que sentia fortes calores e precisava de um lugar para se refrescar, visto não estar acostumada com o clima da região. Susana Santos
  • 51. Jardins Suspensos da Babilônia (605-652 a.C.) https://www.youtube.com/watch?v=XTIBvdzB05k Susana Santos