O documento discute a importância do estudo da Doutrina Espírita para o progresso individual e do movimento espírita. Kardec enfatiza a necessidade de estudos contínuos e sérios, não superficiais, para a compreensão da doutrina. Joanna de Ângelis também ressalta que sem estudo não há como difundir a Doutrina Espírita.
1. QUARTA PARTE: ESTUDO
“Aprender é a única coisa de que a
mente nunca se cansa, nunca tem medo
e nunca se arrepende.”
“Do mesmo modo que o metal
enferruja com a ociosidade e a água
parada perde sua pureza, assim a inércia
esgota a energia da mente.”
Leonardo da Vinci
2. QUARTA PARTE: ESTUDO
Habilidades de Leonardo da Vinci:
Cientista, matemático, engenheiro, inventor,
anatomista, pintor, escultor, arquiteto,
botânico, fisiólogo, cartógrafo, geógrafo,
mecânico, escritor, poeta e músico.
Qual relação pode-se dar, através desse
exemplo, ao falarmos sobre a importância do
estudo?
3. QUARTA PARTE: ESTUDO
4.1 – REFLETINDO SOBRE A IMPORTÂNCIA
DO ESTUDO
Espíritas! amai-vos, este o primeiro
ensinamento; instruí-vos, este o segundo.
Homens fracos, que compreendeis as trevas
das vossas inteligências, não afasteis o facho
que a clemência divina vos coloca nas mãos
para vos clarear o caminho e reconduzir-vos,
filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. VI – item 5.
4. QUARTA PARTE: ESTUDO
O exemplo de Albert Schweitzer.
Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos
mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir
para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão
necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta
de recursos iniciais, improvisou um consultório num
antigo galinheiro e atendeu seus pacientes
enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta
de higiene, o idioma que não entendia, a carência de
remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais
de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço
médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem
apropriada, dando exemplos tirados da natureza
sobre a necessidade de agirem em benefício do
próximo.
5. O amor o inspirou dizendo-lhe: “Dá-me, Albert,
instrumentos para que Eu possa agir...”
Joanna de Ângelis no livro Novos Rumos para o
Centro Espírita, diz que o estudo corresponde
ao Qualificar que, juntamente com o Espiritizar
e o Humanizar formam um triângulo equilátero
definidor de responsabilidades para o Centro
Espírita. Viabilizar-se o estudo, principiar
condições básicas para que ele se realize é
responsabilidade do Centro Espírita; realizá-lo é
tarefa do espírita.
QUARTA PARTE: ESTUDO
6. QUARTA PARTE: ESTUDO
QUALIFICAR
Visa a realização das ações operacionais, nos
campos administrativo e doutrinário, com eficiência e
eficácia com a finalidade de se obter a maior
qualidade possível, de modo a se conseguir o
objetivo principal da Doutrina Espírita.
Eficiência - é fazer de forma certa as coisas, dando
o melhor que se pode para que as atividades sejam
bem feitas.
Eficácia – é fazer as coisas que façam sentido para
o objetivo essencial da organização. Que dá bom
resultado.
7. QUARTA PARTE: ESTUDO
ESPIRITIZAR
Realizar ações para se aprofundar nas Bases
Kardequianas da Doutrina Espírita,
aproximando cada vez mais o Movimento da
Doutrina, de modo a criar uma consciência
espírita para que a finalidade maior da Doutrina
seja cumprida, restaurando o cristianismo
primitivo, e para que vivenciemos plenamente o
sentido do Espiritismo em nossas vidas, tendo
Jesus como Modelo e Guia e Kardec como o
norteador para chegarmos ao Modelo.
8. QUARTA PARTE: ESTUDO
HUMANIZAR
Realizar ações para se conhecer, refletir, sentir
e vivenciar o Evangelho de Jesus, redivivo pela
Doutrina Espírita, em nossas vidas, de modo
que possamos conhecer as Leis Divinas
naturais para amá-las e vivenciá-las em nosso
dia a dia.
(...) O auto conhecimento requer um constante
exercício, no reino do pensamento reflexivo,
sobre as sensações externas e internas. Viver
uma vida sem reflexão é como escutar uma
música sem melodia.” – Hammed - Os Prazeres
da Alma.
9. QUARTA PARTE: ESTUDO
Nesse sentido, estudar não é, apenas,
proposta para absorção de valores externos,
de informações, mas, um convite
favorecedor do autodescobrimento através
da reflexão atenta de todos os estímulos que
recebemos, inclusive dos conteúdos
psíquicos que emergem de nosso
inconsciente(...) Justifica-se, assim, o
chamamento de Joanna aos médiuns e a
todos nós: Estuda a Doutrina Espírita e
estuda-te.
10. QUARTA PARTE: ESTUDO
Na introdução de O Livro dos Espíritos, item VIII
Kardec deixou expresso o seguinte:
Sede, além do mais, laboriosos e perseverantes
nos vossos estudos, sem o que os Espíritos
superiores vos abandonarão, como faz um
professor com os discípulos desatentos.
“Considero esse curso - (ESDE) - como de
natureza a exercer capital influência sobre o
futuro do Espiritismo e sobre suas
consequências.” Allan Kardec (Obras
Póstumas, Projeto, 1868)
11. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e
Evocadores
Todos os dias a experiência nos traz a
confirmação de que as dificuldades e os
desenganos, com que muitos topam na prática
do Espiritismo, se originam da ignorância dos
princípios desta ciência e feliz nos sentimos de
haver podido comprovar que o nosso trabalho,
feito com o objetivo de precaver os adeptos
contra os escolhos de um noviciado, produziu
frutos e que à leitura desta obra devem muitos
o terem logrado evitá-los.
Introdução
QUARTA PARTE: ESTUDO
12. E no final do livro citado, na última página e
último parágrafo, o professor deixa mais uma
advertência com relação no cuidado da ação
dos Espíritos embusteiros: “...Estudai antes de
praticardes, porquanto é esse o único meio de
não adquirirdes experiência à vossa própria
custa”.
Tendo com referências essas orientações, a
Federação Espírita Brasileira (FEB)
disponibilizou ao Movimento Espírita, a partir de
março de 1998, o Programa de Estudo e
Prática da Mediunidade, organizado em dois
níveis de estudo: Programas I e II.
QUARTA PARTE: ESTUDO
13. Na questão 227 de O Livro dos Espíritos, que
descreve sobre a Influência Oculta dos
Espíritos em Nossos Pensamentos e Atos,
Kardec pergunta: De que modo se instruem os
Espíritos errantes? Certo não o fazem do
mesmo modo que nós outros?
“Estudam e procuram meios de elevar-se.
Veem, observam o que ocorre nos lugares
aonde vão; ouvem os discursos dos homens
doutos e os conselhos dos Espíritos mais
elevados e tudo isso lhes incute ideias que
antes não tinham.”
QUARTA PARTE: ESTUDO
14. Emmanuel no livro Pensamento e Vida,
descreve que “(...) duas asas conduzirão o
espírito humano à presença de Deus – Amor e
Sabedoria”.
Ainda nas instruções do Benfeitor espiritual:
“(...) estudar e servir são rotas inevitáveis na
obra da elevação(...) Por esse dínamo de
energia criadora, encontramos os mais
adiantados serviços de telementação,
porquanto, a imensas distâncias, no espaço e
no tempo, incorporamos as idéias dos espíritos
superiores que passaram por nós, há Séculos.”
QUARTA PARTE: ESTUDO
15. 4.2 – O ESTUDO NA CODIFICAÇÃO
Quais as razões para se estudar a Doutrina
Espírita e quais os requisitos que devem
possuir aqueles que ao estudo pretendem
dedicar-se?
Em resumo, a Doutrina não é um conhecimento
superficial capaz de ser assimilado com uma
vista de olhos. Não há como assimilar tal
monumento de conhecimento com leituras
breves e uma postura não ativa. Kardec faz
uma resalva no item VIII nos aconselhando: O
que caracteriza um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá. (Acrescentando a
QUARTA PARTE: ESTUDO
16. Ao admitir que a Doutrina Espírita não é fácil, Kardec
está propondo que ela somente é acessível aos doutos e
sábios?
Não, tanto que há homens de notória capacidade que
não a compreendem, ao passo que inteligências
vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência,
lhes apreendem, com admirável precisão, os mais
delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim
dizer material da ciência somente requer olhos que
observem, enquanto a parte essencial exige um certo
grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade
do senso moral, maturidade que independe da idade e do
grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento,
em sentido especial, do Espírito encarnado.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XVII – item 4
QUARTA PARTE: ESTUDO
17. Qual a importância do estudo para o
progresso da Doutrina Espírita?
Sem estudo, não há Doutrina Espírita. “(...)
cabe-nos o dever de mergulhar o
pensamento nas fontes lustrais do
conhecimento, a fim de entendermos os
quesitos preciosos da existência,
simultaneamente as leis preponderantes da
causalidade (...)” – Joanna de Ângelis
QUARTA PARTE: ESTUDO
18. 4.4 – O ESTUDO NA PRÁTICA MEDIÚNICA
Com relação à prática mediúnica, houve um
cuidado do mestre lionês em sinalizar as
vantagens do estudo?
(...) admite-se que muito enganado encontra-se
aquele que admitisse que para se tornar perito
em Espiritismo bastaria colocar os dedos sobre
uma mesa e fazê-la movimentar-se. (...) como
as demais ciências, não se pode aprender o
Espiritismo brincando. (...) deve-se proceder ao
estudo da teoria antes de praticar.
QUARTA PARTE: ESTUDO
19. O estudo poderá ser realizado na reunião
mediúnica, na fase preparatória que
antecede à do intercâmbio mediúnico?
Não nos parece apropriado para o momento.
As pessoas que chegam precisam de
quietude, de estarem em silêncio, orando e
meditando. O estudo, é atividade que,
naturalmente, excita a mente, principalmente
se realizado em grupo(...).
QUARTA PARTE: ESTUDO
20. Estudar, pois, é atitude essencial à vida .
Estudar de todas as formas ao alcance:
lendo, ouvindo, refletindo, meditando e
interagindo com as pessoas, com a
Natureza, consigo mesmo, aproveitando
essa maravilhosa viagem da evolução,
minuto a minuto, com a consciência
atenta para reter o que Deus tem para
nos ofertar.
QUARTA PARTE: ESTUDO
21. Já diz um provérbio chinês:
Há três tipos de
pessoas no mundo: Os
que não sabem e não
perguntam, os que
sabem e não ensinam e