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A EDUCAÇÃO CÍVICO-MORAL ENTRE
LIBERALISMO E COMUNITARISMO:
CONTEXTO, DISCURSO E PERSPECTIVAS
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
Departamento de Psicologia e Educação
Especialização em Formação Pessoal e Social
Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em Educação
Orientador: Professor Doutor Manuel Barbosa
Covilhã, 2003
Sílvia Maria Marques Rodrigues
Justificação, motivações e objectivos
Motivações que justificam esta investigação:
- Interrogações acerca dos contextos éticos em que se desenvolve a
educação cívico-moral na actualidade
- Aprofundar a visão sobre as diferentes concepções filosófico-político-
educativas
- Tomada de consciência de que a crise de valores cívico-morais
compromete a democracia
Objectivos:
• Analisar os problemas emergentes na sociedade contemporânea
• Analisar a construção de uma cultura cívica comum como base na
convivência pacífica entre diferentes
• Analisar os pressupostos e as teses fundamentais do liberalismo e do
comunitarismo tendo em conta a educação cívico-moral e a vivência
nas sociedades multiculturais
• Procurar uma posição moralmente e politicamente integradora, na
perspectiva de uma sociedade intercultural, com especial realce para
os direitos humanos
I PARTE – VARIAÇÕES EM TORNO DO CONTEXTO
II PARTE – POSIÇÕES DISCURSIVAS
III PARTE – À PROCURA DE NOVAS PERSPECTIVAS
Capítulo 1
Os Novos Dados da Fenomenologia Social
“A busca de valores comuns, que subjazem à
generalidade das matrizes culturais, é o caminho
indeclinável do verdadeiro diálogo intercultural. Não é
uma utopia; antes uma certeza de rumo, marcada pela
esperança de uma humanidade que, num momento
dramático da sua história colectiva, foi capaz de cerzir
uma Declaração Universal dos Direitos do Homem que
permanece como activo dos povos.”
(Carneiro, 2001: 66)
1.1. Globalização
1.2. Modernidade e pós-modernidade
1.3. Identidade
1.4. Multiculturalismo
1.5. Direitos humanos
1.6. Agentes de socialização
Capítulo 2
Cultura Cívica Comum: Tema e Problemas
“... o fortalecimento da sociedade civil requer, como
condição de possibilidade, a potenciação de uma ética
partilhada por todos os membros de essa mesma
sociedade porque, sem uns mínimos morais partilhados,
dificilmente se vão sentir cidadãos de um mesmo mundo.”
(Cortina, 1999: 31)
2.1. Cultura mínima
2.2. Perante diferentes concepções de cidadania
2.3. Educação cívico-moral
2.4. A escola (em Portugal) como reforço de valores
cívico-morais
Quadro 2 - Papel do sistema educativo na resolução dos
problemas presentes nas sociedades actuais
Problemas Papel do Sistema Educativo
Exclusão Social Possibilitar a convivência de indivíduos de
distinta condição social, económica, étnica e
cultural
Movimentos Identitários Favorecer o sentimento de identidade
colectiva múltipla
Fomentar a lealdade plural
Promover a miscigenação positiva das
culturas
Tendências Desagregadoras Promover o sentido de pertença a uma
democracia deliberativa
Sociedade do Conhecimento Facilitar o acesso a bens de cultura
qualificada
Quadro 3 – Virtudes segundo qualificações do cidadão no
sistema político
Qualificações do Sistema Político Virtudes
Membro do Estado Lealdade, responsabilidade
Sujeito de uma ordem liberal Obediência ao direito,
cooperação, imparcialidade,
tolerância
Cidadão democrático Participação política, participação
pública, responsabilidade, poder
de argumentação
Sujeito de uma comunidade Justiça, solidariedade
Quadro 5 - Componentes da Pessoa Moral
Carácter Valores Raciocínio Emoções Conduta
Definição Personalidade
(tendência única e
permanente para
actuar de um
modo
determinado)
Morais
(que se
referem a
preferências
permanentes
para a
conduta)
Capacidade de
pensar sobre
questões
morais
( tem em vista
chegar a
conclusões e
tomar decisões)
Sensibilidade:
-pessoal
(auto - crítica e
auto-avaliação)
-pro-social
(reacção afectiva
em relação aos
outros)
Finalidade da
educação
moral
(modificação
da conduta)
Posição Interioriza-se Crenças e
eleições
Juízo moral
racional
Pensar o eu e os
outros
Aprende-se e
pratica-se
Tendência Interiorizar Acreditar Promover a
compreensão
Desenvolvimento
da razão
Actuar
Como a
escola
optimiza o
seu
impacto
Gera o
desenvolvimento
da personalidade
Gera a
modificação
de crenças
Gera a
discussão
crítica
Gera a expressão
moral
Gera
condutas
Capítulo 3
Liberalismo
“A mesma situação de pluralismo social e ideológico
inaugurado pela Ilustração marcam, desde Kant, dois
vectores irrenunciáveis: a autonomia do indivíduo na sua
eleição conciliada com uma intencionalidade
universalizadora da solução adoptada.”
(Carracedo, 1996: 66)
3.1. Enquadrar o liberalismo
3.2. Direitos individuais/Teoria dos direitos
3.3. Teorias da justiça
3.4. A abordagem da democracia no liberalismo
3.5. Sintetizando as posições do liberalismo
3.6. A educação cívico-moral e os valores do liberalismo
Capítulo 4
Comunitarismo
“O comunitarismo é a nostalgia das boas seitas”.
(Sloterdijk, 1999: 99)
4.1. Enquadrar o comunitarismo
4.2. A comunidade e os seus indivíduos (O indivíduo
comunitário)
4.3. A questão do bem e da justiça
4.4. Perante a diversidade: igualdade e diferença
4.5. Sintetizando as posições do comunitarismo
4.6. A educação cívico-moral e os valores do comunitarismo
Quadro 8 - Oposição Liberalismo/Comunitarismo
Liberalismo Universalismo
(transcende
fronteiras)
Individualismo Ético
(concepção do bem
própria ao indivíduo)
Neutralidade
(transcende culturas)
Comunitarismo Contextualismo
(particularismo)
Comunidade
(concepção do bem
própria à
comunidade)
Identidade Cultural
(relativismo cultural)
Quadro 10 - Resposta à Diversidade Cultural por Tipo
de Multiculturalismo
Comunitário Liberal
Relativismo cultural Referências Integração funcional das
culturas
Igualdade entre culturas
Elementos e estruturas
próprias não comparáveis
Conceitos Existência de valores
comuns às culturas
Reconhecimento Resposta às diferenças Interculturalidade
Capítulo 5
A Perspectiva do Republicanismo Cívico
“República – Forma de organização da utopia da fraternidade.
Agrupamento de homens em torno das ideias de razão, de laicidade, de
progresso, de solidariedade. A Grécia concebeu outrora esse sonho, a
França organizou a sua prática.
É preciso agora preservar os princípios e enriquecê-los. Não
apenas os direitos, mas também os deveres; não apenas dos cidadãos,
mas também das tribos; não apenas uma ética, mas também uma
moral.
É preciso sobretudo inventar uma república sem território, fora
de muros, em diáspora. Uma república nómada à qual cada um poderá
reivindicar pertencer, sem que se possa mesmo excluir a possibilidade
de vir a pertencer um dia, num futuro longínquo, a outros destinos
colectivos.”
(Attali, 2000: 232)
5.1. Republicanismo cívico
5.2. Uma saída perante o liberalismo e o
comunitarismo
5.3. Virtude cívica entre diversidade (local)
e homogeneidade (global)
5.4. Do auto governo à recuperação da vida
colectiva
5.5. A educação cívico-moral e os valores
do republicanismo cívico
Quadro 14 – Liberalismo e Republicanismo
Democracia Representativa
LIBERALISMO
Indivíduo
Instituições do Estado
Defesa dos direitos do indivíduo
Como justiça
Global Negativa/Não interferência
Estatuto legal de cidadania
LIBERDADE
Humanismo Cívico FRATERNIDADE
IGUALDADE
Estatuto político de cidadania
Local Positiva/Não dominação
Como identidade
Defesa dos direitos políticos
Soberania popular
Cidadão
REPUBLICANISMO
Democracia Deliberativa
Capítulo 6
Haverá Outra Perspectiva?
“Uma comunidade (mais ou menos estreita) entre os
povos da Terra que a violação do direito num lugar da
terra se sente em todos os outros, a ideia de um direito
cosmopolita não é nenhuma representação fantástica e
extravagante do direito, mas um complemento necessário
do código não escrito, tanto do direito político como do
direito das gentes, num direito público da humanidade em
geral e, assim, um complemento da paz perpétua”
(Kant, 1988 : 140)
6.1. Redefinir o conceito de cidadania
6.2. Tolerância como respeito mútuo
6.3. Diálogo intercultural
6.4. Valores morais universais
6.5. Princípios morais e cívicos na educação
Quadro 15 - Âmbitos dos Direitos do Homem/Ética Cívica
Âmbitos dos Direitos do Homem
Ético Político Jurídico
Identidade Indivíduo Comunidade Instituições
Processos Democracia Justiça
Estratégias Tolerância Atitude dialógica
Valores Solidariedade Igualdade Liberdade
Quadro 16 - Componentes para uma concepção de
cidadania
Direitos Valores Atitude Dialógica
Princípios da Justiça
(Rawls)
Minimalismo Moral
(Walzer)
Compromisso Dialógico
(Habermas)
Valores que sustentam a moral cívica
Liberdade, autonomia,
igualdade, solidariedade
Liberdade, igualdade,
solidariedade
Liberdade, autonomia,
respeito, participação,
responsabilidade
Quadro 17 - Enquadramento da educação cívico-moral
Propostas Dignidade Humana Princípios da Justiça Compromisso Dialógico
Dimensões da moral Individual Universal Comunitária
Valores Liberdade, Soberania Solidariedade, Pluralismo, Igualdade, Tolerância,
Igualdade, Legalidade Justiça social, Paz
Virtudes Dignidade Generosidade Espírito crítico
Prudência Pluralismo Participação
responsável
Cortesia Igualdade Liderança
Legalidade Respeito mútuo
Atitudes Respeito Cumprimento das Diálogo, Deliberação,
normas
Cooperação
Contexto do Mundo actual
marcado por tensões:
 global – local
 universalismo – particularismo
 democracia (promove a igualdade) – capitalismo (gera
desigualdades)
Vasto leque de problemas no espaço público
Principais Conclusões
I P
Perante a diversidade
Equacionar uma cultura cívica comum
(conjunto de valores comuns às diferentes culturas)
Construção da cidadania em termos mundiais
A participação cívica estende-se
relaciona-se com a dinâmica mundial
Educação cívico – moral
forma de promover a cultura cívica comum
permite ampliar o conceito de normas ao âmbito mundial
Distanciamento do Liberalismo e Comunitarismo
II P
Em relação ao papel:
- do indivíduo
- da comunidade
Às formas de promover:
- a liberdade
- a autonomia
Liberalismo - Individuais
Tem presente a necessidade
de partilhar valores e normas
de conduta
Possibilita a convivência no
espaço público alargado ao
âmbito mundial
Comunitarismo – Comunidade
Relativiza as opções culturais
Não responde às exigências do
multiculturalismo
Ao não promover uma opção cultural determinada
possibilita o pluralismo cultural
afasta as hipóteses de relativismo
assenta em aceitar a diferença como valiosa
Liberalismo
Dentro do liberalismo é possível pensar na promoção
da educação cívico – moral
Grande questão que se coloca à educação:
Quais as virtudes cívicas (públicas) a promover?
Limitações do
comunitarismo:
• Não promoção do espírito crítico
(que permite a mudança)
• Não promoção da deliberação
(que permite a participação)
• Não promoção da tolerância (que
permite respeitar as diferenças)
Limitações do Liberalismo:
Opção pela neutralidade em
relação aos valores e virtudes cívicas a
promover – deixa aberta a possibilidade:
• de indiferença (perante desigualdades)
• de desinteresse (perante aquilo que
diz respeito a todos)
• de ausência de participação (no
espaço público)
III P
Perante limitações (insuficiências) das correntes
do Liberalismo e Comunitarismo
Procura de novas perspectivas que fundamentem a educação
cívico – moral
Tendo em conta os problemas globais que se têm vindo a evidenciar
desencontro de
culturas
contaminação
ambiental
crime organizado
…
Republicanismo cívico
Sabe conciliar: bem comum
participação
democracia
Revela limitações importantes: pensar a comunidade como homogénea
não equacionar o âmbito público (cívico)
universal
A perspectiva adequada de forma a sustentar a educação
cívico – moral nos dias de hoje deve tornar possível:
• Viver no pluralismo
• Viver no diálogo intercultural
Esta perspectiva convida:
- ao diálogo intercultural
- à tolerância
- a uma ética mínima
A gramática cívico – moral necessária ao cidadão de hoje
aproxima-se:
 do liberalismo
 do comunitarismo
 do republicanismo cívico
Apesar das diferenças óbvias que separam as distintas concepções
pode ser estabelecido um espaço de complementaridade e cooperação
Concepção alternativa sem contudo pôr de parte o que
nos parece importante e retivemos de outras
concepções.
Parece-nos importante:
 Valorizar os direitos subjectivos
(Direitos do Homem)
Permitem a liberdade e a dignidade
dos indivíduos
Partindo destes é possível:
-fomentar o valor da liberdade
- valorizar a racionalidade e a justiça
que permitem o pluralismo (de valores
e normas de conduta)
 Valorizar a participação activa
a deliberação
o juízo crítico
a formação cívica
Princípios legados pelo
republicanismo cívico
Deixando de lado a ideia de
comunidade homogénea
Alargando o sentido de
comunidade
Valorizar o indivíduo do liberalismo
requer consenso nos procedimentos
Trata-se de aprofundar os direitos
subjectivos através:
- do diálogo
- da participação
Permite pensar/definir a tolerância
como respeito mútuo
Valorizar a comunidade sem ser
comunitarista
permite conciliar:
- direitos democráticos
- direitos do Homem
Definir uma ética cívica de mínimos
Diálogo intercultural
Permite conciliar posições à partida irreconciliáveis, como:
- Liberdade dos Antigos
(cidadania como prática e esforço de participação)
- Liberdade dos Modernos
(cidadania como estatuto de onde provêm os direitos)
Pretender a liberdade num só sentido
não se coaduna com a realidade actual
A educação cívico – moral terá como referência:
 o diálogo
 o respeito mútuo
 o esforço
Valores cívico - morais
decorrem de uma cultura cívica comum
de um compromisso com a comunidade
não só em termos cívicos mas também
morais

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  • 1. A EDUCAÇÃO CÍVICO-MORAL ENTRE LIBERALISMO E COMUNITARISMO: CONTEXTO, DISCURSO E PERSPECTIVAS UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Departamento de Psicologia e Educação Especialização em Formação Pessoal e Social Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em Educação Orientador: Professor Doutor Manuel Barbosa Covilhã, 2003 Sílvia Maria Marques Rodrigues
  • 2. Justificação, motivações e objectivos Motivações que justificam esta investigação: - Interrogações acerca dos contextos éticos em que se desenvolve a educação cívico-moral na actualidade - Aprofundar a visão sobre as diferentes concepções filosófico-político- educativas - Tomada de consciência de que a crise de valores cívico-morais compromete a democracia
  • 3. Objectivos: • Analisar os problemas emergentes na sociedade contemporânea • Analisar a construção de uma cultura cívica comum como base na convivência pacífica entre diferentes • Analisar os pressupostos e as teses fundamentais do liberalismo e do comunitarismo tendo em conta a educação cívico-moral e a vivência nas sociedades multiculturais • Procurar uma posição moralmente e politicamente integradora, na perspectiva de uma sociedade intercultural, com especial realce para os direitos humanos
  • 4. I PARTE – VARIAÇÕES EM TORNO DO CONTEXTO II PARTE – POSIÇÕES DISCURSIVAS III PARTE – À PROCURA DE NOVAS PERSPECTIVAS
  • 5. Capítulo 1 Os Novos Dados da Fenomenologia Social “A busca de valores comuns, que subjazem à generalidade das matrizes culturais, é o caminho indeclinável do verdadeiro diálogo intercultural. Não é uma utopia; antes uma certeza de rumo, marcada pela esperança de uma humanidade que, num momento dramático da sua história colectiva, foi capaz de cerzir uma Declaração Universal dos Direitos do Homem que permanece como activo dos povos.” (Carneiro, 2001: 66)
  • 6. 1.1. Globalização 1.2. Modernidade e pós-modernidade 1.3. Identidade 1.4. Multiculturalismo 1.5. Direitos humanos 1.6. Agentes de socialização
  • 7. Capítulo 2 Cultura Cívica Comum: Tema e Problemas “... o fortalecimento da sociedade civil requer, como condição de possibilidade, a potenciação de uma ética partilhada por todos os membros de essa mesma sociedade porque, sem uns mínimos morais partilhados, dificilmente se vão sentir cidadãos de um mesmo mundo.” (Cortina, 1999: 31)
  • 8. 2.1. Cultura mínima 2.2. Perante diferentes concepções de cidadania 2.3. Educação cívico-moral 2.4. A escola (em Portugal) como reforço de valores cívico-morais
  • 9. Quadro 2 - Papel do sistema educativo na resolução dos problemas presentes nas sociedades actuais Problemas Papel do Sistema Educativo Exclusão Social Possibilitar a convivência de indivíduos de distinta condição social, económica, étnica e cultural Movimentos Identitários Favorecer o sentimento de identidade colectiva múltipla Fomentar a lealdade plural Promover a miscigenação positiva das culturas Tendências Desagregadoras Promover o sentido de pertença a uma democracia deliberativa Sociedade do Conhecimento Facilitar o acesso a bens de cultura qualificada
  • 10. Quadro 3 – Virtudes segundo qualificações do cidadão no sistema político Qualificações do Sistema Político Virtudes Membro do Estado Lealdade, responsabilidade Sujeito de uma ordem liberal Obediência ao direito, cooperação, imparcialidade, tolerância Cidadão democrático Participação política, participação pública, responsabilidade, poder de argumentação Sujeito de uma comunidade Justiça, solidariedade
  • 11. Quadro 5 - Componentes da Pessoa Moral Carácter Valores Raciocínio Emoções Conduta Definição Personalidade (tendência única e permanente para actuar de um modo determinado) Morais (que se referem a preferências permanentes para a conduta) Capacidade de pensar sobre questões morais ( tem em vista chegar a conclusões e tomar decisões) Sensibilidade: -pessoal (auto - crítica e auto-avaliação) -pro-social (reacção afectiva em relação aos outros) Finalidade da educação moral (modificação da conduta) Posição Interioriza-se Crenças e eleições Juízo moral racional Pensar o eu e os outros Aprende-se e pratica-se Tendência Interiorizar Acreditar Promover a compreensão Desenvolvimento da razão Actuar Como a escola optimiza o seu impacto Gera o desenvolvimento da personalidade Gera a modificação de crenças Gera a discussão crítica Gera a expressão moral Gera condutas
  • 12. Capítulo 3 Liberalismo “A mesma situação de pluralismo social e ideológico inaugurado pela Ilustração marcam, desde Kant, dois vectores irrenunciáveis: a autonomia do indivíduo na sua eleição conciliada com uma intencionalidade universalizadora da solução adoptada.” (Carracedo, 1996: 66)
  • 13. 3.1. Enquadrar o liberalismo 3.2. Direitos individuais/Teoria dos direitos 3.3. Teorias da justiça 3.4. A abordagem da democracia no liberalismo 3.5. Sintetizando as posições do liberalismo 3.6. A educação cívico-moral e os valores do liberalismo
  • 14. Capítulo 4 Comunitarismo “O comunitarismo é a nostalgia das boas seitas”. (Sloterdijk, 1999: 99)
  • 15. 4.1. Enquadrar o comunitarismo 4.2. A comunidade e os seus indivíduos (O indivíduo comunitário) 4.3. A questão do bem e da justiça 4.4. Perante a diversidade: igualdade e diferença 4.5. Sintetizando as posições do comunitarismo 4.6. A educação cívico-moral e os valores do comunitarismo
  • 16. Quadro 8 - Oposição Liberalismo/Comunitarismo Liberalismo Universalismo (transcende fronteiras) Individualismo Ético (concepção do bem própria ao indivíduo) Neutralidade (transcende culturas) Comunitarismo Contextualismo (particularismo) Comunidade (concepção do bem própria à comunidade) Identidade Cultural (relativismo cultural)
  • 17. Quadro 10 - Resposta à Diversidade Cultural por Tipo de Multiculturalismo Comunitário Liberal Relativismo cultural Referências Integração funcional das culturas Igualdade entre culturas Elementos e estruturas próprias não comparáveis Conceitos Existência de valores comuns às culturas Reconhecimento Resposta às diferenças Interculturalidade
  • 18. Capítulo 5 A Perspectiva do Republicanismo Cívico “República – Forma de organização da utopia da fraternidade. Agrupamento de homens em torno das ideias de razão, de laicidade, de progresso, de solidariedade. A Grécia concebeu outrora esse sonho, a França organizou a sua prática. É preciso agora preservar os princípios e enriquecê-los. Não apenas os direitos, mas também os deveres; não apenas dos cidadãos, mas também das tribos; não apenas uma ética, mas também uma moral. É preciso sobretudo inventar uma república sem território, fora de muros, em diáspora. Uma república nómada à qual cada um poderá reivindicar pertencer, sem que se possa mesmo excluir a possibilidade de vir a pertencer um dia, num futuro longínquo, a outros destinos colectivos.” (Attali, 2000: 232)
  • 19. 5.1. Republicanismo cívico 5.2. Uma saída perante o liberalismo e o comunitarismo 5.3. Virtude cívica entre diversidade (local) e homogeneidade (global) 5.4. Do auto governo à recuperação da vida colectiva 5.5. A educação cívico-moral e os valores do republicanismo cívico
  • 20. Quadro 14 – Liberalismo e Republicanismo Democracia Representativa LIBERALISMO Indivíduo Instituições do Estado Defesa dos direitos do indivíduo Como justiça Global Negativa/Não interferência Estatuto legal de cidadania LIBERDADE Humanismo Cívico FRATERNIDADE IGUALDADE Estatuto político de cidadania Local Positiva/Não dominação Como identidade Defesa dos direitos políticos Soberania popular Cidadão REPUBLICANISMO Democracia Deliberativa
  • 21. Capítulo 6 Haverá Outra Perspectiva? “Uma comunidade (mais ou menos estreita) entre os povos da Terra que a violação do direito num lugar da terra se sente em todos os outros, a ideia de um direito cosmopolita não é nenhuma representação fantástica e extravagante do direito, mas um complemento necessário do código não escrito, tanto do direito político como do direito das gentes, num direito público da humanidade em geral e, assim, um complemento da paz perpétua” (Kant, 1988 : 140)
  • 22. 6.1. Redefinir o conceito de cidadania 6.2. Tolerância como respeito mútuo 6.3. Diálogo intercultural 6.4. Valores morais universais 6.5. Princípios morais e cívicos na educação
  • 23. Quadro 15 - Âmbitos dos Direitos do Homem/Ética Cívica Âmbitos dos Direitos do Homem Ético Político Jurídico Identidade Indivíduo Comunidade Instituições Processos Democracia Justiça Estratégias Tolerância Atitude dialógica Valores Solidariedade Igualdade Liberdade
  • 24. Quadro 16 - Componentes para uma concepção de cidadania Direitos Valores Atitude Dialógica Princípios da Justiça (Rawls) Minimalismo Moral (Walzer) Compromisso Dialógico (Habermas) Valores que sustentam a moral cívica Liberdade, autonomia, igualdade, solidariedade Liberdade, igualdade, solidariedade Liberdade, autonomia, respeito, participação, responsabilidade
  • 25. Quadro 17 - Enquadramento da educação cívico-moral Propostas Dignidade Humana Princípios da Justiça Compromisso Dialógico Dimensões da moral Individual Universal Comunitária Valores Liberdade, Soberania Solidariedade, Pluralismo, Igualdade, Tolerância, Igualdade, Legalidade Justiça social, Paz Virtudes Dignidade Generosidade Espírito crítico Prudência Pluralismo Participação responsável Cortesia Igualdade Liderança Legalidade Respeito mútuo Atitudes Respeito Cumprimento das Diálogo, Deliberação, normas Cooperação
  • 26. Contexto do Mundo actual marcado por tensões:  global – local  universalismo – particularismo  democracia (promove a igualdade) – capitalismo (gera desigualdades) Vasto leque de problemas no espaço público Principais Conclusões I P
  • 27. Perante a diversidade Equacionar uma cultura cívica comum (conjunto de valores comuns às diferentes culturas) Construção da cidadania em termos mundiais A participação cívica estende-se relaciona-se com a dinâmica mundial Educação cívico – moral forma de promover a cultura cívica comum permite ampliar o conceito de normas ao âmbito mundial
  • 28. Distanciamento do Liberalismo e Comunitarismo II P Em relação ao papel: - do indivíduo - da comunidade Às formas de promover: - a liberdade - a autonomia Liberalismo - Individuais Tem presente a necessidade de partilhar valores e normas de conduta Possibilita a convivência no espaço público alargado ao âmbito mundial Comunitarismo – Comunidade Relativiza as opções culturais Não responde às exigências do multiculturalismo
  • 29. Ao não promover uma opção cultural determinada possibilita o pluralismo cultural afasta as hipóteses de relativismo assenta em aceitar a diferença como valiosa Liberalismo Dentro do liberalismo é possível pensar na promoção da educação cívico – moral Grande questão que se coloca à educação: Quais as virtudes cívicas (públicas) a promover?
  • 30. Limitações do comunitarismo: • Não promoção do espírito crítico (que permite a mudança) • Não promoção da deliberação (que permite a participação) • Não promoção da tolerância (que permite respeitar as diferenças) Limitações do Liberalismo: Opção pela neutralidade em relação aos valores e virtudes cívicas a promover – deixa aberta a possibilidade: • de indiferença (perante desigualdades) • de desinteresse (perante aquilo que diz respeito a todos) • de ausência de participação (no espaço público)
  • 31. III P Perante limitações (insuficiências) das correntes do Liberalismo e Comunitarismo Procura de novas perspectivas que fundamentem a educação cívico – moral Tendo em conta os problemas globais que se têm vindo a evidenciar desencontro de culturas contaminação ambiental crime organizado …
  • 32. Republicanismo cívico Sabe conciliar: bem comum participação democracia Revela limitações importantes: pensar a comunidade como homogénea não equacionar o âmbito público (cívico) universal
  • 33. A perspectiva adequada de forma a sustentar a educação cívico – moral nos dias de hoje deve tornar possível: • Viver no pluralismo • Viver no diálogo intercultural Esta perspectiva convida: - ao diálogo intercultural - à tolerância - a uma ética mínima
  • 34. A gramática cívico – moral necessária ao cidadão de hoje aproxima-se:  do liberalismo  do comunitarismo  do republicanismo cívico Apesar das diferenças óbvias que separam as distintas concepções pode ser estabelecido um espaço de complementaridade e cooperação
  • 35. Concepção alternativa sem contudo pôr de parte o que nos parece importante e retivemos de outras concepções. Parece-nos importante:  Valorizar os direitos subjectivos (Direitos do Homem) Permitem a liberdade e a dignidade dos indivíduos Partindo destes é possível: -fomentar o valor da liberdade - valorizar a racionalidade e a justiça que permitem o pluralismo (de valores e normas de conduta)  Valorizar a participação activa a deliberação o juízo crítico a formação cívica Princípios legados pelo republicanismo cívico Deixando de lado a ideia de comunidade homogénea Alargando o sentido de comunidade
  • 36. Valorizar o indivíduo do liberalismo requer consenso nos procedimentos Trata-se de aprofundar os direitos subjectivos através: - do diálogo - da participação Permite pensar/definir a tolerância como respeito mútuo Valorizar a comunidade sem ser comunitarista permite conciliar: - direitos democráticos - direitos do Homem Definir uma ética cívica de mínimos
  • 37. Diálogo intercultural Permite conciliar posições à partida irreconciliáveis, como: - Liberdade dos Antigos (cidadania como prática e esforço de participação) - Liberdade dos Modernos (cidadania como estatuto de onde provêm os direitos) Pretender a liberdade num só sentido não se coaduna com a realidade actual
  • 38. A educação cívico – moral terá como referência:  o diálogo  o respeito mútuo  o esforço Valores cívico - morais decorrem de uma cultura cívica comum de um compromisso com a comunidade não só em termos cívicos mas também morais