O documento analisa a violência nos espetáculos de gladiadores na Roma Antiga. Discorre sobre como os combates entre gladiadores eram parte da vida cotidiana e como o anfiteatro era um espaço para reafirmação dos valores romanos. Também explora como um jovem cristão, Alípio, inicialmente resistente, acabou se deixando seduzir pelas lutas, mostrando que a violência dos espetáculos era vista como normal pelos romanos.
Escravos sem senhores: escravidão, trabalho e poder no Mundo RomanoAndré Santos Luigi
O documento discute os efeitos da escravidão na sociedade romana, questionando se ela produziu influências além da esfera econômica. Apesar da importância numérica e econômica dos escravos, especialmente na Itália entre os séculos II a.C. e II d.C., sua influência nas esferas política e cultural permanece ambígua na historiografia. O autor argumenta que os escravos podem ter tido um impacto maior do que é reconhecido.
Mitologia: abordagens metodológicas para o historiador de Antiguidade ClássicaAndré Santos Luigi
Este artigo discute a abordagem metodológica para analisar mitos na Antiguidade Clássica, particularmente nos discursos de Dion Crisóstomo. A autora propõe aplicar análise semiótica como metodologia histórica. Ela revisa diferentes teorias sobre o conceito de mito e sua função, incluindo ideias de que mitos são narrativas que refletem os pensamentos de uma sociedade e servem como normas morais. A autora também discute a relação entre mito, memória e história na Grécia Antiga
Este trabalho analisa a coexistência do ufanismo e do ressentimento na formação da identidade brasileira no século XVIII. Discute como esses sentimentos se manifestaram e contribuíram para a construção de uma proto-identidade nacional, questionando a ideia de um passado harmonioso e a visão de que o sentimento nacional esmaeceu no período colonial. Analisa como o ufanismo e o ressentimento estavam presentes nos discursos sobre a natureza, a história e a literatura da época, revelando sensibilidades complexas e contraditó
O documento discute diferentes perspectivas sobre a escrita da história. Veyne argumenta que a história não pode deduzir ou prever, mas dar sentido à narrativa. Já Vico defende que a verdade histórica pode ser conhecida pelos autores da história, assim como Deus conhece a natureza.
O documento apresenta uma introdução sobre o mito dos "anos dourados" do governo de JK na memória coletiva brasileira e analisa o contexto político e econômico turbulento deste período. Apresenta também breves biografias de JK e analisa como sua trajetória como figura central deste momento histórico acabou por simbolizar a esperança de modernização do país. Por fim, discute como a geração intelectual dos anos 50 foi marcada pelas oportunidades e desafios do período.
O documento apresenta uma biografia do autor José Ortega y Gasset e discute seu livro "A Rebelião das Massas". No prólogo, Ortega y Gasset reflete sobre como as ideias em livros podem se tornar ultrapassadas com o tempo e como a linguagem tem limitações para expressar pensamentos completamente. Ele também destaca a importância de se ter um leitor específico ao se comunicar através da escrita.
O documento é um prólogo escrito por José Ortega y Gasset para a edição francesa de seu livro "A Rebelião das Massas". Nele, o autor discute os limites da linguagem para expressar pensamentos complexos e a importância do diálogo entre emissor e receptor para o significado das palavras. Ortega também alerta que os fatos já ultrapassaram parte do que foi escrito originalmente no livro devido à rápida transformação da realidade humana.
O documento discute a relação entre sociedade e cultura. Afirma que historicamente houve um antagonismo entre as duas, com os artistas se rebelando contra a sociedade. Também diz que mais recentemente a sociedade passou a se apropriar da cultura para fins de status social, o que levou a arte moderna a se rebelar contra a "cultura" também.
Escravos sem senhores: escravidão, trabalho e poder no Mundo RomanoAndré Santos Luigi
O documento discute os efeitos da escravidão na sociedade romana, questionando se ela produziu influências além da esfera econômica. Apesar da importância numérica e econômica dos escravos, especialmente na Itália entre os séculos II a.C. e II d.C., sua influência nas esferas política e cultural permanece ambígua na historiografia. O autor argumenta que os escravos podem ter tido um impacto maior do que é reconhecido.
Mitologia: abordagens metodológicas para o historiador de Antiguidade ClássicaAndré Santos Luigi
Este artigo discute a abordagem metodológica para analisar mitos na Antiguidade Clássica, particularmente nos discursos de Dion Crisóstomo. A autora propõe aplicar análise semiótica como metodologia histórica. Ela revisa diferentes teorias sobre o conceito de mito e sua função, incluindo ideias de que mitos são narrativas que refletem os pensamentos de uma sociedade e servem como normas morais. A autora também discute a relação entre mito, memória e história na Grécia Antiga
Este trabalho analisa a coexistência do ufanismo e do ressentimento na formação da identidade brasileira no século XVIII. Discute como esses sentimentos se manifestaram e contribuíram para a construção de uma proto-identidade nacional, questionando a ideia de um passado harmonioso e a visão de que o sentimento nacional esmaeceu no período colonial. Analisa como o ufanismo e o ressentimento estavam presentes nos discursos sobre a natureza, a história e a literatura da época, revelando sensibilidades complexas e contraditó
O documento discute diferentes perspectivas sobre a escrita da história. Veyne argumenta que a história não pode deduzir ou prever, mas dar sentido à narrativa. Já Vico defende que a verdade histórica pode ser conhecida pelos autores da história, assim como Deus conhece a natureza.
O documento apresenta uma introdução sobre o mito dos "anos dourados" do governo de JK na memória coletiva brasileira e analisa o contexto político e econômico turbulento deste período. Apresenta também breves biografias de JK e analisa como sua trajetória como figura central deste momento histórico acabou por simbolizar a esperança de modernização do país. Por fim, discute como a geração intelectual dos anos 50 foi marcada pelas oportunidades e desafios do período.
O documento apresenta uma biografia do autor José Ortega y Gasset e discute seu livro "A Rebelião das Massas". No prólogo, Ortega y Gasset reflete sobre como as ideias em livros podem se tornar ultrapassadas com o tempo e como a linguagem tem limitações para expressar pensamentos completamente. Ele também destaca a importância de se ter um leitor específico ao se comunicar através da escrita.
O documento é um prólogo escrito por José Ortega y Gasset para a edição francesa de seu livro "A Rebelião das Massas". Nele, o autor discute os limites da linguagem para expressar pensamentos complexos e a importância do diálogo entre emissor e receptor para o significado das palavras. Ortega também alerta que os fatos já ultrapassaram parte do que foi escrito originalmente no livro devido à rápida transformação da realidade humana.
O documento discute a relação entre sociedade e cultura. Afirma que historicamente houve um antagonismo entre as duas, com os artistas se rebelando contra a sociedade. Também diz que mais recentemente a sociedade passou a se apropriar da cultura para fins de status social, o que levou a arte moderna a se rebelar contra a "cultura" também.
Falar do estranhamento entre brasil e portugal começa na minha infânciaantoniapscosta
O documento discute as relações entre intelectuais brasileiros e portugueses no período da ditadura de Salazar em Portugal. Apresenta trechos de jornais e cartas que revelam o estranhamento causado pela distância cultural e política entre os dois países, mas também a proximidade e fraternidade mantidas apesar das dificuldades. As cartas mostram os esforços para entender e lidar com a censura e a repressão em Portugal na época.
1) O documento apresenta um resumo biográfico de José Ortega y Gasset e uma introdução à sua obra "A Rebelião das Massas". 2) A obra discute temas como individualismo, poder do Estado, história, juventude e feminismo de forma provocativa. 3) Ortega acreditava que as idéias apresentadas deveriam ser repensadas e adaptadas aos tempos atuais e futuros para estimular o espírito crítico.
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...Isabella Silva
O documento analisa a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, destacando 3 pontos:
1) A morte permite que Brás Cubas adquira franqueza como narrador e faça reflexões sobre a condição humana.
2) Sua conversa com Pandora o leva a perceber a vã perseguição da felicidade e a luta de classes na sociedade.
3) A ironia é um traço marcante da obra que faz críticas sociais de forma não-engessada por meio de lingu
1) O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" que discute temas como individualismo, poder do Estado, história e modernidade.
2) O autor reconhece que algumas ideias podem ser extremamente provocativas, como suas visões sobre escravidão, guerra e feminismo.
3) Ortega y Gasset defende suas concepções com lógica, mas deixa espaço para que leitores repensem suas ideias à luz dos tempos atuais.
1) O documento descreve a Cruzada das Mulheres Portuguesas, um movimento fundado em 1916 por um grupo de mulheres portuguesas para apoiar os esforços de guerra de Portugal durante a Primeira Guerra Mundial.
2) A Cruzada realizou várias atividades de apoio, como recolha de doações, confecção de roupas para soldados, e criação de instituições para órfãos e inválidos de guerra.
3) O movimento expandiu-se para além de Portugal continental e manteve-se ativo por mais de duas dé
1. O documento é uma monografia apresentada por Evandro de Oliveira Machado ao departamento de história da Universidade Federal Fluminense sobre o pensamento político-militar de Che Guevara.
2. O autor realizou pesquisas sobre a infância e adolescência de Che Guevara para entender a formação de sua personalidade. Ele também examinou a biografia de Che com base em obras de referência para traçar a evolução de seu pensamento.
3. Ao longo do trabalho, o autor discute escritos selecionados de Che Guevar
O documento discute a relação entre literatura e fome, abordando tópicos como:
1) A fome como fundação da humanidade e da linguagem segundo filósofos como Kristeva e Thélot.
2) Como a fome é representada na literatura brasileira, notadamente em obras de Graciliano Ramos, Josué de Castro e Glauber Rocha.
3) Se somente uma "literatura engajada" abordaria a fome e o que define esse termo.
Este documento apresenta um prefácio para o livro "A Conquista do Pão" de Kropotkin. O prefácio descreve o livro como uma crítica da sociedade burguesa e um apelo à revolução contra o Estado e o capitalismo. Também discute como uma sociedade anárquica já saiu do estado embrionário e como a revolução iminente levará a uma nova era onde as pessoas poderão viver livremente e satisfazer plenamente suas necessidades.
Este documento discute a aplicação da antropologia cultural à literatura comparada. Argumenta que conceitos da antropologia como sincretismo, adaptação e reinterpretação também se aplicam aos fenômenos literários. Defende que para entender influências literárias entre culturas é necessário considerar os "meios internos" como estruturas sociais e papéis de cada sociedade.
No Brasil, essa arte da encenação foi usada pelos padres jesuítas, com o objetivo de catequizar e educar os índios em um molde similar a cultura europeia daquela época. Assim o teatro serviu como instrumento de socialização entre culturas tão diferentes, onde a mais forte dominava a mais fraca.
Com a chegada da família real em 1808no Brasil, o ensino da arte toma novas projeções, com a criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 1816, sendo transformada posteriormente, em 1820, na Academia de Artes. Neste momento, o teatro, especialmente lírico, constituía valores de apreciação cultural sem enfoques educativos. Em 15 de outubro de 1827 um decreto imperial que trata a primeira Lei Geral relativa ao ensino elementar, hoje ensino fundamental.
A presença do teatro ( artes ) nas escolas como componente curricular da educação formal de crianças, jovens e adultos nas principais sociedades ocidentais, deu-se com o processo de escolarização em massa que caracterizou a democratização do ensino laico, ao longo do século XX. Com o Golpe Militar de 1964, houve uma repressão que caracterizava o teatro como perigoso e inimigo público, sendo censurado em todo período do regime.
Com a criação da Lei de Diretrizes e bases da Educação ( LDB ) o ensino da arte é obrigatório e legalmente introduzido no currículo escolar, abrangendo o teatro sob a direção de Orlando Miranda.
O documento discute por que a criminologia explica o crime. A criminologia surgiu no Iluminismo para justificar as desigualdades sociais do capitalismo e acalmar a classe dominante. Teorias iniciais como o positivismo culpavam características genéticas dos criminosos. Posteriormente, teorias sociais também culpavam fatores ambientais, mas mantinham a ideologia da defesa social. Críticas modernas apontam que a criminologia serve para manter o status quo e o sistema penal seletivo.
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assisB Vidal
Este documento resume conceitos do Realismo e Naturalismo na literatura, contextualizando-os historicamente. Apresenta características destes movimentos como objetivismo, temas contemporâneos, crítica social e análise psicológica. Resume também pontos importantes da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, como o narrador defunto, as digressões e o humor negro.
1) O documento resume a estrutura narrativa irregular e a perspectiva niilista do narrador defunto Brás Cubas sobre a vida humana nas Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
2) A narrativa é marcada por digressões e saltos entre o real e o imaginário que quebram a linearidade da história.
3) Brás Cubas expõe de forma irônica a mediocridade da condição humana e a busca vã pela felicidade em meio à natureza indiferente.
Complexo de ze carioca notas sobre uma identidade mestiça e malandraIzaac Erder
1) O documento discute as relações entre história e antropologia e como ambas disciplinas se tornaram mais interdisciplinares, dialogando entre contextos.
2) Analisa como a questão da identidade nacional é recorrente entre intelectuais brasileiros, que frequentemente vinculam a identidade do país à mestiçagem.
3) Discutem exemplos históricos em que a mestiçagem foi associada à identidade brasileira, como na figura do Zé Carioca criado por Walt Disney.
O autor discute o conflito entre arte e conhecimento, afirmando que o filósofo pode alcançar um julgamento mais profundo da existência ao ter a arte e suas ilusões diante de si. Ele também reflete sobre a teleologia do gênio filosófico e como o filósofo surge em épocas de grande perigo para a civilização, servindo como freio histórico. Por fim, analisa como o instinto de conhecimento sem limites pode ser sinal de envelhecimento da vida de um povo.
O documento descreve o livro "Felizmente há Luar" de Luís de Sttau Monteiro. O livro critica o regime ditatorial de Salazar em Portugal nos anos 1960 através de alegorias históricas. Recria eventos de 1817 para falar sobre a repressão política, censura, medo e miséria vividos pelo povo português na época.
Este documento discute a história do Maranhão e as condições sociais atuais no estado. O autor argumenta que (1) o Maranhão tem uma longa história de desigualdade social e pobreza extrema, (2) essa situação está ligada à história de exploração econômica da região pelas elites locais, e (3) embora exista resistência, as energias de protesto não conseguem gerar mudanças significativas nas estruturas de poder.
O documento discute a importância da crítica para historiadores em três pontos: 1) A crítica ajuda a evitar erros do passado e renovar constantemente a análise; 2) A cultura de massa gera uma grande variedade de fontes que precisam ser avaliadas criticamente; 3) A crítica é essencial para preservar a dignidade do trabalho do historiador e ajudá-lo a evoluir seu processo de avaliação de forma fidedigna.
1) O livro O Homem Revoltado, de Albert Camus, criticava os crimes cometidos em nome da revolução e foi alvo de ataques de intelectuais franceses como Jean-Paul Sartre.
2) Camus defendia uma visão não simplista da liberdade individual e criticava igualmente a violência de direita e esquerda.
3) Sua análise do niilismo e do absurdo levava à conclusão de que o assassinato e o suicídio não poderiam ser legitimados pela lógica ou ideologias.
Tratado de psicologia revolucionária V.M. Samael Aun WeorRui Paixão
Este documento discute a importância de compreender os diferentes "níveis de ser" e como eles afetam nossas vidas. Ele descreve uma "escada maravilhosa" com muitos degraus representando os diferentes níveis, e enfatiza que podemos sempre subir para um nível mais alto através do trabalho psicológico sobre nós mesmos. A chave é aprender a viver o momento presente e não nos identificarmos com problemas externos, seguindo assim o "caminho vertical" da autodescoberta e transformação.
Este documento discute a importância de compreender os diferentes "níveis de ser" e como eles afetam nossas vidas. Ele descreve uma "escada maravilhosa" com muitos degraus representando os diferentes níveis, e enfatiza que podemos sempre subir para um nível mais alto através do trabalho psicológico sobre nós mesmos. A chave é aprender a viver o momento presente e não nos identificarmos com problemas externos, seguindo assim o "caminho vertical" da autodescoberta e transformação.
Karl marx crítica da filosofia do direito de hegelPraxisfhycs
Este documento é uma introdução de Karl Marx à sua Crítica da Filosofia do Direito de Hegel escrita entre 1843-1844. Nele, Marx afirma que a crítica da religião é essencial para toda crítica e que a religião é criada pelos homens e não o contrário. Ele também critica o status quo alemão da época e defende uma luta contra as instituições políticas existentes.
Falar do estranhamento entre brasil e portugal começa na minha infânciaantoniapscosta
O documento discute as relações entre intelectuais brasileiros e portugueses no período da ditadura de Salazar em Portugal. Apresenta trechos de jornais e cartas que revelam o estranhamento causado pela distância cultural e política entre os dois países, mas também a proximidade e fraternidade mantidas apesar das dificuldades. As cartas mostram os esforços para entender e lidar com a censura e a repressão em Portugal na época.
1) O documento apresenta um resumo biográfico de José Ortega y Gasset e uma introdução à sua obra "A Rebelião das Massas". 2) A obra discute temas como individualismo, poder do Estado, história, juventude e feminismo de forma provocativa. 3) Ortega acreditava que as idéias apresentadas deveriam ser repensadas e adaptadas aos tempos atuais e futuros para estimular o espírito crítico.
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...Isabella Silva
O documento analisa a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, destacando 3 pontos:
1) A morte permite que Brás Cubas adquira franqueza como narrador e faça reflexões sobre a condição humana.
2) Sua conversa com Pandora o leva a perceber a vã perseguição da felicidade e a luta de classes na sociedade.
3) A ironia é um traço marcante da obra que faz críticas sociais de forma não-engessada por meio de lingu
1) O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" que discute temas como individualismo, poder do Estado, história e modernidade.
2) O autor reconhece que algumas ideias podem ser extremamente provocativas, como suas visões sobre escravidão, guerra e feminismo.
3) Ortega y Gasset defende suas concepções com lógica, mas deixa espaço para que leitores repensem suas ideias à luz dos tempos atuais.
1) O documento descreve a Cruzada das Mulheres Portuguesas, um movimento fundado em 1916 por um grupo de mulheres portuguesas para apoiar os esforços de guerra de Portugal durante a Primeira Guerra Mundial.
2) A Cruzada realizou várias atividades de apoio, como recolha de doações, confecção de roupas para soldados, e criação de instituições para órfãos e inválidos de guerra.
3) O movimento expandiu-se para além de Portugal continental e manteve-se ativo por mais de duas dé
1. O documento é uma monografia apresentada por Evandro de Oliveira Machado ao departamento de história da Universidade Federal Fluminense sobre o pensamento político-militar de Che Guevara.
2. O autor realizou pesquisas sobre a infância e adolescência de Che Guevara para entender a formação de sua personalidade. Ele também examinou a biografia de Che com base em obras de referência para traçar a evolução de seu pensamento.
3. Ao longo do trabalho, o autor discute escritos selecionados de Che Guevar
O documento discute a relação entre literatura e fome, abordando tópicos como:
1) A fome como fundação da humanidade e da linguagem segundo filósofos como Kristeva e Thélot.
2) Como a fome é representada na literatura brasileira, notadamente em obras de Graciliano Ramos, Josué de Castro e Glauber Rocha.
3) Se somente uma "literatura engajada" abordaria a fome e o que define esse termo.
Este documento apresenta um prefácio para o livro "A Conquista do Pão" de Kropotkin. O prefácio descreve o livro como uma crítica da sociedade burguesa e um apelo à revolução contra o Estado e o capitalismo. Também discute como uma sociedade anárquica já saiu do estado embrionário e como a revolução iminente levará a uma nova era onde as pessoas poderão viver livremente e satisfazer plenamente suas necessidades.
Este documento discute a aplicação da antropologia cultural à literatura comparada. Argumenta que conceitos da antropologia como sincretismo, adaptação e reinterpretação também se aplicam aos fenômenos literários. Defende que para entender influências literárias entre culturas é necessário considerar os "meios internos" como estruturas sociais e papéis de cada sociedade.
No Brasil, essa arte da encenação foi usada pelos padres jesuítas, com o objetivo de catequizar e educar os índios em um molde similar a cultura europeia daquela época. Assim o teatro serviu como instrumento de socialização entre culturas tão diferentes, onde a mais forte dominava a mais fraca.
Com a chegada da família real em 1808no Brasil, o ensino da arte toma novas projeções, com a criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 1816, sendo transformada posteriormente, em 1820, na Academia de Artes. Neste momento, o teatro, especialmente lírico, constituía valores de apreciação cultural sem enfoques educativos. Em 15 de outubro de 1827 um decreto imperial que trata a primeira Lei Geral relativa ao ensino elementar, hoje ensino fundamental.
A presença do teatro ( artes ) nas escolas como componente curricular da educação formal de crianças, jovens e adultos nas principais sociedades ocidentais, deu-se com o processo de escolarização em massa que caracterizou a democratização do ensino laico, ao longo do século XX. Com o Golpe Militar de 1964, houve uma repressão que caracterizava o teatro como perigoso e inimigo público, sendo censurado em todo período do regime.
Com a criação da Lei de Diretrizes e bases da Educação ( LDB ) o ensino da arte é obrigatório e legalmente introduzido no currículo escolar, abrangendo o teatro sob a direção de Orlando Miranda.
O documento discute por que a criminologia explica o crime. A criminologia surgiu no Iluminismo para justificar as desigualdades sociais do capitalismo e acalmar a classe dominante. Teorias iniciais como o positivismo culpavam características genéticas dos criminosos. Posteriormente, teorias sociais também culpavam fatores ambientais, mas mantinham a ideologia da defesa social. Críticas modernas apontam que a criminologia serve para manter o status quo e o sistema penal seletivo.
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assisB Vidal
Este documento resume conceitos do Realismo e Naturalismo na literatura, contextualizando-os historicamente. Apresenta características destes movimentos como objetivismo, temas contemporâneos, crítica social e análise psicológica. Resume também pontos importantes da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, como o narrador defunto, as digressões e o humor negro.
1) O documento resume a estrutura narrativa irregular e a perspectiva niilista do narrador defunto Brás Cubas sobre a vida humana nas Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
2) A narrativa é marcada por digressões e saltos entre o real e o imaginário que quebram a linearidade da história.
3) Brás Cubas expõe de forma irônica a mediocridade da condição humana e a busca vã pela felicidade em meio à natureza indiferente.
Complexo de ze carioca notas sobre uma identidade mestiça e malandraIzaac Erder
1) O documento discute as relações entre história e antropologia e como ambas disciplinas se tornaram mais interdisciplinares, dialogando entre contextos.
2) Analisa como a questão da identidade nacional é recorrente entre intelectuais brasileiros, que frequentemente vinculam a identidade do país à mestiçagem.
3) Discutem exemplos históricos em que a mestiçagem foi associada à identidade brasileira, como na figura do Zé Carioca criado por Walt Disney.
O autor discute o conflito entre arte e conhecimento, afirmando que o filósofo pode alcançar um julgamento mais profundo da existência ao ter a arte e suas ilusões diante de si. Ele também reflete sobre a teleologia do gênio filosófico e como o filósofo surge em épocas de grande perigo para a civilização, servindo como freio histórico. Por fim, analisa como o instinto de conhecimento sem limites pode ser sinal de envelhecimento da vida de um povo.
O documento descreve o livro "Felizmente há Luar" de Luís de Sttau Monteiro. O livro critica o regime ditatorial de Salazar em Portugal nos anos 1960 através de alegorias históricas. Recria eventos de 1817 para falar sobre a repressão política, censura, medo e miséria vividos pelo povo português na época.
Este documento discute a história do Maranhão e as condições sociais atuais no estado. O autor argumenta que (1) o Maranhão tem uma longa história de desigualdade social e pobreza extrema, (2) essa situação está ligada à história de exploração econômica da região pelas elites locais, e (3) embora exista resistência, as energias de protesto não conseguem gerar mudanças significativas nas estruturas de poder.
O documento discute a importância da crítica para historiadores em três pontos: 1) A crítica ajuda a evitar erros do passado e renovar constantemente a análise; 2) A cultura de massa gera uma grande variedade de fontes que precisam ser avaliadas criticamente; 3) A crítica é essencial para preservar a dignidade do trabalho do historiador e ajudá-lo a evoluir seu processo de avaliação de forma fidedigna.
1) O livro O Homem Revoltado, de Albert Camus, criticava os crimes cometidos em nome da revolução e foi alvo de ataques de intelectuais franceses como Jean-Paul Sartre.
2) Camus defendia uma visão não simplista da liberdade individual e criticava igualmente a violência de direita e esquerda.
3) Sua análise do niilismo e do absurdo levava à conclusão de que o assassinato e o suicídio não poderiam ser legitimados pela lógica ou ideologias.
Tratado de psicologia revolucionária V.M. Samael Aun WeorRui Paixão
Este documento discute a importância de compreender os diferentes "níveis de ser" e como eles afetam nossas vidas. Ele descreve uma "escada maravilhosa" com muitos degraus representando os diferentes níveis, e enfatiza que podemos sempre subir para um nível mais alto através do trabalho psicológico sobre nós mesmos. A chave é aprender a viver o momento presente e não nos identificarmos com problemas externos, seguindo assim o "caminho vertical" da autodescoberta e transformação.
Este documento discute a importância de compreender os diferentes "níveis de ser" e como eles afetam nossas vidas. Ele descreve uma "escada maravilhosa" com muitos degraus representando os diferentes níveis, e enfatiza que podemos sempre subir para um nível mais alto através do trabalho psicológico sobre nós mesmos. A chave é aprender a viver o momento presente e não nos identificarmos com problemas externos, seguindo assim o "caminho vertical" da autodescoberta e transformação.
Karl marx crítica da filosofia do direito de hegelPraxisfhycs
Este documento é uma introdução de Karl Marx à sua Crítica da Filosofia do Direito de Hegel escrita entre 1843-1844. Nele, Marx afirma que a crítica da religião é essencial para toda crítica e que a religião é criada pelos homens e não o contrário. Ele também critica o status quo alemão da época e defende uma luta contra as instituições políticas existentes.
Este documento fornece um resumo da história das orgias. Apresenta uma introdução sobre a natureza catártica das orgias e como elas servem como válvula de escape para tensões acumuladas. O foco principal é a história das orgias na Grécia Antiga, onde eram vistas como forma de prazer hedonista e essencial para a felicidade. Os deuses gregos também são descritos como sujeitos aos prazeres da carne. Apesar disso, os gregos sabiam equilibrar a sensualidade com a
Este documento discute três situações de indivíduos marginalizados pela sociedade: 1) Um criminoso demonizado publicamente recebeu poucas oportunidades de ser amado; 2) Uma mulher que caiu em desequilíbrio foi julgada sem compaixão; 3) Um homem que se afastou do trabalho moral foi criticado sem que vissem suas dificuldades. O texto defende ver além das aparências e julgar com misericórdia.
O documento discute a doutrina do pecado, definindo-o como qualquer falta de conformidade com a lei moral de Deus. Apresenta evidências do pecado na Bíblia, literatura, arte, leis e observação do comportamento humano, mostrando que ele é universal e está enraizado na natureza humana.
O documento é uma carta de Cioran a um amigo romeno onde ele discute sua relação com a língua francesa e com a Romênia. Ele expressa saudades da língua romena, mas sente que está preso à língua francesa por ter se dedicado a ela. Também reflete sobre como sua visão política radical na juventude mudou para uma postura mais cética em relação a ideologias extremas.
O documento discute os recentes protestos em São Paulo contra o aumento das passagens de transporte público. O autor argumenta que os protestos refletem um sentimento mais profundo de que o espaço público vem sendo negado e a democracia representativa não promove igualdade. Além disso, critica o Estado liberal burguês por usar a polícia para proteger os interesses privados em vez da vida das pessoas.
O documento descreve a situação política brasileira como desesperadora e a retomada do poder pelos donos do capital para explorar o povo. Argumenta que Jesus atacou o Império Romano indiretamente ao criar uma comunidade sem opressão e atacando os colaboradores ideológicos do império, como os escribas e fariseus. Propõe que a frente de ataque dos cristãos hoje deve ser direcionada aos líderes religiosos que apoiam o atual governo, desmascarando-os como novos colaboradores da estr
1) O conto narra a história de Ivan Ilitch, um juiz que viveu uma vida vazia e superficial, preocupado apenas com status e aparências.
2) Quando Ivan adoece gravemente, ele passa a refletir sobre sua vida e percebe que não viveu de forma autêntica, apenas seguindo as convenções da sociedade.
3) Nos momentos finais, Ivan Ilitch compreende que sua vida poderia ter sido diferente, mas encontra a paz ao aceitar sua morte iminente.
Este documento discute a perspectiva espírita sobre guerras e conflitos armados. Apresenta definições de guerra internacional e civil, e discute o espiritismo sobre a guerra como uma lei natural de destruição e renascimento. Também aborda as causas das guerras segundo o espiritismo, incluindo aspectos como o orgulho, avidez e decadência moral.
O documento discute escândalos morais na sociedade contemporânea e a importância da educação das novas gerações. Os escândalos são resultado do egoísmo e prepotência humana e atingem níveis alarmantes. Por outro lado, existem pessoas honoráveis que constroem a civilização. A vitória será da seriedade e do comportamento ético, pois o crime é desvio de conduta e não o comportamento correto.
O documento apresenta uma biografia e lista de obras publicadas do escritor Rubem Fonseca. Também inclui trechos e citações de críticas feitas à obra de Fonseca, destacando sua representação da violência e sexualidade de forma realista e seu uso de linguagem vulgar. Por fim, traz um longo trecho de uma entrevista onde o autor discute sua visão pessimista do mundo e seu objetivo de transfigurar elementos violentos e banais por meio da ficção.
Natalia montebello a mulher mais perigosa da américa...moratonoise
1) O texto descreve a vida e ideias da anarquista Emma Goldman, especialmente sua oposição à guerra, Estado e papéis de gênero tradicionais.
2) Goldman acreditava que o anarquismo deveria libertar as pessoas de todas as opressões internas e externas. Sua própria vida era uma expressão de liberdade.
3) Ela criticou o feminismo por apenas buscar direitos dentro do sistema, em vez de questionar a própria noção de feminilidade e o papel da mulher na sociedade.
Este resumo contém 3 frases:
O documento é uma edição do jornal Colegial News da Escola Figueiredo Correia. Ele destaca a IX EXEFIC com os projetos vencedores e inclui um artigo sobre a Consciência Negra, celebrando o dia 20 de Novembro. O jornal também contém dicas de estilo, uma resenha de livro e poemas.
Coletânea de artigos sobre diversos assuntos, com uma abordagem política-ideológica. Biografias de importantes vultos históricos que contribuíram para liberdade individual no século 20.
O documento discute a simpatia de intelectuais e artistas com manifestantes violentos e o assassinato de um cinegrafista por marginais. Critica a justificativa de que a destruição é direcionada a "alvos simbólicos" e a negligência do governo em punir os criminosos.
O autor descreve a "segunda morte" que está ocorrendo no Judiciário brasileiro, causada pelos "juriscidas" que entupiram os tribunais com ações despropositadas, transformando o Judiciário em uma "grande catedral de papel" onde palavras como justiça e lealdade processual perderam o sentido. Esse fenômeno está matando o Direito e produzindo uma "injustiça nova" que contradiz os objetivos originais do Judiciário.
O documento discute a crueldade humana e como as pessoas se tornam cruéis consigo mesmas através da autocrueldade, vivendo de acordo com as expectativas dos outros em vez de seguir seus próprios desejos. Também aborda como a crueldade foi usada como punição no passado e como a compreensão e o amor, como exemplificado por Jesus Cristo, podem ajudar a superar a violência.
Semelhante a Violência como espetáculo: o pão. o sangue e o circo (20)
REIS, João José. Identidade e Diversidade Étnicas nas Irmandades Negras no Te...André Santos Luigi
1) O documento descreve uma festa de escravos africanos e crioulos em Santo Amaro, Bahia em 1808 onde se dividiram em grupos étnicos para celebrar o Natal.
2) Os escravos e senhores tinham atitudes diferentes sobre a festa, com alguns aprovando e outros como um padre tentando reprimi-la.
3) A festa revela a capacidade dos escravos de organização e mobilização de recursos, apesar das limitações impostas pela escravidão.
A União Negra Ituana é uma entidade sem fins lucrativos que promove a igualdade racial em Itu desde 1991. Após quase três décadas de realização de projetos culturais e educacionais, a entidade ainda não possui sede própria. O documento descreve os esforços da UNEI para construir sua sede através da arrecadação de fundos e parcerias, assim como seus projetos mais recentes, como a implementação de uma política municipal de promoção da igualdade racial e atividades culturais como a Missa Afro-Brasileira.
1. O documento é um livro organizado por Jeruse Romão que reúne artigos sobre a história da educação do negro no Brasil, abordando temas como a exclusão histórica, resistência e inclusão deste segmento no sistema educacional.
2. Os artigos discutem a relação entre raça e educação, a legislação educacional em relação à população negra e experiências de implementação de políticas educacionais para promover o acesso e permanência
The document discusses the role of civil society in building democracy. It argues that civil society organizations promote democratic values through their work advocating for human rights, transparency, and participation. A strong civil society is essential to hold governments accountable and strengthen democratic systems.
Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal 10.639/03André Santos Luigi
Este documento apresenta três pontos principais:
1) Apresenta o contexto da Lei 10.639/03 e sua importância para a educação anti-racista no Brasil.
2) Discutem conceitos importantes sobre relações raciais no Brasil.
3) Aborda dimensões do ensino da trajetória dos povos negros no Brasil, incluindo história da África, geografia africana e representações de personagens negras na literatura.
Este documento apresenta uma coleção de textos sobre educação de jovens e adultos no Brasil entre 1996 e 2004. O objetivo é consolidar a memória recente da educação de jovens e adultos, apresentando documentos produzidos no contexto brasileiro e internacional durante este período.
Este documento discute a importância do ensino de história e cultura africana no currículo escolar brasileiro. Apresenta as leis e diretrizes que estabeleceram esta obrigatoriedade e explicam que o objetivo é valorizar a história e cultura do povo negro brasileiro e reparar danos à sua identidade. Também discute que isso exige repensar as relações étnico-raciais e procedimentos pedagógicos para acabar com modos reduzidos de tratar a contribuição dos africanos e seus descendentes.
Itu no circuito afro-atlântico: a Irmandade da Senhora do Rosário em ItuAndré Santos Luigi
Este documento discute:
1) A nova abordagem historiográfica que enxerga os escravizados como sujeitos históricos ao invés de objetos.
2) Como instituições como irmandades e congadas ajudaram os escravizados a preservar sua cultura e reconstruir suas identidades.
3) A história da Vila de Itu e como a chegada de trabalhadores africanos estabeleceu conexões atlânticas na região.
O documento discute a educação anti-racista no Brasil, incluindo a legislação e currículo sobre o tema. Apresenta a luta histórica do movimento negro brasileiro para incluir a história e cultura afro-brasileira e africana no sistema educacional, culminando na Lei 10.639/03 e Diretrizes Curriculares Nacionais de 2004. Também descreve políticas públicas implementadas desde então para promover a igualdade racial.
O documento discute a história antiga da Índia, mencionando os rios Indo e Ganges, a civilização do Vale do Indo em Harappa por volta de 2500 a.C., a cultura védica ao longo do rio Ganges, o desenvolvimento do hinduísmo, a língua sânscrita, o sistema de castas, a chegada do budismo e invasões estrangeiras, e ainda os impérios Maurya, Sunga e Gupta na Índia antiga.
O documento apresenta uma breve introdução sobre a geografia e história antiga da China, mencionando os Himalaias, Deserto de Gobi e principais rios como o Amarelo, Yangtsé e Pearl. Também resume as dinastias Shang, Zhou, Qin e Han, assim como figuras importantes como Confúcio, Laotsé e o primeiro imperador da dinastia Qin, Qin Shi Huang, que unificou a China e iniciou a construção da Grande Muralha.
Unidade 2 - História Antiga / Tema 4 - Hebreus e FeníciaAndré Santos Luigi
O documento apresenta uma lista de tópicos sobre história antiga, incluindo Deus, Noé, povos antigos, patriarcas como Abraão, Isaac e Jacó, os hebreus, a peregrinação, os reinos de Judá e Israel, Davi e os filisteus, diásporas e o tema 5 sobre o Mediterrâneo Antigo, com menção a Fenícia, galés, Cartago e Cádiz.
O documento discute a história antiga da Pérsia, começando com os pastores persas e o Império Medo. Detalha a unificação da Pérsia sob Ciro, o Grande no século VI a.C., e o estabelecimento do Império Aquemênida. Apresenta Dario como o próximo grande rei e fala sobre as sátrapias, Persépolis e a religião zoroastriana antes de mencionar as batalhas de Maratona e Alexandre, o Grande.
A unidade descreve a história antiga da Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Os Sumérios estabeleceram as primeiras cidades-estados na região por volta de 3.000 a.C., desenvolvendo a escrita cuneiforme e marcando a Idade do Bronze. Posteriormente, os Acadianos e os Amoritas formaram impérios na Mesopotâmia, com destaque para o Império Babilônico de Hamurabi e Nabucodonosor II entre 2.500 a.C.
O documento apresenta um resumo sobre a história do antigo Egito, desde o período pré-dinástico até as invasões árabes. É dividido em seções sobre o Vale do Nilo, as dinastias egípcias como a Tinita e as invasões de assírios, persas, gregos e árabes.
Unidade 1 - Pré História / Tema 1 - História EcológicaAndré Santos Luigi
O documento apresenta uma introdução sobre a Pré-História, incluindo informações sobre as épocas geológicas do Hadeano, Arqueano, Pré-Cambriano e Cambriano, além do período Paleozóico e a explosão cambriana.
O documento discute a evolução humana, começando com a teoria da evolução e os gêneros Homo Habilis e Homo Erectus. Também aborda a origem do Homo Sapiens, sua migração, competição com o Neanderthal, e aspectos do Paleolítico como a arte rupestre na Serra da Capivara.
O documento discute a legislação e currículo para o ensino de história da África em três partes: (1) analisa como as verdades são produzidas e legitimadas em diferentes sociedades; (2) detalha como a verdade é produzida e consumida no Brasil sob o controle de instituições políticas e econômicas; (3) argumenta que a seleção de conteúdo curricular é um ato de poder que privilegia certos grupos.
O documento discute o racismo no Brasil, abordando tópicos como a população negra, as definições de afro-brasileiro e etnia, a história do racismo no país desde a escravidão e como ele é produzido e reproduzido através de mecanismos como a cegueira social e a deshumanização. Também apresenta leis e políticas de promoção da igualdade racial implementadas a partir da década de 2000.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
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Violência como espetáculo: o pão. o sangue e o circo
1. HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007 125
Violência como espetáculo: o pão, o sangue e o circo
Norberto Luiz Guarinello∗
Resumo: Tenho como objetivo, neste artigo, a análise da questão da violência na Roma
Antiga – focalizando as lutas entre gladiadores. Tento desarticular idéias preconcebidas
e juízos de valores que permeiam a historiografia sobre o tema. Ao mesmo tempo,
elaboro paralelos com a violência contemporânea a partir do princípio de que a
violência não é um conceito preciso, nem mesmo um termo cujo sentido permaneça
igual no decorrer do processo histórico.
Palavras-chave: Roma Antiga, Violência, Espetáculos de Gladiadores.
A violência tem muitas faces. Lamentamos a violência crescente da
criminalidade, mas também consideramos uma violência a brutal desigualdade que
produz, ao menos em parte, nossos criminosos. Criminosos que condenamos, justa ou
injustamente, à violência de nosso sistema prisional – um dos mais brutais deste planeta.
Observamos horrorizados à violência dos chamados terroristas, mas a violência da ação
imperial dos países dominantes do mundo tampouco nos reconforta. Condenamos a
violência doméstica ao mesmo tempo em que reclamamos da falta de limites das novas
gerações. Violência é uma palavra latina, derivada de vis, força, e nós a empregamos em
um sem-número de sentidos: a força da natureza, do mar, do vento, dos elementos, a
força física que obriga um ser humano a fazer o que não quer, a força social que
mantém os oprimidos e explorados em seus lugares, a força moral, intelectual, que
domina nossas mentes e nos faz achar nosso próprio mundo normal, muito normal.
Parte integrante e necessária da vida, instinto de morte ou de poder ou, ao contrário,
ruptura de relações estabelecidas, ato de um poder perverso e perversamente exercido?
Não tenho respostas: a violência, em qualquer caso, só nos é presente, só se manifesta,
quando nos incomoda, quando parece fugir de nosso controle, quando está além do
“normal”, além do esperado. Muitos pequenos atos de nosso cotidiano, para nós
absolutamente normais e corriqueiros, podem parecer absolutamente violentos, quando
vistos por um estranho, quando encarados da fronteira que separa o “nós” do “outro”. A
violência, assim, antes de ser um fato sociológico é, primordialmente, um fato
2. VIOLÊNCIA COMO ESPETÁCULO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007126
antropológico, que se desvenda e se constrói na diferença. E, portanto, é também um
fato histórico, na mesma medida em que o passado, que a história estuda, é uma terra
estrangeira, é um outro, diferente de nós.
Dito em outros termos: para entendermos e estudarmos a violência entre nós,
para estabelecermos juízos sobre ela, para a aceitarmos em suas várias formas ou negá-
la, é importante refletir sobre ela fora de nós, entendê-la no outro, chocarmo-nos mesmo
com a violência do outro, para depois repensá-la em nosso próprio mundo.
Não é difícil encontrar violência em mundos diferentes do nosso. Os romanos,
por exemplo, expunham os bebês indesejados ao apetite dos animais da floresta, ou à
bondade, ou interesse, de pessoas que os encontrassem e se dispusessem a criá-los,
como filhos ou como escravos. Mas não é tão diferente. Nós simplesmente abortamos
os filhos indesejados, por mais que a prática seja ilegal em nosso país. Talvez mais
diferente de nós seja o fato de que os romanos supliciavam seus condenados, matavam-
nos com requintes de crueldade, expunham seu suplício à vista de todos, transformavam
sua morte em espetáculo. Mas o estranhamento não é tão grande assim: muitos em
nosso mundo defendem a pena de morte como exemplo e como ato de vingança
reparatória. Até bem adentrado o século XX a execução pública de criminosos era
considerada um ato exemplar e socialmente útil e, em alguns países, ainda é assim
considerada, como nos EUA, na China ou em países que adotaram uma certa
interpretação estrita da lei islâmica.
Talvez consideremos os romanos especialmente cruéis, pois seus métodos de
execução incluíam a exposição a feras selvagens, a condenação ad bestias, ou a
crucificação, muitas vezes como parte de um espetáculo. 1
Mas esperar cinco ou 10 anos
no corredor da morte, depositar as esperanças em cada um dos incontáveis recursos,
contar com uma última apelação, quase sempre recusada, não é, necessariamente,
menos cruel ou violento que uma simples condenação na arena. Como não é menos
violento ser condenado, como em nosso país, ao suplício de conviver confinado num
espaço onde caberiam 160 pessoas, com outras 1.600, seja como mero acusado,
aguardando um julgamento que nunca virá, seja cumprindo uma pena pequena por um
delito de menor importância. Não! A crueldade penal romana só chocaria aos menos
informados sobre nosso próprio mundo, tanto nos países dominantes como nos demais.
Para explorarmos, com a ajuda do mundo antigo, nossa própria sensibilidade e
nossa noção do que é violência, há uma prática social romana que nos parece
peculiarmente estranha e singular, pois combina a violência do derramamento de sangue
3. NORBERTO LUIZ GUARINELLO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007 127
e as emoções do espetáculo, sem que haja qualquer expiação de culpa, qualquer
retribuição por um crime cometido; as lutas entre gladiadores. 2
Combates sangrentos. 3
Diferentemente de nossos jogos coletivos, que também
atraem multidões para estádios fechados, os jogos gladiatórios romanos eram combates
pela vida, eram disputas que podiam resultar na morte de um dos competidores. Seriam
os romanos mais cruéis do que nós? Gostariam, mais do que nós, de ver o sangue
derramado sobre a areia dos anfiteatros? De ver a morte acontecer, real, concreta,
material, sob os próprios olhos que a testemunham? E, se a resposta for afirmativa, por
quê?
Qualquer resposta que se dê a essa questão deve enfrentar primeiro a descrição
que Agostinho nos oferece de um jovem cristão, atraído involuntariamente às disputas
entre gladiadores em meados do século IV d.C. Agostinho fala de seu amigo, o cristão
Alípio:
Não desejando de modo algum abandonar a vida deste mundo a que o estimulavam seus pais,
tinha me precedido em Roma para estudar Direito e lá foi vítima, em condições inacreditáveis,
de uma paixão igualmente inacreditável pelos espetáculos de gladiadores. No início odiava esses
espetáculos. Mas alguns amigos, companheiros de estudo, que voltavam de um jantar,
encontraram-no por acaso na rua. Tentou resistir energicamente, mas seus amigos o impeliram
com uma violência amistosa e o levaram ao anfiteatro, onde nesse dia, ocorriam esses jogos
cruéis e funestos. Ele lhes dizia: “meu corpo, vocês podem arrastar e instalá-lo nas
arquibancadas, mas poderão fixar meus olhos e meu espírito, pela força, nesses espetáculos?
Estarei como que ausente e triunfarei sobre vocês e sobre eles”. Essas palavras não impediram
seus amigos de levá-lo. Queriam ver se conseguiria fazer o que dizia. Chegaram, sentaram-se
como puderam, todo o anfiteatro ardia com as mais selvagens paixões. Alípio, fechando seus
olhos, proibiu seu espírito de participar dessas atrocidades. Pena que não tenha também abafado
seus ouvidos. Pois aturdido pelo grito tonitruante de toda a multidão após a queda de um dos
gladiadores, foi vencido pela curiosidade e, como se estivesse preparado para suportar e
desprezar o que fosse que estivesse acontecendo, abriu seus olhos e recebeu em sua alma uma
ferida mais severa do que o gladiador recebera em seu corpo, e caiu mais miseravelmente que o
homem cuja queda suscitara o grito. Pois quando viu o sangue, imediatamente sorveu a
selvageria e não virou o rosto, mas fixou-se na imagem que via e absorveu a loucura e perdeu
seu senso crítico e deleitou-se com a luta criminosa e embebedou-se num funesto prazer. Não era
mais o homem que tinha ido ao espetáculo, mas um membro da multidão, um verdadeiro
companheiro daqueles que o haviam trazido. Em suma, acompanhou o espetáculo, gritou, ferveu
de emoção e saiu de tal modo insano que estava pronto, não apenas para acompanhar de novo os
que o haviam trazido, mas para convencer outros a ir. (Agostinho, Confissões, VI,8).
O que aconteceu com o cristão Alípio? Por que a violência do espetáculo
pareceu-lhe, não apenas aceitável, mas desejável e emocionante?
Em primeiro lugar, devemos desfazer um mal-entendido. Alípio, assim como a
massa humana cujo delírio o envolveu, não se deixou seduzir, pura e simplesmente, pela
visão da morte de outrem, pelo sangue humano jorrado. Os historiadores do século XIX
e de boa parte do XX costumavam, com efeito, atribuir a violência dos jogos de
4. VIOLÊNCIA COMO ESPETÁCULO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007128
gladiadores aos instintos baixos e vis da população mais pobre de Roma e das
províncias, às paixões da plebe, ao mesmo tempo enganada e cúmplice de uma política
centrada no binômio “pão e circo”. A historiografia contemporânea rejeita, em grande
parte, esses estereótipos. 4
No caso particular dos gladiadores, sabe-se hoje que as
classes dominantes tinham um envolvimento direto com sua realização, não apenas
financiando os jogos, mas, muitas vezes, lutando como gladiadores na arena.5
Além
disso, a historiografia moderna procura construir uma nova compreensão dos
espetáculos no mundo romano – não apenas como momentos de diversão e prazer, mas
como espaços de ação política, religiosa, cultural e identitária.6
Os jogos de gladiadores fornecem um bom exemplo dos intrincados percursos
sociais do espetáculo no mundo romano. Quando Alípio se deixou seduzir pelas lutas no
Coliseu, as disputas de gladiadores existiam há mais de 700 anos. Eram um fato normal
da vida cotidiana há muito tempo. Sua origem ligava-se, provavelmente, a uma prática
funerária de origem itálica, talvez etrusca, talvez campana. As primeiras disputas entre
gladiadores ocorreram na cidade de Roma em 264 a.C., como parte de um ritual
funerário. Ao longo da república os combates foram raros, sempre associados a um
ritual em homenagem a um morto. 7
Durante o Império, embora sem perder sua
vinculação com a esfera do sagrado, os combates de gladiadores aumentaram de
freqüência e se difundiram por todo o mundo romano. No ocidente, como no oriente,
surgiu um tipo especial de edifício, o anfiteatro, que funcionava como palco das lutas
entre gladiadores e de outras formas de espetáculo. 8
Em Roma, assim como nas
províncias, as lutas de gladiadores estavam sempre ligadas à pessoa do imperador. Era
ele quem as oferecia em Roma e, nas províncias, eram os sacerdotes do culto imperial
os responsáveis por sua realização. 9
Os anfiteatros funcionavam como uma espécie de
microcosmo da sociedade romana, como parte e reflexo da vida cotidiana. Os assentos
eram repartidos segundo as classes da população e o próprio anfiteatro era um espaço
onde a população, não apenas via, mas se fazia ver e ouvir, no qual imperador e plebe,
dirigentes e dirigidos, se confrontavam face a face, onde o anonimato da massa conferia
força e consistência para o apoio ou as reivindicações da plebe. Nesse espaço, sagrado e
mundano, as lutas entre gladiadores ocupavam um lugar especial, ao mesmo tempo de
honra e degradação.
O anfiteatro era, para os romanos, um espaço de sua normalidade cotidiana, um
lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Por um lado,
como ressaltam estudiosos contemporâneos, a arena atuava como espaço identitário, que
5. NORBERTO LUIZ GUARINELLO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007 129
separava o romano do não romano, o obediente do resistente, o normal daquele que
rompia as normas. Isso explica por que os anfiteatros se espalharam por todo o Império,
mesmo para as regiões de fala grega. Nos anfiteatros se expunham, para serem
supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam oposto à ordem romana. Nos
anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, 10
como por vezes os
cristãos, que eram expostos às feras e dados como espetáculo, expostos ao prazer de
suas vítimas ou daqueles que defendiam os valores normais da sociedade. 11
Mas os combates de gladiadores ocupavam um lugar à parte, um lugar de honra.
Embora, de início, os gladiadores tenham sido, em sua maioria, prisioneiros de guerra
ou escravos comprados explicitamente para esse fim (o que explica revoltas
importantes, como a do gladiador Espártaco, nos anos 70 a.C.), à época do Império boa
parte dos gladiadores era de origem livre. Eram os auctorati, alguns deles de origem
nobre, como cavaleiros ou mesmo senadores, que se ofereciam como gladiadores,
colocando-se sob o poder de seu mestre (o lanista), ao qual prestavam um juramento
sagrado.12
O Satyricon, de Petrônio, preservou-nos as palavras desse juramento: “juro
deixar-me ser queimado, amarrado, chicoteado, morto pelo ferro e qualquer outra coisa
que meu senhor ordene” (Sat. 177).
Esse juramento era, certamente, um ato de submissão, indigno de um homem
livre e, portanto, degradante. Isso explica as repetidas leis imperiais que tentaram
impedir o acesso à gladiatura por membros das classes dominantes de Roma e das
províncias. Sem muito sucesso, aliás, tendo em vista que até mesmo alguns imperadores
sentiram prazer em apresentar-se como gladiadores. E por quê? Porque o juramento
transformava o gladiador num ser sagrado, para o qual a dor e a morte deixavam de ser
ameaças terríveis para se tornarem parte corriqueira da vida: um simples momento, o
momento da verdade, que deixava de ser objeto de angústia para se tornar objeto de
honra. Honra e vergonha são palavras-chave para entendermos a paixão que os
gladiadores suscitavam no mundo romano. O gladiador vencido, ao invés de lutar
inutilmente pela vida, oferecia graciosamente o pescoço a seu adversário e à platéia.
Transmutava, assim, a vida num combate glorioso, cujo fim, necessário para todos,
podia ser uma morte digna.
Para entendermos a força do gladiador nessa sociedade, devemos por um
momento suspender nossos próprios conceitos sobre o certo e o errado. No Império
Romano, a pessoa do gladiador podia ser degradada – embora muitos gladiadores
conquistassem fama e riquezas e se aposentassem com um belo pecúlio. A figura do
6. VIOLÊNCIA COMO ESPETÁCULO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007130
gladiador, por outro lado, era um belo espelho de realização humana, um modelo para
filósofos e religiosos. 13
Não por acaso, um filósofo sensível como Sêneca escolheu o
gladiador como parâmetro ideal para julgar as ações humanas, por seu desprezo da vida,
que torna a vida digna possível. Diz-nos ele, em sua Carta 37 a Lucílio:
Você alistou-se (na vida) sob juramento. Se alguém disser que esta é uma maneira fácil e
tranqüila de serviço militar, é apenas porque quer fazer pouco caso de você. Não quero que seja
enganado: as palavras deste juramento, o mais honroso de todos, são as mesmas daquele
juramento, o mais estúpido de todos: ser queimado, ser amarrado, ser morto pelo ferro... Você
deve morrer ereto e invicto. Que diferença faria ganhar alguns dias ou anos? Nascemos num
mundo sem quartéis. (SÊNECA, Carta 37)
O mesmo modelo se aplicará, nos séculos seguintes, aos mártires cristãos,
soldados de Deus, capazes de suportar, sem recuos, as mais inacreditáveis torturas, em
respeito a um juramento feito. Homens que desprezam a vida, que nos ensinam que ela
é passageira, que enfrentam a morte honradamente, que nos ensinam o que é honra, que
nos mostram o que é e como é viver dignamente.14
Dito isso, cabem duas observações: a maioria dos gladiadores não morria em
combate e, embora a taxa de mortalidade fosse acima da média (digamos algo como
20%), a maioria morria honradamente, cercada pelos cuidados de seus parentes e
amigos, ao menos durante o Império. Em suma, não era o massacre, a vista do sangue, a
dor alheia que seduzia os espectadores, mas um uso, todo próprio, todo especial, todo
romano, do que nós mesmos consideramos uma violência absurda.
Por outro lado, não devemos nos deixar iludir pelo glamour dos anfiteatros. Era
um lugar de sangue, de dor e de morte e muitos eram conduzidos à arena contra a
vontade e inocentes de qualquer crime. Um exercício declamatório preservado no
corpus de Quintiliano nos oferece uma idéia do que podia ser, para um neófito, ou um
simples cidadão injustamente acusado, a perspectiva de enfrentar a morte na arena:
Pseudo-Quintiliano, Exercícios retóricos, 9.6:
… O dia chegara e o povo se reunira para o espetáculo de minha punição. Os corpos dos que
haviam de morrer eram exibidos na arena, conduzidos na procissão de sua própria morte. Aquele
que oferecia o espetáculo (o editor) estava sentado, acumulando o prestígio que obteria com
nosso sangue. Embora ninguém conhecesse minha sorte, minha família, meu pai, pois estava
separado de meu lar pelo mar, algo em mim despertou a misericórdia dos espectadores, pois eu
parecia completamente despreparado. Meu destino inevitável era ser uma vítima da arena.
Ninguém custara mais barato que eu ao ofertante dos jogos. Por todo o lado ouvia-se o barulho
feito pelo equipamento da morte: uma espada que se afiava, uma peça de metal que se aquecia,
bastões que se preparavam, chicotes. Esses homens pareciam piratas. Os trompetes soavam um
tom fúnebre e a procissão funerária prosseguia carregando os leitos de Libitina (deusa romana
dos funerais), antes mesmo que alguém morresse... por toda parte ferimentos, gritos, lamentos,
só perigo. (Pseudo-Quintiliano, Exercícios retóricos, 9.6).
7. NORBERTO LUIZ GUARINELLO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007 131
A honra, o prestígio, a coragem e o valor não eliminavam a violência. Pelo
contrário, era a própria violência que lhes dava sentido.
Concluindo: É importante termos consciência de que violência não é um
conceito preciso, nem mesmo um termo cujo sentido permaneça o mesmo na medida em
que nos movemos no tempo e no espaço, entre culturas ou entre grupos de uma mesma
cultura. Há pouco mais de 100 anos era comum bater-se nas crianças nas escolas.
Achava-se, mesmo, necessário para seu aprendizado (mas ninguém ouvia as crianças!).
Em nosso mundo, a violência pode ser encontrada em qualquer canto, em qualquer
lugar. Muitas vozes a defendem explicitamente contra outros seres humanos, apenas por
serem diferentes. A consciência do relativismo cultural nos permite apreciar e tentar
entender o humano em toda a sua diversidade, mas não nos exime do dever de
estabelecer, para nós mesmos, individual ou coletivamente, qual é a violência que
julgamos aceitável e qual deve ser reprimida ou abolida de nossas vidas.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Violence as a show: Bread, Blood and Circus.
História, São Paulo, v. 26, n. 1, p 125-132, 2007.
Abstract: This article aims at analyzing the issue of violence in Ancient Rome.
With focus on gladiators games, the objective is to disarticulate preconceived
ideas and judgments that are present in the historiography about the theme. At
the same time, a parallel was drawn with the contemporary violence, based on
the principle that violence is not a precise concept, neither a word with a sense
that remains unchanged along the historic process.
Keywords: Ancient Rome, Violence, Gladiators’ game
Artigo recebido em 04/2007. Aprovado em 06/2007.
NOTAS
∗
Professor de História Antiga do Departamento de História – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
– USP – 05509-900 – São Paulo/SP. E-mail: guarinel@usp.br
1
COLEMAN, K. M. Fatal Charades: Roman Executions Staged as Mythological Enactments. Journal of
Roman Studies, 80, 1990:44-73.
2
Veja-se, em geral, o excelente livro de R. S. Garraffoni. Gladiadores na Roma Antiga, dos combates
às paixões cotidianas. São Paulo: Annablume, 2005.
8. VIOLÊNCIA COMO ESPETÁCULO
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 26, n. 1, p. 125-132, 2007132
3
É o título de um artigo fundamental de Keith Hopkins, agora em Death and renewal – sociological
studies in Roman History. Cambridge: CUP, 1983.
4
Veja-se a crítica devastadora de Louis Robert, Les gladiateurs dans l’Orient Grec. Paris: E.
Champion, 1940.
5
GUNDERSON, E. The Ideology of the Arena. Classical Antiquity, 15, 1996:113-51 afirma que:
“Nearly every major theme of the Roman power structure was deployed in the spectacles: social
stratification; political theater; crime and punishment; representations of civilization and empire;
repression of women and exaltation of bellicose masculinity”.
6
WIEDEMANN, T. Emperors and Gladiators. Londres: Routledge, 1995.
7
É o que afirma Tertuliano em seu De Spetaculis, 12, 2-3.
8
GARRAFFONI, op.cit.; GOLVIN, J. C. L’Amphiteatre Romain. Paris: Centre P. Paris, 1988.
9
ROBERT, L. op. cit.
10
VILLE, G. La guerre et le Munus. In: BRISSON, J.-P. (ed.). Problèmes de la guerre à Rome. Paris,
1969.
11
WIEDEMANN, op. cit.
12
Para BARTON, C.: “The gladiator, by his oath, transforms what had originally been an involuntary act
to a voluntary one, and so, at the very moment that he becomes a slave condemned to death, he becomes a
free agent and a man with honor to uphold”, em The Sorrows of the Ancient Romans: The Gladiator
and the Monster. Princeton University Press, 1993. p.15.
13
BARTON. C. The Scandal of the Arena. Representations, 27, 1989:1-36.
14
BARTON, C. Savage Miracles: The Redemption of Lost Honour in Roman Society and the Sacrament
of the Gladiator and the Martyr, Representations, 45, 1994:41-71.