1. Unificação alemã
Otto Von Bismarck, principal articulador da unificação alemã.
Depois da queda de Napoleão, o processo de reorganização das monarquias europeias deu
origem à formação da Confederação Alemã. Tal confederação consistia em uma região
formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das
monarquias dos estados participantes. Dentro desse aglomerado de monarquias, Áustria e
Prússia sobressaiam-se enquanto as mais influentes nações da Confederação.
Por um lado, os austríacos tinham seu desenvolvimento econômico sustentado pelo seu forte
setor agrícola. De outro, a Prússia via no processo de unificação política dos estados
confederados um importante passo para o desenvolvimento econômico daquela região.
Buscando efetivar seu interesse, a Prússia criou uma zona aduana chamada de Zollverein, que
aboliu as taxas alfandegárias entre as monarquias envolvidas no acordo.
Alheia a esse processo de industrialização e unificação, a Áustria foi excluída do acordo.
Prestigiado com o cargo de primeiro-ministro da Prússia, o chanceler Otto Von Bismarck
tomou a missão de promover o processo de unificação alemã. Em 1864, entrou em guerra
contra a Dinamarca e assim conquistou territórios perdidos durante o Congresso de Viena.
No ano de 1866, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete
Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da
Confederação Alemã do Norte. Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política
entre os estados germânicos, isolando a Áustria. Com a deflagração de um desgaste político
entre a França e a Prússia, o governo de Bismarck tinha em mãos a última manobra que
consolidou o triunfo unificador.
Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha.
O rei Guilherme I foi coroado como kaiser (imperador) da Alemanha e considerado o líder
máximo do II Reich Alemão. Conquistando na mesma guerra as regiões da Alsácia e da Lorena,
ricas produtoras de minério, o império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia.
2. O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um período de
acirramento das disputas entre as economias europeias. A partir do estabelecimento dessas
novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas
imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da
Segunda Guerra Mundial.
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