O documento discute a perspectiva de um "Artista da Fome" como descrito por Franz Kafka. Ele explora a busca infindável do artista por satisfação máxima através de sua arte e questiona o propósito da arte e para quem ela é direcionada. Também reflete sobre como músicos modernos buscam satisfazer sua "fome de respostas" sobre os conceitos de música em uma era de avanços musicais.
Repensando a biblioteca escolar, traugott, wolffenbuttel
Um artista da fome
1. Um Artista da Fome, por Franz Kafka.
Da perspectiva de Rodrigo Leite
Um artista da fome? Tem fome de que? É um artista para que?
A arte dele é impactante. Faço um jejum e ponto. Preciso de algo que me deixe
satisfeito, algo que ainda não provei. Um alimento que foi feito só para mim, e que realize
todas as minhas perspectivas. Fazendo o seu jejum por incontáveis dias o artista segue a sua
busca, pelo inalcançável, o insondável. Pela satisfação máxima da sua arte.
Ele faz seu jejum, para satisfazer-se em relação e uma infindável busca, se já não
frustrada pelas adversidades, de sua realização como artista. Mas como nós artistas,
fazemos o nosso jejum de artes e como o fazemos? Qual o real proposito da nossa arte, pra
quem ela é direcionada e se ainda esperamos uma plateia para a nossa arte? Será que são
realmente indagações? Os conceitos arte e artista sofreram varias mutações ao decorrer dos
anos.
O fato é inegável. Mas abordando sob uma perspectiva mais restrita, podemos
associar um artista da fome, de Franz Kafka, a atualidade da música. Hoje nós musicistas,
vivemos uma era musical diferente e muito mais avançada em conceitos de sobre o que é
musica e o que é não-música. Como satisfazer a nossa fome de respostas, e como fazer um
senso comum entre os conceitos. Será que ambos estão errados?
Cabe a alguém decidir esse conceito, já que, a séculos vem se discutindo qual o
conceito de musica. Mas como podemos definir algo que tomou proporções tão imensas e
com varias ramificações que se torna, em tese, quase impossível de classificar. Vem dai a
fome de algo mais refinado, mais improvável. Por que isso inquieta tanto os artistas da
musica? Será que essa é a real fome deles?
Ena prática? Qual a solução que arranjamos para demonstrar a nossas insatisfações
com a falta de respostas sobre isso? Haverá, quem sabe algum dia, uma resposta?