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Transtorno de Ansiedade na Infância
Prof. Esp. Jéssica Teles Dassi
Transtorno de Ansiedade
 Os transtornos de ansiedade incluem transtornos
que compartilham características de medo e
ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados. Medo é a resposta
emocional a ameaça iminente real ou percebida,
enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça
futura. (DSM-V)
 Luta ou fuga
 Tensão muscular e vigilância em preparação para
perigo futuro
 E comportamentos de cautela ou esquiva
Transtornos de Ansiedade
 Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre
imediatamente induzido pela situação fóbica, até um
ponto em que é persistente e fora de proporção em
relação ao risco real que se apresenta.
 No capítulo “Transtornos de Ansiedade”
encontramos: transtorno de ansiedade de
separação, mutismo seletivo. Fobia específica,
transtorno de ansiedade social, transtorno de
pânico, agorafobia, transtorno de ansiedade
generalizada, transtorno de ansiedade induzido por
substância/medicamento.
 A ansiedade é um transtorno mental de etiologia
multifatorial determinadas tanto por questões
ambientais quanto por herança biológica: ter um dos
pais com transtorno de ansiedade aumenta em
muito o risco de uma criança ser ansiosa. Isso
acontece mesmo quando a criança não é criada por
seus pais biológicos, evidenciando a grande
herdabilidade desse quadro.
Transtorno de Ansiedade de Separação
 (F93.0)
 Critérios Diagnósticos:
 A perturbação pode durar por um período de pelo
menos quatro semanas em crianças e adolescentes
com menos de 18 anos
A. Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em
relação ao estágio de desenvolvimento, envolvendo
a separação daqueles com quem o indivíduo tem
apego, evidenciados por três (ou mais) dos
seguintes aspectos:
 As crianças com transtorno de ansiedade de
separação podem exibir comportamento de agarrar-
se, ficando perto ou “sendo a sombra” dos pais por
toda a casa ou precisando que alguém esteja com
elas quando vão para outro cômodo na casa. Elas
têm relutância ou recusa persistente em dormir à
noite sem estarem perto de uma figura importante
de apego ou em dormir fora de casa.
 Pode haver pesadelos repetidos nos quais o
conteúdo expressa a ansiedade de separação
Características Diagnósticas
 Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência
ou previsão de afastamento de casa ou de figuras
importantes de apego. Eles se preocupam com o
bem-estar ou a morte de figuras de apego,
particularmente quando separados delas, precisam
saber o paradeiro das suas figuras de apego e
querem ficar em contato com elas. Também se
preocupam com eventos indesejados consigo
mesmos, como perder-se, ser sequestrado ou sofrer
um acidente, que os impediriam de se reunir à sua
figura importante de apego.
 O transtorno de ansiedade de separação em
crianças pode levar à recusa de ir à escola, o que,
por sua vez, pode ocasionar dificuldades
acadêmicas e isolamento social. Quando
extremamente perturbadas pela perspectiva de
separação, as crianças podem demonstrar raiva ou,
às vezes, agressão em relação a quem está
forçando a separação.
 As crianças com esse transtorno podem ser
descritas como exigentes, intrusivas e com
necessidade de atenção constante . As demandas
excessivas do indivíduo com frequência se tornam
fonte de frustração para os membros da família,
levando a ressentimento e conflito familiar.
Sintomas físicos
 Sintomas físicos (p. ex., cefaleias, dores
abdominais, náusea, vômitos) são comuns em
crianças quando ocorre ou é prevista a separação
das figuras importantes de apego.
 Diferente de Fobia Social, em que a característica
essencial é um medo ou ansiedade acentuados ou
intensos de situações sociais nas quais o indivíduo
pode ser avaliado pelos outros. Em crianças, o
medo ou ansiedade deve ocorrer em contextos com
os pares, e não apenas durante interações com
adultos
Diagnóstico diferencial
 TOD
 TAG
 Transtorno de Pânico
 Agorafobia
 TEPT
 Luto
 Transtorno Depressivo e Bipolar
Transtorno de Ansiedade Generalizada
 (F41.1)
 Critérios Diagnósticos:
A. Ansiedade e preocupação excessivas
(expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos
dias por pelo menos seis meses, com diversos
eventos ou atividades (tais como desempenho
escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a
preocupação.
 C. A ansiedade e a preocupação estão associadas
com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas
(com pelo menos alguns deles presentes na maioria
dos dias nos últimos seis meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da
pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na
mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o
sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
 D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas
físicos causam sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
 E. A perturbação não se deve aos efeitos
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou a outra condição médica
(p. ex., hipertireoidismo).
 F. A perturbação não é mais bem explicada por outro
transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação
quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico,
avaliação negativa no transtorno de ansiedade social
[fobia social], contaminação ou outras obsessões no
transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras
de apego no transtorno de ansiedade de separação,
lembranças de eventos traumáticos no transtorno de
estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia
nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas
somáticos, percepção de problemas na aparência no
transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no
transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de
crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno
delirante).
Características Diagnósticas
 As características essenciais do transtorno de
ansiedade generalizada são ansiedade e
preocupação excessivas (expectativa apreensiva)
acerca de diversos eventos ou atividades. A
intensidade, duração ou frequência da ansiedade e
preocupação é desproporcional à probabilidade real
ou ao impacto do evento antecipado.
 As crianças com o transtorno tendem a se
preocupar excessivamente com sua
competência ou a qualidade de seu
desempenho.
Sintomas físicos
 Pode haver tremores, contrações, abalos e dores
musculares, nervosismo ou irritabilidade associados
a tensão muscular. Muitos indivíduos com transtorno
de ansiedade generalizada também experimentam
sintomas somáticos (p. ex., sudorese, náusea,
diarreia) e uma resposta de sobressalto exagerada.
Sintomas de excitabilidade autonômica aumentada
(p. ex., batimentos cardíacos acelerados, falta de ar,
tonturas)
 Quanto mais cedo na vida os indivíduos têm
sintomas que satisfazem os critérios para transtorno
de ansiedade generalizada, mais tendem a ter
comorbidade e mais provavelmente serão
prejudicados.
 As crianças com o transtorno podem ser
excessivamente conformistas, perfeccionistas e
inseguras, apresentando tendência a refazer tarefas
em razão de excessiva insatisfação com um
desempenho menos que perfeito. Elas demonstram
zelo excessivo na busca de aprovação e exigem
constantes garantias sobre seu desempenho e
outras preocupações.
 Consequências Funcionais do Transtorno de
Ansiedade Generalizada
A preocupação excessiva prejudica a capacidade do
indivíduo de fazer as coisas de forma rápida e
eficiente, seja em casa, seja no trabalho. A
preocupação toma tempo e energia; os sintomas
associados de tensão muscular e sensação de estar
com os nervos à flor da pele, cansaço, dificuldade
em concentrar-se e perturbação do sono contribuem
para o prejuízo.
 Autoestima, auto-eficácia, assertividade, confiança
nos relacionamentos e sensação de pertencimento
são alguns dos componentes de um crescimento
saudável diretamente afetados quando a ansiedade
transforma os mínimos desafios do dia a dia em
obstáculos intransponíveis desde cedo.
A criança e a Família
 Você tem a sensação que seu filho é um “mini
adultos?
 Você se percebe falando várias vezes “não se
preocupa com isso? “isso é assunto de adulto”?
 Seu filho apresenta preocupação excessiva com
compromissos, não aceita flexibilizar regras?
 Seu filho tem necessidade que você confirme muitas
vezes se tal situação não tem ou tem algum perigo?
Diagnóstico
 Abordagens comportamentais:
A TCC para transtornos de ansiedade conta com a
psicoeducação, reconhecimento e manejo das
emoções, identificação de cognições distorcidas que
aumentam a ansiedade, automonitoramento e
reforço, e preparação para reveses. A TCC focada
na criança com o envolvimento parental obtém
resultados significativos na redução da ansiedade
infantil.
A criança e a Família
 Seu filho demonstra preocupação excessiva com
saúde e segurança, eventos catastróficos mesmo
quando ocorrem em regiões muito distantes?
 Seu filho se preocupa de forma excessiva a com a
situação financeira familiar?
 Seu filho se preocupa excessivamente com o
futuro?
O sintoma, muitas vezes, é visto como “qualidade”
pelos pais. Favorecendo a continuidade dos
comportamentos disfuncionais.
No tratamento, os pais podem exercer os seguintes papéis:
 Facilitadores: com base na psicoeducação, os pais recebem
as informações importantes para que possam ativamente
promover as habilidades aprendidas fora das sessões clínicas
e estimular o filho a usá-las.
 Coterapeutas: os pais são envolvidos com maior proximidade
das sessões e incentivados a monitorar, estimular e reforçar o
uso que o filho faz das habilidades de enfrentamento fora das
sessões do tratamento, desenvolvendo e apoiando a
aquisição de novas habilidades por parte da criança.
 Coclientes: os pais se aproximam diretamente dos
comportamentos parentais, o que, acredita-se, contribui para
o desenvolvimento e a manutenção da ansiedade do filho.
Dessa forma, os pais também aprendem novas habilidades
para tratar de dificuldades familiares ou pessoais importantes.
 Após a criança entender os sentimentos ansiosos e
aprender a manejá-los, o foco principal das
intervenções passa a ser o aprimoramento cognitivo
 Ajudar a criança a identificar a melhor forma de
comunicar seus pensamentos, mudar seus
pensamentos inúteis para pensamentos úteis,
promover um autodiálogo positivo, além de
exemplos sobre como identificar distorções e
predisposições cognitivas comuns.
Psicanálise
 Ansiedade como relação entre a angústia de
castração, onde a privação ou perda do objeto
equivale à separação da mãe, fazendo com que o
indivíduo vivencie a sensação do desamparo.
 Individuo apresenta evitação fóbica, ou seja,
evitando situações onde se percebe algum risco de
vida e onde não haveria ajuda ou suporte de
alguém.
 Situações rotineiras podem apresentar-se como
ameaças constantes, fazendo com que o ansioso se
encontre em um estado paralisante.
 Em base, a ansiedade é uma reação ao perigo e
esta é intermediada pelo ego que age para evitar ou
afastar-se de tal situação estressora. Sendo assim,
os sintomas são manifestos para a se evitar tal
situação de perigo, e este, encontra-se internalizado
no indivíduo e o mesmo acaba por permanecer no
estado de infância, que se caracteriza pelo
desamparo motor e psíquico.
 Traumas da infância é resultado do conflito das
inclinações do Id e as ameaças de punição do
Superego, onde o Id deseja algo que o Superego
reprova e por consequência é evocado no Ego
uma sensação desconfortável relacionada ao
medo, como se a punição estivesse para acontecer
(ameaça). Assim, o Ego acaba por criar mecanismos
de defesa para alívio destes sentimentos de temor e
grande sofrimento. Tais mecanismos são criados
pelo Ego para evitar o contato com os aspectos da
personalidade assim reprovados pelo Superego e
assim geradores de ansiedade.
 Mecanismos de defesa de regressão e repressão.
O inconsciente traz à tona os conteúdos recalcados
em forma de sintomas, dentro do contexto da
ansiedade generalizada. Freud (1926) ressalta a
ansiedade como problema central da neurose.
 para Winnicott (2000), a ansiedade decorre de
possíveis falhas nas técnicas de cuidado, como por
exemplo, falha em dar apoio vital contínuo que faz
parte da maternagem.
 Em psicanálise, procura-se criar com o paciente
condições para que ele possa subjetivar e refletir
quanto a condição de desamparo.
 https://www.redalyc.org/pdf/1938/193826310001.pdf
 http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arqui
vos_destaque/FYY6Zr6VVlSRzo9_2020-1-18-8-48-
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  • 1. Transtorno de Ansiedade na Infância Prof. Esp. Jéssica Teles Dassi
  • 2. Transtorno de Ansiedade  Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. (DSM-V)  Luta ou fuga  Tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro  E comportamentos de cautela ou esquiva
  • 3. Transtornos de Ansiedade  Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta.  No capítulo “Transtornos de Ansiedade” encontramos: transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo. Fobia específica, transtorno de ansiedade social, transtorno de pânico, agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento.
  • 4.  A ansiedade é um transtorno mental de etiologia multifatorial determinadas tanto por questões ambientais quanto por herança biológica: ter um dos pais com transtorno de ansiedade aumenta em muito o risco de uma criança ser ansiosa. Isso acontece mesmo quando a criança não é criada por seus pais biológicos, evidenciando a grande herdabilidade desse quadro.
  • 5. Transtorno de Ansiedade de Separação  (F93.0)  Critérios Diagnósticos:  A perturbação pode durar por um período de pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes com menos de 18 anos A. Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação daqueles com quem o indivíduo tem apego, evidenciados por três (ou mais) dos seguintes aspectos:
  • 6.
  • 7.  As crianças com transtorno de ansiedade de separação podem exibir comportamento de agarrar- se, ficando perto ou “sendo a sombra” dos pais por toda a casa ou precisando que alguém esteja com elas quando vão para outro cômodo na casa. Elas têm relutância ou recusa persistente em dormir à noite sem estarem perto de uma figura importante de apego ou em dormir fora de casa.  Pode haver pesadelos repetidos nos quais o conteúdo expressa a ansiedade de separação
  • 8. Características Diagnósticas  Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego. Eles se preocupam com o bem-estar ou a morte de figuras de apego, particularmente quando separados delas, precisam saber o paradeiro das suas figuras de apego e querem ficar em contato com elas. Também se preocupam com eventos indesejados consigo mesmos, como perder-se, ser sequestrado ou sofrer um acidente, que os impediriam de se reunir à sua figura importante de apego.
  • 9.  O transtorno de ansiedade de separação em crianças pode levar à recusa de ir à escola, o que, por sua vez, pode ocasionar dificuldades acadêmicas e isolamento social. Quando extremamente perturbadas pela perspectiva de separação, as crianças podem demonstrar raiva ou, às vezes, agressão em relação a quem está forçando a separação.  As crianças com esse transtorno podem ser descritas como exigentes, intrusivas e com necessidade de atenção constante . As demandas excessivas do indivíduo com frequência se tornam fonte de frustração para os membros da família, levando a ressentimento e conflito familiar.
  • 10. Sintomas físicos  Sintomas físicos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea, vômitos) são comuns em crianças quando ocorre ou é prevista a separação das figuras importantes de apego.  Diferente de Fobia Social, em que a característica essencial é um medo ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. Em crianças, o medo ou ansiedade deve ocorrer em contextos com os pares, e não apenas durante interações com adultos
  • 11. Diagnóstico diferencial  TOD  TAG  Transtorno de Pânico  Agorafobia  TEPT  Luto  Transtorno Depressivo e Bipolar
  • 12. Transtorno de Ansiedade Generalizada  (F41.1)  Critérios Diagnósticos: A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
  • 13.  C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). Nota: Apenas um item é exigido para crianças. 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 2. Fatigabilidade. 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 4. Irritabilidade. 5. Tensão muscular. 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
  • 14.  D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.  E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
  • 15.  F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação, lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante).
  • 16. Características Diagnósticas  As características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades. A intensidade, duração ou frequência da ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado.  As crianças com o transtorno tendem a se preocupar excessivamente com sua competência ou a qualidade de seu desempenho.
  • 17. Sintomas físicos  Pode haver tremores, contrações, abalos e dores musculares, nervosismo ou irritabilidade associados a tensão muscular. Muitos indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada também experimentam sintomas somáticos (p. ex., sudorese, náusea, diarreia) e uma resposta de sobressalto exagerada. Sintomas de excitabilidade autonômica aumentada (p. ex., batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, tonturas)
  • 18.  Quanto mais cedo na vida os indivíduos têm sintomas que satisfazem os critérios para transtorno de ansiedade generalizada, mais tendem a ter comorbidade e mais provavelmente serão prejudicados.  As crianças com o transtorno podem ser excessivamente conformistas, perfeccionistas e inseguras, apresentando tendência a refazer tarefas em razão de excessiva insatisfação com um desempenho menos que perfeito. Elas demonstram zelo excessivo na busca de aprovação e exigem constantes garantias sobre seu desempenho e outras preocupações.
  • 19.  Consequências Funcionais do Transtorno de Ansiedade Generalizada A preocupação excessiva prejudica a capacidade do indivíduo de fazer as coisas de forma rápida e eficiente, seja em casa, seja no trabalho. A preocupação toma tempo e energia; os sintomas associados de tensão muscular e sensação de estar com os nervos à flor da pele, cansaço, dificuldade em concentrar-se e perturbação do sono contribuem para o prejuízo.
  • 20.  Autoestima, auto-eficácia, assertividade, confiança nos relacionamentos e sensação de pertencimento são alguns dos componentes de um crescimento saudável diretamente afetados quando a ansiedade transforma os mínimos desafios do dia a dia em obstáculos intransponíveis desde cedo.
  • 21. A criança e a Família  Você tem a sensação que seu filho é um “mini adultos?  Você se percebe falando várias vezes “não se preocupa com isso? “isso é assunto de adulto”?  Seu filho apresenta preocupação excessiva com compromissos, não aceita flexibilizar regras?  Seu filho tem necessidade que você confirme muitas vezes se tal situação não tem ou tem algum perigo?
  • 22. Diagnóstico  Abordagens comportamentais: A TCC para transtornos de ansiedade conta com a psicoeducação, reconhecimento e manejo das emoções, identificação de cognições distorcidas que aumentam a ansiedade, automonitoramento e reforço, e preparação para reveses. A TCC focada na criança com o envolvimento parental obtém resultados significativos na redução da ansiedade infantil.
  • 23. A criança e a Família  Seu filho demonstra preocupação excessiva com saúde e segurança, eventos catastróficos mesmo quando ocorrem em regiões muito distantes?  Seu filho se preocupa de forma excessiva a com a situação financeira familiar?  Seu filho se preocupa excessivamente com o futuro? O sintoma, muitas vezes, é visto como “qualidade” pelos pais. Favorecendo a continuidade dos comportamentos disfuncionais.
  • 24. No tratamento, os pais podem exercer os seguintes papéis:  Facilitadores: com base na psicoeducação, os pais recebem as informações importantes para que possam ativamente promover as habilidades aprendidas fora das sessões clínicas e estimular o filho a usá-las.  Coterapeutas: os pais são envolvidos com maior proximidade das sessões e incentivados a monitorar, estimular e reforçar o uso que o filho faz das habilidades de enfrentamento fora das sessões do tratamento, desenvolvendo e apoiando a aquisição de novas habilidades por parte da criança.  Coclientes: os pais se aproximam diretamente dos comportamentos parentais, o que, acredita-se, contribui para o desenvolvimento e a manutenção da ansiedade do filho. Dessa forma, os pais também aprendem novas habilidades para tratar de dificuldades familiares ou pessoais importantes.
  • 25.  Após a criança entender os sentimentos ansiosos e aprender a manejá-los, o foco principal das intervenções passa a ser o aprimoramento cognitivo  Ajudar a criança a identificar a melhor forma de comunicar seus pensamentos, mudar seus pensamentos inúteis para pensamentos úteis, promover um autodiálogo positivo, além de exemplos sobre como identificar distorções e predisposições cognitivas comuns.
  • 26. Psicanálise  Ansiedade como relação entre a angústia de castração, onde a privação ou perda do objeto equivale à separação da mãe, fazendo com que o indivíduo vivencie a sensação do desamparo.  Individuo apresenta evitação fóbica, ou seja, evitando situações onde se percebe algum risco de vida e onde não haveria ajuda ou suporte de alguém.  Situações rotineiras podem apresentar-se como ameaças constantes, fazendo com que o ansioso se encontre em um estado paralisante.
  • 27.  Em base, a ansiedade é uma reação ao perigo e esta é intermediada pelo ego que age para evitar ou afastar-se de tal situação estressora. Sendo assim, os sintomas são manifestos para a se evitar tal situação de perigo, e este, encontra-se internalizado no indivíduo e o mesmo acaba por permanecer no estado de infância, que se caracteriza pelo desamparo motor e psíquico.
  • 28.  Traumas da infância é resultado do conflito das inclinações do Id e as ameaças de punição do Superego, onde o Id deseja algo que o Superego reprova e por consequência é evocado no Ego uma sensação desconfortável relacionada ao medo, como se a punição estivesse para acontecer (ameaça). Assim, o Ego acaba por criar mecanismos de defesa para alívio destes sentimentos de temor e grande sofrimento. Tais mecanismos são criados pelo Ego para evitar o contato com os aspectos da personalidade assim reprovados pelo Superego e assim geradores de ansiedade.
  • 29.  Mecanismos de defesa de regressão e repressão. O inconsciente traz à tona os conteúdos recalcados em forma de sintomas, dentro do contexto da ansiedade generalizada. Freud (1926) ressalta a ansiedade como problema central da neurose.
  • 30.  para Winnicott (2000), a ansiedade decorre de possíveis falhas nas técnicas de cuidado, como por exemplo, falha em dar apoio vital contínuo que faz parte da maternagem.  Em psicanálise, procura-se criar com o paciente condições para que ele possa subjetivar e refletir quanto a condição de desamparo.