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TÍTULO: ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL NO SISTEMA
PÚBLICO DE SAÚDE.
TÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA:
SUBÁREA: PsicologiaSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU - USJTINSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): LUCAS JOSÉ DA SILVA, MARIA CAMILA MESSINA QUAIOTTI, RAFAEL FRANCISCO DA
CRUZ, SUELLEN DE SOUZA LOPES
AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): ANGELICA CASTILHO ALONSOORIENTADOR(ES):
I
Resumo
O atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no
serviço público de saúde não acontece apenas pelo atendimento do psicólogo, e sim
através de uma equipe multidisciplinar que compõe o serviço público de saúde. Foi
realizada uma revisão da literatura das produções científicas publicadas nas bases
de dados acessadas pela biblioteca virtual, objetivando-se avaliar as seguintes
variáveis: tipo de estudo, autoria e gênero, estruturas discursivas dos resumos, tipos
de pesquisa estatística e tipo de análise de dados. Utilizou-se para realização desta
pesquisa o levantamento de artigos de revisão de literatura, publicadas nas bases
de dados Lilacs, Scielo e Pepsic, onde foram selecionados 10 artigos, dentro dos 84
identificados. Na análise dos artigos houve uma predominância de 90% em relação
ao sexo feminino; em relação à autoria, evidenciou-se que 50% dos artigos são de
autoria múltipla. Dos dados levantados, 80% foram utilizados como instrumento de
avaliação: questionários e entrevistas e 60% de análise qualitativa; 80% dos estudos
foram transversais e 60% das análises foram qualitativas. Observou-se que dos 10
artigos selecionados, 80% foram registrados como estudos transversais e, por ser
um dado estatístico alto, notou-se a necessidade de produção de estudos
experimentais para possíveis intervenções de melhoria no serviço público de saúde.
Palavras Chaves: transtorno mental, serviços de atendimento,
atendimento psicológico, serviço público de saúde, sistema único de saúde,
psicoterapia, assistência ao paciente.
II
1. Introdução
As práticas de atuação no Sistema Único de Saúde visam fortalecer o
compromisso com os direitos de cidadania e controle social, com caráter
participativo e a criação de um sistema de saúde em rede, que supere o isolamento
dos serviços em níveis de atenção, alteração do entendimento de saúde como
ausência de doença, para a ampliação e fortalecimento da concepção de saúde
como produção social, econômica e cultural, com desafios de realizar um trabalho
integrado entre os serviços prestados pelos profissionais, promovendo bem-estar e
melhor escuta ao paciente, acolhendo suas singularidades por meio de um trabalho
interdisciplinar e considerar um profissional capacitado para o exercício de sua
profissão.
A atuação do psicólogo depende, impreterivelmente, do sucesso em
relação à saúde do paciente, proporcionando um olhar para os aspectos
psicológicos relacionados, direta ou indiretamente, ao seu quadro. É importante
também que o psicólogo integre os demais profissionais para sua área de
especialidade, a fim de somar esforços de maneira sincronizada e integral,
contribuindo para a realização de práticas mais integradas que levem a ações
verdadeiramente transformadoras. Com a ideia da formação do Sistema Único de
Saúde (SUS), ocorrida em 1986, a sua implantação aconteceu dois anos mais tarde,
garantida pela Constituição, estabelecendo a saúde como um direito social,
universal, a ser oferecido pelo Estado. Foi, então, criado o SUS, cuja função era de
organizar as ações e serviços de saúde de modo descentralizado e com direção
única, em cada esfera de governo, além das diretrizes de atendimento integral e
participação da comunidade. Dessa forma, a saúde passa a ser vista como direito ao
cidadão. (PIRES; BRAGA, 2009).
Com o advento da reforma psiquiátrica, houve a tentativa de definir
estratégias que visassem o fortalecimento da rede de assistência pública no Brasil.
Nesta tentativa começou a implantação do SUS e fez avançar, em grande extensão
territorial, uma série de experiências na área de saúde mental, fundamentadas na
práxis do tratamento e reabilitação psicossocial. Em decorrência desse fato, os
profissionais se depararam com uma grande demanda em saúde mental, surgindo a
necessidade de realizar intervenções com foco não só na doença, mas na melhoria
III
da qualidade de vida desses indivíduos e seus familiares. Assim é que as
contribuições da psicologia para a saúde pública tornaram-se apropriadas tanto em
âmbito preventivo como curativo. (VIZZOTO ET AL, 2011).
Os psicólogos ainda apresentam crenças e práticas enraizadas no
atendimento clínico de modelo curativo, com isso existem alguns impasses que
permeiam a atuação do psicólogo no SUS. Um deles é o acadêmico, a formação nos
cursos de graduação privilegia a clínica privada e o atendimento individualizado,
contrastando com o modelo psicossocial de integralidade e humanização
preconizada pelo SUS. Tendo em vista um assunto bastante questionado na
sociedade, porém pouco discutido como forma de expansão e melhorias, podemos
ampliar o conhecimento com possibilidades de ser utilizado como base para futuras
pesquisas acadêmicas. (VIZZOTO ET AL, 2011).
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos
de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde, descrito
pelo Ministério da Saúde. Toda a população brasileira tem o direito à saúde
universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos do país.
(FLEURY; OURVENEY, 2012).
Atualmente, a população brasileira encontra-se insatisfeita com o SUS,
e, por meio desses índices cabe uma reflexão sobre o que os psicólogos podem
contribuir para a melhoria do atendimento humanizado e exercício da profissão
dentro do SUS, onde as queixas estão sempre ligadas ao acesso difícil, vinculadas à
demora do atendimento, até o descaso dos profissionais. Partimos do pressuposto
de que o SUS em si não é um problema, ao contrário, é uma grande solução para o
nosso país. Em uma perspectiva da qual o indivíduo é de singularidade e totalidade,
o ser humano não deve ser comparado com uma máquina ou categorizado por um
transtorno, pois é um ser multidimensional (bio-psico-social-cultural-espiritual) onde
suas diversas dimensões interagem sinergicamente, sendo um ser que se constrói a
relação com o outro e com o meio, e a qualidade desta interação irá influenciar
diretamente o seu desenvolvimento enquanto pessoa. Considerando todo o cenário,
indagamos como os projetos terapêuticos estão sendo construídos pelas equipes
dos serviços de saúde mental.
IV
2. Objetivo
Esta pesquisa visa colaborar com a produção científica direcionada ao
trabalho do psicólogo no atendimento ao paciente com transtorno mental na rede de
saúde pública.
2.1 Objetivos Específicos
Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: autoria
(única, coautoria, múltipla), sexo (masculino, feminino, indefinido), tipo de pesquisa,
tipo de análise de dados e instrumentos de avaliação.
3. Metodologia
3.1 Tipo de Estudo e local
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, realizado na
Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.
3.2 Procedimentos
Este estudo consiste em uma pesquisa do tipo descritiva de estratégia
documental para produção cientifica, realizada com artigos científicos sobre
atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de
Saúde, a partir das bases de dados Lilacs e Scielo e Pepsic.
Não foram utilizados limitadores temporais. Dessa forma, todo o
conteúdo das bases consultadas contendo as palavras utilizadas para a busca foi
contemplado.
4. Desenvolvimento
Para levantamento dos dados, no presente estudo, foram utilizados os
descritores “transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico,
serviço público de saúde, psicoterapia e assistência aos pacientes”, limitados ao
idioma português. Foram incluídos estudos com seres humanos, contendo textos
completos e tema compatível com o pesquisado.
V
Inicialmente foram encontrados 84 estudos, a primeira seleção foi
retirar os títulos não condizentes e em duplicidade da base de dados, na qual
sobraram 49 artigos.
Destes, após a leitura do resumo foram excluídos 19 artigos, que não
abordaram o tema compatível ao pesquisado.
Restaram 30 artigos, que foram lidos na íntegra e excluídos aqueles
que não atendiam ao objetivo. Ao final do levantamento, totalizou-se 10 artigos
científicos.
Figura 1. Organograma da seleção de artigos sobre o atendimento
psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.
Descritores: transtorno
mental, serviços de atendimento,
atendimento psicológico, serviço
público de saúde, sistema único
de saúde, psicoterapia,
assistência ao paciente.
Lilacs: 28 Scielo: 31 Pepsic: 25
Critérios de inclusão:
 Estudos que
abordassem o
atendimento
psicológico e suas
práticas dentro do
contexto SUS.
 Estudos que
abordassem
psicoterapias em
indivíduos com
transtorno mental,
atendidos pelo SUS.
Critérios de exclusão:
 Artigos duplicados
 Outros tipos de
psicopatologia
(transtornos de
desenvolvimento)
 Patologias não
associadas aos critérios
• Estudos nos quais não
se aplica, ou se faz
presente a prática ou
implementação da
psicologia no serviço de
atendimento
público/SUS.
Após a leitura do título
foram excluídos:
35 artigos
Após a leitura do resumo
foram excluídos:
19 artigos
Leitura na íntegra:
30 artigos
Foram selecionados para
pesquisa:
10 artigos
VI
5. Resultados
Na tabela 1 nota-se a prevalência do sexo feminino, tanto na coautoria
quanto em múltiplos autores.
Tabela 1. Tipos de autoria e gêneros sobre atendimento psicológico ao paciente
com transtorno mental no Serviço Público de Saúde.
Variáveis Feminino Masculino Indefinido
Autoria única 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%)
Coautoria 4 (40%) 1 (10%) 0 (0%)
Múltiplos autores 5 (50%) 0 (0%) 0 (0%)
Total 9 (90%) 1 (10%) 0 (0%)
Quanto ao tipo de estudo, prevaleceu o estudo transversal com 80%.
Figura 2. Tipo de estudo referente ao atendimento psicológico ao
paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.
VII
Referente à análise de dados, nota-se uma prevalência de uma análise
qualitativa e não houve incidência de análise quantitativa.
Figura 3. Tipo de análise de dados sobre o atendimento psicológico ao
paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.
6. Considerações finais
Podemos concluir que mediante aos resultados apresentados na
análise de produção científica, referente ao atendimento psicológico ao paciente
com transtorno mental no serviço público de saúde, existem poucas publicações que
levantam a temática no Brasil. Por meio das variáveis, evidenciamos que houve uma
predominância em publicações de múltipla autoria, sexo feminino, estudos
transversais e de análise qualitativa, onde a produção de artigos referentes ao tema
mostrou-se rica em informações, porém sem nenhum aprofundamento, o que nos
mostra uma vertente ainda a ser explorada, e um campo de pesquisas com diversas
possibilidades na produção de conhecimento na área de estudo experimental.
A insatisfação com o atendimento psicológico no sistema publico de
saúde se dá pela falta de investimentos financeiros em estruturas e organizações de
saúde mental, de subsídios acadêmicos para o aperfeiçoamento dos profissionais da
área, bem como intervenções de motivação, inclusão e um atendimento adequado
ao paciente, respeitando a sua subjetividade, suas limitações e dando o suporte com
VIII
o auxílio de equipe multidisciplinar não somente para o paciente, como também
para a família, que em diversos casos não sabe como tratar um paciente com
transtorno mental para que o sofrimento do mesmo seja amenizado.
7. Fontes consultadas
Fleury, Sonia, & Ouverney, Assis. (2012). O sistema único de saúde brasileiro:
Desafios da gestão em rede. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa,
11(2-3), 74-83. Recuperado em 30 de agosto de 2018, de
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
44642012000200007&lng=pt&tlng=pt.
Pires, Ana Cláudia Tolentino, Braga, Tânia Moron Saes. (2009). O psicólogo na
saúde pública: formação e inserção profissional. Temas em Psicologia, vol. 17, no.1,
Ribeirão Preto. Recuperado em 22 de novembro de 2017 de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2009000100013
Vizzotto, Marília Martins, Coga, Shirley M., Bonfim, Tania Elena, & Heleno, Maria
Geralda Viana. (2011). Avaliação do trabalho do psicólogo em unidades de saúde
pública. Psicólogo informação, 15 (15), 111-127. Recuperado em 30 de agosto de
2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
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Atendimento psicológico no SUS

  • 1. TÍTULO: ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE. TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA: SUBÁREA: PsicologiaSUBÁREA: INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU - USJTINSTITUIÇÃO(ÕES): AUTOR(ES): LUCAS JOSÉ DA SILVA, MARIA CAMILA MESSINA QUAIOTTI, RAFAEL FRANCISCO DA CRUZ, SUELLEN DE SOUZA LOPES AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): ANGELICA CASTILHO ALONSOORIENTADOR(ES):
  • 2. I Resumo O atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no serviço público de saúde não acontece apenas pelo atendimento do psicólogo, e sim através de uma equipe multidisciplinar que compõe o serviço público de saúde. Foi realizada uma revisão da literatura das produções científicas publicadas nas bases de dados acessadas pela biblioteca virtual, objetivando-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de estudo, autoria e gênero, estruturas discursivas dos resumos, tipos de pesquisa estatística e tipo de análise de dados. Utilizou-se para realização desta pesquisa o levantamento de artigos de revisão de literatura, publicadas nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pepsic, onde foram selecionados 10 artigos, dentro dos 84 identificados. Na análise dos artigos houve uma predominância de 90% em relação ao sexo feminino; em relação à autoria, evidenciou-se que 50% dos artigos são de autoria múltipla. Dos dados levantados, 80% foram utilizados como instrumento de avaliação: questionários e entrevistas e 60% de análise qualitativa; 80% dos estudos foram transversais e 60% das análises foram qualitativas. Observou-se que dos 10 artigos selecionados, 80% foram registrados como estudos transversais e, por ser um dado estatístico alto, notou-se a necessidade de produção de estudos experimentais para possíveis intervenções de melhoria no serviço público de saúde. Palavras Chaves: transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, sistema único de saúde, psicoterapia, assistência ao paciente.
  • 3. II 1. Introdução As práticas de atuação no Sistema Único de Saúde visam fortalecer o compromisso com os direitos de cidadania e controle social, com caráter participativo e a criação de um sistema de saúde em rede, que supere o isolamento dos serviços em níveis de atenção, alteração do entendimento de saúde como ausência de doença, para a ampliação e fortalecimento da concepção de saúde como produção social, econômica e cultural, com desafios de realizar um trabalho integrado entre os serviços prestados pelos profissionais, promovendo bem-estar e melhor escuta ao paciente, acolhendo suas singularidades por meio de um trabalho interdisciplinar e considerar um profissional capacitado para o exercício de sua profissão. A atuação do psicólogo depende, impreterivelmente, do sucesso em relação à saúde do paciente, proporcionando um olhar para os aspectos psicológicos relacionados, direta ou indiretamente, ao seu quadro. É importante também que o psicólogo integre os demais profissionais para sua área de especialidade, a fim de somar esforços de maneira sincronizada e integral, contribuindo para a realização de práticas mais integradas que levem a ações verdadeiramente transformadoras. Com a ideia da formação do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorrida em 1986, a sua implantação aconteceu dois anos mais tarde, garantida pela Constituição, estabelecendo a saúde como um direito social, universal, a ser oferecido pelo Estado. Foi, então, criado o SUS, cuja função era de organizar as ações e serviços de saúde de modo descentralizado e com direção única, em cada esfera de governo, além das diretrizes de atendimento integral e participação da comunidade. Dessa forma, a saúde passa a ser vista como direito ao cidadão. (PIRES; BRAGA, 2009). Com o advento da reforma psiquiátrica, houve a tentativa de definir estratégias que visassem o fortalecimento da rede de assistência pública no Brasil. Nesta tentativa começou a implantação do SUS e fez avançar, em grande extensão territorial, uma série de experiências na área de saúde mental, fundamentadas na práxis do tratamento e reabilitação psicossocial. Em decorrência desse fato, os profissionais se depararam com uma grande demanda em saúde mental, surgindo a necessidade de realizar intervenções com foco não só na doença, mas na melhoria
  • 4. III da qualidade de vida desses indivíduos e seus familiares. Assim é que as contribuições da psicologia para a saúde pública tornaram-se apropriadas tanto em âmbito preventivo como curativo. (VIZZOTO ET AL, 2011). Os psicólogos ainda apresentam crenças e práticas enraizadas no atendimento clínico de modelo curativo, com isso existem alguns impasses que permeiam a atuação do psicólogo no SUS. Um deles é o acadêmico, a formação nos cursos de graduação privilegia a clínica privada e o atendimento individualizado, contrastando com o modelo psicossocial de integralidade e humanização preconizada pelo SUS. Tendo em vista um assunto bastante questionado na sociedade, porém pouco discutido como forma de expansão e melhorias, podemos ampliar o conhecimento com possibilidades de ser utilizado como base para futuras pesquisas acadêmicas. (VIZZOTO ET AL, 2011). O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde, descrito pelo Ministério da Saúde. Toda a população brasileira tem o direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos do país. (FLEURY; OURVENEY, 2012). Atualmente, a população brasileira encontra-se insatisfeita com o SUS, e, por meio desses índices cabe uma reflexão sobre o que os psicólogos podem contribuir para a melhoria do atendimento humanizado e exercício da profissão dentro do SUS, onde as queixas estão sempre ligadas ao acesso difícil, vinculadas à demora do atendimento, até o descaso dos profissionais. Partimos do pressuposto de que o SUS em si não é um problema, ao contrário, é uma grande solução para o nosso país. Em uma perspectiva da qual o indivíduo é de singularidade e totalidade, o ser humano não deve ser comparado com uma máquina ou categorizado por um transtorno, pois é um ser multidimensional (bio-psico-social-cultural-espiritual) onde suas diversas dimensões interagem sinergicamente, sendo um ser que se constrói a relação com o outro e com o meio, e a qualidade desta interação irá influenciar diretamente o seu desenvolvimento enquanto pessoa. Considerando todo o cenário, indagamos como os projetos terapêuticos estão sendo construídos pelas equipes dos serviços de saúde mental.
  • 5. IV 2. Objetivo Esta pesquisa visa colaborar com a produção científica direcionada ao trabalho do psicólogo no atendimento ao paciente com transtorno mental na rede de saúde pública. 2.1 Objetivos Específicos Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: autoria (única, coautoria, múltipla), sexo (masculino, feminino, indefinido), tipo de pesquisa, tipo de análise de dados e instrumentos de avaliação. 3. Metodologia 3.1 Tipo de Estudo e local Trata-se de um estudo de revisão de literatura, realizado na Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil. 3.2 Procedimentos Este estudo consiste em uma pesquisa do tipo descritiva de estratégia documental para produção cientifica, realizada com artigos científicos sobre atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde, a partir das bases de dados Lilacs e Scielo e Pepsic. Não foram utilizados limitadores temporais. Dessa forma, todo o conteúdo das bases consultadas contendo as palavras utilizadas para a busca foi contemplado. 4. Desenvolvimento Para levantamento dos dados, no presente estudo, foram utilizados os descritores “transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, psicoterapia e assistência aos pacientes”, limitados ao idioma português. Foram incluídos estudos com seres humanos, contendo textos completos e tema compatível com o pesquisado.
  • 6. V Inicialmente foram encontrados 84 estudos, a primeira seleção foi retirar os títulos não condizentes e em duplicidade da base de dados, na qual sobraram 49 artigos. Destes, após a leitura do resumo foram excluídos 19 artigos, que não abordaram o tema compatível ao pesquisado. Restaram 30 artigos, que foram lidos na íntegra e excluídos aqueles que não atendiam ao objetivo. Ao final do levantamento, totalizou-se 10 artigos científicos. Figura 1. Organograma da seleção de artigos sobre o atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde. Descritores: transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, sistema único de saúde, psicoterapia, assistência ao paciente. Lilacs: 28 Scielo: 31 Pepsic: 25 Critérios de inclusão:  Estudos que abordassem o atendimento psicológico e suas práticas dentro do contexto SUS.  Estudos que abordassem psicoterapias em indivíduos com transtorno mental, atendidos pelo SUS. Critérios de exclusão:  Artigos duplicados  Outros tipos de psicopatologia (transtornos de desenvolvimento)  Patologias não associadas aos critérios • Estudos nos quais não se aplica, ou se faz presente a prática ou implementação da psicologia no serviço de atendimento público/SUS. Após a leitura do título foram excluídos: 35 artigos Após a leitura do resumo foram excluídos: 19 artigos Leitura na íntegra: 30 artigos Foram selecionados para pesquisa: 10 artigos
  • 7. VI 5. Resultados Na tabela 1 nota-se a prevalência do sexo feminino, tanto na coautoria quanto em múltiplos autores. Tabela 1. Tipos de autoria e gêneros sobre atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Serviço Público de Saúde. Variáveis Feminino Masculino Indefinido Autoria única 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) Coautoria 4 (40%) 1 (10%) 0 (0%) Múltiplos autores 5 (50%) 0 (0%) 0 (0%) Total 9 (90%) 1 (10%) 0 (0%) Quanto ao tipo de estudo, prevaleceu o estudo transversal com 80%. Figura 2. Tipo de estudo referente ao atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.
  • 8. VII Referente à análise de dados, nota-se uma prevalência de uma análise qualitativa e não houve incidência de análise quantitativa. Figura 3. Tipo de análise de dados sobre o atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde. 6. Considerações finais Podemos concluir que mediante aos resultados apresentados na análise de produção científica, referente ao atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no serviço público de saúde, existem poucas publicações que levantam a temática no Brasil. Por meio das variáveis, evidenciamos que houve uma predominância em publicações de múltipla autoria, sexo feminino, estudos transversais e de análise qualitativa, onde a produção de artigos referentes ao tema mostrou-se rica em informações, porém sem nenhum aprofundamento, o que nos mostra uma vertente ainda a ser explorada, e um campo de pesquisas com diversas possibilidades na produção de conhecimento na área de estudo experimental. A insatisfação com o atendimento psicológico no sistema publico de saúde se dá pela falta de investimentos financeiros em estruturas e organizações de saúde mental, de subsídios acadêmicos para o aperfeiçoamento dos profissionais da área, bem como intervenções de motivação, inclusão e um atendimento adequado ao paciente, respeitando a sua subjetividade, suas limitações e dando o suporte com
  • 9. VIII o auxílio de equipe multidisciplinar não somente para o paciente, como também para a família, que em diversos casos não sabe como tratar um paciente com transtorno mental para que o sofrimento do mesmo seja amenizado. 7. Fontes consultadas Fleury, Sonia, & Ouverney, Assis. (2012). O sistema único de saúde brasileiro: Desafios da gestão em rede. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 11(2-3), 74-83. Recuperado em 30 de agosto de 2018, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645- 44642012000200007&lng=pt&tlng=pt. Pires, Ana Cláudia Tolentino, Braga, Tânia Moron Saes. (2009). O psicólogo na saúde pública: formação e inserção profissional. Temas em Psicologia, vol. 17, no.1, Ribeirão Preto. Recuperado em 22 de novembro de 2017 de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 389X2009000100013 Vizzotto, Marília Martins, Coga, Shirley M., Bonfim, Tania Elena, & Heleno, Maria Geralda Viana. (2011). Avaliação do trabalho do psicólogo em unidades de saúde pública. Psicólogo informação, 15 (15), 111-127. Recuperado em 30 de agosto de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 88092011000100008&lng=pt&tlng=pt