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Texto e Contexto
“Todo dizer é um fazer”
<> Introdução:<> Introdução:
Definição de Texto:
O texto em si não tem sentido, ele é construído na interação
sujeitos-texto.
Considerações que o leitor deve ter ao ler e produzir um texto:
> O Gênero textual;
> A Tematização proposta;
> A data de publicação;
> O meio de vinculação.
<> Concepção de Contexto:
Podemos compara o contexto com um ICEBERG, que tem uma pequena ponta para
fora e outra submersa.
<> História:
O início em que se estudava o texto.
Fase da Análise Transfrástica.
Pragmaticistas.
Dêiticos.
Expressões Indiciais.
Teoria dos Atos de Fala.
Teoria da Atividade Verbal.
Conceitos:
Análise Transfrástica:
É aquela que não se restringe aos limites de uma só frase ou período. Dessa
forma, passou-se a estudar as relações sintático-semânticas entre dois ou mais
enunciados.
Pragmaticistas:
Linguistas que estudam a língua não como sistema autônomo, mas por meio de
seu funcionamento em situações concretas de uso. Com isso, o texto passa a ser
visto como o lugar de interação entre sujeitos sociais.
Dêiticos:
São elementos da língua que têm por função localizar entidades no contexto e
espaço-temporal, social e discursivo.
Temos como exemplo: Pronomes pessoais, advérbios de lugar etc.
Apontam para elementos exteriores ao texto e mudam de sentido conforme o
contexto, ou seja, não possuem um valor semântico em si mesmos.
Expressões Indiciais:
São expressões com valor dêitico, como por exemplo, mais-acima, logo ali, lá
adiante etc.
Teoria dos Atos de Fala:
Postula que a língua é uma forma de ação dotada de intencionalidade, ou seja,
que “todo dizer é fazer”, e se dedicaram ao estudo dos tipos de ações que
podem ser realizadas através da linguagem.
Teoria da Atividade Verbal:
Parte do princípio de que a linguagem é uma atividade social realizada com
vista à realização de determinados fins, e de que o texto é o componente
verbalmente enunciado de um ato de comunicação pertinente a um “jogo de
atuação comunicativa”.
Texto, introdução:
Até aqui vimos que a leitura é uma atividade complexo de produção de sentidos, com
base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na forma de organização,
mas que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes.
Aliado a isso, o sentido de um texto, a priori, não existe, ele é construído na interação
sujeitos-texto. Sendo assim, para lê-lo e produzi-lo se faz necessário o contexto.
Na leitura e produção de sentido do texto, é solicitado que o leitor considere:
> O Gênero textual;
> A tematização proposta;
> A data de publicação;
> O meio de vinculação.
Sendo assim, independentemente de ser um texto verbal ou não-verbal, um autor faz uso
de uma multiplicidade de recursos de acordo com a mensagem que ele deseja, ou seja, o
contexto em que aquele texto está inserido.
Além disso, é muito importante que se tenha um conhecimento prévio, que poderão situar
os acontecimentos no tempo.
Contexto:
Podemos comparar o contexto com um iceberg, que tem uma pequena ponta para fora da
água (o explícito de um texto) e o resto que está submerso na água (o implícito). Então o
contexto é o iceberg como um todo, ou seja, aquilo que de alguma forma contribui para a
construção de sentido.
No início, em que se estudava o texto, chamado de Fase da Análise Transfrástica*, o
contexto era visto apenas como o entorno verbal, ou seja, o co-texto. O texto era
conceituado como um conjunto e combinação de frases, cuja coerência seriam obtidas por
meio da reiteração dos mesmos referentes ou do uso de elementos de relação entre seus
vários segmentos:
*Análise transfrástica: é aquela que não se restringe aos limites de uma só frase ou período.
Dessa forma, passou-se a estudar as relações sintático-semânticas entre dois ou mais
enunciados.
Paralelamente, contudo, os pragmaticistas* pregavam a necessidade de se considerar a
situação comunicativa para a atribuição de sentido a elementos textuais como os dêiticos* e
as expressões indiciais* de modo geral.
*Pragmaticistas: linguistas que estudam a língua não como sistema autônomo, mas por meio
de seu funcionamento em situações concretas de uso. Com isso, o texto passa a ser visto
como o lugar de interação entre sujeitos sociais.
*Dêiticos: São elementos da língua que têm por função localizar entidades no contexto
espaço-temporal, social e discursivos, como exemplo: pronomes pessoais, advérbios de
lugar etc. Apontam para elementos exteriores ao texto, e mudam de sentido conforme o
contexto, isto é, não possuem um valor semântico em si mesmos.
* Expressões Indiciais: São expressões com valor dêitico, como por exemplo, mais-acima,
logo ali, lá adiante etc.
Com o advento da Teoria dos Atos de Fala* e da Teoria da Atividade Verbal*, a Pragmática
voltou-se para o estudo e a descrição dos atos de fala, ou seja, para as ações que os
usuários da língua, em situações de interlocução, realizam por meio da linguagem, visto
que esta passou a ser considerada uma atividade intencional e social, visando
determinados fins.
*Teoria dos Atos de Fala: Postula que a língua é uma forma de ação dotada de
intencionalidade, ou seja, que “todo dizer é fazer”, e se dedicaram ao estudo dos tipos de
ações que podem ser realizadas através da linguagem.
*Teoria da Atividade Verbal: Parte do princípio de que a linguagem é uma atividade social
realizada com vista à realização de determinados fins, e de que o texto é o componente
verbalmente enunciado de um ato de comunicação pertinente a um “jogo de situação
comunicativa” .
Contudo, a incorporação dos interlocutores ao estudo dos enunciados ainda não será
suficiente, pois existem diferentes culturas, normas de conduta, tradições etc.
Foi então que outro tipo de contexto foi levado em conta, o contexto sociocognitivo. Para
que as pessoas possam se entender, é necessário que seus contexto sociocognitivos
sejam semelhantes.
Em outras palavras, seus conhecimentos devem ser compartilhados, uma vez que é
impossível que as pessoas partilham exatamente os mesmos conhecimentos.
Ao entrar em uma interação, as pessoas trazem consigo bagagens cognitivas que por si só
é um contexto. A cada interação, esse contexto é mudado, modificado, para ajustar-se aos
novos contextos.

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Trabalho

  • 1. Texto e Contexto “Todo dizer é um fazer”
  • 2. <> Introdução:<> Introdução: Definição de Texto: O texto em si não tem sentido, ele é construído na interação sujeitos-texto. Considerações que o leitor deve ter ao ler e produzir um texto: > O Gênero textual; > A Tematização proposta; > A data de publicação; > O meio de vinculação.
  • 3. <> Concepção de Contexto: Podemos compara o contexto com um ICEBERG, que tem uma pequena ponta para fora e outra submersa. <> História: O início em que se estudava o texto. Fase da Análise Transfrástica. Pragmaticistas. Dêiticos. Expressões Indiciais. Teoria dos Atos de Fala. Teoria da Atividade Verbal.
  • 4. Conceitos: Análise Transfrástica: É aquela que não se restringe aos limites de uma só frase ou período. Dessa forma, passou-se a estudar as relações sintático-semânticas entre dois ou mais enunciados. Pragmaticistas: Linguistas que estudam a língua não como sistema autônomo, mas por meio de seu funcionamento em situações concretas de uso. Com isso, o texto passa a ser visto como o lugar de interação entre sujeitos sociais. Dêiticos: São elementos da língua que têm por função localizar entidades no contexto e espaço-temporal, social e discursivo. Temos como exemplo: Pronomes pessoais, advérbios de lugar etc. Apontam para elementos exteriores ao texto e mudam de sentido conforme o contexto, ou seja, não possuem um valor semântico em si mesmos.
  • 5. Expressões Indiciais: São expressões com valor dêitico, como por exemplo, mais-acima, logo ali, lá adiante etc. Teoria dos Atos de Fala: Postula que a língua é uma forma de ação dotada de intencionalidade, ou seja, que “todo dizer é fazer”, e se dedicaram ao estudo dos tipos de ações que podem ser realizadas através da linguagem. Teoria da Atividade Verbal: Parte do princípio de que a linguagem é uma atividade social realizada com vista à realização de determinados fins, e de que o texto é o componente verbalmente enunciado de um ato de comunicação pertinente a um “jogo de atuação comunicativa”.
  • 6. Texto, introdução: Até aqui vimos que a leitura é uma atividade complexo de produção de sentidos, com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na forma de organização, mas que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes. Aliado a isso, o sentido de um texto, a priori, não existe, ele é construído na interação sujeitos-texto. Sendo assim, para lê-lo e produzi-lo se faz necessário o contexto. Na leitura e produção de sentido do texto, é solicitado que o leitor considere: > O Gênero textual; > A tematização proposta; > A data de publicação; > O meio de vinculação. Sendo assim, independentemente de ser um texto verbal ou não-verbal, um autor faz uso de uma multiplicidade de recursos de acordo com a mensagem que ele deseja, ou seja, o contexto em que aquele texto está inserido. Além disso, é muito importante que se tenha um conhecimento prévio, que poderão situar os acontecimentos no tempo.
  • 7. Contexto: Podemos comparar o contexto com um iceberg, que tem uma pequena ponta para fora da água (o explícito de um texto) e o resto que está submerso na água (o implícito). Então o contexto é o iceberg como um todo, ou seja, aquilo que de alguma forma contribui para a construção de sentido. No início, em que se estudava o texto, chamado de Fase da Análise Transfrástica*, o contexto era visto apenas como o entorno verbal, ou seja, o co-texto. O texto era conceituado como um conjunto e combinação de frases, cuja coerência seriam obtidas por meio da reiteração dos mesmos referentes ou do uso de elementos de relação entre seus vários segmentos: *Análise transfrástica: é aquela que não se restringe aos limites de uma só frase ou período. Dessa forma, passou-se a estudar as relações sintático-semânticas entre dois ou mais enunciados. Paralelamente, contudo, os pragmaticistas* pregavam a necessidade de se considerar a situação comunicativa para a atribuição de sentido a elementos textuais como os dêiticos* e as expressões indiciais* de modo geral. *Pragmaticistas: linguistas que estudam a língua não como sistema autônomo, mas por meio de seu funcionamento em situações concretas de uso. Com isso, o texto passa a ser visto como o lugar de interação entre sujeitos sociais. *Dêiticos: São elementos da língua que têm por função localizar entidades no contexto espaço-temporal, social e discursivos, como exemplo: pronomes pessoais, advérbios de lugar etc. Apontam para elementos exteriores ao texto, e mudam de sentido conforme o contexto, isto é, não possuem um valor semântico em si mesmos.
  • 8. * Expressões Indiciais: São expressões com valor dêitico, como por exemplo, mais-acima, logo ali, lá adiante etc. Com o advento da Teoria dos Atos de Fala* e da Teoria da Atividade Verbal*, a Pragmática voltou-se para o estudo e a descrição dos atos de fala, ou seja, para as ações que os usuários da língua, em situações de interlocução, realizam por meio da linguagem, visto que esta passou a ser considerada uma atividade intencional e social, visando determinados fins. *Teoria dos Atos de Fala: Postula que a língua é uma forma de ação dotada de intencionalidade, ou seja, que “todo dizer é fazer”, e se dedicaram ao estudo dos tipos de ações que podem ser realizadas através da linguagem. *Teoria da Atividade Verbal: Parte do princípio de que a linguagem é uma atividade social realizada com vista à realização de determinados fins, e de que o texto é o componente verbalmente enunciado de um ato de comunicação pertinente a um “jogo de situação comunicativa” . Contudo, a incorporação dos interlocutores ao estudo dos enunciados ainda não será suficiente, pois existem diferentes culturas, normas de conduta, tradições etc. Foi então que outro tipo de contexto foi levado em conta, o contexto sociocognitivo. Para que as pessoas possam se entender, é necessário que seus contexto sociocognitivos sejam semelhantes. Em outras palavras, seus conhecimentos devem ser compartilhados, uma vez que é impossível que as pessoas partilham exatamente os mesmos conhecimentos. Ao entrar em uma interação, as pessoas trazem consigo bagagens cognitivas que por si só é um contexto. A cada interação, esse contexto é mudado, modificado, para ajustar-se aos novos contextos.