O documento discute o princípio da intertextualidade como fator de textualidade em textos orais e escritos. Apresenta as definições de interdiscursividade e intertextualidade e classifica as formas mais utilizadas da intertextualidade, como citação, alusão e estilização.
O documento discute a intertextualidade como estratégia criativa em textos publicitários. Apresenta o conceito de dialogismo de Bakhtin e como ele está relacionado à intertextualidade e polifonia. Explora como a intertextualidade ocorre em anúncios publicitários por meio de citação, alusão, estilização e paródia.
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literáriasEdilson A. Souza
Este documento discute a intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiática e literária. Primeiro, apresenta definições de intertextualidade e interdiscursividade segundo autores como Charaudeau, Reyes e Fiorin. Segundo, fornece exemplos de intertextualidade explícita e implícita em textos literários e jornalísticos. Terceiro, analisa a presença de intertextualidade e interdiscursividade em charges e canções.
O documento discute as teorias de Bakhtin sobre interdiscursividade e intertextualidade. Resume que a interdiscursividade ocorre quando há relações dialógicas entre enunciados, enquanto a intertextualidade é um tipo particular de interdiscursividade que envolve duas materialidades textuais distintas dentro de um texto. Também diferencia texto de enunciado e explica como Bakhtin via a linguagem de forma dialógica.
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do documento fornecido:
O documento discute a diferença entre intertextualidade e interdiscursividade segundo Bakhtin e outros autores. Intertextualidade refere-se à incorporação de um texto em outro, enquanto interdiscursividade se refere à interação com um discurso ou memória discursiva que constitui o contexto da atividade linguística. A obra de Bakhtin mostra que o dialogismo, ou relação entre enunciados, é a forma de funcionamento real da linguagem.
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeÉrica Camargo
Este documento define e caracteriza a intertextualidade em três pontos:
1) A intertextualidade ocorre quando um texto incorpora outro texto anteriormente produzido que faz parte da memória social.
2) Pode ocorrer de forma explícita, através de citações, ou implícita, cabendo ao leitor identificar a referência.
3) A compreensão depende do reconhecimento dos textos-fonte e dos gêneros textuais envolvidos.
Relações transtextuais, segundo entendimento de Gérard GenetteCRFROEHLICH
1) O documento discute as relações transtextuais e como um texto literário se relaciona e é influenciado por outros textos.
2) A intertextualidade é definida como a presença efetiva de um texto em outro e a paratextualidade como a relação entre um texto e elementos como títulos e prefácios.
3) Elementos como epígrafes, títulos e paratextos fornecem informações importantes aos leitores e influenciam a recepção e interpretação da obra.
Este documento discute como o discurso literário é transformado pela narrativa do leitor no contexto do hipertexto digital. Ele explora como os leitores podem reelaborar obras literárias usando recursos hipermidiáticos e como isso afeta a representação e percepção do discurso literário. O documento também analisa como as mudanças na sociedade afetam o discurso e a construção de gêneros textuais.
Intertextualidade nos anúncios de revista: uma análise dos anúncios da campa...Atitude Digital
Este artigo analisa a intertextualidade em quatro anúncios da campanha da marca HortiFruti em revistas. O artigo discute como a intertextualidade é usada implicitamente nos títulos dos anúncios, fazendo referência a letras de músicas populares de forma paródica para atrair a atenção do público. O artigo classifica os diferentes tipos de intertextualidade e discute como ela é uma estratégia importante na criação publicitária impressa.
O documento discute a intertextualidade como estratégia criativa em textos publicitários. Apresenta o conceito de dialogismo de Bakhtin e como ele está relacionado à intertextualidade e polifonia. Explora como a intertextualidade ocorre em anúncios publicitários por meio de citação, alusão, estilização e paródia.
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literáriasEdilson A. Souza
Este documento discute a intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiática e literária. Primeiro, apresenta definições de intertextualidade e interdiscursividade segundo autores como Charaudeau, Reyes e Fiorin. Segundo, fornece exemplos de intertextualidade explícita e implícita em textos literários e jornalísticos. Terceiro, analisa a presença de intertextualidade e interdiscursividade em charges e canções.
O documento discute as teorias de Bakhtin sobre interdiscursividade e intertextualidade. Resume que a interdiscursividade ocorre quando há relações dialógicas entre enunciados, enquanto a intertextualidade é um tipo particular de interdiscursividade que envolve duas materialidades textuais distintas dentro de um texto. Também diferencia texto de enunciado e explica como Bakhtin via a linguagem de forma dialógica.
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do documento fornecido:
O documento discute a diferença entre intertextualidade e interdiscursividade segundo Bakhtin e outros autores. Intertextualidade refere-se à incorporação de um texto em outro, enquanto interdiscursividade se refere à interação com um discurso ou memória discursiva que constitui o contexto da atividade linguística. A obra de Bakhtin mostra que o dialogismo, ou relação entre enunciados, é a forma de funcionamento real da linguagem.
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeÉrica Camargo
Este documento define e caracteriza a intertextualidade em três pontos:
1) A intertextualidade ocorre quando um texto incorpora outro texto anteriormente produzido que faz parte da memória social.
2) Pode ocorrer de forma explícita, através de citações, ou implícita, cabendo ao leitor identificar a referência.
3) A compreensão depende do reconhecimento dos textos-fonte e dos gêneros textuais envolvidos.
Relações transtextuais, segundo entendimento de Gérard GenetteCRFROEHLICH
1) O documento discute as relações transtextuais e como um texto literário se relaciona e é influenciado por outros textos.
2) A intertextualidade é definida como a presença efetiva de um texto em outro e a paratextualidade como a relação entre um texto e elementos como títulos e prefácios.
3) Elementos como epígrafes, títulos e paratextos fornecem informações importantes aos leitores e influenciam a recepção e interpretação da obra.
Este documento discute como o discurso literário é transformado pela narrativa do leitor no contexto do hipertexto digital. Ele explora como os leitores podem reelaborar obras literárias usando recursos hipermidiáticos e como isso afeta a representação e percepção do discurso literário. O documento também analisa como as mudanças na sociedade afetam o discurso e a construção de gêneros textuais.
Intertextualidade nos anúncios de revista: uma análise dos anúncios da campa...Atitude Digital
Este artigo analisa a intertextualidade em quatro anúncios da campanha da marca HortiFruti em revistas. O artigo discute como a intertextualidade é usada implicitamente nos títulos dos anúncios, fazendo referência a letras de músicas populares de forma paródica para atrair a atenção do público. O artigo classifica os diferentes tipos de intertextualidade e discute como ela é uma estratégia importante na criação publicitária impressa.
O documento discute os fatores que contribuem para a textualidade e a construção do sentido em um texto. Apresenta sete fatores centrados no texto e no usuário, incluindo a coesão, coerência e intencionalidade. Também discute conceitos como intertextualidade, contextualização e inferências na interpretação de textos.
O documento discute os conceitos de intertextualidade, interdiscursividade e paródia segundo Bakhtin. A linguagem é dialógica e os textos sempre refletem uns aos outros de forma explícita ou implícita. A paródia é um tipo de intertextualidade que critica ou distorce outros textos. A interdiscursividade é o diálogo entre discursos, onde um responde ou refere-se a outro, mostrando os elementos da situação de produção.
1) O documento discute conceitos de relações transtextuais como intertextualidade e paratextualidade. 2) A intertextualidade refere-se à presença efetiva de um texto em outro através de citações e referências. 3) O paratexto inclui elementos como títulos, prefácios e notas que estabelecem uma relação entre o texto literário e seu contexto.
RELAÇÕES TRANSTEXTUAIS, SEGUNDO ENTENDIMENTO DE GÉRARD GENETTECRFROEHLICH
O documento discute os conceitos de relações transtextuais e intertextualidade. Apresenta as cinco tipos de relações transtextuais segundo Genette: intertextualidade, paratextualidade, metatextualidade, hipertextualidade e arquitextualidade. Explana sobre a intertextualidade e paratextualidade, destacando autores como Bakhtin, Kristeva e Genette.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
Este documento apresenta o conceito de intertextualidade na teoria literária e nos estudos bíblicos. Discute a definição do termo por Julia Kristeva, suas formas (interna e externa), graus (mínimo, médio e máximo) e manifestações (explícita e implícita). Também aborda teóricos que ampliaram as noções de intertextualidade, como Roland Barthes e Jacques Derrida.
Este documento analisa a intertextualidade em anúncios publicitários impressos a partir da perspectiva bakhtiniana. Discute como a intertextualidade se manifesta por meio da citação, alusão e estilização e serve como ferramenta criativa na publicidade. Apresenta exemplos de anúncios que incorporam outros textos como contos de fadas e a Bíblia, reinterpretando seus sentidos para fins persuasivos.
A intertextualidade nos comerciais televisivos Atitude Digital
O documento discute a intertextualidade nos comerciais de televisão. Apresenta uma introdução sobre texto e intertextualidade, analisando como a intertextualidade é usada estratégicamente na publicidade para chamar a atenção do público-alvo. Também discute a história da propaganda e publicidade no Brasil, especialmente no rádio e televisão.
O documento discute a intertextualidade como um fenômeno de interação entre textos onde um texto incorpora elementos de outros textos. A intertextualidade ocorre nos níveis semântico, sintático e pragmático e depende da memória intertextual do leitor para compreender as referências. A intertextualidade confere densidade ao texto ao permitir múltiplos sentidos baseados nos textos referenciados de forma implícita ou explícita.
O documento discute a dificuldade de compreensão do texto bíblico devido à sua natureza intertextual e à variedade de gêneros literários presentes. Aponta que o conceito de intertextualidade é fundamental para entender como cada parte da Bíblia só faz sentido em relação aos demais textos, já que é constituída por diversos gêneros literários ao longo do Antigo e Novo Testamento. Argumenta que uma leitura que considere a intertextualidade é essencial para uma compreensão adequada do texto bíblico.
O documento discute a visão de Bakhtin sobre análise do discurso. Para Bakhtin, o discurso só pode ser estudado no contexto da interação humana, e não isoladamente. Ele define os gêneros discursivos como tipos de enunciados ligados a situações sociais típicas. O enunciado é a unidade concreta da comunicação, que reflete o contexto social e a individualidade do falante.
O documento discute os conceitos de coerência, coesão, intertextualidade, situacionalidade, intencionalidade e aceitabilidade no contexto da análise textual. A coerência refere-se ao sentido do texto enquanto a coesão trata das relações semânticas expressas na superfície textual. A intertextualidade concerne a dependência de um texto em relação a outros. Situacionalidade e intencionalidade dizem respeito ao contexto e objetivos comunicativos. Aceitabilidade analisa a expectativa do receptor.
Fatores de textualidade na produção textual - Daniela dos Santos CostaSabrina Dará
O documento discute fatores que promovem a textualidade na produção de textos. Apresenta quatro metarregras de coerência proposta por Charolles: 1) continuidade, que prevê elementos de recorrência no texto; 2) progressão, que requer a apresentação de novas informações relacionadas ao tema central; 3) não-contradição, que implica a validade do texto; 4) implicação, que estabelece relações entre partes do texto. Essas metarregras ajudam na construção e avaliação de textos coerentes.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
O documento discute o que é um texto e suas características essenciais. Apresenta sete fatores de textualidade, sendo eles: intencionalidade, informatividade, aceitabilidade, situacionalidade, coerência, coesão e intertextualidade. Explica que esses fatores tornam uma sequência de frases em um texto coeso e coerente.
O documento discute o que é texto e textualidade. Define texto como uma ocorrência linguística dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Explica que a textualidade compreende características que tornam uma sequência de frases um texto, como a coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
O documento discute três vertentes da Linguística Textual: 1) análise transfrástica de fenômenos que ultrapassam a frase, 2) texto como unidade lógico-semântica com significado global, 3) ênfase nos aspectos pragmáticos e sociocomunicativos na produção de significado textual.
Intertextualidade e a importância da leitura valdiceEdilson A. Souza
O documento discute a intertextualidade e a importância da leitura polifônica, analisando o poema 'Para cantar com o saltério'. Apresenta conceitos como coerência textual, intertextualidade e leitura polissêmica. Analisa como o poema estabelece diálogos implícitos com textos bíblicos sobre espera, fé e o retorno de Jesus."
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
O documento discute os conceitos de intertextualidade e polifonia. A intertextualidade refere-se às relações entre um texto e outros textos, enquanto a polifonia refere-se às múltiplas vozes e perspectivas representadas em um texto. Embora a intertextualidade implique polifonia, a polifonia pode ocorrer sem a presença explícita de outros textos. Ambos conceitos são importantes para entender como os sentidos são construídos nos textos.
Este documento apresenta uma proposta de análise da aspectualização espacial na teoria semiótica greimasiana. Discute-se a noção de texto e percurso gerativo do sentido na Semiótica, com foco no nível discursivo. A proposta é analisar como a construção aspectual do espaço influencia a produção de sentido em um texto midiático específico.
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
Este documento discute o gênero discursivo do banner na internet à luz das teorias de Bakhtin. Analisa o banner como um gênero secundário que se adapta ao imediatismo da internet para divulgar marcas e produtos de forma concisa em apenas um clique, levando o usuário ao site principal.
O documento é um artigo científico produzido por alunos de publicidade sobre a intertextualidade em anúncios de revista da campanha do Hortifruti. O artigo apresenta uma introdução sobre linguagem e textualidade, define propaganda e intertextualidade, e analisa quatro anúncios da campanha, identificando referências implícitas a músicas populares nos títulos por meio de paródias e alusões imagéticas.
O documento discute os fatores que contribuem para a textualidade e a construção do sentido em um texto. Apresenta sete fatores centrados no texto e no usuário, incluindo a coesão, coerência e intencionalidade. Também discute conceitos como intertextualidade, contextualização e inferências na interpretação de textos.
O documento discute os conceitos de intertextualidade, interdiscursividade e paródia segundo Bakhtin. A linguagem é dialógica e os textos sempre refletem uns aos outros de forma explícita ou implícita. A paródia é um tipo de intertextualidade que critica ou distorce outros textos. A interdiscursividade é o diálogo entre discursos, onde um responde ou refere-se a outro, mostrando os elementos da situação de produção.
1) O documento discute conceitos de relações transtextuais como intertextualidade e paratextualidade. 2) A intertextualidade refere-se à presença efetiva de um texto em outro através de citações e referências. 3) O paratexto inclui elementos como títulos, prefácios e notas que estabelecem uma relação entre o texto literário e seu contexto.
RELAÇÕES TRANSTEXTUAIS, SEGUNDO ENTENDIMENTO DE GÉRARD GENETTECRFROEHLICH
O documento discute os conceitos de relações transtextuais e intertextualidade. Apresenta as cinco tipos de relações transtextuais segundo Genette: intertextualidade, paratextualidade, metatextualidade, hipertextualidade e arquitextualidade. Explana sobre a intertextualidade e paratextualidade, destacando autores como Bakhtin, Kristeva e Genette.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
Este documento apresenta o conceito de intertextualidade na teoria literária e nos estudos bíblicos. Discute a definição do termo por Julia Kristeva, suas formas (interna e externa), graus (mínimo, médio e máximo) e manifestações (explícita e implícita). Também aborda teóricos que ampliaram as noções de intertextualidade, como Roland Barthes e Jacques Derrida.
Este documento analisa a intertextualidade em anúncios publicitários impressos a partir da perspectiva bakhtiniana. Discute como a intertextualidade se manifesta por meio da citação, alusão e estilização e serve como ferramenta criativa na publicidade. Apresenta exemplos de anúncios que incorporam outros textos como contos de fadas e a Bíblia, reinterpretando seus sentidos para fins persuasivos.
A intertextualidade nos comerciais televisivos Atitude Digital
O documento discute a intertextualidade nos comerciais de televisão. Apresenta uma introdução sobre texto e intertextualidade, analisando como a intertextualidade é usada estratégicamente na publicidade para chamar a atenção do público-alvo. Também discute a história da propaganda e publicidade no Brasil, especialmente no rádio e televisão.
O documento discute a intertextualidade como um fenômeno de interação entre textos onde um texto incorpora elementos de outros textos. A intertextualidade ocorre nos níveis semântico, sintático e pragmático e depende da memória intertextual do leitor para compreender as referências. A intertextualidade confere densidade ao texto ao permitir múltiplos sentidos baseados nos textos referenciados de forma implícita ou explícita.
O documento discute a dificuldade de compreensão do texto bíblico devido à sua natureza intertextual e à variedade de gêneros literários presentes. Aponta que o conceito de intertextualidade é fundamental para entender como cada parte da Bíblia só faz sentido em relação aos demais textos, já que é constituída por diversos gêneros literários ao longo do Antigo e Novo Testamento. Argumenta que uma leitura que considere a intertextualidade é essencial para uma compreensão adequada do texto bíblico.
O documento discute a visão de Bakhtin sobre análise do discurso. Para Bakhtin, o discurso só pode ser estudado no contexto da interação humana, e não isoladamente. Ele define os gêneros discursivos como tipos de enunciados ligados a situações sociais típicas. O enunciado é a unidade concreta da comunicação, que reflete o contexto social e a individualidade do falante.
O documento discute os conceitos de coerência, coesão, intertextualidade, situacionalidade, intencionalidade e aceitabilidade no contexto da análise textual. A coerência refere-se ao sentido do texto enquanto a coesão trata das relações semânticas expressas na superfície textual. A intertextualidade concerne a dependência de um texto em relação a outros. Situacionalidade e intencionalidade dizem respeito ao contexto e objetivos comunicativos. Aceitabilidade analisa a expectativa do receptor.
Fatores de textualidade na produção textual - Daniela dos Santos CostaSabrina Dará
O documento discute fatores que promovem a textualidade na produção de textos. Apresenta quatro metarregras de coerência proposta por Charolles: 1) continuidade, que prevê elementos de recorrência no texto; 2) progressão, que requer a apresentação de novas informações relacionadas ao tema central; 3) não-contradição, que implica a validade do texto; 4) implicação, que estabelece relações entre partes do texto. Essas metarregras ajudam na construção e avaliação de textos coerentes.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
O documento discute o que é um texto e suas características essenciais. Apresenta sete fatores de textualidade, sendo eles: intencionalidade, informatividade, aceitabilidade, situacionalidade, coerência, coesão e intertextualidade. Explica que esses fatores tornam uma sequência de frases em um texto coeso e coerente.
O documento discute o que é texto e textualidade. Define texto como uma ocorrência linguística dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Explica que a textualidade compreende características que tornam uma sequência de frases um texto, como a coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
O documento discute três vertentes da Linguística Textual: 1) análise transfrástica de fenômenos que ultrapassam a frase, 2) texto como unidade lógico-semântica com significado global, 3) ênfase nos aspectos pragmáticos e sociocomunicativos na produção de significado textual.
Intertextualidade e a importância da leitura valdiceEdilson A. Souza
O documento discute a intertextualidade e a importância da leitura polifônica, analisando o poema 'Para cantar com o saltério'. Apresenta conceitos como coerência textual, intertextualidade e leitura polissêmica. Analisa como o poema estabelece diálogos implícitos com textos bíblicos sobre espera, fé e o retorno de Jesus."
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
O documento discute os conceitos de intertextualidade e polifonia. A intertextualidade refere-se às relações entre um texto e outros textos, enquanto a polifonia refere-se às múltiplas vozes e perspectivas representadas em um texto. Embora a intertextualidade implique polifonia, a polifonia pode ocorrer sem a presença explícita de outros textos. Ambos conceitos são importantes para entender como os sentidos são construídos nos textos.
Este documento apresenta uma proposta de análise da aspectualização espacial na teoria semiótica greimasiana. Discute-se a noção de texto e percurso gerativo do sentido na Semiótica, com foco no nível discursivo. A proposta é analisar como a construção aspectual do espaço influencia a produção de sentido em um texto midiático específico.
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
Este documento discute o gênero discursivo do banner na internet à luz das teorias de Bakhtin. Analisa o banner como um gênero secundário que se adapta ao imediatismo da internet para divulgar marcas e produtos de forma concisa em apenas um clique, levando o usuário ao site principal.
O documento é um artigo científico produzido por alunos de publicidade sobre a intertextualidade em anúncios de revista da campanha do Hortifruti. O artigo apresenta uma introdução sobre linguagem e textualidade, define propaganda e intertextualidade, e analisa quatro anúncios da campanha, identificando referências implícitas a músicas populares nos títulos por meio de paródias e alusões imagéticas.
Este documento discute a enunciação e os tipos de discurso. Apresenta conceitos como enunciador, narrador explícito e implícito. Discute como a enunciação constrói uma ilusão referencial e enunciativa na comunicação. Também aborda os tipos de discurso direto, indireto e indireto livre e como cada um assume um papel distinto na produção textual.
Interpretação e leitura de textos slides professora elzimar oliveiraElzimar Oliveira
O documento discute a importância da leitura e interpretação de textos em múltiplas linguagens no mundo atual. A habilidade de ler e interpretar diferentes tipos de textos é fundamental para acompanhar as mudanças na comunicação e o avanço da tecnologia. Um leitor competente deve ser capaz de decodificar informações explícitas e estabelecer relações contextuais para ampliar o significado do texto.
Este documento analisa a intertextualidade em anúncios publicitários impressos por meio da perspectiva bakhtiniana. Discute como a intertextualidade é uma ferramenta criativa na publicidade ao permitir a incorporação de significados de outros textos no processo de criação publicitária. Identifica diferentes formas de intertextualidade como citação, alusão e estilização em anúncios que fazem referência a contos de fadas e a histórias bíblicas.
O documento discute a importância do ensino de gêneros textuais no desenvolvimento da língua portuguesa. Aprender diferentes gêneros textuais ajuda os alunos a se inserirem em práticas sociais de comunicação e desenvolvem sua autonomia intelectual e capacidade de leitura crítica. O documento fornece exemplos de gêneros orais e escritos categorizados por domínios sociais e capacidades linguísticas dominantes, e discute como organizar unidades didáticas focadas em gêneros textuais.
O documento discute a produção de significado em textos. Afirma que o significado de um texto não está nele mesmo, mas depende do contexto e da interação entre leitor, texto e autor. O contexto e a intertextualidade são fundamentais para a compreensão, já que um mesmo texto pode ter diferentes sentidos dependendo de onde e como é usado. O leitor precisa relacionar o texto com seus conhecimentos prévios para atribuir significado.
O documento discute os conceitos de texto e textualidade. Define texto como qualquer produção linguística que faça sentido em uma situação comunicativa e lista três aspectos para avaliar um texto: pragmático, semântico-conceitual e formal. Define textualidade como as características que tornam um texto um texto, incluindo coerência, coesão e outros cinco fatores.
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade e interdiscursividade a partir da obra de Bakhtin e de outros autores. Segundo Fiorin, interdiscursividade refere-se a qualquer relação dialógica entre enunciados, enquanto intertextualidade é um tipo particular onde há incorporação de materialidade textual de um texto em outro. Kristeva define intertextualidade como a noção de que todo texto é construído a partir de citações de outros textos.
Slide prod. e compreens. escrita (quase)Ana Camila
Este documento discute estratégias para a produção textual baseado no livro de Ingedore V. Koch. Apresenta os conceitos de escrita como atividade regida pela interação entre conhecimentos linguísticos, intra e extratextuais. Discutem-se também os gêneros textuais, sequências textuais e como a ativação de conhecimentos sobre a língua, textos, enciclopédicos e interacionais são essenciais para a produção de textos.
concepção sociointeracionista no ensinoNadia Biavati
O documento discute a concepção dialógica e interacionista da linguagem e suas contribuições para o ensino. Apresenta os conceitos de dialogismo e interacionismo de Bakhtin e como eles concebem a linguagem como construção social e interativa. Também destaca como essa visão pode orientar a abordagem dos gêneros do discurso no ensino da Língua Portuguesa.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
O documento discute as diferenças entre Linguística Sistêmica e Linguística Textual. A Linguística Sistêmica foca nos aspectos funcionais da linguagem e na relação entre indivíduos e sociedade, enquanto a Linguística Textual analisa a organização e produção de textos em contextos sociais específicos. A coerência e coesão são conceitos centrais para a análise de textos na Linguística Textual.
Intertextualidade em Monte Castelo: como os sentidos são construídos na compo...Mayara Vellardi
Este artigo analisa como a intertextualidade é utilizada na letra da música "Monte Castelo" de Renato Russo para construir sentidos. A canção traz referências à Carta aos Coríntios e ao soneto de Camões para falar sobre o amor, uma paixão humana que persiste através dos séculos. O estudo explora como figuras de linguagem como metáforas e personificações também contribuem para a mensagem da música.
O documento discute os fatores da textualidade que devem ser levados em conta para produzir textos com qualidade. Estes fatores incluem a coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e intertextualidade.
(Artigo) lousada, eliane g. a abordagem do interacionismo socio discursivo pa...Mayara Toledo
Este documento apresenta a abordagem do Interacionismo Sociodiscursivo para análise de textos, definindo seus conceitos-chave como gêneros textuais e tipos de discurso. Explica o modelo de análise de Bronckart, que examina o contexto de produção, a infraestrutura global do texto e os mecanismos de textualização e responsabilização enunciativa. Finalmente, propõe analisar uma resenha crítica usando este modelo.
(RE)ATUALIZAÇÃO MITOLÓGICA EM “COM SUA VOZ DE MULHER”, DE MARINA COLASANTI - ...Edilson A. Souza
Este documento analisa o conto "Com sua voz de mulher", de Marina Colasanti. O conto apresenta uma narrativa mítica na qual um deus assume a forma de uma mulher para entender porque os habitantes de sua cidade estavam tristes. Ao contar histórias, o deus-mulher transforma a realidade das pessoas. O documento discute como o conto retoma temas e elementos de mitologias como a grega e a judaico-cristã.
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasEdilson A. Souza
Este capítulo discute como a literatura infantil é utilizada nos espaços da creche segundo a perspectiva de educadores. A autora realizou rodas de conversa em duas creches de Sergipe para compreender como os educadores aproximam as crianças da literatura infantil e quais são seus objetivos e práticas pedagógicas. A literatura infantil é essencial para o desenvolvimento do imaginário e da reflexão das crianças. Os educadores devem ter uma escuta sensível ao mediar a experiência literária para que ela se torne educativa e prazerosa
Discutindo raça/racismo na sala de aula de língua Inglesa - Revista SUPERUni,...Edilson A. Souza
Este trabalho tem objetivo de mostrar uma experiência
de Letramento Crítico na sala de aula de língua
inglesa, considerando-a como um espaço
questionador das relações de poder e das ideologias
disfarçadas sobre raça e racismo. Para tanto, foram
feitas análises dos resultados de discussões e de questionários aplicados no 8º Ano de uma escola municipal
de Senador Canedo-GO.
A teoria literária entre práticas e saberes novas estratégias, múltiplos ob...Edilson A. Souza
O documento discute o lugar da teoria nos programas de pós-graduação em literatura. A autora defende a importância da teoria literária para abordar novos objetos e interlocuções entre a literatura e outras áreas, mesmo em meio à crise dos paradigmas teóricos. A desconstrução crítica dos paradigmas não deve levar à renúncia da teoria, mas sim a um pensamento rigoroso capaz de se sustentar sobre os impasses críticos e qualificar a natureza construída do objeto literário.
Intertextualidades - "Vou-me embora pra pasárgada"Edilson A. Souza
Este texto fala sobre a intertextualidade. Na verdade, é uma análise através do viés da intertextualidade. É ótimo para se aprender sobre como ocorre o intertexto dentro de um texto. É de leitura fácil.
A Intertextualidade nos processos de composição e interpretação da Seresta pa...Edilson A. Souza
O artigo discute a aplicação da teoria da intertextualidade na composição e interpretação musical, analisando a Seresta para Violão de José Alberto Kaplan. Kaplan incorporou elementos rítmicos, melódicos e formais de obras de Francisco Mignone e Aylton Escobar. A interpretação e audição de uma obra também são processos intertextuais, onde intérprete e ouvinte criam seus próprios textos musicais a partir da obra.
Este artigo discute três pontos principais: 1) A intertextualidade como um fator importante de textualidade que determina a influência de textos anteriores nos atuais; 2) As teorias de interdiscursividade e intertextualidade e como um discurso sempre se refere a outros discursos; 3) As diferentes formas de intertextualidade, incluindo citação, alusão e estilização.
Intertextualidade um dialogo entre a ficcão e a históriaEdilson A. Souza
Este documento compara como Alexandre Herculano e Fernão Lopes abordam o episódio do Castelo de Faria em suas obras. Fernão Lopes relata o episódio de forma objetiva em sua crônica histórica, enquanto Herculano recria o episódio de forma subjetiva em seu conto, aliando ficção e história. Ambos os autores buscam retratar eventos do passado de Portugal de forma fiel, porém com estilos diferentes.
Intertextualidades no processo de reconstrução de textos de escóliosEdilson A. Souza
1) O documento discute as relações intertextuais encontradas nos escólios, comentários sobre a obra de Hermógenes de Tarso.
2) Estes escólios citam, parafraseiam e debatem outros comentários e teorias de retóricos como Hermagoras de Temnos e Sópatro.
3) O autor propõe categorias para distinguir os diferentes tipos de intertextos encontrados nos escólios, como fontes teóricas e referências literárias usadas como exemplos.
Este documento apresenta uma tese de doutorado sobre o fenômeno da intertextualidade em uma perspectiva cognitiva. A pesquisa analisa a intertextualidade como uma manifestação do princípio dialógico da linguagem e da cognição humana e como uma manifestação do processo cognitivo de integração conceptual. Os dados analisados consistem em textos de publicidade, literatura e jornalismo representativos da sociedade brasileira contemporânea. A pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa baseada na análise introspectiva dos dados e sug
Este documento apresenta uma tese de doutorado sobre o fenômeno da intertextualidade em uma perspectiva cognitiva. A pesquisa analisa a intertextualidade como uma manifestação do princípio dialógico da linguagem e da cognição humana e como uma manifestação do processo cognitivo de integração conceptual. Os dados analisados consistem em textos de publicidade, literatura e jornalismo representativos da sociedade brasileira contemporânea. A pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa baseada na análise introspectiva dos dados e sug
Este documento apresenta o conceito de intertextualidade na teoria literária e nos estudos bíblicos. Discute a definição do termo por Julia Kristeva, suas formas (interna e externa), graus (mínimo, médio e máximo) e manifestações (explícita e implícita). Também aborda autores que ampliaram as noções de intertextualidade.
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefaniaEdilson A. Souza
Este documento discute a intertextualidade na publicidade veiculada em outdoors. Apresenta conceitos de intertextualidade e seus tipos, como explícita e implícita. Também aborda o détournement e como a memória coletiva é importante para a construção de sentido na intertextualidade implícita. Por fim, define outdoor como suporte do gênero publicidade.
1. Este resumo descreve a origem do estudo da peça O plantador de naus a haver no curso "A literatura portuguesa em cena" da USP e o contato inicial com a autora Júlia Nery. Também apresenta os projetos brasileiro "Autor por Autor" e português "EXDRA", que compartilham os objetivos de analisar obras literárias sob a perspectiva da intertextualidade e do ensino da literatura.
2. A biobibliografia de Júlia Nery é apresentada, incluindo de
Este artigo analisa a presença de intertextualidade entre as obras "Boca de Chafariz", de Rui Mourão, e "Cidade do Sonho e da Melancolia", de Gilberto de Alencar. Ambas as obras descrevem a cidade de Ouro Preto e valorizam a Escola de Minas localizada nela. Trechos dos livros sobre a Escola de Minas e sobre a casa do poeta Tomaz Gonzaga em Ouro Preto demonstram exemplos de diálogo e influência entre as obras.
O documento discute a diferença entre gêneros textuais e tipos de texto. Apresenta a noção bakhtiniana de gênero, que inclui textos de comunicação cotidiana, e não apenas literários. Também explica que tipos de texto são categorias teóricas limitadas, enquanto gêneros textuais são realizações sociais ilimitadas. Finalmente, destaca que livros didáticos comumente confundem esses conceitos.
Intertextualidade e suas origens, de luciano corralesEdilson A. Souza
O documento discute a origem e evolução da intertextualidade e da literatura comparada. Apresenta exemplos de Aristóteles, Platão e outros que já discutiam influências entre textos na antiguidade. Também descreve o desenvolvimento da literatura comparada entre os séculos XVIII e XIX na França e como passou a analisar relações de forma mais crítica do que apenas identificar semelhanças.
Este documento discute se a intertextualidade faz parte da função metalinguística. Alguns argumentam que sim, pois a intertextualidade envolve referências a outros textos e isso seria uma forma de metalinguagem. Porém, outros apontam que a intertextualidade não necessariamente foca no código linguístico, enquanto a metalinguagem sim, portanto não devem ser confundidas. Permanece em aberto se há critérios precisos para definir os limites entre esses conceitos.
O documento discute a intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiática e literária. Aborda como esses conceitos estão presentes em diferentes textos literários e midiáticos, citando exemplos de Chico Buarque, Manuel Bandeira e outros. Também distingue entre intertextualidade interna, entre um autor e seu próprio trabalho, e externa, entre autores diferentes.
1. O Princípio da Intertextualidade Como Fator de
Textualidade
The Principle of the Intertextuality as a Factor of Textuality
Maria Aparecida Rocha Gouvêa
1
Resumo
Este artigo discute o princípio da intertextualidade como fator de textualidade
em textos orais e escritos, determinando a influência e a importância do “já-dito” nas
manifestações discursivas do ser humano. A partir da conceituação de interdiscursi-
vidade e de intertextualidade, classifica as formas mais utilizadas desse princípio de
textualidade.
Abstract
This article argues the principle of the intertextuality as a factor of textuality in oral
and writing texts, determining the influence and importance of the “already-said” in
the speech manifestations of the human being. From the interspeech and intertextual-
ity conceptualization, it classifies the more used forms of this principle of textuality.
Keywords: Intertextuality, Textuality, Interspeech.
1 Mestre - Ciências Humanas – UniFOA
maria.gouvea@foa.org.br
57Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007
2. 1�� ����������. Introdução
Atualmente, a linguagem é enfocada como
fator social, um processo dinâmico e vital que está
em permanente construção e evolução e que se coloca
como instrumento de identificação, de saber e de po-
der do ser humano, já que é através dela que o homem
explicita e impõe seu lugar no mundo.
A visão de mundo de cada pessoa está direta-
mente vinculada à linguagem, porque as idéias reve-
lam a compreensão que cada indivíduo tem do contex-
to onde está inserido e só é possível de ser transmitida
aos outros através da expressão verbal ou não-verbal
dos pensamentos.
Fiorin (2000, p.32) ressalta que “assim como
uma formação ideológica impõe o que pensar, uma
formação discursiva determina o que dizer.” Por isso,
a formação ideológica corresponde a uma formação
discursiva que leva o homem a construir seus discur-
sos, reagindo lingüisticamente aos acontecimentos.
Dessa forma, o discurso revela quem é o sujeito, qual
a visão de mundo que ele possui e como se expressa na
vida real, no intuito de transformar a sociedade.
Brandão (1991, p. 62) aborda a noção de su-
jeito, citando Benveniste (1974, p. 82). Para o autor,
“a subjetividade é a capacidade de o locutor se propor
como sujeito do seu discurso e ela se funda no exercí-
cio da língua”. Nesse exercício, a história exerce pa-
pel fundamental, pois o discurso é produzido em um
determinado espaço e em um determinado tempo, na
interação com outros sujeitos, em que a concepção do
sujeito histórico articula-se com a concepção do sujei-
to ideológico. Portanto, o sujeito enuncia sua posição
no discurso, instituindo um EU e um TU, que não se
concebem separadamente, pois são os protagonistas
da enunciação.
Brandão (1991, p. 54) também cita Bakhtin
Um enunciado vivo, significativamente
surgido em um momento histórico e em um
meio social determinados, não pode deixar
de tocar em milhares de fios dialógicos vi-
vos, tecidos pela consciência socioideoló-
gica em torno do objeto de tal enunciado
e de participar ativamente do diálogo so-
cial. Do resto, é dele que o enunciado saiu:
ele é como sua continuação, sua réplica.
(BAKHTIN, 1975, p. 100)
2. Texto e Textualidade
Val (1999, p. 3) define o texto escrito ou fa-
lado como “unidade lingüística comunicativa básica”
que as pessoas utilizam como conjunto de elementos
para se comunicar. Para a autora, um texto será bem
compreendido quando contiver três aspectos funda-
mentais: o pragmático, que funciona como atuação in-
formacional e comunicativa; o semântico-conceitual,
que depende de sua coerência; e o formal, que depen-
de da sua coesão.
Fávero e Koch (2002, p. 25) conceituam tex-
to a partir de duas acepções: em sentido lato e em sen-
tido stricto:
Texto, em sentido lato, designa toda e
qualquer manifestação da capacidade tex-
tual do ser humano (quer se trate de um
poema, quer de uma música, uma pintura,
um filme, uma escultura etc), isto é, qual-
quer tipo de comunicação realizado atra-
vés de um sistema de signos. Em se tratan-
do da linguagem verbal temos o discurso,
atividade comunicativa de um falante,
numa situação de comunicação dada, en-
globando o conjunto de enunciados pro-
duzidos pelo locutor (...) e o evento de sua
enunciação. O discurso é manifestado,
lingüisticamente, por meio de textos (em
sentido estrito).
As autoras destacam a importância da coesão
e coerência no processo de construção do texto, en-
fatizando que para produzir um texto, é necessária a
observação de “um conjunto de relações responsáveis
pela tessitura do texto – os critérios ou padrões de tex-
tualidade, entre os quais merecem destaque especial a
coesão e a coerência.”
Assim, o texto é uma unidade de sentido que
independe de sua extensão, com critérios de textuali-
dade, citados por Val (1999, p.5), baseados na teoria
de Beaugrande e Dressler (1983).
Beaugrande e Dressler (1983) apontam
sete fatores responsáveis pela textualida-
de de um discurso qualquer: a coerência
e a coesão, que se relacionam com o ma-
terial conceitual e lingüístico do texto, e
58 Revista Científica do Centro Universitário de Volta Redonda
3. a intencionalidade, a aceitabilidade, a si-
tucionalidade, a informatividade e a inter-
textualidade.
A autora também enfatiza a importância da
coesão e da coerência textuais, já que são responsá-
veis pelo sentido do texto. A coerência envolve as-
pectos lógicos, semânticos e cognitivos na partilha de
conhecimentos entre os interlocutores, pois o sentido
não é concebido somente pelo produtor do texto, mas
também pelo recebedor, que precisa interpretá-lo. Já
a coesão é a “manifestação lingüística da coerência”,
que se constrói através de mecanismos gramaticais e
lexicais. Portanto, a coerência e a coesão têm a carac-
terística de promover a inter-relação semântica entre
os elementos do discurso.
A intencionalidade diz respeito ao objetivo
que o produtor do texto tem em mente numa deter-
minada situação comunicativa. Depende da função
lingüística que ele gostaria de manifestar - informar,
impressionar, convencer, pedir, ofender – e vai orien-
tar toda a produção textual.
A aceitabilidade se refere ao receptor da
mensagem. O texto possui um conjunto de informa-
ções que podem ser relevantes, coerentes, úteis ou não
a quem vai receber.
A situacionalidade diz respeito à coerência
pragmática do texto, ou seja, o receptor da mensagem
precisa identificar o emprego da linguagem em um de-
terminado contexto.
A informatividade diz respeito ao grau de in-
formações que o texto possui. Todo texto, para ser me-
recedor de atenção, deve conter informações novas e
conter também, suficiência de dados. O texto necessita
apresentar todas as informações necessárias para que
seja compreendido, como almeja o produtor.
A intertextualidade, tema deste artigo, diz
respeito aos fatores que fazem um texto se utilizar de
outros textos, pois se sabe que todo texto é um inter-
texto, ou seja, tudo o que falamos ou escrevemos já foi
utilizado por outras pessoas em outro momento, já que
o processo discursivo se estabelece sempre sobre um
discurso prévio.
Considerando as reflexões expostas até aqui,
podemos abordar as teorias referentes ao tema pro-
posto: a intertextualidade. Para isso, é necessário, pri-
meiramente, fazermos, também, considerações sobre
interdiscursividade.
3. Interdiscursividade / Intertextualidade
Brandão (1991, p. 54) aborda a noção de in-
terdiscursividade, apontando a heterogeneidade como
característica importante na interação enunciativa. A
autora define interdiscurso a partir de Maingueneau,
propondo levar em conta os fundamentos semânticos
do discurso, pois os discursos se fundam na relação in-
terdiscursiva. Deve-se “construir um sistema no qual
a definição da rede semântica que circunscreve a es-
pecificidade de um discurso coincide com a definição
das relações deste discurso com seu Outro.” (MAIN-
GUENEAU, 1984, P. 30). Dessa forma, um discurso
nunca seria autônomo, porque sempre remete a outros
discursos.
A formação discursiva ativa uma memó-
ria discursiva, circulando informações anteriores, já
enunciadas, como cita a autora: “enunciar é se situar
sempre em relação a um já-dito que se constitui no
Outro do discurso.”
Em Dialogismo, Polifonia e Intertextuali-
dade, Fiorin (2003, p.32) define interdiscursividade
como o “processo em que se incorporam percursos te-
máticos e/ou percursos figurativos, temas e/ou figuras
de um discurso em outro”.
O autor (2003, p. 35) enfatiza que “a interdis-
cursividade não implica a intertextualidade, embora o
contrário seja verdadeiro, pois, ao se referir a um tex-
to, o enunciador se refere, também, ao discurso que ele
manifesta”.
A partir da noção de interdiscursividade, é
possível perceber que intertextualidade não é um fe-
nômeno essencial para a composição de um texto e
a interdiscursividade é inerente à constituição do dis-
curso, já que não é único e discursa sobre outros dis-
cursos. Nessa perspectiva o discurso é social e é visto
como um lugar de trocas enunciativas, onde a história
se inscreve.
Apontada como um dos fatores de textuali-
dade, a intertextualidade está presente em todo e qual-
quer texto, já que todo processo discursivo se estabe-
lece a partir de um discurso prévio.
O conceito de intertextualidade foi construí-
do por Kristeva (1974, p. 64). A autora diz que “todo
texto se constrói como mosaico de citações, todo texto
é absorção e transformação de um outro texto.” Ela
defende a teoria de que a palavra é espacializada, pois
funciona em três dimensões: sujeito – destinatário
59Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007
4. – contexto.
A humanidade, portanto, sempre registrou
sua história baseada nas dimensões descritas por Kris-
teva. Fala-se e/ou escreve-se para alguém, num deter-
minado contexto. E a partir disto, conta-se, reconta-se
determinado fato de acordo com o que se pretende co-
municar.
Portanto, há de se considerar o caráter social
do sujeito do conhecimento, pois é para a convivên-
cia social que este sujeito se manifesta, no intuito de
transformar a sociedade.
Nessa concepção, Bakhtin enfoca o dialogis-
mo como condição do sentido do discurso, em que o
sujeito perde o papel central e é substituído por dife-
rentes vozes sociais, que fazem dele um sujeito histó-
rico e ideológico. Para ele, o dialogismo é o princípio
constitutivo da linguagem, desdobrado em dois aspec-
tos: o da interação verbal entre enunciador e enuncia-
tário e o da intertextualidade no interior do discurso.
Jenny (1974, p. 6) enfatiza que a intertextu-
alidade condiciona o uso do código, como também, o
conteúdo formal da obra, dificultando a determinação
do grau de explicitação da intertextualidade. Para ela,
as obras intertextuais não são sintomas de uma crise
cultural, mas o fruto do acaso e do gosto pelo uso da
intertextualidade. A autora se baseia nas teorias de Ty-
nianov. O teórico sugere a hipótese de que toda obra
literária se constrói como uma rede dupla de relações
diferenciais: com textos literários pré-existentes e com
sistemas de significação não literários, como as lin-
guagens orais.
Nessa perspectiva, o que caracteriza a inter-
textualidade é introduzir a um novo modo de leitura o
valor semântico de outro texto. Cabe ao leitor, a partir
de sua cultura e memória, identificar o conteúdo inter-
textual.
Cada referência intertextual é o lugar duma
alternativa: ou prosseguir a leitura, vendo
apenas no texto um fragmento como qual-
quer outro, que faz parte integrante da sintag-
mática do texto – ou então voltar ao texto ori-
gem, procedendo a uma espécie de anamnese
intelectual em que a referência intertextual
aparece como um elemento paradigmático
“deslocado” e originário duma sintagmática
esquecida. (JENNY, 1974, p. 21)
Para Koch (1986, p. 39), é possível dar ao
termo intertextualidade um sentido amplo e um senti-
do restrito. A intertextualidade em sentido amplo ocor-
re sempre de maneira implícita e a intertextualidade
em sentido restrito pode ser explícita ou implícita.
Segundo a autora, na produção textual há uma relação
intertextual com outros textos que, mesmo não apa-
recendo na superfície do novo texto, exercem papel
importante na sua produção.
Segundo Fiorin (2003, p. 30), “a intertextu-
alidade é o processo de incorporação de um texto em
outro, seja para reproduzir o sentido incorporado, seja
para transformá-lo.” O autor identifica três processos
de intertextualidade: citação, a alusão e a estilização.
Sant’Anna (2002) apresenta uma classifica-
ção de intertextualidade que difere de Fiorin. Para o
autor, há quatro processos de intertextualidade: a pa-
ródia, a paráfrase, a estilização e a apropriação.
Paulino, Walty e Cury (1997, 25-42) classi-
ficam oito formas de intertextualidade: a epígrafe, a
citação, a referência, a alusão, paráfrase, a paródia, o
pastiche e a tradução. Para eles, a sociedade é uma
grande rede intertextual, em constante movimento, em
que o espaço cultural tem um papel importante, pois
cada produção dialoga necessariamente com outras.
Nesse contexto, os meios de comunicação de massa
concretizam esse jogo através da diversidade de lin-
guagens, características desse meio.
As autoras (1997, p. 14) também abordam o
objeto da intertextualidade em sentido amplo e sentido
mais restrito.
Em seu sentido amplo, ela envolve todos
os objetos e processos culturais, tomados
como texto. Em sentido mais restrito, a in-
tertextualidade terá como objeto apenas as
produções verbais, orais e escritas.
O texto, como objeto cultural, possui uma
existência física delimitada pelo olhar e recriação do
leitor. Nessa perspectiva, o texto nunca está pronto,
pois cada leitor participa desse jogo dialógico com o
autor, realizando cortes, recortes, construções e re-
construções com a finalidade de atender aos seus inte-
resses e as suas necessidades.
Apartir dessas considerações, classificaremos o
princípio da intertextualidade, em suas formas mais utili-
zadas: paródia, paráfrase, estilização, citação e alusão.
3.1 Paródia/ paráfrase e estilização
60 Revista Científica do Centro Universitário de Volta Redonda
5. Fávero (2003, p.50) conceitua paródia como
“canto paralelo, incorporando a idéia de uma canção
cantada ao lado de outra, como uma espécie de contra-
canto”, relembrando a origem etimológica da palavra.
Para ela, falar de paródia é falar de Bakhtin, pois isso
se faz necessário em qualquer estudo que trabalhe o
uso não-sério da palavra.
Bakhtin vê a paródia como “elemento in-
separável da sátira menipéia e de todos os
gêneros carnavalizados. Ele a coloca ao
lado da estilização e do skaz, pois, apesar
das diferenças substanciais, apresentam
traços em comum: permitem reconhe-
cer explicitamente uma semelhança com
aquilo que negam, a palavra tem duplo
sentido, voltando-se para o discurso de
um outro e para o objeto do discurso como
palavra. (FÁVERO, 2003, P. 53)
Sant´Anna tece considerações conceituais
importantes sobre os termos paródia e paráfrase, de
modo a estabelecer relações de oposição entre eles,. O
autor relembra, também, o sentido histórico da pala-
vra paródia – uma ode que perverte o sentido de outra
ode, portanto, dando a idéia de uma canção que era
cantada ao lado de outra, uma espécie de contracanto.
Portanto a palavra possui uma origem musical.
A paródia inova, inaugura um novo paradig-
ma e constrói a evolução de um discurso. Sant’anna
(2002, p.28) complementa que “ a maturidade de um
discurso se revela quando o autor, atingindo a paródia,
liberta-se do código e do sistema, estabelecendo novos
padrões de relação das unidades.” Portanto, na paró-
dia, há uma tomada de consciência crítica, de algo que
foi recalcado e posteriormente emergiu. Uma nova
maneira de ler o convencional.
Aparáfrase é um discurso em repouso em que
alguém abre mão de sua voz para deixar a voz do outro
falar. Não há conflito, pois não há oposição. Funciona
como se fosse um espelho que reflete o discurso do
outro.
Sant’anna (2002, p. 34) reformula as teorias
de Tynianov e Bakhtin sobre o conceito de estilização
e avança propondo três modelos novos de redefinição
desses termos. Esses autores tinham desenvolvido a
oposição entre paródia e estilização, utilizando-a basi-
camente para estudos na área do romance, privilegian-
do autores como Dostoiésvski e Gogol.
No primeiro modelo, o autor aborda o efei-
to pró-estilo da paráfrase e o efeito contra-estilo da
paródia. Segundo ele, “quando a estilização se dá na
mesma direção do texto anterior, transforma-se numa
paráfrase; se ela ocorre em sentido contrário, consti-
tui-se numa paródia.” Assim a estilização é uma téc-
nica geral e a paródia e a paráfrase seriam efeitos par-
ticulares, ou seja, a estilização é o artifício utilizado
pelo autor e a paródia e a paráfrase é o resultado.
No segundo modelo, Sant’anna aborda a no-
ção de desvio, considerando que os jogos estabelecidos
nas relações intra e extratextuais são desvios maiores
ou menores em relação a um texto original. Nessa
concepção, a estilização seria um desvio tolerável que
ocorreria o máximo de inovação sem ser subvertido,
pervertido ou invertido seu sentido. A paráfrase traba-
lharia com o desvio mínimo e a paródia, com o desvio
total.
O autor (2002, p. 41) complementa:
A paródia deforma o texto original
subvertendo sua estrutura ou sentido. Já a
paráfrase reafirma os ingredientes do tex-
to primeiro conformando seu sentido. En-
quanto a estilização reforma, esmaecendo,
apagando a forma, mas sem modificação
essencial da estrutura.
Nessa perspectiva, a paráfrase e a estilização
fazem parte de um mesmo conjunto em oposição à pa-
ródia.
Para Paulino, Walty e Cury (1995, p. 32), a
paráfrase pode ter um sentido mais amplo, quando se
apropria de um “clima ideológico”, como no discurso
do “milagre brasileiro”, em que há uma visão idealiza-
da que enfatiza as qualidades da pátria, escamoteando
os conflitos sociais.
3.2 Citação
Para Fiorin (2003, p.30), a citação pode con-
firmar ou alterar o sentido do texto citado, como tam-
bém pode ser feita em outra linguagem.
Silva (2003, p. 47) lembra que a citação, nos
textos científicos, se apresenta marcada graficamente
61Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007
6. de alguma forma, normalmente, entre aspas. Nos tex-
tos literários, comumente encontram-se citações sem
os sinais gráficos, com os trechos incorporados ao tex-
to. A autora utiliza a linguagem poética para se referir
à citação.
Então, a partir dela, da citação, não há
mais quaisquer segredos guardados en-
tre o ontem e o agora, ou entre o hoje e
o hoje, entre o autor de um novo tempo e
os autores de tempos outros, ou de tempos
mesmos que, num diálogo sem cerimônia,
prosseguem contando juntos uma outra
estória, amparando um a voz do outro.
3.3 Alusão
Segundo Fiorin (2003, p. 31), a alusão é um
processo de reprodução de construção sintática em que
certas figuras são substituídas por outras, mantendo-se
uma relação hiperonímica.
Pode-se afirmar que a alusão é um tipo de in-
tertextualidade fraca, pois se constitui apenas por uma
leve menção a outro texto ou a um fragmento textual.
4. Conclusão
A linguagem é fator determinante para a in-
serção social. Através dela, o indivíduo é aceito ou re-
jeitado. Como o ser humano tem necessidade de ser
aceito, ele busca o aprimoramento lingüístico para al-
cançar esse objetivo.
Nesse contexto, o intertexto tem papel im-
portante no intuito de persuadir o outro, pois, quando
identificado, se estabelece um sentimento de conforto,
de auto-estima cultural, que é valorizado por quem
lê ou ouve o texto. Também, o intertexto credibiliza
o discurso, pois o que se apresenta não é totalmente
novo.
Partindo do conceito de Kristeva, de que
“todo texto é um mosaico de citações”, percebe-se a
importância do “já-dito” na produção textual, oral ou
escrita, pois através da utilização do princípio da in-
tertextualidade, demonstramos nossa competência lin-
güística a cada vez que reproduzimos o conhecimento
adquirido ao longo da vida. Implícito ou explicita-
mente, o princípio sempre estará presente nos textos
que lemos ou ouvimos.
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63Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007
Informações bibliográficas:
Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publi-
cado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma:
GOUVEIA, M. A. R. �������������������������������������������������������������O Princípio da Intertextualidade Como Fator de Textualidade��. Cadernos UniFOA , Volta Re-
donda, ano II, n. 4, agosto. 2007. Disponível em: <http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/edicao/04/57.pdf>