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Tireoidites são doenças ambientais?
Capacidade
detoxificante
“Barrel effect”
          “Barrel effect”
        –Na presença de
        –Na presença
predisposição genética…
predisposição genética…
 uma minúscula gota vai
      minúscula
    extravasar o líquido.
                 líquido.
Tireoidite Autoimune
• Doença inflamatória da glândula tireóide decorrente de
  respostas autoimunes que levam à infiltração linfocítica da
  glândula.

• É caracterizada pela presença de linfócitos T e autoanticorpos
  circulantes contra antígenos específicos da tireóide.

• Os sinais clínicos podem variar desde hipotireoidismo a
  tireotoxicose, dependendo do tipo de tireoidite autoimune.
Infiltração linfocítica




Hipoecogenicidade
MALT
•   Some dogs have a genetic susceptibility to diseases that attack their own immune
    system. Researchers suspect that these immune-mediated diseases may be
    triggered by environmental chemicals, viruses, repeated inoculation with multi-valent
    modified live vaccines, and other immune system challengers.
•   Studies indicate that the breeds most commonly affected by autoimmune lymphocytic
    thyroiditis include Golden Retriever, Great Dane, Beagle, Borzoi, Shetland Sheepdog,
    American Cocker Spaniel, Labrador Retriever, Rottweiler, Boxer, Doberman
    Pinscher, German Shepherd, Akita, Old English Sheepdog, and Irish Setter.
    Symptoms usually appear between one and five years of age, but blood tests can
    indicate the potential for disease before clinical signs appear. Unfortunately, a clean
    thyroid test at one year of age does not mean the dog will remain free of disease
    throughout its life.
•   In August 1996, the American Kennel Club Canine Health Foundation hosted an
    international symposium on canine hypothyroidism at the University of California at
    Davis. Here the world’s experts on the disease shared findings, asked and answered
    questions, and suggested avenues for further study to increase understanding of the
    disease, improve diagnostic tests, and identify a genetic marker for the inherited form
    of the disease. Until more is known, however, dog owners can watch their pets for the
    classic signs of thyroid disease manifestation as outlined above and potential dog
    owners can ask breeders if the sire and dam of that wonderful litter have been
    screened for thyroid disease or are taking thyroid medication. Even though the tests
    are not perfect, the answer will indicate a breeder's commitment to ridding his dogs of
    thyroid disorder.
                                  [Dog Owner's Guide: Canine thyroid disease
                                  (www.canismajor.com/dog/thyroid.html)]
Doenças Autoimunes da Tireóide




    Hipotireoidismo        Hipertireoidismo   Disfunção tireoidiana
Tireoidite de Hashimoto   Doença de Graves          pós-parto
“O material genético individual é um dos maiores fatores que determinam
como a pessoa será afetada pela exposição ambiental.”
                          Fonte: Basic Environmental Health, 2001
D 005-0059 18.02.2005
Doenças Autoimunes da Tireóide
Folha de São Paulo
    20/02/2008
Crescimento
                  Zinco      Sexo             fetal


  Stress                      feminino                           Paridade
                   Iodo                  Microquimerismo fetal


  Selênio                     Alergias                  Contraceptivos orais




                  Radiação                    Bactérias


Drogas e metais              Tabagismo                            Vírus
Bactérias


            Vírus
Infecções
• Infecções virais (Coxsackie B, rubéola congênita) promovem aumento
  da síntese endógena de interferon-alfa, que atua como estímulo
  inespecífico para indução de TAIs.
• A associação entre TAIs e infecções bacterianas potencialmente ocorre
  através do mimetismo celular com conseqüente ruptura dos
  mecanismos de tolerância que permitem ao organismo discriminar o que
  lhe é o que não lhe é próprio, acarretando a formação de
  autoanticorpos, sendo reconhecida a correlação entre infecção
  persistente por Yersinia enterocolítica nos linfonodos mesentéricos,
  principalmente em Doença de Graves e tireoidite de Hashimoto.
• Alterações da flora intestinal com supercrescimento bacteriano no
  intestino delgado tem sido correlacionadas com hipotireoidismo.
• Os linfócitos intestinais expressam a proteína do receptor do TSH.
Crosstalking: Kommunikation zwischen
den Mikroben und den Signalsystemen
des Wirtes über Zytokine und Chemokine




Über Fimbrien (Adhäsine) interagiert der
Mikrorganismus mit passenden
Rezeptoren der Wirtszelle
 11/01/2013                              Hartmut Dorstewitz   33

              D 004-0021 02 22.07.2004
Flora intestinal


• 100.000.000.000.000 (1014) bactérias

• 10 – 100 vezes mais bactérias do que
  células no corpo

• Mais de 12.000 espécies de bactérias

• Digestão de 30 tons de alimentos em 75 anos

• Ingesta de 50.000 litros
Aprox. 100.000.000.000.000 (1014) bactérias
                                            Mais de 2.000 espécies bacterianas
                                            importantes




                                        =
Aprox. 1012 cells



         =
             D 005-0114 11 06.08.2004
=

Microbioma Intestinal
  Genoma coletivo
        D 005-0114 11 06.08.2004
Sinergia Microbiana
Defesa contra infecção é devida à interação
      de muitas espécies bacterianas.
Zinco




           Iodo
Selênio
Folha de São Paulo
    28/02/2008
Iodo

• A ingestão de iodo influencia a
  prevalência das tireoidites.
• Em áreas com ingesta de iodo suficiente,
  hipotireoidismo é mais comum, enquanto
  a deficiência de iodo está relacionada com
  hipertireoidismo.
• O excesso de iodo pode causar disfunção
  tireoidiana, especialmente em pacientes
  com TA.
-    -      +
   O2 + O2 + 2 H               SOD
                                         H2O2 + O2


     2 GSH + H2O2                                 GSSH
                             GLUTATIONA
                             GLUTATIONA
     + 2 H2 O                PEROXIDASE
                             PEROXIDASE




    H2O2 + H2O2             CATALASE
                                           2H2O + O2
As enzimas anti-oxidantes SUPERÓXIDO DISMUTASE (SOD),
CATALASE (CAT) e GLUTATIONA PEROXIDASE (GPx)
servem como linha primária de defesa na destruição dos radicais
livres.
Isoflavonas e tireóide

• Na presença do iodeto a ginesteína e a daidzeína
  podem bloquear o efeito da peroxidase tireoideana (iodo
  e tirosina).
• Uso de suplementação de isoflavonas com hormônios
  tireoideanos para o tratamento de hipotireoidismo
  subclínico deve ser questionado em indivíduos acima de
  60 anos.
• Níveis ideais de suplementação devem ser adequados
  para se evitar riscos das altas doses ou mesmo de
  doses insuficientes de reposição.

           Divi R,,chang H,Doerge D. Anti-thyroid isoflavones from soybean: isolation,
    characterization, and mechanisms of action. Biochem Pharmacol.1997;54:1087-96
Mechanisms that might cause mutagenesis in the thyroid gland.
The figure shows the key molecules involved in those parts of thyroid hormone synthesis which—in conditions of
iodine and most probably also selenium deficiency—lead to oxidative stress, DNA damage and possibly
mutagenesis. (A) In the normal thyroid gland, the enzymes ThOX1and ThOX2 generate H2O2. TPO transfers
oxidized iodine to tyrosyl residues of thyroglobulin—the precursor for T3 and T4 synthesis. H2O2 is, however, a
source of ROS, which—with other oxidative stress—can cause DNA damage. Normally, antioxidant defense can
prevent oxidative stress and DNA damage. Selenoproteins such as glutathione peroxidase 3 are part of this
defense. (B) Conditions of iodine deficiency increase levels of H2O2 and might increase the amount of oxidative
stress and DNA damage. Additional selenium deficiency decreases levels of selenoproteins and could thereby
weaken antioxidative defense, and this exacerbates oxidative stress and DNA damage. Abbreviations: ROS,
reactive oxygen species; ThOX, thyroid oxidase; TPO, thyroid peroxidase.
Selênio
• Os solos em geral vem se mostrando pobres em
  selênio, o que reflete no teor de selênio dos alimentos.
• O selênio está presente em 35 selenoproteínas, dentre
  elas as deiodinases e a glutationa peroxidase, uma
  enzima antioxidante, que atua impedindo a formação de
  radicais livres e no controle do estresse oxidativo ao
  nível tireoidiano.
• Além disso, participa do processo de conversão do
  hormônio T3 em T4.
• Por essas ações, o selênio exerce importante influência
  sobre o sistema endócrino e imunológico, modulando a
  resposta inflamatória. Baixos níveis sanguíneos de
  selênio estão associados com o aumento do volume da
  tireóide e com a hipoecogenicidade da mesma,
  indicando a presença de infiltrado linfocitário.
A participação do estresse oxidativo e das
  espécies reativas de oxigênio nas
  patologias da tireóide tem sido cada vez
  mais estudadas, bem como os
  mecanismos antioxidantes de defesa,
  exercendo o selênio um papel
  fundamental.
Um estudo duplo com o uso de suplementação
 de selênio em indivíduos idosos aumentou a
 taxa de conversão de T4 a T3.

 Olivieri O,Girelli D, Azzini M, Low selenium status in the elderty influences thyroid
                                          hormones. Clin Sci (Colch). 1995;27:48-52
Síndrome de Wilson

• Inibição da 5’ deiodinase por deficiência de selênio ou
  interferência ambiental (metais tóxicos ou toxinas
  associadas).
• A conversão de T4 a T3 reverso e de T3 reverso a T2
  ocorrerá preferencialmente à conversão de T4 a T3.

Chopra I, Wiliams D. Orgiazzi J. Solomon D.J. Clin Endocrinol Metab. 1975;41:911-20-20
Zinco

• Em um estudo de 13 indivíduos dos quais 9 com T3L
  baixo, foi verificada deficiência moderada de zinco,
  sendo que após suplementação adequada, houve
  normalização da função tireoidiana.

Nishiyama S, Futagoishi-Suginohara Y, Matsukura M. Zinc supplementation alters thyroid
           hormone metabolism in disabled patients with zinc deficiency.J Am Coll Nutr.
                                                                        1994;13:62-67.
Crescimento
Sexo             fetal


 feminino                           Paridade
            Microquimerismo fetal


                           Contraceptivos orais
Sexo feminino x Tireóide
• A preponderância feminina é evidente nas
  doenças autoimunes órgão-específicas, em
  especial nas TAIs. Além dos fatores genéticos,
  fatores hormonais relacionados ao estrogênio
  parecem exercer influência.
• A utilização de anticoncepcionais orais está
  associada à proteção do desenvolvimento de
  hipertireoidismo (independente do número de
  gravidezes), em especial doença de Graves,
  mas não de Tireoidite de Hashimoto.
Sexo feminino x Tireóide
        Baixo peso ao nascer
• O crescimento fetal reduzido é fator de risco
  para diversas desordens, devido a imaturidade
  do timo resultando em declínio das células T
  supressoras.
• A prevalência de anticorpos anti-TPO é maior
  em mulheres que tiveram baixo peso ao nascer,
  quando comparado com aquelas que
  apresentaram maior peso. O baixo peso ao
  nascer parece ser, portanto, o primeiro fator de
  risco ambiental.
Xenoestrógenos


Os xenoestrógenos ambientais também tem
 sido relacionados com anormalidades da
 função tireoidiana.
FIG. 7. Proposed mechanism of thyroid tumor promotion mediated by CAR




                    Qatanani, M. et al. Endocrinology 2005;146:995-1002



Copyright ©2005 The Endocrine Society
Sexo feminino x Tireóide
               Paridade
• Durante o período de gestação o sistema imunológico é
  suprimido pela influência do estrógeno com a queda da
  razão T-helper/T-supressor, ou seja, diminuição de Th1
  e aumento de Th2. A imunossupressão típica da
  gravidez explica a diminuição da gravidade de doenças
  autoimunes mediadas por Th1 (diabetes tipo I, artrite
  reumatóide, esclerose múltipla, por exemplo). No
  entanto, a doença de Graves também costuma melhorar
  durante a gravidez.
• Nos primeiros meses pós-parto ocorre reativação das
  células T e um aumento na produção de autoanticorpos
  antitireoideanos pode ocorrer, levando a tireoidite pós-
  parto.
Table 2: Immune changes in pregnancy




                          MICROCHIMERISM AND THYROID DISEASE – 2007
Juan C. Galofre
Department of Medicine, Mount Sinai School of Medicine, at the James J. Peters VA Medical Center, New
York, New York.

Terry F. Davies
Department of Medicine, Mount Sinai School of Medicine, at the James J. Peters VA Medical Center, New
York, New York., , , email: terry.davies@mssm.edu
Sexo feminino x Tireóide
        Microquimerismo fetal
• Um conceito mais novo, o microquimerismo
  fetal, pode explicar o predomínio feminino das
  tireoidites autoimunes.
• O microquimerismo fetal envolve a transferência
  de células fetais para a circulação materna, que
  podem persistir circulantes por longo tempo
  induzindo a autoimunidade. A infiltração de
  células fetais na tireóide materna desencadeiam
  fenômenos autoimunes.
Microquimerismo fetal
Interphase fluorescence in situ hybridization (FISH) of thyroid tissue showing a group of microchimeric cells
identified by the presence of X and Y chromosomes (orange and green, respectively). The X or Y chromosome
may not be observed in each nucleus, as they may not be in the same plane of focus (magnification X400). The
FISH assay employed Cy3-labeled X (orange) and fluorescein isothiocyanate conjugated–labeled Y (green)
chromosome probes. Nuclei were counterstained with 4',6-diamidino-2-phenylindole (blue). From Khosrotehrani K
et al (40).
Sexo feminino x Tireóide
             Ftalatos
• Cosméticos cremosos
• Plásticos flexíveis (PET, plásticos em
  microondas)
Alergias




                  Radiação


Drogas e metais              Tabagismo
Drogas
Diversas drogas são conhecidas por induzir tireoidites
  autoimunes em indivíduos predispostos geneticamente.

• Lítio
• A amiodarona está frequentemente relacionada com
  disfunção da tireóide, induzindo a autoimunidade por
  mecanismos ainda incertos.
• Há associação entre o aparecimento da Doença de
  Graves e o uso de antiretrovirais.
• O interferon alfa, usado no tratamento da hepatite C,
  está fortemente associado com a indução de disfunções
  tireoideanas: hipotireoidismo autoimune, tireoidite
  destrutiva e hipertireoidismo.
• Há correlação também entre distúrbios tireoideanos
  autoimunes e uso de interleucina 2, GM-CSF, anticorpo
  monoclonal anti-CD52 e carbamatos.
09/12/2006 - 10h51
                 Estudo acha hormônio sexual em água na região de Campinas
                                                          MAURÍCIO SIMIONATO
                                                      da Agência Folha, em Campinas


  Estudo da Unicamp sobre a qualidade da água para consumo e de rios da região metropolitana de Campinas (95 km de SP) --onde vivem
cerca de 2,5 milhões de pessoas-- revela a presença de hormônios sexuais e de compostos derivados de produtos farmacêuticos e industriais.
Algumas dessas substâncias podem interferir na saúde humana ao alterar o funcionamento de glândulas do corpo. No entanto, não há estudos
                       que indiquem quais problemas podem ser causados pela ingestão crônica dessas substâncias.

   A pesquisa coletou, durante quatro anos, amostras de água bruta e potável na bacia do rio Atibaia, o principal manancial da região, que
 abastece cerca de 92% de Campinas. O monitoramento de substâncias na água foi feito para 21 compostos: seis hormônios sexuais, quatro
                        esteróides derivados do colesterol, cinco produtos farmacêuticos e seis produtos industriais.

    Na água potável, foram identificadas desde progesterona (hormônio sexual feminino) até cafeína, bem como colesterol e os hormônios
estradiol e etinilestradiol, além de compostos usados em remédios e na indústria. Os fármacos (substâncias químicas usadas como remédios)
 detectados na água são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. As concentrações de fármacos na água bruta do
  rio foram maiores do que na água potável. Os compostos identificados não deveriam estar presentes na água consumida pela população.
Contudo, não há legislação que fixe níveis toleráveis para essas substâncias. Algumas, como a cafeína, foram encontradas em concentração
                                                até mil vezes maior do que em países europeus.

  A média de hormônios femininos encontrados na água potável de Campinas é de um micrograma por litro. Portanto, ao beber dois litros de
água por dia, uma pessoa pode ingerir 60 microgramas dessas substâncias por mês. "Não há dados conclusivos sobre quais danos ao homem
  são causados por exposição crônica a esses compostos. Mas eles não deveriam estar presentes na água potável. O resultado do estudo é
                                  bastante preocupante", disse o professor Wilson de Figueiredo Jardim.

                 Tanto os hormônios como os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos rios pelo esgoto.

    Segundo a autora da pesquisa, Gislaine Ghiselli, alguns estudos semelhantes foram feitos nos EUA usando água bruta de rios. Para o
hormônio progesterona, por exemplo, foi identificada uma média de 0,11 microgramas por litro. No rio Atibaia, a média foi de 1 micrograma por
                                     litro na água potável. Para empresa, teor detectado é muito baixo

     O coordenador de Análise e Controle de Água da Sanasa (empresa de água e saneamento), Ivânio Alves, disse que as substâncias
monitoradas no estudo da Unicamp não são contempladas por órgãos estaduais, federais e internacionais da saúde, com relação à qualidade
       da água para consumo humano. Segundo Alves, a Sanasa segue normas federais de 2004, que estabelecem "procedimentos e
 responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade". Alves disse
 ainda que as substâncias monitoradas pela Unicamp na água para consumo foram detectadas em "valores muito baixos em comparação a
                                                         outros produtos alimentícios".

Com relação aos hormônios, a Sanasa informou que "os teores detectados são baixos em comparação com anticoncepcionais e com aditivos
colocados na alimentação animal". O coordenador da Sanasa usou a mesma explicação --de baixa concentração encontrada-- para as outras
                                                   substâncias verificadas na água.
Somente 3 a 10% dos 85.000 produtos
 químicos disponíveis foram avaliados pelo
 EPA em relação à segurança.
Produtos Químicos e Tireóide
•   PCBs, PBBs, dioxinas – passagem pela placenta e leite materno
•   Aditivos e conservantes alimentares
•   Halogenos (cloreto, brometo, fluoreto)
•   Contaminantes da carne (promotores de crescimento animal e
    medicamentos veterinários) - rBGH (hormônio de crescimento bovino) –
    presente no leite de vaca – relacionado com cistos de tireóide e câncer
    de tireóide em ratos e aumento de IGF-1 (aumento do risco de câncer
    de mama, próstata e intestino)
•   Pesticidas (DDT, lindano, HCB, organofosfatos, carbamatos)
•   Percloratos, tiocianatos e nitratos (produção de amônia)
•   Ftalatos– presentes em cosméticos e plásticos deformáveis
•   Solventes
•   Borracha sintética (alta prevalência – 35% – de doença tireoidiana em
    trabalhadores da indústria)
•   Metais pesados (mercúrio, cádmio, chumbo, alumínio)
•   Piretróides (permetrina) – spray e produtos para limpeza de aviões
Radiação
• A irradiação, tanto externa, quanto interna, induz autoimunidade
  tireoidiana através das células dendríticas.
• Nos casos de hipotireoidismo, a irradiação externa pode causar
  lesão glandular direta, sem mediação autoimune. Já na doença de
  Graves, presente em até 5% dos pacientes submetidos à
  radioterapia, a doença se desenvolve através da exposição da
  proteína do TSHR ao sistema imune, que também pode explicar o
  maior risco de oftalmopatia nesses pacientes.
• Os pacientes com bócio multinodular geneticamente predispostos
  que são tratados com iodo radioativo (irradiação interna), podem
  desenvolver doença de Graves como ocorrência do aumento de
  autoanticorpos contra o TSHR.
• A radiação ambiental, como a observada após bombardeios
  nucleares, aumentou tanto a incidência de neoplasias tireoidianas
  quanto de hipotireoidismo autoimune.
Tabagismo

• O tabagismo, inclusive o passivo, induz uma
  ativação policlonal das células B e T
  (aumentando a produção de interleucina 2 e de
  IgE), além de aumentar os níveis de auto-
  antígenos através de danos celulares e induzir a
  produção de diversas citoquinas inflamatórias.
• Está associado ao aumento do risco de Doença
  de Graves, em especial à oftalmopatia, o que
  parece relacionado à hipóxia local.
Mercúrio e disfunções glandulares

• A exposição ao vapor de mercúrio e seu acúmulo ao
  longo do tempo estaria envolvida com diferentes
  disfunções glandulares por depósito desses metais em
  tecidos tireoidiano, testículo, adrenais e hipofisário.
• Os níveis de T3L estão inversamente correlacionados à
  exposição de vapor de Hg.

                               Barreg aL, Lindstedt G, Schutz A, Sallisten G.
                   Endocrine function in mercury exposed chloralkali workers.

                                        Occup Environ Med.1994;51:536-40.
Folha de São Paulo
   15/02/2009
Impacto de metais tóxicos e outros poluentes
        ambientais na função tireoideana
• Efeito tóxico confirmado por exposição ambiental a chumbo,
  mercúrio, dioxina e cádmio nos níveis de hormônios tireoideanos.
• Efeito tóxico de compostos bifenóis policlorinados (PCB) em 320
  crianças de 7 a 10 anos de idade.
• Administração de cádmio a galinhas por 15 dias diminuiu os níveis de
  T3 sem alterar os níveis de T4.
• A 5`deiodinase hepática e a SOD diminuiram em 70% e 20% pela
  ação do cádmio.
• Aumento concomitante em 206% na peroxidação lipídica.
• A administração de vitamina E (5mg/ kg) a galinhas intoxicadas por
  cádmio restabeleceu a função normal da 5`deiodinase hepática e a
  função tireoidiana normal. Pode-se concluir que a alteração do
  5`deiodinase pode ser secundária à geração de LPO (lipoperóxidos).


                        Gupta P, Kar. Comp.biochem phys 99
Alergias
• Doenças alérgicas contribuem para a patogênese das
  doenças autoimunes, sendo comum a associação entre
  vários estados patológicos.
• Há uma correlação entre níveis elevados de IgE e uma
  mais lenta diminuição dos autoanticorpos contra o
  THSR, em pacientes com doença de Graves.
• Em pacientes com urticária crônica foram encontrados,
  com mais freqüência, a presença de autoanticorpos
  TPO e/ou TBG, justificando a maior associação com a
  tireoidite de Hashimoto.
• As TAIs têm sido sido comumente diagnosticadas
  associadas à doença celíaca ou a intolerância a glúten,
  tendo sido observada a diminuição de anticorpos
  antitireoidianos em crianças após dieta de exclusão de
  alimentos ricos em glúten.
ImuPro 300
Alergias alimentares tardias mediadas por IgG
Schuppan D. Current Concepts of Celiac Disease
Pathogenesis. Gastroenterology 2000;119:234–242.
Kagnoff MF. Overview and Pathogenesis of Celiac Disease. Gastroenterology 2005;128:S10–S18.
Stress
Estresse
• Alterações nos níveis de cortisol secundários ao estresse
  podem alterar a conversão periférica do T4 a T3.


                                    Juma A, et al; J Surg Res, 1991;50:129-34
                          Johannsson G et al; Psychosom Med. 1987;49;390-6
                 Samuels M, Mc Daniel; J Clin Endocrinol metab. 1997;82:3700-4
Estresse
• O estresse tem uma profunda influência sobre o
  sistema imunológico através da ativação do eixo
  hipotálamo-hipófise-adrenal, gerando um
  desbalanço Th1/Th2, em direção à formação de
  Th2 e conseqüente imunossupressão celular e
  reforço da imunidade humoral. Isso pode explicar
  como um importante quadro de estresse serve de
  gatilho para um evento autoimune.
• A ocorrência de Doença de Graves está
  frequentemente precedida por um intenso estresse.
Variação sazonal
• A variação sazonal é outro fator ambiental
  relacionado às TAIs.
• Nos países com estações bem definidas,
  a incidência de coma mixedematoso do
  hipotireoidismo é maior no inverno
  enquanto a tireotoxicose é mais
  freqüentemente diagnosticada nos
  períodos mais quentes do ano.
• O teor de iodo no leite é maior no inverno
  do que no verão.
Tireoidites são doenças ambientais?


Sim. Mas há o que fazer...
Tireoidites
              Avaliação laboratorial
•   Iodo urinário de 24 horas
•   Selênio e zinco séricos
•   Mineralograma capilar
•   Testes de provocação de eliminação de metais pesados (em
    especial mercúrio)
•   Investigação da flora intestinal (KYBERKOMPACT)
•   Pesquisa de alergias alimentares imediatas (IgE) e tardias
    (IMUPRO 300), em especial de doença celíaca (anticorpos anti-
    transglutaminase, anti-gliadina e anti-endomísio),
•   Anticorpos para Yersinia enterocolítica, vírus coxsackie B e rubéola
•   Ultrassom de tireóide com doppler
•   Métodos biofísicos de identificação de produtos químicos
Tireoidites
                          Tratamento
•   Reposição de nutrientes (iodo, selênio – selenito de sódio 200mcg/dia 3
    meses– e zinco)
•   Antioxidantes
•   Diminuição (até eliminação) do consumo de alimentos ricos em glúten
•   Detoxificação hepática
•   Detoxificação de metais pesados (DMSA, EDTA, remoção de amálgamas,
    vitamina E, selênio)
•   Descontaminação colônica (rifamicina 1200mg/dia 7 dias)
•   Probióticos para correção da microbiota intestinal
•   Ozonioterapia sistêmica (insuflação retal da mistura gasosa oxigênio-
    ozônio), ozonioterapia local (protocolo de Mollica)
•   Medicamentos anti-homotóxicos
•   Eliminação de produtos químicos (oxigenoterapia com terapia de von
    Ardenne e sauna seca)
•   Reposição de vitamina D
•   Medidas antiinflamatórias
SP 019-0001 12.04.2007
Medicamentos Anti-homotóxicos
Ozonioterapia
RETOCOLITE ULCERATIVA
                         (Knoch et al. „Aktuelle Koloproktologie“)
Fem, 45a




                                     Insuflação retal
                                         ozônio
                                       20-30 µg/ml
                                       300-500 ml
 Estágio florido de retocolite                       Biópsia de controle após 4
 • destruição do epitélio                            semanas:

 • abscessos de cripta                               • epitélio intacto

 • infiltração leucocitária maciça                   • reversão da inflamação
COLITE ULCERATIVA
Masc, 62 a          (Knoch et al. „Aktuelle Koloproktologie“)




                                  Insuflação retal
                                      ozônio
                                   8,5-27 µg/ml
                                    300 ml /dia,
                                    3x/semana        Biópsia de controle após 4
Estágio florido de colite                            semanas:

• destruição do epitélio                             • epitélio intacto

• abscessos de cripta                                • aspecto normal das criptas

• inflamação crônica com                             • reversão da inflamação
infiltração leucocitária maciça                      • infiltração leucocitária
                                                     moderada
Tireoidites
                Prevenção

• Qualidade da água de beber
• Consumo de alimentos orgânicos
• Evitar colocação e remover amálgamas
  dentários
• Evitar uso excessivo de produtos
  industrializados
• Exposição solar (evitar excesso de filtro
  solar)
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Doenças autoimunes da tireóide: fatores ambientais e genéticos

  • 2.
  • 4. “Barrel effect” “Barrel effect” –Na presença de –Na presença predisposição genética… predisposição genética… uma minúscula gota vai minúscula extravasar o líquido. líquido.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Tireoidite Autoimune • Doença inflamatória da glândula tireóide decorrente de respostas autoimunes que levam à infiltração linfocítica da glândula. • É caracterizada pela presença de linfócitos T e autoanticorpos circulantes contra antígenos específicos da tireóide. • Os sinais clínicos podem variar desde hipotireoidismo a tireotoxicose, dependendo do tipo de tireoidite autoimune.
  • 10.
  • 11. MALT
  • 12.
  • 13.
  • 14. Some dogs have a genetic susceptibility to diseases that attack their own immune system. Researchers suspect that these immune-mediated diseases may be triggered by environmental chemicals, viruses, repeated inoculation with multi-valent modified live vaccines, and other immune system challengers. • Studies indicate that the breeds most commonly affected by autoimmune lymphocytic thyroiditis include Golden Retriever, Great Dane, Beagle, Borzoi, Shetland Sheepdog, American Cocker Spaniel, Labrador Retriever, Rottweiler, Boxer, Doberman Pinscher, German Shepherd, Akita, Old English Sheepdog, and Irish Setter. Symptoms usually appear between one and five years of age, but blood tests can indicate the potential for disease before clinical signs appear. Unfortunately, a clean thyroid test at one year of age does not mean the dog will remain free of disease throughout its life. • In August 1996, the American Kennel Club Canine Health Foundation hosted an international symposium on canine hypothyroidism at the University of California at Davis. Here the world’s experts on the disease shared findings, asked and answered questions, and suggested avenues for further study to increase understanding of the disease, improve diagnostic tests, and identify a genetic marker for the inherited form of the disease. Until more is known, however, dog owners can watch their pets for the classic signs of thyroid disease manifestation as outlined above and potential dog owners can ask breeders if the sire and dam of that wonderful litter have been screened for thyroid disease or are taking thyroid medication. Even though the tests are not perfect, the answer will indicate a breeder's commitment to ridding his dogs of thyroid disorder. [Dog Owner's Guide: Canine thyroid disease (www.canismajor.com/dog/thyroid.html)]
  • 15. Doenças Autoimunes da Tireóide Hipotireoidismo Hipertireoidismo Disfunção tireoidiana Tireoidite de Hashimoto Doença de Graves pós-parto
  • 16.
  • 17.
  • 18. “O material genético individual é um dos maiores fatores que determinam como a pessoa será afetada pela exposição ambiental.” Fonte: Basic Environmental Health, 2001
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Folha de São Paulo 20/02/2008
  • 27. Crescimento Zinco Sexo fetal Stress feminino Paridade Iodo Microquimerismo fetal Selênio Alergias Contraceptivos orais Radiação Bactérias Drogas e metais Tabagismo Vírus
  • 28. Bactérias Vírus
  • 29.
  • 30. Infecções • Infecções virais (Coxsackie B, rubéola congênita) promovem aumento da síntese endógena de interferon-alfa, que atua como estímulo inespecífico para indução de TAIs. • A associação entre TAIs e infecções bacterianas potencialmente ocorre através do mimetismo celular com conseqüente ruptura dos mecanismos de tolerância que permitem ao organismo discriminar o que lhe é o que não lhe é próprio, acarretando a formação de autoanticorpos, sendo reconhecida a correlação entre infecção persistente por Yersinia enterocolítica nos linfonodos mesentéricos, principalmente em Doença de Graves e tireoidite de Hashimoto. • Alterações da flora intestinal com supercrescimento bacteriano no intestino delgado tem sido correlacionadas com hipotireoidismo. • Os linfócitos intestinais expressam a proteína do receptor do TSH.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Crosstalking: Kommunikation zwischen den Mikroben und den Signalsystemen des Wirtes über Zytokine und Chemokine Über Fimbrien (Adhäsine) interagiert der Mikrorganismus mit passenden Rezeptoren der Wirtszelle 11/01/2013 Hartmut Dorstewitz 33 D 004-0021 02 22.07.2004
  • 34. Flora intestinal • 100.000.000.000.000 (1014) bactérias • 10 – 100 vezes mais bactérias do que células no corpo • Mais de 12.000 espécies de bactérias • Digestão de 30 tons de alimentos em 75 anos • Ingesta de 50.000 litros
  • 35. Aprox. 100.000.000.000.000 (1014) bactérias Mais de 2.000 espécies bacterianas importantes = Aprox. 1012 cells = D 005-0114 11 06.08.2004
  • 36.
  • 37.
  • 38. = Microbioma Intestinal Genoma coletivo D 005-0114 11 06.08.2004
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42. Sinergia Microbiana Defesa contra infecção é devida à interação de muitas espécies bacterianas.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47. Zinco Iodo Selênio
  • 48.
  • 49. Folha de São Paulo 28/02/2008
  • 50. Iodo • A ingestão de iodo influencia a prevalência das tireoidites. • Em áreas com ingesta de iodo suficiente, hipotireoidismo é mais comum, enquanto a deficiência de iodo está relacionada com hipertireoidismo. • O excesso de iodo pode causar disfunção tireoidiana, especialmente em pacientes com TA.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. - - + O2 + O2 + 2 H SOD H2O2 + O2 2 GSH + H2O2 GSSH GLUTATIONA GLUTATIONA + 2 H2 O PEROXIDASE PEROXIDASE H2O2 + H2O2 CATALASE 2H2O + O2 As enzimas anti-oxidantes SUPERÓXIDO DISMUTASE (SOD), CATALASE (CAT) e GLUTATIONA PEROXIDASE (GPx) servem como linha primária de defesa na destruição dos radicais livres.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63. Isoflavonas e tireóide • Na presença do iodeto a ginesteína e a daidzeína podem bloquear o efeito da peroxidase tireoideana (iodo e tirosina). • Uso de suplementação de isoflavonas com hormônios tireoideanos para o tratamento de hipotireoidismo subclínico deve ser questionado em indivíduos acima de 60 anos. • Níveis ideais de suplementação devem ser adequados para se evitar riscos das altas doses ou mesmo de doses insuficientes de reposição. Divi R,,chang H,Doerge D. Anti-thyroid isoflavones from soybean: isolation, characterization, and mechanisms of action. Biochem Pharmacol.1997;54:1087-96
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72. Mechanisms that might cause mutagenesis in the thyroid gland. The figure shows the key molecules involved in those parts of thyroid hormone synthesis which—in conditions of iodine and most probably also selenium deficiency—lead to oxidative stress, DNA damage and possibly mutagenesis. (A) In the normal thyroid gland, the enzymes ThOX1and ThOX2 generate H2O2. TPO transfers oxidized iodine to tyrosyl residues of thyroglobulin—the precursor for T3 and T4 synthesis. H2O2 is, however, a source of ROS, which—with other oxidative stress—can cause DNA damage. Normally, antioxidant defense can prevent oxidative stress and DNA damage. Selenoproteins such as glutathione peroxidase 3 are part of this defense. (B) Conditions of iodine deficiency increase levels of H2O2 and might increase the amount of oxidative stress and DNA damage. Additional selenium deficiency decreases levels of selenoproteins and could thereby weaken antioxidative defense, and this exacerbates oxidative stress and DNA damage. Abbreviations: ROS, reactive oxygen species; ThOX, thyroid oxidase; TPO, thyroid peroxidase.
  • 73. Selênio • Os solos em geral vem se mostrando pobres em selênio, o que reflete no teor de selênio dos alimentos. • O selênio está presente em 35 selenoproteínas, dentre elas as deiodinases e a glutationa peroxidase, uma enzima antioxidante, que atua impedindo a formação de radicais livres e no controle do estresse oxidativo ao nível tireoidiano. • Além disso, participa do processo de conversão do hormônio T3 em T4. • Por essas ações, o selênio exerce importante influência sobre o sistema endócrino e imunológico, modulando a resposta inflamatória. Baixos níveis sanguíneos de selênio estão associados com o aumento do volume da tireóide e com a hipoecogenicidade da mesma, indicando a presença de infiltrado linfocitário.
  • 74. A participação do estresse oxidativo e das espécies reativas de oxigênio nas patologias da tireóide tem sido cada vez mais estudadas, bem como os mecanismos antioxidantes de defesa, exercendo o selênio um papel fundamental.
  • 75.
  • 76. Um estudo duplo com o uso de suplementação de selênio em indivíduos idosos aumentou a taxa de conversão de T4 a T3. Olivieri O,Girelli D, Azzini M, Low selenium status in the elderty influences thyroid hormones. Clin Sci (Colch). 1995;27:48-52
  • 77. Síndrome de Wilson • Inibição da 5’ deiodinase por deficiência de selênio ou interferência ambiental (metais tóxicos ou toxinas associadas). • A conversão de T4 a T3 reverso e de T3 reverso a T2 ocorrerá preferencialmente à conversão de T4 a T3. Chopra I, Wiliams D. Orgiazzi J. Solomon D.J. Clin Endocrinol Metab. 1975;41:911-20-20
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81. Zinco • Em um estudo de 13 indivíduos dos quais 9 com T3L baixo, foi verificada deficiência moderada de zinco, sendo que após suplementação adequada, houve normalização da função tireoidiana. Nishiyama S, Futagoishi-Suginohara Y, Matsukura M. Zinc supplementation alters thyroid hormone metabolism in disabled patients with zinc deficiency.J Am Coll Nutr. 1994;13:62-67.
  • 82. Crescimento Sexo fetal feminino Paridade Microquimerismo fetal Contraceptivos orais
  • 83. Sexo feminino x Tireóide • A preponderância feminina é evidente nas doenças autoimunes órgão-específicas, em especial nas TAIs. Além dos fatores genéticos, fatores hormonais relacionados ao estrogênio parecem exercer influência. • A utilização de anticoncepcionais orais está associada à proteção do desenvolvimento de hipertireoidismo (independente do número de gravidezes), em especial doença de Graves, mas não de Tireoidite de Hashimoto.
  • 84.
  • 85. Sexo feminino x Tireóide Baixo peso ao nascer • O crescimento fetal reduzido é fator de risco para diversas desordens, devido a imaturidade do timo resultando em declínio das células T supressoras. • A prevalência de anticorpos anti-TPO é maior em mulheres que tiveram baixo peso ao nascer, quando comparado com aquelas que apresentaram maior peso. O baixo peso ao nascer parece ser, portanto, o primeiro fator de risco ambiental.
  • 86. Xenoestrógenos Os xenoestrógenos ambientais também tem sido relacionados com anormalidades da função tireoidiana.
  • 87.
  • 88. FIG. 7. Proposed mechanism of thyroid tumor promotion mediated by CAR Qatanani, M. et al. Endocrinology 2005;146:995-1002 Copyright ©2005 The Endocrine Society
  • 89. Sexo feminino x Tireóide Paridade • Durante o período de gestação o sistema imunológico é suprimido pela influência do estrógeno com a queda da razão T-helper/T-supressor, ou seja, diminuição de Th1 e aumento de Th2. A imunossupressão típica da gravidez explica a diminuição da gravidade de doenças autoimunes mediadas por Th1 (diabetes tipo I, artrite reumatóide, esclerose múltipla, por exemplo). No entanto, a doença de Graves também costuma melhorar durante a gravidez. • Nos primeiros meses pós-parto ocorre reativação das células T e um aumento na produção de autoanticorpos antitireoideanos pode ocorrer, levando a tireoidite pós- parto.
  • 90.
  • 91. Table 2: Immune changes in pregnancy MICROCHIMERISM AND THYROID DISEASE – 2007 Juan C. Galofre Department of Medicine, Mount Sinai School of Medicine, at the James J. Peters VA Medical Center, New York, New York. Terry F. Davies Department of Medicine, Mount Sinai School of Medicine, at the James J. Peters VA Medical Center, New York, New York., , , email: terry.davies@mssm.edu
  • 92.
  • 93. Sexo feminino x Tireóide Microquimerismo fetal • Um conceito mais novo, o microquimerismo fetal, pode explicar o predomínio feminino das tireoidites autoimunes. • O microquimerismo fetal envolve a transferência de células fetais para a circulação materna, que podem persistir circulantes por longo tempo induzindo a autoimunidade. A infiltração de células fetais na tireóide materna desencadeiam fenômenos autoimunes.
  • 94.
  • 96.
  • 97. Interphase fluorescence in situ hybridization (FISH) of thyroid tissue showing a group of microchimeric cells identified by the presence of X and Y chromosomes (orange and green, respectively). The X or Y chromosome may not be observed in each nucleus, as they may not be in the same plane of focus (magnification X400). The FISH assay employed Cy3-labeled X (orange) and fluorescein isothiocyanate conjugated–labeled Y (green) chromosome probes. Nuclei were counterstained with 4',6-diamidino-2-phenylindole (blue). From Khosrotehrani K et al (40).
  • 98.
  • 99. Sexo feminino x Tireóide Ftalatos • Cosméticos cremosos • Plásticos flexíveis (PET, plásticos em microondas)
  • 100.
  • 101.
  • 102.
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  • 104.
  • 105. Alergias Radiação Drogas e metais Tabagismo
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  • 107. Drogas Diversas drogas são conhecidas por induzir tireoidites autoimunes em indivíduos predispostos geneticamente. • Lítio • A amiodarona está frequentemente relacionada com disfunção da tireóide, induzindo a autoimunidade por mecanismos ainda incertos. • Há associação entre o aparecimento da Doença de Graves e o uso de antiretrovirais. • O interferon alfa, usado no tratamento da hepatite C, está fortemente associado com a indução de disfunções tireoideanas: hipotireoidismo autoimune, tireoidite destrutiva e hipertireoidismo. • Há correlação também entre distúrbios tireoideanos autoimunes e uso de interleucina 2, GM-CSF, anticorpo monoclonal anti-CD52 e carbamatos.
  • 108.
  • 109. 09/12/2006 - 10h51 Estudo acha hormônio sexual em água na região de Campinas MAURÍCIO SIMIONATO da Agência Folha, em Campinas Estudo da Unicamp sobre a qualidade da água para consumo e de rios da região metropolitana de Campinas (95 km de SP) --onde vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas-- revela a presença de hormônios sexuais e de compostos derivados de produtos farmacêuticos e industriais. Algumas dessas substâncias podem interferir na saúde humana ao alterar o funcionamento de glândulas do corpo. No entanto, não há estudos que indiquem quais problemas podem ser causados pela ingestão crônica dessas substâncias. A pesquisa coletou, durante quatro anos, amostras de água bruta e potável na bacia do rio Atibaia, o principal manancial da região, que abastece cerca de 92% de Campinas. O monitoramento de substâncias na água foi feito para 21 compostos: seis hormônios sexuais, quatro esteróides derivados do colesterol, cinco produtos farmacêuticos e seis produtos industriais. Na água potável, foram identificadas desde progesterona (hormônio sexual feminino) até cafeína, bem como colesterol e os hormônios estradiol e etinilestradiol, além de compostos usados em remédios e na indústria. Os fármacos (substâncias químicas usadas como remédios) detectados na água são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. As concentrações de fármacos na água bruta do rio foram maiores do que na água potável. Os compostos identificados não deveriam estar presentes na água consumida pela população. Contudo, não há legislação que fixe níveis toleráveis para essas substâncias. Algumas, como a cafeína, foram encontradas em concentração até mil vezes maior do que em países europeus. A média de hormônios femininos encontrados na água potável de Campinas é de um micrograma por litro. Portanto, ao beber dois litros de água por dia, uma pessoa pode ingerir 60 microgramas dessas substâncias por mês. "Não há dados conclusivos sobre quais danos ao homem são causados por exposição crônica a esses compostos. Mas eles não deveriam estar presentes na água potável. O resultado do estudo é bastante preocupante", disse o professor Wilson de Figueiredo Jardim. Tanto os hormônios como os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos rios pelo esgoto. Segundo a autora da pesquisa, Gislaine Ghiselli, alguns estudos semelhantes foram feitos nos EUA usando água bruta de rios. Para o hormônio progesterona, por exemplo, foi identificada uma média de 0,11 microgramas por litro. No rio Atibaia, a média foi de 1 micrograma por litro na água potável. Para empresa, teor detectado é muito baixo O coordenador de Análise e Controle de Água da Sanasa (empresa de água e saneamento), Ivânio Alves, disse que as substâncias monitoradas no estudo da Unicamp não são contempladas por órgãos estaduais, federais e internacionais da saúde, com relação à qualidade da água para consumo humano. Segundo Alves, a Sanasa segue normas federais de 2004, que estabelecem "procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade". Alves disse ainda que as substâncias monitoradas pela Unicamp na água para consumo foram detectadas em "valores muito baixos em comparação a outros produtos alimentícios". Com relação aos hormônios, a Sanasa informou que "os teores detectados são baixos em comparação com anticoncepcionais e com aditivos colocados na alimentação animal". O coordenador da Sanasa usou a mesma explicação --de baixa concentração encontrada-- para as outras substâncias verificadas na água.
  • 110. Somente 3 a 10% dos 85.000 produtos químicos disponíveis foram avaliados pelo EPA em relação à segurança.
  • 111. Produtos Químicos e Tireóide • PCBs, PBBs, dioxinas – passagem pela placenta e leite materno • Aditivos e conservantes alimentares • Halogenos (cloreto, brometo, fluoreto) • Contaminantes da carne (promotores de crescimento animal e medicamentos veterinários) - rBGH (hormônio de crescimento bovino) – presente no leite de vaca – relacionado com cistos de tireóide e câncer de tireóide em ratos e aumento de IGF-1 (aumento do risco de câncer de mama, próstata e intestino) • Pesticidas (DDT, lindano, HCB, organofosfatos, carbamatos) • Percloratos, tiocianatos e nitratos (produção de amônia) • Ftalatos– presentes em cosméticos e plásticos deformáveis • Solventes • Borracha sintética (alta prevalência – 35% – de doença tireoidiana em trabalhadores da indústria) • Metais pesados (mercúrio, cádmio, chumbo, alumínio) • Piretróides (permetrina) – spray e produtos para limpeza de aviões
  • 112.
  • 113.
  • 114. Radiação • A irradiação, tanto externa, quanto interna, induz autoimunidade tireoidiana através das células dendríticas. • Nos casos de hipotireoidismo, a irradiação externa pode causar lesão glandular direta, sem mediação autoimune. Já na doença de Graves, presente em até 5% dos pacientes submetidos à radioterapia, a doença se desenvolve através da exposição da proteína do TSHR ao sistema imune, que também pode explicar o maior risco de oftalmopatia nesses pacientes. • Os pacientes com bócio multinodular geneticamente predispostos que são tratados com iodo radioativo (irradiação interna), podem desenvolver doença de Graves como ocorrência do aumento de autoanticorpos contra o TSHR. • A radiação ambiental, como a observada após bombardeios nucleares, aumentou tanto a incidência de neoplasias tireoidianas quanto de hipotireoidismo autoimune.
  • 115.
  • 116.
  • 117. Tabagismo • O tabagismo, inclusive o passivo, induz uma ativação policlonal das células B e T (aumentando a produção de interleucina 2 e de IgE), além de aumentar os níveis de auto- antígenos através de danos celulares e induzir a produção de diversas citoquinas inflamatórias. • Está associado ao aumento do risco de Doença de Graves, em especial à oftalmopatia, o que parece relacionado à hipóxia local.
  • 118.
  • 119.
  • 120. Mercúrio e disfunções glandulares • A exposição ao vapor de mercúrio e seu acúmulo ao longo do tempo estaria envolvida com diferentes disfunções glandulares por depósito desses metais em tecidos tireoidiano, testículo, adrenais e hipofisário. • Os níveis de T3L estão inversamente correlacionados à exposição de vapor de Hg. Barreg aL, Lindstedt G, Schutz A, Sallisten G. Endocrine function in mercury exposed chloralkali workers. Occup Environ Med.1994;51:536-40.
  • 121. Folha de São Paulo 15/02/2009
  • 122.
  • 123. Impacto de metais tóxicos e outros poluentes ambientais na função tireoideana • Efeito tóxico confirmado por exposição ambiental a chumbo, mercúrio, dioxina e cádmio nos níveis de hormônios tireoideanos. • Efeito tóxico de compostos bifenóis policlorinados (PCB) em 320 crianças de 7 a 10 anos de idade. • Administração de cádmio a galinhas por 15 dias diminuiu os níveis de T3 sem alterar os níveis de T4. • A 5`deiodinase hepática e a SOD diminuiram em 70% e 20% pela ação do cádmio. • Aumento concomitante em 206% na peroxidação lipídica. • A administração de vitamina E (5mg/ kg) a galinhas intoxicadas por cádmio restabeleceu a função normal da 5`deiodinase hepática e a função tireoidiana normal. Pode-se concluir que a alteração do 5`deiodinase pode ser secundária à geração de LPO (lipoperóxidos). Gupta P, Kar. Comp.biochem phys 99
  • 124.
  • 125.
  • 126. Alergias • Doenças alérgicas contribuem para a patogênese das doenças autoimunes, sendo comum a associação entre vários estados patológicos. • Há uma correlação entre níveis elevados de IgE e uma mais lenta diminuição dos autoanticorpos contra o THSR, em pacientes com doença de Graves. • Em pacientes com urticária crônica foram encontrados, com mais freqüência, a presença de autoanticorpos TPO e/ou TBG, justificando a maior associação com a tireoidite de Hashimoto. • As TAIs têm sido sido comumente diagnosticadas associadas à doença celíaca ou a intolerância a glúten, tendo sido observada a diminuição de anticorpos antitireoidianos em crianças após dieta de exclusão de alimentos ricos em glúten.
  • 127.
  • 128.
  • 129.
  • 130.
  • 131. ImuPro 300 Alergias alimentares tardias mediadas por IgG
  • 132.
  • 133.
  • 134. Schuppan D. Current Concepts of Celiac Disease Pathogenesis. Gastroenterology 2000;119:234–242.
  • 135. Kagnoff MF. Overview and Pathogenesis of Celiac Disease. Gastroenterology 2005;128:S10–S18.
  • 136.
  • 137.
  • 138.
  • 139.
  • 140.
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  • 142.
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  • 149.
  • 150.
  • 151. Stress
  • 152. Estresse • Alterações nos níveis de cortisol secundários ao estresse podem alterar a conversão periférica do T4 a T3. Juma A, et al; J Surg Res, 1991;50:129-34 Johannsson G et al; Psychosom Med. 1987;49;390-6 Samuels M, Mc Daniel; J Clin Endocrinol metab. 1997;82:3700-4
  • 153. Estresse • O estresse tem uma profunda influência sobre o sistema imunológico através da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, gerando um desbalanço Th1/Th2, em direção à formação de Th2 e conseqüente imunossupressão celular e reforço da imunidade humoral. Isso pode explicar como um importante quadro de estresse serve de gatilho para um evento autoimune. • A ocorrência de Doença de Graves está frequentemente precedida por um intenso estresse.
  • 154.
  • 155. Variação sazonal • A variação sazonal é outro fator ambiental relacionado às TAIs. • Nos países com estações bem definidas, a incidência de coma mixedematoso do hipotireoidismo é maior no inverno enquanto a tireotoxicose é mais freqüentemente diagnosticada nos períodos mais quentes do ano. • O teor de iodo no leite é maior no inverno do que no verão.
  • 156. Tireoidites são doenças ambientais? Sim. Mas há o que fazer...
  • 157.
  • 158. Tireoidites Avaliação laboratorial • Iodo urinário de 24 horas • Selênio e zinco séricos • Mineralograma capilar • Testes de provocação de eliminação de metais pesados (em especial mercúrio) • Investigação da flora intestinal (KYBERKOMPACT) • Pesquisa de alergias alimentares imediatas (IgE) e tardias (IMUPRO 300), em especial de doença celíaca (anticorpos anti- transglutaminase, anti-gliadina e anti-endomísio), • Anticorpos para Yersinia enterocolítica, vírus coxsackie B e rubéola • Ultrassom de tireóide com doppler • Métodos biofísicos de identificação de produtos químicos
  • 159. Tireoidites Tratamento • Reposição de nutrientes (iodo, selênio – selenito de sódio 200mcg/dia 3 meses– e zinco) • Antioxidantes • Diminuição (até eliminação) do consumo de alimentos ricos em glúten • Detoxificação hepática • Detoxificação de metais pesados (DMSA, EDTA, remoção de amálgamas, vitamina E, selênio) • Descontaminação colônica (rifamicina 1200mg/dia 7 dias) • Probióticos para correção da microbiota intestinal • Ozonioterapia sistêmica (insuflação retal da mistura gasosa oxigênio- ozônio), ozonioterapia local (protocolo de Mollica) • Medicamentos anti-homotóxicos • Eliminação de produtos químicos (oxigenoterapia com terapia de von Ardenne e sauna seca) • Reposição de vitamina D • Medidas antiinflamatórias
  • 163. RETOCOLITE ULCERATIVA (Knoch et al. „Aktuelle Koloproktologie“) Fem, 45a Insuflação retal ozônio 20-30 µg/ml 300-500 ml Estágio florido de retocolite Biópsia de controle após 4 • destruição do epitélio semanas: • abscessos de cripta • epitélio intacto • infiltração leucocitária maciça • reversão da inflamação
  • 164. COLITE ULCERATIVA Masc, 62 a (Knoch et al. „Aktuelle Koloproktologie“) Insuflação retal ozônio 8,5-27 µg/ml 300 ml /dia, 3x/semana Biópsia de controle após 4 Estágio florido de colite semanas: • destruição do epitélio • epitélio intacto • abscessos de cripta • aspecto normal das criptas • inflamação crônica com • reversão da inflamação infiltração leucocitária maciça • infiltração leucocitária moderada
  • 165. Tireoidites Prevenção • Qualidade da água de beber • Consumo de alimentos orgânicos • Evitar colocação e remover amálgamas dentários • Evitar uso excessivo de produtos industrializados • Exposição solar (evitar excesso de filtro solar)