O documento discute o uso de mídias sociais para jornalistas. Ele apresenta sete tópicos principais: 1) Pra quê usar mídias sociais no jornalismo; 2) Cada rede social tem um propósito diferente; 3) Os jornalistas devem ser curadores ativos de suas redes; 4) Profissionalismo é essencial nas mídias sociais; 5) É importante pescar tendências, mas sempre confirmar os fatos; 6) Ética e transparência são exigidas; 7) Não tenha medo de inovar e experimentar
2. Jacqueline Lafloufa
jornalista de tecnologia desde 2009,
trabalhando com conteúdos para mídias
digitais. Integrou a equipe Blue Bus,
onde era responsável pela curadoria das
editorias de tecnologia, publicidade,
jornalismo, inovação e mídia. É editora
no Brainstorm#9 e colabora com
matérias especiais no Tecnoblog. É
formada em literatura e pós-graduada em
jornalismo científico pela Unicamp.
Mídias sociais para jornalistas
3. E você?
Conte um pouco sobre
o seu interesse,
formação e por que
está aqui.
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6. Internet = rede mundial de PESSOAS
Mídias sociais para jornalistas
7. Mídias sociais = jeitos de conectar pessoas
Mídias sociais para jornalistas
8. O jornalismo não é mais o único detentor de notícias
Cada pessoa pode emitir sua própria breaking news nas
suas mídias
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15. Veículos não conseguem ser mais rápido que as mídias
sociais, e às vezes não têm mais crédito com o leitor
Mídias sociais para jornalistas
Dados da Raquel Recuero - 17/junho/2013
21. Twitter: a queridinha dos jornalistas
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Rápida, ágil - 140 caracteres de
informação
Permite conversas mesmo fora das
redes pessoais (@replies)
Conceito de seguidores - você é
grande curador das suas redes
Listas - privadas e públicas
DMs - Só entre pessoas que se
seguem mutuamente
22. Facebook: a intimidade das redes privadas
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Cunho mais pessoal, reservado
Profissionais costumam separar
perfis privados e páginas públicas
(personalidades)
Permite seguidores e amigos
(diferentes graus de intimidade)
mensagens em privado - INBOX
mensagens públicas - menções
Grupos de Discussão - grande flanco
a ser explorado
23. Pinterest: a rede social de imagens
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Conteúdos imagéticos conseguem ser melhor organizados
Menos instantaneidade, mais emoção
Usos curiosos: murais com conteúdos específicos, como por
exemplo procurados pela justiça.
24. Google+
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Ainda está apagadinha, coitada
Em todo caso, ajuda bastante no
pagerank do Google
Autores podem ter suas páginas
pessoais linkadas – e a imagenzinha
ajuda as pessoas a clicarem
25. LinkedIn: stalking profissional
Mídias sociais para jornalistas
Dá para saber onde a pessoa trabalha, em que cargo está, quais
foram os últimos postos ocupados
A ferramenta de conexão pode ser usada para deixar mensagens
É possível checar tanto interesses e especialidades quanto
expertises e recomendações
26. LinkedIn: postagens mais profissionais
Mídias sociais para jornalistas
Como jornalista, dá para fazer postagens razoavelmente
frequentes (diárias) para destacar o seu trabalho
27. LinkedIn: company page
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Pode ser um ambiente interessante para divulgar suas
informações para um determinado público
As mensagens são exibidas para quem segue a sua empresa
É possível automatizar esse processo.
39. Atenção aos temas discutidos na sua timeline
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siga pessoas variadas, passe a seguir alguém que está dando uma
opinião muito diferente do restante, busque #hashtags para
compreender o contexto.
Dê uma fuçada básica na lista de
pessoas que são seguidas por
gente influente ou informada. É
um jeito interessante de
expandir a própria rede.
Xerete quem as pessoas
influentes seguem
5+ falando sobre o mesmo tema = pode ser relevante
40. Saiba o que rola nos Trending Topics #TT
Mídias sociais para jornalistas
O assunto só chega ao Trending Topics do Twitter quando é citado
por muitas pessoas, o que significa que há uma relevância naquele
tema. Verifique se é importante ou interessante para você.
Eles são regionais - certifique-se de checar a sua região, o país e, em alguns
casos, o TT mundial
TTs são a ‘pauta do dia’ do Twitter.
41. Organizando seu Twitter
Mídias sociais para jornalistas
• siga pessoas influentes nas
esferas que você atua
• assine listas
• crie suas próprias listas privadas
• entenda quem é seguido por
quem, e especule se é útil para
você
• utilidade: quando o assunto não
for mais do seu interesse, você
pode deixar de seguir alguns
perfis
• interaja em conversas
42. Twitter: listas pra que te quero
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https://twitter.com/jacquelinee/lists
44. Curadoria de Facebook
Mídias sociais para jornalistas
siga pessoas influentes
aproxime-se de grupos de discussão
acerta do seu tema
use a inbox para fazer perguntas
(caso seja necessário confirmar ou
entrevistar)
siga páginas de publicações ou siga
pessoas que não são suas amigas
confira quem segue quem no
Facebook
45. Facebook: também dá para organizar por listas
Mídias sociais para jornalistas
47. Realtime: Twitter > Facebook
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Para saber o que está rolando A-GO-RA, o Twitter ainda é mais eficiente
que o Facebook. Isso porque o algoritmo do Zuck ainda esconde algumas
informações em tempo real por não considerá-las relevantes - é bom ficar
atento.
Bom caso de uso de Realtime: Pinguim do @pontofrio
52. Jornalista ganha marca própria, independente do veículo
Mídias sociais para jornalistas
"Apesar do caráter essencialmente de entretenimento que os brasileiros
dão às redes sociais, é importante salientar que muitos pilares da sociedade
não podem se dar ao luxo de transformarem esses ambientes em locais de
constante festividade. No caso dos jornalistas, sim, o local também é de
entretenimento, mas deve ser levado essencialmente como um eterno
ambiente profissional, pois jornalistas são jornalistas dentro e fora das
redes, 24 horas por dia."
TORRES, Cleyton Carlos - Observatório da Imprensa
O leitor assíduo te ajuda - é crítico, aponta pautas e até auxilia
conferindo a ortografia (typos acontecem)
53. Jorge Pontual: fotos de gatinhos e até piada com Jared Leto no
Oscar
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54. William Bonner: crise de meia
idade e escolha da gravata do dia
Mídias sociais para jornalistas
55. Exercício:
Escolha um dos jornalistas acima e
imagine como ele poderia usar as redes
Guga
Chacra
Juca
Kfouri
Ilze
Scamparinni
Marília
Gabriela
Mônica
Waldwogel
Tadeu
Schmidt
Rachel
Sheherezade
Glória
Kalil
15 min
58. “With great power, comes
great responsability" -
PARKER, Benjamin
Mídias sociais para jornalistas
O jornalista que está nas mídias será sempre mais cobrado sobre o que
escreve - isso porque estar nesse meio é estar mais à disposição (e mais
acessível) ao leitor.
É preciso redobrar o cuidado com as informações divulgadas e sobre os
posicionamentos pessoais feitos nas redes sociais.
Vale lembrar que nem tudo que circula na rede é verdade, e é preciso se
manter cético e sempre verificar as informações ou buscar fontes
confiáveis.
59. Caso: Repórter da Internet
Mídias sociais para jornalistas
Coletivo de jornalistas que se dispunha a verificar
as informações divulgadas na rede durante as
manifestações de junho de 2013.
Funcionamento: uma central pescava boatos e
tendências que eram comentadas nas redes e
acionava jornalistas que estavam nos locais para
confirmar (ou desmentir) a informação.
Nos casos onde não existe a confirmação, deixar isso claro e/ou
evitar a publicação.
Quando viável, checar com as autoridades qual é o
posicionamento oficial
(uma alternativa é avisar que autoridade X foi contatada para comentar o caso, e que a
notícia será atualizada.)
61. O jornalista é a sua própria marca. E a rede não perdoa.
Mídias sociais para jornalistas
Jamais se esqueça da ética. As pessoas que estão na rede perdoam erros,
mas não costumam perdoar má fé.
Cuidado com associações à marcas e falta de veracidade de informações. A
empresa para a qual você trabalha pode sair ilesa, mas o jornalista irá
carregar o estigma consigo.
62. Citar outros jornalistas (ou até a concorrência) não é vergonha.
Mídias sociais para jornalistas
Quando a informação divulgada não tiver sido obtida em primeira mão,
não deixe de citar a fonte do original.
O mesmo vale para a dica vinda do leitor. Agradeça sempre que possível.
Esse reconhecimento de que é preciso fazer uso das suas conexões para
completar a matéria é bem visto pelo público. Reconhece quem deve e
completa o trabalho jornalístico que fulaninho talvez não
saiba/possa/tenha meios de fazer.
63. Acredite no poder da transparência
Mídias sociais para jornalistas
É preciso ter a coragem de fazer uma
nota de rodapé na notícia em questão
para avisar sobre o conteúdo que foi
atualizado, e deixar claro qual era a
informação que havia sido veiculada
erroneamente.
Isso é especialmente importante para
o caso de alguém ter copiado e colado
a matéria com o dado errado, ou ter
compartilhado um print screen do
conteúdo com falhas. A versão web
precisa ser sempre a mais recente, e
estar atualizada de acordo com as
erratas necessárias.
65. “Não se faz jornalismo digital da
sua zona de conforto”
- Steve Buttry
66. Entenda as novas ferramentas e utilize-as a seu favor
Mídias sociais para jornalistas
Twitter, por exemplo, permite boa cobertura em tempo real, e gera uma
boa gama de leitores para o futuro. A tendência, que levou a Mídia Ninja
ao seu reconhecimento, é importante e tem público.
Quando a cobertura tradicional (televisiva ou impressa) cessa, o virtual
surge como uma forma de prover mais conteúdo para quem ainda quer
mais material.
Conteúdo com pouca edição e foco no tempo
real passa sensação de veracidade. Fotos e
pequenos vídeos ajudam a ilustrar o momento.
O leitor gosta do conteúdo ‘cru' - ele tira as
próprias conclusões depois.
Caso: Mídia Ninja
67. Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
Mídias sociais para jornalistas
Em 2013, a pós TV fez um enorme
sucesso durante os protestos. Em
uma das transmissões, chegou a um
ponto do Ibope. Consegui o contato
do Bruno Torturra e conversei com
ele. A conversa foi inteira para o Blue
Bus.
https://soundcloud.com/jacquelinelafloufa/entrevista-com-bruno-torturra
68. Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
Mídias sociais para jornalistas
http://www.bluebus.com.br/cobertura-independente-do-midia-ninja-entrevista-com-bruno-torturra-ouca-aqui/
o
Veloz
o
Direto
o
Licença poética para não
editar
o
Realização remota
o
Multimídia
69. Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
Mídias sociais para jornalistas
http://www.bluebus.com.br/cobertura-independente-do-midia-ninja-entrevista-com-bruno-torturra-ouca-aqui/
BASTIDORES:
70. Mídias ainda não consolidadas podem ser 'embedadas'
Mídias sociais para jornalistas
Cada vez mais o jornalismo é multimídia. As pessoas querem
ler, mas também ter a possibilidade de assistir, ver ou de
ouvir uma notícia.
6 segundos de vídeo fotos e 15 segundos
de vídeo
Aúdios mais
extensos
Use-as a seu favor. Cada mídia pode ser útil em um
ambiente diferente.
71. Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
Mídias sociais para jornalistas
Eventos como a Campus Party ou o youPIX são essencialmente
imagéticos. As pessoas querem ver as imagens, ou vídeos, para
se sentirem mais próximas da cobertura.
Essa é, no geral, a vantagem de uma cobertura televisiva, mas
parte desse encantamento pode ser replicado com a
publicação de imagens em tempo real (ou no tempo mais real
que o 3G permitir).
No Blue Bus, a equipe foi instruída a publicar conteúdos no
Vine e no Instagram, e essas postagens eram então
incorporadas ao site. A inovação era feita trazendo a cobertura
de cada um para um mesmo local, com imagens, vídeos, etc.
78. Exercício:
Escolha um assunto, evento ou cobertura
jornalística que você tenha interesse e imagine
como ela poderia ser melhorada com as redes
30 min
79. “Não se faz jornalismo digital da
sua zona de conforto”
- Steve Buttry