SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID
ESCOLA MUNICIPAL EURÍPIDES DE AGUIAR
SUBPROJETO: HISTÓRIA
SUPERVISOR: Evandro Dantas Lélis
BOLSISTAS: Lucas Ramyro Gomes de Brito
Márcia Suely Santiago de Lira Araújo
Aluno(a): _________________________________________________________________________________
Data: ____/____/____ Turma: __________________________ Ano: __________________________
LEITURA COMPLEMENTAR
Não existem raças humanas
Os cientistas são unânimes em apontar que
não existem raças humanas. Falar em raça
“branca” e “negra” é tão absurdo quanto achar
que uma pessoa de orelha grande é mais inteli-
gente do que uma de orelha pequena.
A herança genética
A cor dos olhos e da pele, o formato do rosto,
o tamanho do pé, tudo isso é determinado pelos
nossos genes. Os genes são estruturas químicas
(porções de uma molécula chamada ADN) que
estão no interior das células do organismo. O
indivíduo é o resultado da mistura dos genes da
mãe com os do pai. Somos parecidos com nossos
pais e nossos avós porque herdamos os genes
deles.
Cada espécie de animal e de planta possui um
conjunto próprio de genes. São os genes que tor-
nam o tamanduá diferente de um pé de couve.
São os genes que fazem os humanos terem nariz
em vez de focinho de girafa.
Nem tudo é genético
Nosso corpo não é determinado apenas pelos
genes. O tipo de vida que levamos também influ-
encia. Por exemplo, a altura depende dos genes.
Mas, se a pessoa não se alimentar direito e não
praticar atividades físicas, poderá não crescer
muito. Outro exemplo: ninguém nasce sabendo
ler e escrever. Os genes também não determi-
nam quem será alfabetizado ou não. Os genes
também não definem quem completará um curso
na universidade e quem será obrigado a abando-
nar os estudos para trabalhar.
Portanto, nós não nascemos prontos. Cada um
de nós é um ser em construção. Nós somos cons-
truídos pela sociedade (as informações que re-
cebemos, o nosso trabalho, nossas experiências
de vida) e pelas escolhas que fazemos (o que
projetamos fazer, o que recusamos).
Quando o espermatozóide fecunda o óvulo, os
genes do pai e da mãe se unem para formar o no-
vo ser humano.
A ideia anticientífica de raças humanas
As diferenças de cor da pele entre as pessoas
são determinadas pelos genes. Entretanto, preste
bem atenção: NÃO é verdade que a inteligência
ou a capacidade para o trabalho “dependem da
raça”. Nada mais falso do que a ideia de que “os
brancos raciocinam melhor do que os negros” ou
que “os negros são melhores do que os brancos
no atletismo e na dança”. Sabe por quê? Porque
os cientistas já jogaram na lata de lixo a ideia de
que existem raças humanas. Isso mesmo que você
leu: os cientistas já provaram que não existem
raças humanas!
O motivo para isso é simples. Afinal, o que faz
alguém ser “branco” ou “negro” é pouco mais de
meia dúzia de genes. E o ser humano possui per-
to de 100 mil genes! Como é que alguém racional
pode achar que uma dezena vale mais do que
milhares e milhares de dezenas? Absurdo!
O cérebro é a sede da inteligência. Os cientis-
tas mostram que a inteligência tem a ver com os
genes e com a vida que o indivíduo leva. Aconte-
ce que os genes que determinam a cor da pele de
uma pessoa não têm nada a ver com os genes que
determinam a formação do cérebro. Em outras
palavras, não existe “cérebro de negro” ou “cére-
bro de branco”! Do mesmo jeito que não há “san-
gue de branco” e “sangue de negro”, e por aí vai.
Raciocine um pouco. A cor dos olhos é defini-
da por meia dúzia de genes. O tamanho do nariz
e a cor da pele também. Ora, você acha que as
pessoas de olhos azuis são mais fortes do que as
de olhos verdes? Ou que as pessoas de orelha
grande são mais inteligentes do que as pessoas
de orelha pequena? Claro que não! Seria ridículo
se alguém falasse na “raça dos orelhões” e na
“raça dos orelhinhas”, não é mesmo? Pelo mes-
mo raciocínio, é ridículo achar que a cor da pele
de uma pessoa, o tipo de cabelo ou de nariz de-
terminam a inteligência, a capacidade de traba-
lhar, de fazer arte ou praticar esportes de um
povo ou de um indivíduo. Portanto, não existe
raça branca nem negra. O fato de alguém ser
branco ou negro tem tanto a ver com a capacida-
de mental ou física dessa pessoa quanto o fato de
ela ter pés grandes ou pequenos.
Racismo é crime
As pessoas preconceituosas acreditam numa
ideia sem jamais verificar se essa ideia é verda-
deira ou falsa. Aceitam passivamente tudo o que
é dito para elas. Não questionam, não buscam
novas informações. São uma espécie de cordeiri-
nhos mentais, sempre mansos, sempre obedien-
tes, sempre contentes com a própria ignorância e
irracionalidade.
O racismo é um tipo de preconceito. Exemplos
de atitudes racistas: a loja que trata mal os clien-
tes negros, os delinquentes que botam fogo num
índio, o político que alerta sobre “o perigo que os
judeus representam para o país”, os filmes que
sempre mostram os árabes como terroristas e os
latino-americanos como traficantes de drogas.
A Constituição brasileira é bem clara a esse
respeito: discriminação racial constitui crime
inafiançável!
Por isso, amigo leitor, se você presenciar um
caso de discriminação racial, reaja contra essa
injustiça. Primeiro, tente dialogar, mostrar que a
pessoa não pode discriminar, que essa atitude
contraria a ciência (não existem raças humanas)
e os direitos do cidadão (a Constituição assegura
os mesmos direitos a todos). Caso o indivíduo
insista na discriminação racial, chame a polícia e
denuncie. Racismo é crime, e lugar de criminoso
é na penitenciária!
Fonte: SCHMIDT, Mario Furley. Nova história
crítica. Volume 2. São Paulo; Nova Geração, 1999.
Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries
do Ensino Fundamental. p. 206-207.
[adaptado]

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Não existem raças humanas

Violencia
ViolenciaViolencia
ViolenciaElieidw
 
3semejacienciashumanas
3semejacienciashumanas3semejacienciashumanas
3semejacienciashumanasirenio soares
 
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio SantoroOnde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoroguesta7e113
 
Zero a seis senado 2010
Zero a seis   senado 2010Zero a seis   senado 2010
Zero a seis senado 2010figueiro2040
 
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaRefletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaarrowds7
 
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34Valter Gomes
 
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)Aline Ramalho
 
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃOESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃOEstadodedireito
 
Experiencias psicodelicas anomalas
Experiencias psicodelicas anomalasExperiencias psicodelicas anomalas
Experiencias psicodelicas anomalasFlavio Pereira
 
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...ODiaMais
 
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"guilaboratorio
 

Semelhante a Não existem raças humanas (20)

Violencia
ViolenciaViolencia
Violencia
 
Uma droga social chamada preconceito
Uma droga social chamada preconceitoUma droga social chamada preconceito
Uma droga social chamada preconceito
 
3semejacienciashumanas
3semejacienciashumanas3semejacienciashumanas
3semejacienciashumanas
 
Lgbti
LgbtiLgbti
Lgbti
 
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio SantoroOnde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
 
Aula Cidadania
Aula CidadaniaAula Cidadania
Aula Cidadania
 
Zero a seis senado 2010
Zero a seis   senado 2010Zero a seis   senado 2010
Zero a seis senado 2010
 
Trabalho de português (brasil)
Trabalho de português (brasil)Trabalho de português (brasil)
Trabalho de português (brasil)
 
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaRefletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
 
As necessidades humanas na visão de um educador
As necessidades humanas na visão de um educadorAs necessidades humanas na visão de um educador
As necessidades humanas na visão de um educador
 
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34
 
Projeto p itec
Projeto   p itecProjeto   p itec
Projeto p itec
 
Projeto p itec
Projeto   p itecProjeto   p itec
Projeto p itec
 
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe AssunçãoATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
ATIVIDADE SENSO COMUM- Prof.Ms.Noe Assunção
 
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)
Cartilha ziraldodireitoshumanos (1)
 
Cartilha Ziraldo
Cartilha ZiraldoCartilha Ziraldo
Cartilha Ziraldo
 
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃOESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 21 EDIÇÃO
 
Experiencias psicodelicas anomalas
Experiencias psicodelicas anomalasExperiencias psicodelicas anomalas
Experiencias psicodelicas anomalas
 
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...
O Dia Digital - jhc usa velha política ao se unir à geração que lançou Alagoa...
 
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"
Patrícia e Fernando em: "À Procura de um Doador"
 

Mais de PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Mais de PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (15)

Grecia atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
Grecia  atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousaGrecia  atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
Grecia atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
 
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
 
Relevo e Biomas piauienses
Relevo e Biomas piauiensesRelevo e Biomas piauienses
Relevo e Biomas piauienses
 
Redes de computadores
Redes de computadoresRedes de computadores
Redes de computadores
 
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquicaOs movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
 
O espaço natural brasileiro - Hidrografia
O espaço natural brasileiro - HidrografiaO espaço natural brasileiro - Hidrografia
O espaço natural brasileiro - Hidrografia
 
O modernismo em portugal
O modernismo em portugalO modernismo em portugal
O modernismo em portugal
 
Engenharia civil
Engenharia civilEngenharia civil
Engenharia civil
 
Natação
NataçãoNatação
Natação
 
Diabetes mellitus
Diabetes mellitusDiabetes mellitus
Diabetes mellitus
 
Brasil - Primeira república
Brasil - Primeira repúblicaBrasil - Primeira república
Brasil - Primeira república
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
A região nordeste
A região nordesteA região nordeste
A região nordeste
 
A arte na grécia
A arte na gréciaA arte na grécia
A arte na grécia
 
O espaço natural brasileiro - Clima
O espaço natural brasileiro - ClimaO espaço natural brasileiro - Clima
O espaço natural brasileiro - Clima
 

Último

Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 

Último (20)

Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 

Não existem raças humanas

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID ESCOLA MUNICIPAL EURÍPIDES DE AGUIAR SUBPROJETO: HISTÓRIA SUPERVISOR: Evandro Dantas Lélis BOLSISTAS: Lucas Ramyro Gomes de Brito Márcia Suely Santiago de Lira Araújo Aluno(a): _________________________________________________________________________________ Data: ____/____/____ Turma: __________________________ Ano: __________________________ LEITURA COMPLEMENTAR Não existem raças humanas Os cientistas são unânimes em apontar que não existem raças humanas. Falar em raça “branca” e “negra” é tão absurdo quanto achar que uma pessoa de orelha grande é mais inteli- gente do que uma de orelha pequena. A herança genética A cor dos olhos e da pele, o formato do rosto, o tamanho do pé, tudo isso é determinado pelos nossos genes. Os genes são estruturas químicas (porções de uma molécula chamada ADN) que estão no interior das células do organismo. O indivíduo é o resultado da mistura dos genes da mãe com os do pai. Somos parecidos com nossos pais e nossos avós porque herdamos os genes deles. Cada espécie de animal e de planta possui um conjunto próprio de genes. São os genes que tor- nam o tamanduá diferente de um pé de couve. São os genes que fazem os humanos terem nariz em vez de focinho de girafa. Nem tudo é genético Nosso corpo não é determinado apenas pelos genes. O tipo de vida que levamos também influ- encia. Por exemplo, a altura depende dos genes. Mas, se a pessoa não se alimentar direito e não praticar atividades físicas, poderá não crescer muito. Outro exemplo: ninguém nasce sabendo ler e escrever. Os genes também não determi- nam quem será alfabetizado ou não. Os genes também não definem quem completará um curso na universidade e quem será obrigado a abando- nar os estudos para trabalhar. Portanto, nós não nascemos prontos. Cada um de nós é um ser em construção. Nós somos cons- truídos pela sociedade (as informações que re- cebemos, o nosso trabalho, nossas experiências de vida) e pelas escolhas que fazemos (o que projetamos fazer, o que recusamos). Quando o espermatozóide fecunda o óvulo, os genes do pai e da mãe se unem para formar o no- vo ser humano. A ideia anticientífica de raças humanas As diferenças de cor da pele entre as pessoas são determinadas pelos genes. Entretanto, preste bem atenção: NÃO é verdade que a inteligência ou a capacidade para o trabalho “dependem da raça”. Nada mais falso do que a ideia de que “os brancos raciocinam melhor do que os negros” ou
  • 2. que “os negros são melhores do que os brancos no atletismo e na dança”. Sabe por quê? Porque os cientistas já jogaram na lata de lixo a ideia de que existem raças humanas. Isso mesmo que você leu: os cientistas já provaram que não existem raças humanas! O motivo para isso é simples. Afinal, o que faz alguém ser “branco” ou “negro” é pouco mais de meia dúzia de genes. E o ser humano possui per- to de 100 mil genes! Como é que alguém racional pode achar que uma dezena vale mais do que milhares e milhares de dezenas? Absurdo! O cérebro é a sede da inteligência. Os cientis- tas mostram que a inteligência tem a ver com os genes e com a vida que o indivíduo leva. Aconte- ce que os genes que determinam a cor da pele de uma pessoa não têm nada a ver com os genes que determinam a formação do cérebro. Em outras palavras, não existe “cérebro de negro” ou “cére- bro de branco”! Do mesmo jeito que não há “san- gue de branco” e “sangue de negro”, e por aí vai. Raciocine um pouco. A cor dos olhos é defini- da por meia dúzia de genes. O tamanho do nariz e a cor da pele também. Ora, você acha que as pessoas de olhos azuis são mais fortes do que as de olhos verdes? Ou que as pessoas de orelha grande são mais inteligentes do que as pessoas de orelha pequena? Claro que não! Seria ridículo se alguém falasse na “raça dos orelhões” e na “raça dos orelhinhas”, não é mesmo? Pelo mes- mo raciocínio, é ridículo achar que a cor da pele de uma pessoa, o tipo de cabelo ou de nariz de- terminam a inteligência, a capacidade de traba- lhar, de fazer arte ou praticar esportes de um povo ou de um indivíduo. Portanto, não existe raça branca nem negra. O fato de alguém ser branco ou negro tem tanto a ver com a capacida- de mental ou física dessa pessoa quanto o fato de ela ter pés grandes ou pequenos. Racismo é crime As pessoas preconceituosas acreditam numa ideia sem jamais verificar se essa ideia é verda- deira ou falsa. Aceitam passivamente tudo o que é dito para elas. Não questionam, não buscam novas informações. São uma espécie de cordeiri- nhos mentais, sempre mansos, sempre obedien- tes, sempre contentes com a própria ignorância e irracionalidade. O racismo é um tipo de preconceito. Exemplos de atitudes racistas: a loja que trata mal os clien- tes negros, os delinquentes que botam fogo num índio, o político que alerta sobre “o perigo que os judeus representam para o país”, os filmes que sempre mostram os árabes como terroristas e os latino-americanos como traficantes de drogas. A Constituição brasileira é bem clara a esse respeito: discriminação racial constitui crime inafiançável! Por isso, amigo leitor, se você presenciar um caso de discriminação racial, reaja contra essa injustiça. Primeiro, tente dialogar, mostrar que a pessoa não pode discriminar, que essa atitude contraria a ciência (não existem raças humanas) e os direitos do cidadão (a Constituição assegura os mesmos direitos a todos). Caso o indivíduo insista na discriminação racial, chame a polícia e denuncie. Racismo é crime, e lugar de criminoso é na penitenciária! Fonte: SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. Volume 2. São Paulo; Nova Geração, 1999. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. p. 206-207. [adaptado]