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07/10/2013 - 00:00
Técnica alternativa à transgenia vira
aposta
Por Bettina Barros
"O primeiro passo é ver se a planta sobrevive à doença. Depois, checar se a qualidade
da laranja se mantém", diz Machado, pesquisador de citricultura do IAC
A desconfiança de parte da sociedade civil com os organismos transgênicos tem
motivado cientistas a buscar um caminho alternativo de pesquisa, sem abrir mão dos
avanços da engenharia genética. Nos laboratórios, as apostas são altas agora na chamada
cisgenia.
Essa forma de "transgenia light" deixa de lado cruzamentos genéticos improváveis no
ambiente natural - a inserção de um gene do tabaco em uma muda de cana, por exemplo
- e limita os experimentos a variedades do mesmo grupo.
Dessa forma, genes de uma maçã só podem ser introduzidos em outra maçã, o do arroz
em outro arroz e assim por diante. "É uma linha de pesquisa que tem aceitação maior
entre o público. Mas é mais uma questão política que científica", disse ao Valor
Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e membro da Comissão
Técnica Nacional para Biossegurança (CTNBio), em Brasília.
Cunhada em 2004, a cisgenia foi adotada primeiramente nos Estados Unidos e em
algumas universidades da Europa, onde são feitas pesquisas para resistência a doenças
envolvendo alimentos para consumo final. Pesquisas de opinião mostram que a
resistência à transgenia cresce de forma acentuada - até em mercados onde a tecnologia
está consolidada - quando o produto avaliado é o que chega in natura à mesa do
consumidor. Esse mesmo consumidor, porém, diz não se importar tanto se a mistura
genética se dá entre organismos afins geneticamente.
Dados do Information Systems of Biotechnology, uma rede de informações sobre
agricultura e biotecnologia com apoio do Departamento de Agricultura dos EUA
(USDA), mostram que variedades com resistência a doenças de maçãs, morangos, uvas
e batatas, criadas a partir da cisgenia, estão próximas da aprovação comercial pelas
autoridades europeias e americanas.
No Brasil, a primeira liberação para teste de campo com variedades cisgênicas (passo
anterior para a aprovação comercial) deverá ocorrer nos próximos meses com a laranja,
fruta que dá origem ao suco mais exportado pelo país. Em fase menos avançada, há
também trabalhos com cana-de-açúcar.
Na citricultura, o programa que envolveu pesquisadores do Instituto Agronômico de
Campinas (IAC), Esalq, Instituto Biológico, Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC) e Embrapa Mandioca e Fruticultura culminou com o desenvolvimento de 32
"eventos de transformação" - o jargão científico para as plantas geneticamente
modificadas. Dessas, entre 16 e 18 deverão ir para campo já no ano que vem para que
sejam testadas.
"O primeiro passo é ver se a planta sobrevive à doença. Depois, checar se a qualidade
da laranja se mantém", afirma Marcos Antonio Machado, pesquisador e diretor do
centro de citricultura do IAC.
No foco dos cientistas estão as maiores pragas que assolam os pomares de laranja:
cancro cítrico, CVC, greening, provocadas por bactérias, e a leprose, resultado da ação
de um fungo. Das quatro, a modificação genética que mais deu resultados até o
momento foi a do cancro, com índice de infeção de apenas 5% a 10% das plantas.
De acordo com o pesquisador, a opção pela cisgenia se deu por uma questão de
imagem. "A percepção pública da cisgenia é melhor que a dos transgênicos", diz
Machado. Pesou também o fato de a indústria de suco de laranja não querer estar
associada explicitamente ao termo transgenia, como acontece com vários outros
segmentos da indústria alimentícia.
Embora na prática sejam técnicas similares - a base é a modificação genética -, muitos
cientistas esperam que a cisgenia enfrente menos entraves burocráticos que a transgenia.
"Pesquisadores nos EUA apresentaram uma variedade transgênica de laranja resistente
ao greening que contém um gene de espinafre. Até hoje não foi aprovada", exemplifica
Machado. "Mas colocar o gene de uma tangerina em uma laranja pode não ter tanto
problema de aceitação", diz ele. Até agora, porém, as regras para aprovação continuam
as mesmas.
Mas é exatamente isso que pesquisadores brasileiros, fomentados pelo CNPq e pela
Fapesp, estão fazendo. Inserindo genes de tangerina na laranja e genes de uma
variedade de laranja em outra.
Os testes em laboratório e em vasos precisam agora do sinal verde da CTNBio para ir a
campo, onde estarão sujeitos às condições reais de produção. Em agosto, a autoridade
brasileira para biotecnologia aprovou uma resolução normativa, ainda pendente da
publicação no Diário Oficial, que determina como as experiências de campo devem ser
realizadas.
Apesar da expectativa de maior aceitação pública, a cisgenia não substituirá a
transgenia, considerada o último grande salto científico no campo. "É só mais uma linha
de pesquisa", diz Aragão, da CTNBio. Até porque, lembra ele, trabalhar apenas com os
semelhantes limita o trabalho do pesquisador.
Independentemente da opção, qualquer avanço na citricultura é bem-vinda. O setor
estima que 60% dos custos de produção sejam para o controle de pragas e doenças.
07/10/2013 - 00:00
Pesquisa usa medicamento humano
contra cancro
Por
A biotecnologia não é a única alternativa para combater doenças que afetam os pomares
nacionais. A solução pode estar bem debaixo do nosso nariz.
Alessandra de Souza manipula folhas de laranja no centro de citricultura do IAC
Uma cientista brasileira publicou pesquisa inédita em que associa a aplicação de uma
molécula de um medicamento usado para tratar infecções respiratórias em humanos ao
combate de fitopatógenos dos citros, incluindo o cancro.
A doença, que há três anos vem crescendo no Estado de São Paulo e já atingiu taxas de
contágio preocupantes no Paraná, tem uma característica comum com alguns problemas
respiratórios: o entupimento de veias pela formação de agregações de células. Essa
agregações, chamadas de "biofilme", impedem, no caso da planta, a nutrição correta,
provocando o amarelamento da folha.
"Há proteínas responsáveis por agrupamentos celulares no homem. Então o que eu fiz
foi encontrar proteínas similares às das plantas", diz Alessandra Alves de Souza,
bióloga molecular do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Secretaria
de Agricultura e Abastecimento.
Analisando a literatura de medicamentos humanos, Alessandra chegou à N-
acetilcisteína (NAC), um agente farmacológico usado sobretudo na redução de
secreções de muco. "Se no homem a molécula dissolvia aglomerações das células, por
que não faria o mesmo na laranja?", questionou então Alessandra.
A aplicação do NAC nas plantas infectadas pela bactéria Xanthomonas citri, que
provoca o cancro cítrico, reverteu de forma significativa a doença, afirmam os
pesquisadores do IAC. Por isso, a equipe da pesquisadora já entrou com pedido de
patente para a descoberta no Brasil e exterior.
O ineditismo está no fato de o controle estar sendo feito não com agrotóxicos, mas com
princípio ativo de medicamentos. Hoje, o método de controle mais eficaz para o cancro
é a pulverização de cobre sobre as plantas.
Durante quatro anos, os pesquisadores avaliaram a molécula como estratégia para inibir
ou desagregar o biofilme bacteriano formado na superfície das folhas. Esse biofilme
protege as bactérias de estresses ambientais e de compostos antimicrobianos, como o
cobre. Assim, a inibição da formação dessa capa protetora na folha antes da infecção da
planta era fundamental para tornar a bactéria vulnerável.
Os testes envolveram aplicações do produto por diferentes sistemas, como hidroponia e
fertirrigação. Em ambos os casos, a doença voltou três meses depois da interrupção do
tratamento. Então, a equipe do IAC acoplou o NAC a um adubo de liberação lenta. "Aí
obtivemos um resultado melhor - a doença voltou só seis meses após a interrupção do
produto", afirma Alessandra.
Segundo a cientista, a descoberta é uma alternativa interessante de combate ao cancro,
já que o tratamento atual é à base de inseticida - que tem alto custo e impacto ambiental
maior.
A partir de agora, as pesquisas evoluirão para lavouras experimentais em campo. A
indústria se comprometeu a ceder o terreno e fazer o monitoramento das plantas. Se der
certo, será um alívio para os produtores. Apesar de a doença ainda estar contida, dados
do Fundecitrus apontam para um salto de mais de 250%, de 2009 para cá, nos casos de
cancro cítrico em São Paulo. (BB)

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Cisgenia na laranja pode enfrentar menos entraves

  • 1. 07/10/2013 - 00:00 Técnica alternativa à transgenia vira aposta Por Bettina Barros "O primeiro passo é ver se a planta sobrevive à doença. Depois, checar se a qualidade da laranja se mantém", diz Machado, pesquisador de citricultura do IAC A desconfiança de parte da sociedade civil com os organismos transgênicos tem motivado cientistas a buscar um caminho alternativo de pesquisa, sem abrir mão dos avanços da engenharia genética. Nos laboratórios, as apostas são altas agora na chamada cisgenia. Essa forma de "transgenia light" deixa de lado cruzamentos genéticos improváveis no ambiente natural - a inserção de um gene do tabaco em uma muda de cana, por exemplo - e limita os experimentos a variedades do mesmo grupo. Dessa forma, genes de uma maçã só podem ser introduzidos em outra maçã, o do arroz em outro arroz e assim por diante. "É uma linha de pesquisa que tem aceitação maior entre o público. Mas é mais uma questão política que científica", disse ao Valor Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e membro da Comissão Técnica Nacional para Biossegurança (CTNBio), em Brasília. Cunhada em 2004, a cisgenia foi adotada primeiramente nos Estados Unidos e em algumas universidades da Europa, onde são feitas pesquisas para resistência a doenças envolvendo alimentos para consumo final. Pesquisas de opinião mostram que a resistência à transgenia cresce de forma acentuada - até em mercados onde a tecnologia está consolidada - quando o produto avaliado é o que chega in natura à mesa do consumidor. Esse mesmo consumidor, porém, diz não se importar tanto se a mistura genética se dá entre organismos afins geneticamente. Dados do Information Systems of Biotechnology, uma rede de informações sobre agricultura e biotecnologia com apoio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), mostram que variedades com resistência a doenças de maçãs, morangos, uvas
  • 2. e batatas, criadas a partir da cisgenia, estão próximas da aprovação comercial pelas autoridades europeias e americanas. No Brasil, a primeira liberação para teste de campo com variedades cisgênicas (passo anterior para a aprovação comercial) deverá ocorrer nos próximos meses com a laranja, fruta que dá origem ao suco mais exportado pelo país. Em fase menos avançada, há também trabalhos com cana-de-açúcar. Na citricultura, o programa que envolveu pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Esalq, Instituto Biológico, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Embrapa Mandioca e Fruticultura culminou com o desenvolvimento de 32 "eventos de transformação" - o jargão científico para as plantas geneticamente modificadas. Dessas, entre 16 e 18 deverão ir para campo já no ano que vem para que sejam testadas. "O primeiro passo é ver se a planta sobrevive à doença. Depois, checar se a qualidade da laranja se mantém", afirma Marcos Antonio Machado, pesquisador e diretor do centro de citricultura do IAC. No foco dos cientistas estão as maiores pragas que assolam os pomares de laranja: cancro cítrico, CVC, greening, provocadas por bactérias, e a leprose, resultado da ação de um fungo. Das quatro, a modificação genética que mais deu resultados até o momento foi a do cancro, com índice de infeção de apenas 5% a 10% das plantas. De acordo com o pesquisador, a opção pela cisgenia se deu por uma questão de imagem. "A percepção pública da cisgenia é melhor que a dos transgênicos", diz Machado. Pesou também o fato de a indústria de suco de laranja não querer estar associada explicitamente ao termo transgenia, como acontece com vários outros segmentos da indústria alimentícia. Embora na prática sejam técnicas similares - a base é a modificação genética -, muitos cientistas esperam que a cisgenia enfrente menos entraves burocráticos que a transgenia. "Pesquisadores nos EUA apresentaram uma variedade transgênica de laranja resistente ao greening que contém um gene de espinafre. Até hoje não foi aprovada", exemplifica Machado. "Mas colocar o gene de uma tangerina em uma laranja pode não ter tanto problema de aceitação", diz ele. Até agora, porém, as regras para aprovação continuam as mesmas. Mas é exatamente isso que pesquisadores brasileiros, fomentados pelo CNPq e pela Fapesp, estão fazendo. Inserindo genes de tangerina na laranja e genes de uma variedade de laranja em outra. Os testes em laboratório e em vasos precisam agora do sinal verde da CTNBio para ir a campo, onde estarão sujeitos às condições reais de produção. Em agosto, a autoridade brasileira para biotecnologia aprovou uma resolução normativa, ainda pendente da publicação no Diário Oficial, que determina como as experiências de campo devem ser realizadas. Apesar da expectativa de maior aceitação pública, a cisgenia não substituirá a transgenia, considerada o último grande salto científico no campo. "É só mais uma linha
  • 3. de pesquisa", diz Aragão, da CTNBio. Até porque, lembra ele, trabalhar apenas com os semelhantes limita o trabalho do pesquisador. Independentemente da opção, qualquer avanço na citricultura é bem-vinda. O setor estima que 60% dos custos de produção sejam para o controle de pragas e doenças. 07/10/2013 - 00:00 Pesquisa usa medicamento humano contra cancro Por A biotecnologia não é a única alternativa para combater doenças que afetam os pomares nacionais. A solução pode estar bem debaixo do nosso nariz. Alessandra de Souza manipula folhas de laranja no centro de citricultura do IAC Uma cientista brasileira publicou pesquisa inédita em que associa a aplicação de uma molécula de um medicamento usado para tratar infecções respiratórias em humanos ao combate de fitopatógenos dos citros, incluindo o cancro. A doença, que há três anos vem crescendo no Estado de São Paulo e já atingiu taxas de contágio preocupantes no Paraná, tem uma característica comum com alguns problemas respiratórios: o entupimento de veias pela formação de agregações de células. Essa agregações, chamadas de "biofilme", impedem, no caso da planta, a nutrição correta, provocando o amarelamento da folha. "Há proteínas responsáveis por agrupamentos celulares no homem. Então o que eu fiz foi encontrar proteínas similares às das plantas", diz Alessandra Alves de Souza, bióloga molecular do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Analisando a literatura de medicamentos humanos, Alessandra chegou à N- acetilcisteína (NAC), um agente farmacológico usado sobretudo na redução de
  • 4. secreções de muco. "Se no homem a molécula dissolvia aglomerações das células, por que não faria o mesmo na laranja?", questionou então Alessandra. A aplicação do NAC nas plantas infectadas pela bactéria Xanthomonas citri, que provoca o cancro cítrico, reverteu de forma significativa a doença, afirmam os pesquisadores do IAC. Por isso, a equipe da pesquisadora já entrou com pedido de patente para a descoberta no Brasil e exterior. O ineditismo está no fato de o controle estar sendo feito não com agrotóxicos, mas com princípio ativo de medicamentos. Hoje, o método de controle mais eficaz para o cancro é a pulverização de cobre sobre as plantas. Durante quatro anos, os pesquisadores avaliaram a molécula como estratégia para inibir ou desagregar o biofilme bacteriano formado na superfície das folhas. Esse biofilme protege as bactérias de estresses ambientais e de compostos antimicrobianos, como o cobre. Assim, a inibição da formação dessa capa protetora na folha antes da infecção da planta era fundamental para tornar a bactéria vulnerável. Os testes envolveram aplicações do produto por diferentes sistemas, como hidroponia e fertirrigação. Em ambos os casos, a doença voltou três meses depois da interrupção do tratamento. Então, a equipe do IAC acoplou o NAC a um adubo de liberação lenta. "Aí obtivemos um resultado melhor - a doença voltou só seis meses após a interrupção do produto", afirma Alessandra. Segundo a cientista, a descoberta é uma alternativa interessante de combate ao cancro, já que o tratamento atual é à base de inseticida - que tem alto custo e impacto ambiental maior. A partir de agora, as pesquisas evoluirão para lavouras experimentais em campo. A indústria se comprometeu a ceder o terreno e fazer o monitoramento das plantas. Se der certo, será um alívio para os produtores. Apesar de a doença ainda estar contida, dados do Fundecitrus apontam para um salto de mais de 250%, de 2009 para cá, nos casos de cancro cítrico em São Paulo. (BB)