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ANÁLISE DA QUALIDADE D’ÁGUA DO BALNEÁRIO DOURADO NO
MUNICÍPIO DE PONTO BELO - ES
Artigo Original
Fábio Erler Orneles – Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária
fabio.eo@hotmail.com
Márcio Onofri- Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária
marfri100@hotmail.com
Alexandre Dias Faroni – Graduado em Engenharia Ambiental e Especialista em Segurança
do Trabalho.
alexandrefaroni@hotmail.com
Núcleo de Estágio, Extensão e Pesquisa – NEEP
Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque
RESUMO
No Brasil, por mais que a água seja considerada um recurso abundante, algumas áreas sofrem com os reflexos da
falta d’água, dentre elas está à região norte do Espírito Santo, onde as chuvas são mal distribuídas ocasionando
longos períodos de seca. Visando mitigar esta triste realidade, a construção de barragens se destaca como
principal mecanismo para o armazenamento de água. Porem as ações atrópicas e de maneira arbitrária tem
causado o desequilíbrio do corpo hídrico, afetando as comunidades aquáticas. A referente pesquisa objetiva-se
por avaliar a qualidade da água e quantificar as alterações causadas pelas macrófitas aquáticas a partir da análise
de doze variáveis em dois pontos de coleta titularizados respectivamente como P1 e P2 no reservatório
conhecido como Balneário Dourado e que se encontra praticamente tomado pela infestação de uma planta
daninha denominada Salvinia cf. Auriculata. Os valores encontrados nas análises de oxigênio dissolvido e da
demanda bioquímica de oxigênio foram os que apresentaram maior variação entre P1 e P2. A DBO em P2
encontra-se muito acima do valor máximo permitido pela legislação, o que tem diminuído de maneira
significativa as concentrações de OD comprovando que o Balneário Dourado tende a eutrofização. Para
classificar e enquadrar a água do reservatório, mais análises em vários outros pontos de coleta e também no
corpo de fundo tornam-se essenciais, visto que o mesmo é um ecossistema lêntico e a decantação influencia na
qualidade da água desses sistemas.
Palavra- chaves: Macrófita aquática, Análise d’água, Comparação de parâmetros.

1.

INTRODUÇÃO
O desenvolvimento das cidades e o crescimento da densidade demográfica nos últimos

anos têm causado o aumento pela demanda por água, cuja quantidade e a qualidade são
fundamentais para a saúde e progressão de qualquer comunidade. No Brasil, embora este
recurso seja considerado abundante, têm se observado cada vez mais frequente a ausência de
um suprimento suficiente de água em algumas regiões, dentre elas destaca-se a região norte
do Espírito Santo que é denominada como área do entorno de áreas susceptíveis a
desertificação, onde as chuvas são mal distribuídas gerando longos períodos de seca,
limitando assim as atividades humanas e causando prejuízos que tomam dimensões
ambientais,

financeiras

e

DESERTIFICAÇÃO, 2007).

sociais.

(ATLAS

DE

ÁREAS

SUSCEPTÍVEIS

A
A construção de barragens se destaca como principal mecanismo na busca da
mitigação da restrição por água, uma vez que os reservatórios a forneçam para o
abastecimento urbano e a produção agrícola.
Entretanto o despejo de efluentes industriais e domésticos no corpo hídrico, a criação
de peixes por confinamento, o escoamento superficial da água pluvial em áreas onde se
predomina a agricultura e/ou pecuária e a ausência de mata ciliar entre outras intervenções
antrópicas, contribuem significativamente para o aumento de nutrientes contidos na água
rompendo o equilíbrio entre os processos físicos e químicos, afetando as comunidades
aquáticas, inclusive das macrófitas. (ARCOVA e CICCO, 1999).
Segundo Junk e Mello (1990), vários fatores podem influenciar o crescimento em
massa das macrófitas aquáticas, dentre eles, pode-se destacar: alta capacidade reprodutiva das
plantas, alto nível de nutrientes na água, condições climáticas favoráveis, falta de espécies
competidoras, falta de animais herbívoros, pragas e doenças. A proliferação maciça das
macrófitas aquáticas está relacionada a muitos problemas, por exemplo, o aumento da
evapotranspiração, o aparecimento de doenças, o impedimento da pesca e do tráfego, o
impedimento de atividades turísticas e a deterioração da qualidade da água pela grande
produção e decomposição da matéria orgânica.
Têm se observado no Brasil, um crescimento exponencial destas plantas em
reservatórios artificiais, gerando extensas áreas cobertas e uma taxa de biomassa muito grande
(OLIVEIRA et al., 2005). Realidade essa que também descreve a situação atual do
popularmente conhecido Balneário Dourado, represa com 23,6 hectares de área alagada, dado
obtido pelo Google Earth Pro, a mesma foi construída pela Prefeitura Municipal de Ponto
Belo, um município com extensão territorial de 361 Km2, composto por 6.979 habitantes,
(FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA, 2009), que compõe a bacia Hidrográfica
do Rio Itaúnas e se localiza na macrorregião Norte e na microrregião do Extremo Norte do
Espírito Santo. (GEOBASES, S/D).
Ao epílogo da sua construção, o Balneário foi concedido à Companhia Espírito
Santense de Saneamento – CESAN, tendo como principal objetivo atender a demanda de
abastecimento público do município, situação essa que nunca ocorreu devido à infestação do
reservatório por uma espécie de planta daninha denominada como Salvinia cf. Auriculata.
Com base nesses fatores, o presente estudo visa quantificar os impactos causados na
qualidade da água pelo excesso de biomassa gerado pela Salvinia cf. Auriculata a partir da
análise de 12 variáveis em dois pontos de coleta considerados visualmente distintos e
compará-las entre si e com a legislação vigente.
2.

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.

Macrófitas aquáticas

A intervenção antrópica sem planejamento e de maneira arbitrária como a utilização
excessiva de fertilizantes aplicados em áreas agrícolas e a não retirada da cobertura vegetal da
área que seria alagada após o término da construção do reservatório, aumentam
consideravelmente os nutrientes dissolvidos na água, favorecendo o crescimento desordenado
das plantas aquáticas presentes, o que gera muitos impactos negativos não tão somente a
natureza, mas também a sociedade de modo geral. (JUNK E MELLO, 1990).
A tomada dos ambientes aquáticos pelas plantas daninhas compromete a qualidade da
água, diminui significativamente o interesse turístico e recreativo no local, impede a geração
de renda a partir da piscicultura, e até mesmo desvaloriza os imóveis em torno do corpo
hídrico. Neste aspecto Pedralli, et al.(2003, p.173) afirma que:
“A proliferação das macrófitas aquáticas pode causar uma aceleração no processo de
eutrofização devido à elevada produção de biomassa, induzindo o aumento do
déficit de oxigênio, a formação de gases (H2S, CH4 etc.) e a diminuição do pH da
água, com efeitos deletérios sobre as comunidades do fitoplâncton, zooplâncton,
bentos e peixes” (cf. cap. 13).Outros efeitos nocivos advindos da proliferação
descontrolada das macrófitas aquáticas são o impedimento à navegação, a obstrução
das grades de tomada d'água nos reservatórios com reflexos sobre a geração de
energia hidrelétrica (cf. cap. 15), o impedimento das atividades recreacionais (pesca
esportiva, natação), a concentração de metais pesados e sais e a formação de habitats
propícios à reprodução de vetores de doenças de veiculação hídrica (malária,
dengue, febre amarela, esquistossomose) com sérios reflexos sobre a saúde pública”.

2.2.

Salvinia cf. Auriculata
Considerada uma planta daninha quando se propaga rapidamente sob condições

favoráveis de maneira indesejada nos ambientes aquáticos, a S. cf. Auriculata é uma macrófita
aquática flutuante livre, anual ou perene, ornamental muito comum em água doce e que
apresenta ampla distribuição geográfica. Ela desenvolve um importante papel na vida
aquática, uma vez que além de servir como abrigo vários organismos, por exemplo, larva de
peixes, representa também a base de cadeias alimentares complexas. A sua propagação de
maneira acentuada é um bioindicador do excesso de nutrientes no ecossistema aquático. No
Brasil, são escassas as pesquisas do ponto de vista ecológico sobro o comportamento dessa
planta, conhecer o valor nutricional a partir da análise química do seu tecido vegetal torna-se
indispensável quando se tem o intuito da melhor forma de aproveitamento do seu biomassa.
(OLIVEIRA; FAVERO, 2003; POTT; POTT, 1994, 2000; THOMAZ; ESTEVES, 1984).
2.3.

Resolução CONAMA 357/05

Visto que á água é fundamental para o desenvolvimento sustentável e que a saúde,
tanto quanto o bem-estar humano e o equilíbrio ecológico não podem ser afetados pela
deterioração de sua qualidade, foi regulamentada em 17 de março de 2005 a resolução
CONAMA N° 357 que classifica os corpos hídricos a partir da avaliação de parâmetros
específicos e estabelece o uso prioritário da água a partir da sua qualidade. Conforme o artigo
4° as águas doces são classificadas em:
I – classe especial: águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano,
com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas;
e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação e proteção
integral. II – classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para o
consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades
aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme Resolução CONAMA n°274, de 2000; d) à irrigação de
hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e
que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e, e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas. III – classe 2: águas que podem ser
destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA n° 274, de 2000; d) á irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter
contanto direto; e, e) à aqüicultura e á atividade de pesca. IV – classe 3: águas que
podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundario; e, e) a
dessedentarão de animais. V – classe 4: águas que podem ser destinadas: a) á
navegação; e, b) á harmonia paisagística.

2.4.

Análise D’água

2.4.1. Alcalinidade Total

A alcalinidade é a capacidade da água de neutralizar os ácidos até a obtenção de um
valor definitivo de pH, seus principais componentes são os sais do ácido carbônico, ou seja,
bicarbonatos e carbonatos, e os hidróxidos. A alcalinidade não é denominada como padrão de
potabilidade, sua importância relaciona-se com o fenômeno que ocorre nas estações de
tratamento de água para o abastecimento público chamado de floculação por varredura, que
consiste na reação entre o coagulante e a alcalinidade sedimentando pequenos flocos. Caso a
alcalinidade demonstra-se baixa, tende a encarecer esta etapa do processo de tratamento
(PIVELLI, S/D).
2.4.2. Clorofila-A

A concentração de clorofila-A é analisada para avaliar a taxa de biomassa do
fitoplâncton. Neste contexto podemos referenciar os valores encontrados, se associados a
parâmetros físico-químicos, como possíveis alterações no habitat ou no comportamento dos
organismos aquáticos, uma vez que no caso de afloramento intenso do fitoplâncton,
rapidamente esgota-se os nutrientes na água, levando o plâncton a morte, onde sua
decomposição reduz drasticamente o oxigênio dissolvido, impelindo o corpo hídrico a um
estado de eutrofização nos casos mais graves (CÂMARA, 2007).

2.4.3.

Coliformes Termotolerantes

Os coliformes termotolerantes, também denominados coliformes fecais, são bactérias
provenientes das fezes dos animais de sangue quente. A presença dessas bactérias no corpo
hídrico indicam péssimas condições de salubridade e evidencia a contaminação, podendo de
fato oferecer riscos a saúde pública. Se observada uma taxa elevada desses organismos na
água, fica restrito não tão somente o seu consumo, mas também a sua balneabilidade.
(ALMEIDA FILHO; NADER FILHO, 2002)

2.4.4. Condutividade Elétrica

A condutividade elétrica está diretamente ligada à quantidade de íons, partículas
eletricamente carregadas dissolvidas na água, que tem a capacidade de conduzir correntes. As
análises deste parâmetro podem indicar possíveis impactos ambientais na bacia, uma vez que
se observam taxas elevadas de íons onde estão presentes fontes de despejo de efluentes, sejam
eles industriais ou domésticos (ZUIN; IORATTI; MATHEUS, 2008).

2.4.5. Contagem de Cianobactérias

Denominam-se cianobactérias microorganismos aquáticos, unicelulares presentes em
reservatórios afetados pela descarga excessiva de nutrientes oriundos da piscicultura, de
esgotos não tratados, do escoamento superficial da água em terras agricultáveis onde não se
observa mata ciliar e outros. Estes organismos, comumente observados em lagos, represas ou
até mesmo rios onde a correnteza é menor, quando aflorados em grande escala produzem uma
toxina que coloca em risco a saúde humana, tanto pelo contato com ambiente aquático por
meio de atividades recreativas, quanto pela ingestão da água ou até mesmo um pescado
contaminado. Porém, a ingestão da água sem tratamento adequado destaca-se como principal
via de intoxicação. Entre os malefícios que as cianobactérias podem causar a saúde, destacamse: irritação da pele, dos olhos e dos ouvidos, inchaço nos lábios e rupturas na face para o
individuo que entra em contato direto com a água contaminada. Para quem a consome as
consequências podem se agravar, dentre elas evidenciam-se: náuseas, dores abdominais,
fraqueza muscular, vômitos, diarréias e complicações no fígado (MINISTÉRIO DE SAÚDE,
2003).

2.4.6. Demanda Bioquímica de Oxigênio

A DBO indica a capacidade de uma massa orgânica absorver o oxigênio dissolvido na
água. Este parâmetro é um excelente indicador de decrescimento na sua qualidade, pois caso
observada uma Demanda Bioquímica de Oxigênio elevada, associa-se este valor a uma grande
quantidade de nutrientes e matéria orgânica no manancial, conduzindo-o ao aumento da
atividade biológica, fomentando um maior consumo de oxigênio e consequentemente
desequilibrando o meio aquático (NAIME; FAGUNDES, 2005).

2.4.7. Oxigênio Dissolvido

O oxigênio dissolvido consiste na quantidade de oxigênio dissolvido na água, sendo
que suas taxas de concentração em alguns casos são instáveis em função da vazão e da
turbulência do manancial, e da variação de atividades fotossintéticas e da temperatura. Este
parâmetro pode diminuir drasticamente quando observada a presença excessiva de sólidos em
suspensão e matéria orgânica, situação que acarretaria o corpo hídrico a um estado de
eutrofização, uma vez que ele é essencial para os organismos aeróbicos, tornando necessária a
presença deste na manutenção da vida aquática (SILVA, 1999; MATHEUS e MORAES,
1995).

2.4.8. Ferro Total

A presença de altas concentrações de ferro nas águas superficiais concede à mesma
odor e sabor. Sua assiduidade de maneira natural é resultante dá dissolução das rochas e dos
solos ricos dessa propriedade que dispõe da lixiviação como principal mecanismo de
transporte para o corpo d’água. Já de maneira antrópica, o ferro é conveniente do despejo de
efluentes industriais. Ele tem grande significância nas águas destinadas ao abastecimento
público, uma vez que, suja as tubulações e os filtros podendo assim encarecer o processo de
tratamento antes de deixá-la apta para o consumo (MACEDO, 2007).

2.4.9. Fósforo Total

As taxas deste nutriente tem sido relevantes como indicadoras da qualidade da água,
visto que o seu papel destaca-se no favorecimento do afloramento das cianobactérias e do
fitoplâncton. Os elevados teores de fósforo no corpo hídrico estão agregados à descarga de
efluentes domésticos, a criação intensiva de peixes e o escoamento superficial da água nas
áreas agrícolas (PARRY apud TOLEDO e NICOLELLA, 2002; GUARINO et al. apud
MALLASEN et al., 2011).

2.4.10. Nitrogênio Total

O nitrogênio desenvolve uma atividade semelhante a do fósforo quando se trata de
impactos causados por elevadas taxas deste nutriente no manancial, influenciando de forma
direta o aumento das atividades biológicas no corpo d’água. Onde a sua presença
contranormal ocasiona-se por ações antrópicas, nas quais se destaca a criação de peixes por
confinamento, o lançamento de efluentes domésticos e/ou industriais e o escoamento das
águas pluviais em áreas onde se predomina a agricultura. (MATOS, 2001 apud MACEDO,
2007).

2.4.11. Sólidos Dissolvidos Totais

Sólidos dissolvidos é o conjunto de todas as substâncias, com exceção dos gases,
contidas no meio aquoso. Este parâmetro tem uma enorme relevância na determinação da
qualidade da água, pois consegue medir todas as impurezas, sejam elas orgânicas ou
inorgânicas, onde que as suas concentrações influenciam diretamente a turbidez
(REBOUÇAS, 2002).
2.4.12. Turbidez

A turbidez refere-se à interferência que diversos materiais em suspensão, sendo eles
orgânicos ou inorgânicos causam no impedimento da luz atravessar a água. O aumento da
turvação a um estado crítico pode impedir a passagem de luz solar no corpo d’água,
interrompendo a fotossíntese, o que afeta o comportamento dos organismos aquáticos.
(BRUST, 1991 apud NAIME; FAGUNDES, 2005)

3.

METODOLOGIA

3.1.

Caracterização da área de estudo

Ponto Belo se localiza na microrregião do Extremo Norte capixaba, a 270 metros de
altitude, nas coordenadas UTM 24k 337153.63m E 7996112.76m S. O Balneário Dourado,
área de estudo, se localiza próximo do centro da cidade a 1,91 quilômetros de distância, o que
torna o referido local muito utilizado na atividade de pesca e na recreação de contato primário
pelos moradores locais, que têm o balneário como refugio de lazer nas suas horas vagas. A
prefeitura na tentativa do controle mecânico das macrófitas limpou uma determinada área,
mas teve as suas atividades interrompidas pelo IEMA – Instituto Estadual do Meio Ambiente
visto que o seu descarte final estava se realizando de maneira inadequada. (FUNDAÇÃO
CECILIANO ABEL DE ALMEIDA, 2009).

3.2.

Georreferenciamento

Os pontos foram georreferenciados com a ajuda de um barco. Utilizando um GPS
garmin etrex 30 foram demarcados quatro pontos de fundamental relevância na caracterização
da coleta tanto quanto do balneário, onde os mesmos foram exportados para o GOOGLE
EARTH PRO, a partir da ferramenta de medição de polígonos e retas pode-se estimar a área
total do balneário, a área limpa, a área que se encontra infestada pelas plantas daninhas entre
outras medidas importantes. (figura 1).
Figura 1:
Área total balneário (23,6 hectares),
área que atualmente se encontra limpa (3,68
hectares) e
área que atualmente se encontra tomada pelas plantas daninhas (19,92 hectares)
Fonte: GOOGLE EARTH PRO, 2010.

Divisor de água 01 e 02: Localizaram-se respectivamente nas coordenadas UTM 24k
337338.00 m E 7993500.00 m S e UTM 24k 337475.00 m E 7993383.00 m S. Estes dois
pontos foram demarcados visto que eles representam os locais onde foi amarrada uma corda
com várias bóias que corta verticalmente o balneário e que tem contido a infestação das
plantas daninhas em uma área considerada potencialmente limpa.
Ponto 01: Localizou-se nas coordenadas UTM 24k 337449.00 m E 7993499.00 m S,
elevação 228m e distância de 96,2m até margem. Optou-se pela escolha deste ponto para
coleta de água, devido ausência da Salvinia cf. Auriculata na área do mesmo.
Ponto 02: Localizou-se nas coordenadas UTM 24k 337279.00 m E 7993287.00 m S,
elevação 229m, se distancia 111,3m da margem e 275m do Ponto01. A sua escolha para
retiradas de amostra d’água se deu pelo fato de compor uma área do balneário que se encontra
completamente infestada pelas excessivas taxas de biomassa da Salvinia cf. Auriculata.

3.3.

Coleta e acondicionamento das amostras de água

Os procedimentos, a definição dos frascos e dos preservantes a serem utilizados foram
baseados na NBR 9898 publicada em Junho de 1987, que estabelece as condicionantes de
coleta, a preservação da amostra e considera como aspecto fundamental a sua
representatividade devendo assim caracterizar o corpo hídrico em função dos objetivos
propostos pelo estudo.
Foram retiradas 14 amostras de água superficial, sendo 07 em cada área, no dia
26/10/13 com o clima ensolarado apresentando uma temperatura em torno dos 25°C, entre o
horário das 15h35min as 16h05min em dois pontos que foram visualmente caracterizados
como distintos.
A coleta foi manual onde todos os cuidados com a assepsia e com a qualidade das
amostras foram tomados. Com a utilização de luvas em uma das mãos os recipientes foram
mergulhados um a um rapidamente com a boca para baixo a uma distância de
aproximadamente vinte centímetros e movimentados horizontalmente para frente criando uma
corrente artificial. Em cada frasco retirado do corpo d’água foi desprezada uma pequena
fração da amostra para que possa ser permitida uma boa homogeneização antes do inicio na
análise. Em seguida cada um foi tampado e vedado com a utilização de papel protetor em
volta do seu gargalo.
Os frascos utilizados, exceto os para análises dos parâmetros de Clorofila-A e
Contagem de Cianobactérias em que os recipientes são constituídos por vidro âmbar, tem na
sua composição plástico do tipo polietileno.
Nas coletas para as análises de alcalinidade, condutividade elétrica, demanda
bioquímica de oxigênio, oxigênio dissolvido, pH, sólidos totais e turbidez onde a preservação
do recipiente é tão somente a refrigeração foi empregada a ambientação dos recipientes, que
consiste repetir ao menos três vezes o processo de enchimento e descarte do fluido. Os demais
frascos continham preservantes específicos para cada tipo de parâmetro a ser analisado, onde
a ambientação do recipiente só resultaria nas suas perdas, comprometendo a qualidade da
amostra. Para a análise de Clorofila-A o preservante utilizado foi o lugol 0-6 °C, para
Coliformes Termotolerantes o Tiossulfato de Sódio + EDTA, na Contagem de Cianomactérias
o Talqual 0-6 °C, na estimativa de Ferro Total o Ácido Nítrico (pH<2) e no estudo de Fósforo
e Nitrogênio Total o Ácido sulfúrico (pH<2).
Todos os frascos, inclusive os que comportavam os preservantes, foram
acondicionados em uma caixa térmica selada a aproximadamente 4°C e enviados para o
Laboratório de Análise Agronômica, Ambiental e Preparo de Soluções Químicas FULLIN.
Todos os parâmetros foram analisados utilizando a metodologia do Standart Methods for the
Examination of Water and Wastewater, 21th (2005) com exceção do parâmetro alcalinidade,
na qual utilizou a NBR de n° 13.736/96.
4.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A barragem muda à sequência natural do rio, mudando o ambiente de lótico para
lêntico onde a velocidade da corrente cai e o sedimento tende a decantar, melhorando de
maneira expressiva a qualidade da água superficial.(CUNHA, 1994)
Para avaliar a atual situação da água no Balneário Dourado e medir as alterações
físico-químicas e microbiológicas causadas pela Salvinia cf. Auriculata, os valores máximos
permitidos (VMP) foram estabelecidos a partir do livro águas e águas e dos padrões referentes
à classe II contidos na Resolução CONAMA 357/05, visto que a mesma define que á água
pode ser destinada ao abastecimento público após tratamento convencional, verifique na
Tabela 1.
Tabela 1 – Resultados das análises no ponto de coleta 01(P1) e 02(P,2), unidade de medida de cada parâmetro
(UM), valor máximo permitido (VMP) e legislação ou literatura vigente.

Parâmetro Analisado

Unidade de
Medida(UM)

Resultado
da Análise
Ponto
01(P1)

Resultado
da Análise
Ponto
02(P2)

Valor
Máximo
Permitido
(VMP)

Legislação
ou
Literatura
Vigente

Águas e
Águas
CONAMA
Clorofila-A
µg/L
<3
<3
30
357/05 II
CONAMA
Coliformes Termotolerantes
UFC/100mL
Ausente
Ausente
1000
357/05 II
Águas e
Condutividade Elétrica
µS/cm
231,00
231,00
10 a 100
Águas
CONAMA
Contagem de Cioanobactérias
µg/L
<3
113,00
50000
357/05 II
Demanda Bioquímica de
CONAMA
Oxigênio
mg/L
<2
13,04
5
357/05 II
CONAMA
Ferro Total
mg/L
2,40
3,20
0,3
357/05 II
CONAMA
Fósforo Total
mg/L
0.01
0,05
0,02
357/05 II
CONAMA
Nitrogênio Total
mg/L
1,28
3,05
3,7
357/05 II
CONAMA
Oxigênio Dissolvido
mg/L
8,11
6,45
5
357/05 II
Águas e
Sólitos Dissolvidos Totais
mg/L
192,00
225,00
500
Águas
CONAMA
Turbidez
UNT
1,73
17,00
100
357/05 II
Obs. (1) Os limites apresentados referem-se aos teores máximos permitidos, com exceção do Oxigênio
Dissolvido que indica os teores mínimos aceitáveis.
Fonte: autores, 2013
Alcalinidade

mg/L

35,0

30

20 a 300
4.1.

Alcalinidade

Os teores de alcalinidade não excederam os valores máximos permitidos e também
não obtiveram alterações significantes entre P1(35,0 mg/L) e P2(30,0 mg/L).

4.2.

Clorofila-A

Não foram encontrados teores de clorofila-A acima dos valores máximos permitidos e
nem alterações entre P1(<3 µg/L) e P2(<3µg/L).

4.3.

Coliformes Termotolerantes

Foi observada a ausência de coliformes termotolerantes tanto em P1 quanto em P2.

4.4.

Condutividade Elétrica

Os

valores

encontrados

para

condutividade

elétrica

não

variaram

entre

P1(231,0µS/cm) e P2(231,0µS/cm), mas demonstram estarem acima dos valores máximos
permitidos. Uma vez que a condutividade elétrica indica a concentração iônica da água, as
altas concentrações deste parâmetro podem ser associadas não tão somente aos teores de
ferro, fósforo total e nitrogênio total encontrado, mas a qualquer outro nutriente presente no
Balneário que não foi analisado neste artigo.

4.5.

Contagem de Cianobactérias

Os resultados encontrados de cianobactérias não ultrapassaram os valores máximos
permitidos, mas variaram entre P1(<3 µg/L) e P2(113,0 µg/L) onde P2 apresenta o maior teor
encontrado, evidenciando a influência da alta geração da biomassa da Salvinia cf. Auriculata
neste parâmetro.

4.6.

Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO

Este padrão foi o que mais apresentou variação entre P1(<2 mg/L) e P2(13,04mg/L),
sendo que o valor encontrado em P2 quando comparado ao valor máximo permitido
demonstrou uma alta DBO indicando uma grande quantidade de matéria orgânica no corpo
hídrico, reduzindo drasticamente o oxigênio dissolvido em P2. Segundo Pedralli (2003), a
alteração na demanda bioquímica de oxigênio se dá pelo aumento da matéria orgânica
proveniente da decomposição do excesso de biomassa gerado pelas plantas daninhas.

4.7.

Ferro Total

As concentrações de ferro total em P2(3,20mg/L) encontram-se maiores do que as
encontradas em P1(2,40mg/L) onde os dois pontos excederam o valor máximo permitido.

4.8.

Fósforo Total

Os teores de fósforo em P1(0,01mg/L) e P2(0,05mg/L) demonstraram uma
considerável variação onde o resultado de P2 demonstra-se acima do valor máximo permitido,
contribuindo assim para o afloramento das cianobactérias.

4.9.

Nitrogênio Total

No ponto P1(1,28mg/L) quanto P2(3,05mg/L) não demonstraram concentrações de
nitrogênio acima dos valores máximos permitidos, mas variaram respectivamente, onde P2
demonstra a maior taxa, podendo ser associado aos teores de cianobactérias encontrados.
4.10. Oxigênio Dissolvido – O.D.

Os teores encontrados de Oxigênio Dissolvido não excederam o valor máximo
permitido, mas sofreram variação entre P1(8,11mg/L) e P2(6,45mg/L), onde P2 evidencia o
agravamento da qualidade da água e a tendência do corpo hídrico a eutrofização devido as
altas concentrações de DBO causadas pela Salvinia AC. Auriculata, visto que o valor
encontrado neste ponto quando confrontado com a legislação vigente demonstra que as taxas
de Oxigênio Dissolvido estão próximas dos teores mínimos aceitáveis.
4.11. Sólidos Dissolvidos Totais

A quantidade de Sólidos Dissolvidos Totais variou entre P1(192,0mg/L) e
P2(225,0mg/L) mas ambos não ultrapassaram o valor máximo permitido. Visto que o
Balneário Dourado é classificado como um ecossistema lêntico, onde a decantação influência
diretamente nos baixos teores encontrado não tão somente neste parâmetro, mas também na
turbidez .

4.12. Turbidez

As análises de turbidez não demonstraram taxas acima do valor máximo permitido,
mas variaram entre P1(1,73UNT) e P2(17,0UNT).
As macrófitas aquáticas participam ativamente da reciclagem de nutrientes, podendo
assimilar elementos contidos no sedimento por intermédio das raízes, os quais são liberados
para a coluna de água através da decomposição do seu biomassa. (POMPÊO, S/D).

5.

CONCLUSÃO

Os valores encontrados nas análises de oxigênio dissolvido e da demanda bioquímica
de oxigênio foram os que apresentaram maior variação entre P1 e P2. A DBO em P2
encontra-se muito acima do valor máximo permitido, o que tem diminuído de maneira
significativa as concentrações de O.D. comprovando que o Balneário Dourado tende a
eutrofização.
Os resultados debatidos por está obra não se demonstraram como suficientes na real
avaliação da qualidade da água do Balneário Dourado e nem na quantificação dos
agravamentos que Salvinia cf. Auriculata causam no mesmo.
Devido à decantação mais análises em vários outros pontos de coleta ao longo do
reservatório, principalmente no corpo de fundo, se tornam essenciais para classificar e
enquadrar a água do Balneário Dourado.
Recomenda-se estudos buscando o melhor controle mecânico das macrófitas aquáticas
possível, juntamente com o seu descarte final adequado aproveitando ao máximo o potencial
do seu biomassa.
6.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Análise da qualidade da água do Balneário Dourado

  • 1. ANÁLISE DA QUALIDADE D’ÁGUA DO BALNEÁRIO DOURADO NO MUNICÍPIO DE PONTO BELO - ES Artigo Original Fábio Erler Orneles – Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária fabio.eo@hotmail.com Márcio Onofri- Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária marfri100@hotmail.com Alexandre Dias Faroni – Graduado em Engenharia Ambiental e Especialista em Segurança do Trabalho. alexandrefaroni@hotmail.com Núcleo de Estágio, Extensão e Pesquisa – NEEP Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque RESUMO No Brasil, por mais que a água seja considerada um recurso abundante, algumas áreas sofrem com os reflexos da falta d’água, dentre elas está à região norte do Espírito Santo, onde as chuvas são mal distribuídas ocasionando longos períodos de seca. Visando mitigar esta triste realidade, a construção de barragens se destaca como principal mecanismo para o armazenamento de água. Porem as ações atrópicas e de maneira arbitrária tem causado o desequilíbrio do corpo hídrico, afetando as comunidades aquáticas. A referente pesquisa objetiva-se por avaliar a qualidade da água e quantificar as alterações causadas pelas macrófitas aquáticas a partir da análise de doze variáveis em dois pontos de coleta titularizados respectivamente como P1 e P2 no reservatório conhecido como Balneário Dourado e que se encontra praticamente tomado pela infestação de uma planta daninha denominada Salvinia cf. Auriculata. Os valores encontrados nas análises de oxigênio dissolvido e da demanda bioquímica de oxigênio foram os que apresentaram maior variação entre P1 e P2. A DBO em P2 encontra-se muito acima do valor máximo permitido pela legislação, o que tem diminuído de maneira significativa as concentrações de OD comprovando que o Balneário Dourado tende a eutrofização. Para classificar e enquadrar a água do reservatório, mais análises em vários outros pontos de coleta e também no corpo de fundo tornam-se essenciais, visto que o mesmo é um ecossistema lêntico e a decantação influencia na qualidade da água desses sistemas. Palavra- chaves: Macrófita aquática, Análise d’água, Comparação de parâmetros. 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento das cidades e o crescimento da densidade demográfica nos últimos anos têm causado o aumento pela demanda por água, cuja quantidade e a qualidade são fundamentais para a saúde e progressão de qualquer comunidade. No Brasil, embora este recurso seja considerado abundante, têm se observado cada vez mais frequente a ausência de um suprimento suficiente de água em algumas regiões, dentre elas destaca-se a região norte do Espírito Santo que é denominada como área do entorno de áreas susceptíveis a desertificação, onde as chuvas são mal distribuídas gerando longos períodos de seca, limitando assim as atividades humanas e causando prejuízos que tomam dimensões ambientais, financeiras e DESERTIFICAÇÃO, 2007). sociais. (ATLAS DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A
  • 2. A construção de barragens se destaca como principal mecanismo na busca da mitigação da restrição por água, uma vez que os reservatórios a forneçam para o abastecimento urbano e a produção agrícola. Entretanto o despejo de efluentes industriais e domésticos no corpo hídrico, a criação de peixes por confinamento, o escoamento superficial da água pluvial em áreas onde se predomina a agricultura e/ou pecuária e a ausência de mata ciliar entre outras intervenções antrópicas, contribuem significativamente para o aumento de nutrientes contidos na água rompendo o equilíbrio entre os processos físicos e químicos, afetando as comunidades aquáticas, inclusive das macrófitas. (ARCOVA e CICCO, 1999). Segundo Junk e Mello (1990), vários fatores podem influenciar o crescimento em massa das macrófitas aquáticas, dentre eles, pode-se destacar: alta capacidade reprodutiva das plantas, alto nível de nutrientes na água, condições climáticas favoráveis, falta de espécies competidoras, falta de animais herbívoros, pragas e doenças. A proliferação maciça das macrófitas aquáticas está relacionada a muitos problemas, por exemplo, o aumento da evapotranspiração, o aparecimento de doenças, o impedimento da pesca e do tráfego, o impedimento de atividades turísticas e a deterioração da qualidade da água pela grande produção e decomposição da matéria orgânica. Têm se observado no Brasil, um crescimento exponencial destas plantas em reservatórios artificiais, gerando extensas áreas cobertas e uma taxa de biomassa muito grande (OLIVEIRA et al., 2005). Realidade essa que também descreve a situação atual do popularmente conhecido Balneário Dourado, represa com 23,6 hectares de área alagada, dado obtido pelo Google Earth Pro, a mesma foi construída pela Prefeitura Municipal de Ponto Belo, um município com extensão territorial de 361 Km2, composto por 6.979 habitantes, (FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA, 2009), que compõe a bacia Hidrográfica do Rio Itaúnas e se localiza na macrorregião Norte e na microrregião do Extremo Norte do Espírito Santo. (GEOBASES, S/D). Ao epílogo da sua construção, o Balneário foi concedido à Companhia Espírito Santense de Saneamento – CESAN, tendo como principal objetivo atender a demanda de abastecimento público do município, situação essa que nunca ocorreu devido à infestação do reservatório por uma espécie de planta daninha denominada como Salvinia cf. Auriculata. Com base nesses fatores, o presente estudo visa quantificar os impactos causados na qualidade da água pelo excesso de biomassa gerado pela Salvinia cf. Auriculata a partir da análise de 12 variáveis em dois pontos de coleta considerados visualmente distintos e compará-las entre si e com a legislação vigente.
  • 3. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Macrófitas aquáticas A intervenção antrópica sem planejamento e de maneira arbitrária como a utilização excessiva de fertilizantes aplicados em áreas agrícolas e a não retirada da cobertura vegetal da área que seria alagada após o término da construção do reservatório, aumentam consideravelmente os nutrientes dissolvidos na água, favorecendo o crescimento desordenado das plantas aquáticas presentes, o que gera muitos impactos negativos não tão somente a natureza, mas também a sociedade de modo geral. (JUNK E MELLO, 1990). A tomada dos ambientes aquáticos pelas plantas daninhas compromete a qualidade da água, diminui significativamente o interesse turístico e recreativo no local, impede a geração de renda a partir da piscicultura, e até mesmo desvaloriza os imóveis em torno do corpo hídrico. Neste aspecto Pedralli, et al.(2003, p.173) afirma que: “A proliferação das macrófitas aquáticas pode causar uma aceleração no processo de eutrofização devido à elevada produção de biomassa, induzindo o aumento do déficit de oxigênio, a formação de gases (H2S, CH4 etc.) e a diminuição do pH da água, com efeitos deletérios sobre as comunidades do fitoplâncton, zooplâncton, bentos e peixes” (cf. cap. 13).Outros efeitos nocivos advindos da proliferação descontrolada das macrófitas aquáticas são o impedimento à navegação, a obstrução das grades de tomada d'água nos reservatórios com reflexos sobre a geração de energia hidrelétrica (cf. cap. 15), o impedimento das atividades recreacionais (pesca esportiva, natação), a concentração de metais pesados e sais e a formação de habitats propícios à reprodução de vetores de doenças de veiculação hídrica (malária, dengue, febre amarela, esquistossomose) com sérios reflexos sobre a saúde pública”. 2.2. Salvinia cf. Auriculata Considerada uma planta daninha quando se propaga rapidamente sob condições favoráveis de maneira indesejada nos ambientes aquáticos, a S. cf. Auriculata é uma macrófita aquática flutuante livre, anual ou perene, ornamental muito comum em água doce e que apresenta ampla distribuição geográfica. Ela desenvolve um importante papel na vida aquática, uma vez que além de servir como abrigo vários organismos, por exemplo, larva de peixes, representa também a base de cadeias alimentares complexas. A sua propagação de maneira acentuada é um bioindicador do excesso de nutrientes no ecossistema aquático. No Brasil, são escassas as pesquisas do ponto de vista ecológico sobro o comportamento dessa planta, conhecer o valor nutricional a partir da análise química do seu tecido vegetal torna-se indispensável quando se tem o intuito da melhor forma de aproveitamento do seu biomassa. (OLIVEIRA; FAVERO, 2003; POTT; POTT, 1994, 2000; THOMAZ; ESTEVES, 1984).
  • 4. 2.3. Resolução CONAMA 357/05 Visto que á água é fundamental para o desenvolvimento sustentável e que a saúde, tanto quanto o bem-estar humano e o equilíbrio ecológico não podem ser afetados pela deterioração de sua qualidade, foi regulamentada em 17 de março de 2005 a resolução CONAMA N° 357 que classifica os corpos hídricos a partir da avaliação de parâmetros específicos e estabelece o uso prioritário da água a partir da sua qualidade. Conforme o artigo 4° as águas doces são classificadas em: I – classe especial: águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação e proteção integral. II – classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para o consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n°274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e, e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. III – classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000; d) á irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contanto direto; e, e) à aqüicultura e á atividade de pesca. IV – classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundario; e, e) a dessedentarão de animais. V – classe 4: águas que podem ser destinadas: a) á navegação; e, b) á harmonia paisagística. 2.4. Análise D’água 2.4.1. Alcalinidade Total A alcalinidade é a capacidade da água de neutralizar os ácidos até a obtenção de um valor definitivo de pH, seus principais componentes são os sais do ácido carbônico, ou seja, bicarbonatos e carbonatos, e os hidróxidos. A alcalinidade não é denominada como padrão de potabilidade, sua importância relaciona-se com o fenômeno que ocorre nas estações de tratamento de água para o abastecimento público chamado de floculação por varredura, que consiste na reação entre o coagulante e a alcalinidade sedimentando pequenos flocos. Caso a alcalinidade demonstra-se baixa, tende a encarecer esta etapa do processo de tratamento (PIVELLI, S/D).
  • 5. 2.4.2. Clorofila-A A concentração de clorofila-A é analisada para avaliar a taxa de biomassa do fitoplâncton. Neste contexto podemos referenciar os valores encontrados, se associados a parâmetros físico-químicos, como possíveis alterações no habitat ou no comportamento dos organismos aquáticos, uma vez que no caso de afloramento intenso do fitoplâncton, rapidamente esgota-se os nutrientes na água, levando o plâncton a morte, onde sua decomposição reduz drasticamente o oxigênio dissolvido, impelindo o corpo hídrico a um estado de eutrofização nos casos mais graves (CÂMARA, 2007). 2.4.3. Coliformes Termotolerantes Os coliformes termotolerantes, também denominados coliformes fecais, são bactérias provenientes das fezes dos animais de sangue quente. A presença dessas bactérias no corpo hídrico indicam péssimas condições de salubridade e evidencia a contaminação, podendo de fato oferecer riscos a saúde pública. Se observada uma taxa elevada desses organismos na água, fica restrito não tão somente o seu consumo, mas também a sua balneabilidade. (ALMEIDA FILHO; NADER FILHO, 2002) 2.4.4. Condutividade Elétrica A condutividade elétrica está diretamente ligada à quantidade de íons, partículas eletricamente carregadas dissolvidas na água, que tem a capacidade de conduzir correntes. As análises deste parâmetro podem indicar possíveis impactos ambientais na bacia, uma vez que se observam taxas elevadas de íons onde estão presentes fontes de despejo de efluentes, sejam eles industriais ou domésticos (ZUIN; IORATTI; MATHEUS, 2008). 2.4.5. Contagem de Cianobactérias Denominam-se cianobactérias microorganismos aquáticos, unicelulares presentes em reservatórios afetados pela descarga excessiva de nutrientes oriundos da piscicultura, de esgotos não tratados, do escoamento superficial da água em terras agricultáveis onde não se observa mata ciliar e outros. Estes organismos, comumente observados em lagos, represas ou até mesmo rios onde a correnteza é menor, quando aflorados em grande escala produzem uma
  • 6. toxina que coloca em risco a saúde humana, tanto pelo contato com ambiente aquático por meio de atividades recreativas, quanto pela ingestão da água ou até mesmo um pescado contaminado. Porém, a ingestão da água sem tratamento adequado destaca-se como principal via de intoxicação. Entre os malefícios que as cianobactérias podem causar a saúde, destacamse: irritação da pele, dos olhos e dos ouvidos, inchaço nos lábios e rupturas na face para o individuo que entra em contato direto com a água contaminada. Para quem a consome as consequências podem se agravar, dentre elas evidenciam-se: náuseas, dores abdominais, fraqueza muscular, vômitos, diarréias e complicações no fígado (MINISTÉRIO DE SAÚDE, 2003). 2.4.6. Demanda Bioquímica de Oxigênio A DBO indica a capacidade de uma massa orgânica absorver o oxigênio dissolvido na água. Este parâmetro é um excelente indicador de decrescimento na sua qualidade, pois caso observada uma Demanda Bioquímica de Oxigênio elevada, associa-se este valor a uma grande quantidade de nutrientes e matéria orgânica no manancial, conduzindo-o ao aumento da atividade biológica, fomentando um maior consumo de oxigênio e consequentemente desequilibrando o meio aquático (NAIME; FAGUNDES, 2005). 2.4.7. Oxigênio Dissolvido O oxigênio dissolvido consiste na quantidade de oxigênio dissolvido na água, sendo que suas taxas de concentração em alguns casos são instáveis em função da vazão e da turbulência do manancial, e da variação de atividades fotossintéticas e da temperatura. Este parâmetro pode diminuir drasticamente quando observada a presença excessiva de sólidos em suspensão e matéria orgânica, situação que acarretaria o corpo hídrico a um estado de eutrofização, uma vez que ele é essencial para os organismos aeróbicos, tornando necessária a presença deste na manutenção da vida aquática (SILVA, 1999; MATHEUS e MORAES, 1995). 2.4.8. Ferro Total A presença de altas concentrações de ferro nas águas superficiais concede à mesma odor e sabor. Sua assiduidade de maneira natural é resultante dá dissolução das rochas e dos
  • 7. solos ricos dessa propriedade que dispõe da lixiviação como principal mecanismo de transporte para o corpo d’água. Já de maneira antrópica, o ferro é conveniente do despejo de efluentes industriais. Ele tem grande significância nas águas destinadas ao abastecimento público, uma vez que, suja as tubulações e os filtros podendo assim encarecer o processo de tratamento antes de deixá-la apta para o consumo (MACEDO, 2007). 2.4.9. Fósforo Total As taxas deste nutriente tem sido relevantes como indicadoras da qualidade da água, visto que o seu papel destaca-se no favorecimento do afloramento das cianobactérias e do fitoplâncton. Os elevados teores de fósforo no corpo hídrico estão agregados à descarga de efluentes domésticos, a criação intensiva de peixes e o escoamento superficial da água nas áreas agrícolas (PARRY apud TOLEDO e NICOLELLA, 2002; GUARINO et al. apud MALLASEN et al., 2011). 2.4.10. Nitrogênio Total O nitrogênio desenvolve uma atividade semelhante a do fósforo quando se trata de impactos causados por elevadas taxas deste nutriente no manancial, influenciando de forma direta o aumento das atividades biológicas no corpo d’água. Onde a sua presença contranormal ocasiona-se por ações antrópicas, nas quais se destaca a criação de peixes por confinamento, o lançamento de efluentes domésticos e/ou industriais e o escoamento das águas pluviais em áreas onde se predomina a agricultura. (MATOS, 2001 apud MACEDO, 2007). 2.4.11. Sólidos Dissolvidos Totais Sólidos dissolvidos é o conjunto de todas as substâncias, com exceção dos gases, contidas no meio aquoso. Este parâmetro tem uma enorme relevância na determinação da qualidade da água, pois consegue medir todas as impurezas, sejam elas orgânicas ou inorgânicas, onde que as suas concentrações influenciam diretamente a turbidez (REBOUÇAS, 2002).
  • 8. 2.4.12. Turbidez A turbidez refere-se à interferência que diversos materiais em suspensão, sendo eles orgânicos ou inorgânicos causam no impedimento da luz atravessar a água. O aumento da turvação a um estado crítico pode impedir a passagem de luz solar no corpo d’água, interrompendo a fotossíntese, o que afeta o comportamento dos organismos aquáticos. (BRUST, 1991 apud NAIME; FAGUNDES, 2005) 3. METODOLOGIA 3.1. Caracterização da área de estudo Ponto Belo se localiza na microrregião do Extremo Norte capixaba, a 270 metros de altitude, nas coordenadas UTM 24k 337153.63m E 7996112.76m S. O Balneário Dourado, área de estudo, se localiza próximo do centro da cidade a 1,91 quilômetros de distância, o que torna o referido local muito utilizado na atividade de pesca e na recreação de contato primário pelos moradores locais, que têm o balneário como refugio de lazer nas suas horas vagas. A prefeitura na tentativa do controle mecânico das macrófitas limpou uma determinada área, mas teve as suas atividades interrompidas pelo IEMA – Instituto Estadual do Meio Ambiente visto que o seu descarte final estava se realizando de maneira inadequada. (FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA, 2009). 3.2. Georreferenciamento Os pontos foram georreferenciados com a ajuda de um barco. Utilizando um GPS garmin etrex 30 foram demarcados quatro pontos de fundamental relevância na caracterização da coleta tanto quanto do balneário, onde os mesmos foram exportados para o GOOGLE EARTH PRO, a partir da ferramenta de medição de polígonos e retas pode-se estimar a área total do balneário, a área limpa, a área que se encontra infestada pelas plantas daninhas entre outras medidas importantes. (figura 1).
  • 9. Figura 1: Área total balneário (23,6 hectares), área que atualmente se encontra limpa (3,68 hectares) e área que atualmente se encontra tomada pelas plantas daninhas (19,92 hectares) Fonte: GOOGLE EARTH PRO, 2010. Divisor de água 01 e 02: Localizaram-se respectivamente nas coordenadas UTM 24k 337338.00 m E 7993500.00 m S e UTM 24k 337475.00 m E 7993383.00 m S. Estes dois pontos foram demarcados visto que eles representam os locais onde foi amarrada uma corda com várias bóias que corta verticalmente o balneário e que tem contido a infestação das plantas daninhas em uma área considerada potencialmente limpa. Ponto 01: Localizou-se nas coordenadas UTM 24k 337449.00 m E 7993499.00 m S, elevação 228m e distância de 96,2m até margem. Optou-se pela escolha deste ponto para coleta de água, devido ausência da Salvinia cf. Auriculata na área do mesmo. Ponto 02: Localizou-se nas coordenadas UTM 24k 337279.00 m E 7993287.00 m S, elevação 229m, se distancia 111,3m da margem e 275m do Ponto01. A sua escolha para retiradas de amostra d’água se deu pelo fato de compor uma área do balneário que se encontra completamente infestada pelas excessivas taxas de biomassa da Salvinia cf. Auriculata. 3.3. Coleta e acondicionamento das amostras de água Os procedimentos, a definição dos frascos e dos preservantes a serem utilizados foram baseados na NBR 9898 publicada em Junho de 1987, que estabelece as condicionantes de coleta, a preservação da amostra e considera como aspecto fundamental a sua
  • 10. representatividade devendo assim caracterizar o corpo hídrico em função dos objetivos propostos pelo estudo. Foram retiradas 14 amostras de água superficial, sendo 07 em cada área, no dia 26/10/13 com o clima ensolarado apresentando uma temperatura em torno dos 25°C, entre o horário das 15h35min as 16h05min em dois pontos que foram visualmente caracterizados como distintos. A coleta foi manual onde todos os cuidados com a assepsia e com a qualidade das amostras foram tomados. Com a utilização de luvas em uma das mãos os recipientes foram mergulhados um a um rapidamente com a boca para baixo a uma distância de aproximadamente vinte centímetros e movimentados horizontalmente para frente criando uma corrente artificial. Em cada frasco retirado do corpo d’água foi desprezada uma pequena fração da amostra para que possa ser permitida uma boa homogeneização antes do inicio na análise. Em seguida cada um foi tampado e vedado com a utilização de papel protetor em volta do seu gargalo. Os frascos utilizados, exceto os para análises dos parâmetros de Clorofila-A e Contagem de Cianobactérias em que os recipientes são constituídos por vidro âmbar, tem na sua composição plástico do tipo polietileno. Nas coletas para as análises de alcalinidade, condutividade elétrica, demanda bioquímica de oxigênio, oxigênio dissolvido, pH, sólidos totais e turbidez onde a preservação do recipiente é tão somente a refrigeração foi empregada a ambientação dos recipientes, que consiste repetir ao menos três vezes o processo de enchimento e descarte do fluido. Os demais frascos continham preservantes específicos para cada tipo de parâmetro a ser analisado, onde a ambientação do recipiente só resultaria nas suas perdas, comprometendo a qualidade da amostra. Para a análise de Clorofila-A o preservante utilizado foi o lugol 0-6 °C, para Coliformes Termotolerantes o Tiossulfato de Sódio + EDTA, na Contagem de Cianomactérias o Talqual 0-6 °C, na estimativa de Ferro Total o Ácido Nítrico (pH<2) e no estudo de Fósforo e Nitrogênio Total o Ácido sulfúrico (pH<2). Todos os frascos, inclusive os que comportavam os preservantes, foram acondicionados em uma caixa térmica selada a aproximadamente 4°C e enviados para o Laboratório de Análise Agronômica, Ambiental e Preparo de Soluções Químicas FULLIN. Todos os parâmetros foram analisados utilizando a metodologia do Standart Methods for the Examination of Water and Wastewater, 21th (2005) com exceção do parâmetro alcalinidade, na qual utilizou a NBR de n° 13.736/96.
  • 11. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A barragem muda à sequência natural do rio, mudando o ambiente de lótico para lêntico onde a velocidade da corrente cai e o sedimento tende a decantar, melhorando de maneira expressiva a qualidade da água superficial.(CUNHA, 1994) Para avaliar a atual situação da água no Balneário Dourado e medir as alterações físico-químicas e microbiológicas causadas pela Salvinia cf. Auriculata, os valores máximos permitidos (VMP) foram estabelecidos a partir do livro águas e águas e dos padrões referentes à classe II contidos na Resolução CONAMA 357/05, visto que a mesma define que á água pode ser destinada ao abastecimento público após tratamento convencional, verifique na Tabela 1. Tabela 1 – Resultados das análises no ponto de coleta 01(P1) e 02(P,2), unidade de medida de cada parâmetro (UM), valor máximo permitido (VMP) e legislação ou literatura vigente. Parâmetro Analisado Unidade de Medida(UM) Resultado da Análise Ponto 01(P1) Resultado da Análise Ponto 02(P2) Valor Máximo Permitido (VMP) Legislação ou Literatura Vigente Águas e Águas CONAMA Clorofila-A µg/L <3 <3 30 357/05 II CONAMA Coliformes Termotolerantes UFC/100mL Ausente Ausente 1000 357/05 II Águas e Condutividade Elétrica µS/cm 231,00 231,00 10 a 100 Águas CONAMA Contagem de Cioanobactérias µg/L <3 113,00 50000 357/05 II Demanda Bioquímica de CONAMA Oxigênio mg/L <2 13,04 5 357/05 II CONAMA Ferro Total mg/L 2,40 3,20 0,3 357/05 II CONAMA Fósforo Total mg/L 0.01 0,05 0,02 357/05 II CONAMA Nitrogênio Total mg/L 1,28 3,05 3,7 357/05 II CONAMA Oxigênio Dissolvido mg/L 8,11 6,45 5 357/05 II Águas e Sólitos Dissolvidos Totais mg/L 192,00 225,00 500 Águas CONAMA Turbidez UNT 1,73 17,00 100 357/05 II Obs. (1) Os limites apresentados referem-se aos teores máximos permitidos, com exceção do Oxigênio Dissolvido que indica os teores mínimos aceitáveis. Fonte: autores, 2013 Alcalinidade mg/L 35,0 30 20 a 300
  • 12. 4.1. Alcalinidade Os teores de alcalinidade não excederam os valores máximos permitidos e também não obtiveram alterações significantes entre P1(35,0 mg/L) e P2(30,0 mg/L). 4.2. Clorofila-A Não foram encontrados teores de clorofila-A acima dos valores máximos permitidos e nem alterações entre P1(<3 µg/L) e P2(<3µg/L). 4.3. Coliformes Termotolerantes Foi observada a ausência de coliformes termotolerantes tanto em P1 quanto em P2. 4.4. Condutividade Elétrica Os valores encontrados para condutividade elétrica não variaram entre P1(231,0µS/cm) e P2(231,0µS/cm), mas demonstram estarem acima dos valores máximos permitidos. Uma vez que a condutividade elétrica indica a concentração iônica da água, as altas concentrações deste parâmetro podem ser associadas não tão somente aos teores de ferro, fósforo total e nitrogênio total encontrado, mas a qualquer outro nutriente presente no Balneário que não foi analisado neste artigo. 4.5. Contagem de Cianobactérias Os resultados encontrados de cianobactérias não ultrapassaram os valores máximos permitidos, mas variaram entre P1(<3 µg/L) e P2(113,0 µg/L) onde P2 apresenta o maior teor encontrado, evidenciando a influência da alta geração da biomassa da Salvinia cf. Auriculata neste parâmetro. 4.6. Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO Este padrão foi o que mais apresentou variação entre P1(<2 mg/L) e P2(13,04mg/L), sendo que o valor encontrado em P2 quando comparado ao valor máximo permitido
  • 13. demonstrou uma alta DBO indicando uma grande quantidade de matéria orgânica no corpo hídrico, reduzindo drasticamente o oxigênio dissolvido em P2. Segundo Pedralli (2003), a alteração na demanda bioquímica de oxigênio se dá pelo aumento da matéria orgânica proveniente da decomposição do excesso de biomassa gerado pelas plantas daninhas. 4.7. Ferro Total As concentrações de ferro total em P2(3,20mg/L) encontram-se maiores do que as encontradas em P1(2,40mg/L) onde os dois pontos excederam o valor máximo permitido. 4.8. Fósforo Total Os teores de fósforo em P1(0,01mg/L) e P2(0,05mg/L) demonstraram uma considerável variação onde o resultado de P2 demonstra-se acima do valor máximo permitido, contribuindo assim para o afloramento das cianobactérias. 4.9. Nitrogênio Total No ponto P1(1,28mg/L) quanto P2(3,05mg/L) não demonstraram concentrações de nitrogênio acima dos valores máximos permitidos, mas variaram respectivamente, onde P2 demonstra a maior taxa, podendo ser associado aos teores de cianobactérias encontrados. 4.10. Oxigênio Dissolvido – O.D. Os teores encontrados de Oxigênio Dissolvido não excederam o valor máximo permitido, mas sofreram variação entre P1(8,11mg/L) e P2(6,45mg/L), onde P2 evidencia o agravamento da qualidade da água e a tendência do corpo hídrico a eutrofização devido as altas concentrações de DBO causadas pela Salvinia AC. Auriculata, visto que o valor encontrado neste ponto quando confrontado com a legislação vigente demonstra que as taxas de Oxigênio Dissolvido estão próximas dos teores mínimos aceitáveis.
  • 14. 4.11. Sólidos Dissolvidos Totais A quantidade de Sólidos Dissolvidos Totais variou entre P1(192,0mg/L) e P2(225,0mg/L) mas ambos não ultrapassaram o valor máximo permitido. Visto que o Balneário Dourado é classificado como um ecossistema lêntico, onde a decantação influência diretamente nos baixos teores encontrado não tão somente neste parâmetro, mas também na turbidez . 4.12. Turbidez As análises de turbidez não demonstraram taxas acima do valor máximo permitido, mas variaram entre P1(1,73UNT) e P2(17,0UNT). As macrófitas aquáticas participam ativamente da reciclagem de nutrientes, podendo assimilar elementos contidos no sedimento por intermédio das raízes, os quais são liberados para a coluna de água através da decomposição do seu biomassa. (POMPÊO, S/D). 5. CONCLUSÃO Os valores encontrados nas análises de oxigênio dissolvido e da demanda bioquímica de oxigênio foram os que apresentaram maior variação entre P1 e P2. A DBO em P2 encontra-se muito acima do valor máximo permitido, o que tem diminuído de maneira significativa as concentrações de O.D. comprovando que o Balneário Dourado tende a eutrofização. Os resultados debatidos por está obra não se demonstraram como suficientes na real avaliação da qualidade da água do Balneário Dourado e nem na quantificação dos agravamentos que Salvinia cf. Auriculata causam no mesmo. Devido à decantação mais análises em vários outros pontos de coleta ao longo do reservatório, principalmente no corpo de fundo, se tornam essenciais para classificar e enquadrar a água do Balneário Dourado. Recomenda-se estudos buscando o melhor controle mecânico das macrófitas aquáticas possível, juntamente com o seu descarte final adequado aproveitando ao máximo o potencial do seu biomassa.
  • 15. 6. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALMEIDA FILHO, E.S., NADER FILHO, A. Ocorrência de coliformes fecais e escherichia coli em queijo minas frescal de produção artesanal, comercializado em Poços de Caldas, Minas Gerais. Revista Higiene Alimentar, v.16, n. 102/103, p. 71-73, nov. –dez., 2002. 2. ARCOVA, F.C.S.; CICCO, V. Características do deflúvio de duas microbacias hidrográficas no laboratório de hidrologia florestal walter emmench, Cunha - SP. Revista do Instituto Florestal de São Paulo, São Paulo, v.9, n.2, p.153-70, 1997. 3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT, NBR 9898, BR 9898 Preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores. Brasilia: 1987. 4. BRASIL - Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos. Atlas de áreas susceptíveis a desertificação do Brasil. Brasília,2007. 5. BRASIL, Resolução CONAMA 357/05, Brasília, 2005. 6. BRASIL.Ministério da saúde.Fundação nacional de saúde. Cianobactérias tóxicas na água para consumo humano na saúde pública e processo de remoção em água para consumo humano. Brasília, 2003. 7. BRASIL: mapa de bacias e sub – bacias hidrográficas do estado do Espírito Santo. Vitória, 1969. Escala 1:100000. 8. CÂMARA, Fabiana Rodrigues de Arruda.Demanda química de oxigênio, clorofila e comunidade fitoplânctonica como indicadores de qualidade da água no canal Pataxó/RN, 2007. 9. CUNHA, Sandra Baptista Da. Geomorfologia Fluvial. In: Geomorfologia: Uma Atualidade de Bases e Conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. 10. FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA. Plano de Desenvolvimento Local Sustentável. Vitória, 2009. 11. JUNK, Wolfgang Johannes; MELLO, J. A. S. Nunes de; Impactos ecológicos das represas hidrelétricas na bacia amazônica brasileira, 1990. 12. MACEDO, Jorge Antônio Barros de. Águas e águas. 3º Edição, 2007. 13. MALLASEN et al.; Qualidade da água em sistema de piscicultura em tanquesrede no reservatório de ilha solteira, SP, 2011. 14. MATHEUS, C.E.; MORAES, A.J. de; TUNDISI, T.M.; TUNDISI, J.G. Manual de análises limnológicas. São carlos: centro de recursos hídricos e ecologia aplicada, USP, 1995. 62 p.
  • 16. 15. NAIME, Roberto; FAGUNDES, Rosângela Schuch. Controle da qualidade da água do Arroio Portão, Portão. RS, 2005. 16. OLIVEIRA, A.K.M. de; FAVERO, S.. Variação da biomassa de eichornia crassipes (mart.) Solms. (pontederiaceae); salvinia auriculataaubl. (salviniaceae) em uma lagoa do rio negro - Pantanal do Rio Negro, Mato Grosso do Sul. Ensaios e ciência. Campo Grande – MS. v7, p1023-1031. 2003. 17. OLIVEIRA, N. M. B. et al. Capacidade De Regeneração De Egeria Densa Nos Reservatórios De Paulo Afonso, Ba. Planta Daninha, v. 23, n. 2, p. 363-369, 2005. 18. PEDRALLI, Gilberto. Macrófitas aquáticas como bioindicadoras da qualidade da água: alternativas para usos múltiplos de reservatórios, Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2003. Acessado em: Outubro de 2013. 19. PIVELLI, Roque Passos. Curso: qualidade das Águas e poluição: Aspectos físicoquímicos. pg.10. S/D. 20. POMPÊO, M.L.M. As macrófitas aquáticas em reservatórios tropicais: aspectos ecológicos e prepostas de monitoramento e manejo. S/D. 21. POTT, A.; POTT V.J. Plantas do pantanal. Embrapa: Corumbá, MS. EMBRAPA – SPI, 1994. 320p. 22. ________; Plantas aquáticas do pantanal. Embrapa, Brasília, 2000. 404 p. 23. REBOUÇAS, R. (Org.). Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 2.ed. São Paulo, 2002 Escrituras. 704p. 24. SILVA, G.M.. Diagnóstico ambiental, qualidade da água e índice de depuração do rio corumbataí - SP. 1999. 155 f. Dissertação (Mestrado em Manejo Integrado de Recursos) - Centro de Estudos Ambientais, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1999. 25. THOMAZ, S. M.; ESTEVES, F. A.. Estudos da biomassa de algumas espécies de macrófitas aquáticas quanto ao seu valor nutritivo. In: SEMINÁRIO REGIONAL DE ECOLOGIA, 4., 1984, São Carlos. Anais. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 1984. p. 439-467. 26. TOLEDO, Luís Gonzaga; NICOLELA, Gilberto; Índice de qualidade de água em microbacia sob uso agrícola e urbano, 2002; Ciência Agrícola, v.59, n.1, p.181-186, jan./mar. 2002. 27. ZUIN, Vânia Gomes; IORIATTI, Maria Célia; MATHEUS, Carlos Eduardo. O emprego de parâmetros físico e químicos para avaliação de qualidade de águas naturais: uma proposta para a educação química e ambiental na perspectiva CTSA, 2008.