O documento discute a história da escravidão na África e em outras partes do mundo. A escravidão na África geralmente era doméstica, onde os escravos não eram vistos apenas como mercadoria. Os árabes foram grandes comerciantes de escravos, trazendo pessoas de diversas regiões para vender principalmente na península Arábica. Posteriormente, europeus como os portugueses se envolveram no lucrativo comércio de escravos para suprir a demanda por mão de obra nas Améric
2. A escravidão é a prática social
em que uma pessoa é dominada
fisicamente ou psicologicamente
por algo ou alguém por meio da
força. Em algumas sociedades, os
escravos eram legalmente
definidos como uma mercadoria.
Os preços variavam conforme as
condições físicas, habilidades
profissionais, a idade, a
procedência e o destino.
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4. De uma maneira geral, podemos dizer que
existia na África uma escravidão doméstica, e não
uma escravidão mercantil, ou seja, entre vários
povos africanos, o escravo não era mercadoria,
mas sim um braço a mais na colheita, na pecuária
e na caça; um guerreiro a mais nas campanhas
militares.
Além disso, um escravo que fosse fiel ao seu
senhor poderia ocupar um cargo de prestigio
local, inclusive possuindo escravos seus. Assim,
nem sempre ser escravo era uma condição de
humilhação e desrespeito.
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7. O comércio de pessoas se intensificou na Ásia no
século XVII, quando os árabes conquistaram o
Magreb e o leste africano. Os árabes eram
grandes mercadores de escravos, e conseguiam
suas mercadorias humanas em diversas regiões:
Espanha, Rússia, Oriente Médio, Índia e África.
Os escravos comprados nessas regiões eram
vendidos principalmente na península Arábica,
mas também podiam ser vendidos em regiões
mais distantes, como na China.
8. A escravidão na Ásia era mercantil, e os
escravos eram:
☛ Endividados
☛ Criminosos
☛ Homens que serviam para
trabalhar no comércio oriental.
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12. Para os mercadores dos países marítimos da
Europa Ocidental o tráfico de escravos tornou-se
a mais lucrativa das empresas, que movia muitos
interessados, tornando-se difícil o monopólio.
Portugal foi a primeira potência europeia a
satisfazer as suas carências de mão de obra
através da importação de escravos. Este
comércio de escravos começou por volta de
1444, e na década de 60 do século XV o país
importava, anualmente, à volta de 700 a 800
escravos do continente africano, capturados, na
sua maioria, por outros africanos.
13. No século XVI, os colonizadores espanhóis fixados na
América Latina tentaram forçar a população indígena
a trabalhar no campo, mas esta não sobreviveu ao
trabalho duro e às doenças transmitidas pelos
europeus, para além de contar com a proteção dos
Jesuítas. Assim, para suprir a sua necessidade de
trabalhadores braçais, os espanhóis viram-se
obrigados a recorrer aos escravos africanos. O
trabalho no continente americano, fosse nas minas de
prata do Peru e do México, fosse nos engenhos de
açúcar brasileiros, ou mais tarde no labor das minas
de ouro e diamantes neste território, foi o principal
responsável pelo incremento do tráfico entre os
séculos XVI e XVIII.
14. A Dinamarca foi o primeiro país da Europa a abolir a escravatura
em 1792.
Crianças brancas e negras andavam nuas e brincavam até os 5 ou
6 anos de idade. Tinham os mesmos jogos, baseados nos mesmos
personagens fantásticos do folclore africano. Mas aos 7 anos, a
criança negra enfrentava sua condição e precisava começar a
trabalhar.
Em Salvador, primeira capital do Brasil, quase a metade da
população era escrava.
Na sala, as orações eram feitas em latim. Os africanos
reinterpretavam: RESURREXIT SICUT DIXIT (ressuscitou, como
havia dito), que virou, na prática, “reco-reco Chico disse”;