SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 126
Baixar para ler offline
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção


Instrumentação
Procedimento de Segurança
e Higiene do Trabalho




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                        1
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação


© SENAI - ES, 1999

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)


SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
CETEC-AF – Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes
Departamento Regional do Espírito Santo
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2235
Bento Ferreira - Vitória - ES.
CEP 29052-121
Telefone:         (027) 334-5211
Telefax: (027) 334-5217


CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão
Departamento de Recursos Humanos
AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, Jardim Limoeiro - Serra - ES.
CEP 29160-972
Telefone:        (027) 348-1286
Telefax: (027) 348-1077




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
2                                                                  Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




Sumário


Segurança e Higiene do Trabalho.......................................... 05
• Introdução ......................................................................... 05

Acidente do Trabalho ............................................................. 06
• Definição ........................................................................... 06
• Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07
• Identificação das Causas do Acidente ............................... 08
• Classificação do Acidente.................................................. 11
• Padrão Operacional........................................................... 12

Equipamento de Proteção...................................................... 13
• Introdução ......................................................................... 13
• Equipamento de Proteção Coletiva.................................... 13
• Equipamento de Proteção Individual ................................. 14

Riscos Ambientais.................................................................. 21
• Introdução ......................................................................... 21
• Classificação dos Riscos ................................................... 21
• Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem
   danos à Saúde .................................................................. 22
• Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo....... 23
• Riscos Químicos................................................................ 24
• Riscos Físicos.................................................................... 26
• Riscos Biológicos............................................................... 28
• Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 29
• Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 29
• Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 31

Riscos de Eletricidade............................................................ 33
• Introdução ......................................................................... 33
• O que é Eletricidade .......................................................... 33
• Lei de OHM ....................................................................... 34
• Efeitos da Corrente Elétrica ............................................... 35
• Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 36
• Riscos Elétricos ................................................................. 37

_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                        3
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



• Cuidados nas Instalações Elétricas ................................... 38
• Medidas Preventivas em Instalações Elétricas .................. 39
• Aterramento Elétrico .......................................................... 40
                 Noções Básicas de Demarcações de Segurança ..... .............41
                   • Introdução........................................................ .............41
                   • Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho...........41

                 Noções Básicas de Combate à Incêndio.. ................ .............49
                   • Princípios Básicos do Fogo.............................. .............49
                   • Condições Propícias para a Combustão.......... .............52
                   • Combustão ...................................................... .............56
                   • Combate à Incêndio......................................... .............66
                   • Tipos de Equipamentos para Combate à Incêndios......69

                 Primeiros Socorros ................................................... .............79
                    • Introdução........................................................ .............79
                    • Material necessário para Emergência.............. .............80
                    • Ferimentos....................................................... .............81
                    • Hemorragias .................................................... .............85
                    • Queimaduras ................................................... .............88
                    • Choque Elétrico ............................................... .............89
                    • Calor ................................................................ .............90
                    • Frio .................................................................. .............92
                    • Estado de Choque ........................................... .............93
                    • Desmaios......................................................... .............94
                    • Convulsão........................................................ .............95
                    • Intoxicações e Envenenamentos ..................... .............96
                    • Corpos Estranhos ............................................ .............98
                    • Fraturas e Lesões de Articulação .................... .............99
                    • Acidentes por Animais Peçonhentos................ ...........101
                    • Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca ......................103
                    • Parada Respiratória - Respiração Artificial ..................105
                    • Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas..........107

          Controle Ambiental ...............................................................115
             • Meio Ambiente.............................................................115
             • Poluição.......................................................................115
             • Controle Ambiental na CST .........................................118
             • Padronização Ambiental ..............................................118
             • Responsabilidade Ambiental ..........................................119
_______________________________________________________________________________________________
__
                                                                                                                        CST
4                                                                                           Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




Segurança e Higiene do Trabalho




Introdução

É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à Prevenção, seja ela de
acidentes do trabalho ou não.
A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas de
Prevenção de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, até o nosso
ingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e,
pior ainda, da empresa em que trabalharemos, é que teremos o primeiro contato com a
Prevenção de Acidentes, isso, já na idade adulta!
Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que normalmente temos
alguma noção de prevenção é no lar, através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nos
umas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é, também, no próprio
lar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato
Inseguro, juntamente, pelo próprio pai.
Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir
em treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para incutir em seu
pessoal o Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização, combater
em seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge
forte e danosamente a Qualidade, a Produção e o Custo.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                        5
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Acidente do Trabalho




Definição

O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,
que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão. Se
tal ocorrência estiver relacionada com o exercício do trabalho, estará, então,
caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em miúdos:
A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-determinado (dia ou hora) para
acontecer. É preciso distinguir previsto/imprevisto de previsível/imprevisível.
O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere possibilidade. Assim,
pode-se dizer que o acidente é previsível em função de circunstâncias (uma escada de
degraus defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é,
existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrência não está
prevista, por não estar programada.
O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se alguém,
intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se
o acidente, apesar de o indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a
ocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro que ela
não queria ser atacada.
O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, como o conhecemos
(queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho
(asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito é a
ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em relação ao momento da
ocorrência (queda = fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional é
conseqüência mediata em relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo
hoje, saturnismo após algum tempo).
O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar somente no risco de
provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é o
acidente que pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém).
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 18 (Norma Brasileira
 o
n 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:
Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra (que
se aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado contra um
objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de objeto);
Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato estando
abaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível
(movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no mesmo
nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão;
Aprovisionamento, etc.
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
6                                                                  Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado

Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta
fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econômico,
cujas conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações de
controle e prevenção dos infortúnios ocasionais.

Aspecto Humano
Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam a
integridade física do empregado, para conhecimento do grande índice de pessoas
incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência a
desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempo
indeterminado.

Aspecto Social
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas
conseqüências sociais, visando a estes dois aspectos:

• o acidente do trabalho como efeito;
• o acidente do trabalho como causa.

Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ação
imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma
inobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se
tem em vista as conseqüências dele advindas.
Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e proporção, as
conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos os
aspectos que possam ser apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade,
interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do acidente, para
não se tornarem vítimas do mesmo.

Aspecto Econômico
Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, é o prejuízo
econômico cujas conseqüências atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e,
em uma concepção mas ampla, a própria nação.
Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por
ele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os
prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante
necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo
de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidez
ou a perda de uma vida.
Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes variam em função da
importância que ela dedica à prevenção de acidentes. A perda ainda que de alguns
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                        7
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



minutos de atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a
danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízo
econômico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as proporções
quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão.
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo
indeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento
treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que
atinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do trabalho, levando
sempre a uma grande queda da produção.
Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem para os prejuízos
econômicos tanto do empregado quanto da empresa.


Identificação das Causas do Acidente

É fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente não tem,
absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, as
medidas que possibilitem impedir ocorrências semelhantes.
A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança sangüínea) ou de
meio-ambiente (cultura). Pode, também, originar-se de falha pessoal. Clareando: a
Hereditariedade, processo de transmissão de características físicas e mentais dos
ascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando o
ambiente é propício, manifesta-se sob a forma de fobias, principalmente as
claustrofobia ( medo de lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras
formas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando oportunidade ao
afloramento das falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por exemplo:
imprudência, negligência, exibicionismo, insubordinação, etc.).
A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitir
Condições Inseguras.
Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditários e no meio-ambiente
da primeira infância do homem. As características indesejáveis, herdadas
(hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se através da falha
pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a condição insegura e/ou
praticar o ato inseguro, que são as causas aparentes do acidente que pode, ou não,
resultar em lesão pessoal.
Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia admite um novo empregado
que terá a ocupação de escarfador. O candidato selecionado é jovem e a CST é sua
primeira empresa. Até então, trabalhará no quiosque do pai, na praia de Camburi, o dia
todo, à vontade, de sunga, vez por outra tomando uma aguinha de coco, enquanto
inspecionava biquínis e similares. Pois bem, esse rapaz começa a trabalhar na CST e,
após treinamento, se vê todo equipado para o trabalho; possivelmente, não se
adaptará, sentir-se-á agoniado, preso: A SITUAÇÃO É MUITO DIFERENTE E A
TENDÊNCIA É CHEGAR AO ACIDENTE.




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
8                                                                  Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Ato Inseguro
O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, comumente aceito. Não
é necessariamente a desobediência a norma ou procedimento escrito, mas também
àquelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na
caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas mesmas circunstâncias
uma pessoa prudente agiria da mesma maneira?
Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente para não se segurar,
na palma da mão, um ferro elétrico aquecido, porém, se alguém o fizer, estará
cometendo um Ato Inseguro.
O Ato Inseguro ocorre em três modalidades:
Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer.
Exemplo: Deixar de impedir equipamento.

Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer
Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.

Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer.
Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela
           escada.

É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de norma/procedimento
específico. Quanto às "Comissão" e "Variação", a desobediência pode ocorrer ao
próprio bom senso, não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções.

Condição Insegura
A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja correção não são da alçada
do acidentado. A Condição Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais,
métodos de trabalho e deficiência administrativa.
Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição insegura em quatro
classes:
Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteção, inadequado,
etc.

Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.).

Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc.

Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão inexistente, processo perigoso,
método arriscado, supervisão deficiente, etc.

A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas elas, derivadas das
posições de comando:
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                        9
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de fazer o que deve ser
feito.
Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas inseguras.
Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência específica. Mandar Fazer
sem Estabelecer Procedimento
Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho.

Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.
Exemplo: Mandar improvisar ferramenta.

É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a causa final de um
acidente, ou seja, a ação que deflagrou a ocorrência, a "gota d'água" que fez
transbordar o conteúdo do copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e
esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a prevenção. Daí,
a importância de estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para a
indústria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e
observação. Aliás, as convivência e observação precisam ser valorizadas. A
observação é tão importante que a sua negligência tem o poder de alterar o Ato
Inseguro para a Condição Insegura. É verdade, a norma diz que se um ato inseguro
vem sendo cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e
"corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser Condição Insegura, enquadrando-se como
"Negligência" da supervisão.



Classificação do Acidente

O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que provoca, é classificado de
duas maneiras:
1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de retornar ao trabalho, em
   suas funções, no dia imediato ao da ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com
   Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o acidentado
   possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte ao da ocorrência, a lesão pode
   ser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma
   incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (nó) de um dedo.

2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de trabalhar no dia
   seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo),
   oficialmente classificado de Lesão Sem Afastamento.

É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à gravidade da lesão e do
acidente. Podemos ter acidentes até mesmo impessoais de alta gravidade.
Padrão Operacional

É o estabelecimento do método correto e, consequentemente, seguro de execução
do trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
10                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



aperfeiçoamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer.
O Padrão Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito),
ser conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto
chave é o Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que,
de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho,
do seu trabalho.
Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor maneira de
executar o seu trabalho. Organizando a tarefa, discutindo-a com seus colegas,
aperfeiçoando-a sempre e mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao
Padrão ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas através de
Análise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de atualização do Padrão.
Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito e receber
constantes adequações. O bom Padrão Operacional não sobrevive sem retoques.
Busque o Padrão junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador
do Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do mesmo. Zele por ele
que é seu melhor companheiro.



A IMPORTÂNCIA DO DETALHE:
"Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida;
Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido;
pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu;
pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida,
pela perda da batalha, o reino foi perdido,
e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!"
                                               Benjamim Frankilin




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       11
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Equipamentos de Proteção




Introdução

A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa enquadrada no Grau de
Risco 4 (risco elevado de acidentes) e portanto, podem existir nos locais de trabalho,
condições que poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do empregado.
Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilização dos
equipamentos de proteção, que oferecem:

Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente.

Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento.

Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
      risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
      circunstâncias:
         a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou
            não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
            e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
         b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
         c) Para atender situação de emergência.


Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte.
As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações
ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos
elétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras
transportadoras são exemplos de proteção coletivas.
Equipamento de Proteção Individual - EPI

Definição
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física
do trabalhador.



_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
12                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Seleção do EPI
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos
como, também, das condições em que o trabalho é executado.
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de
proteção que o equipamento deverá proporcionar.

Características e Classificação dos EPI
Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem
proteger:

Proteção da Cabeça
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contra
objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso se
composto de:
           *Casco: é o capacete propriamente dito;
           *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro
           cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto;
           *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.

O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       13
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Proteção dos Olhos
Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de
impacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança utilizados na CST são,
comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos.
Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece os óculos ampla
visão, que envolvem totalmente a região ocular.
Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira),
a afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança
(óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo.




11

Proteção Facial
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor
radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e
tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em
acrílico, alumínio ou tela de aço inox.




Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça



_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
14                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção de
fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é
equipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras.

Proteção Respiratória
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra
aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias,
mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais
(silicose, siderose, etc.).
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de
ar respirável.




Proteção de Membros Superiores
Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho,
contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e
radiações ionizantes e não ionizantes.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor,
choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes.


Proteção Auditiva
Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra
o aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos:
                 *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que é
                 introduzido no canal auditivo.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       15
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




                 *Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e
                 protege também o sistema auxiliar de audição
                 (ósseo).

O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que
é o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva.
Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o
som mais o ruído, sem que este afete o usuário.




Proteção do Tronco
Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações,
projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante
e de frio.


Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros
inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os
membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante,
perfurações, projeção de materiais particulados, ambos
permitindo uma boa mobilidade ao usuário.




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
16                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Proteção da Pele
Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores,
contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos
agressivos.

Proteção dos Membros Inferiores
Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de
objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos
imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de
segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção
dos dedos.

Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas,
fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes.




Proteção Global Contra Quedas
Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o
homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou
superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente
dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço,
etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       17
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
18                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Guarda e Conservação do EPI
Quando na troca de usuário
De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados,
cada vez em que há troca de usuário.

Guarda do EPI
O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção
individual e estar conscientizado de que, com a conservação,
ele estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento.

Conservação do EPI
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso.
Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes
equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada
para esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar
desta tarefa, desde que receba orientação para isso.
Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não
observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende do
uso correto e constante no trabalho onde exista o risco.

Exigência Legal para Empresa e Empregado
O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação
técnica para operações locais e empregados determinados, é
exigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo V
da CLT, cuida do Equipamento de Proteção Individual em dois
artigos, a saber:

"Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados."

"Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à
venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação
do Ministério do Trabalho - CA.

Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do
trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida
minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual,
mencionando, entre outras coisas, as obrigações do
empregado, que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida
pela empresa.
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       19
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
20                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Riscos Ambientais




Introdução

Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da
atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou
agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à
saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos
ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de
certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos
ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas
doenças do trabalho.
A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do
Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº
09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais -
PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação,
avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho
que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados.
Segue-se uma série de informações básicas relativas aos
Riscos Ambientais, com enumeração dos principais fatores, das
condições possíveis de risco para a saúde e das medidas gerais
para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.



Classificação dos Riscos

Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos
químicos, riscos físicos e riscos biológicos.

Riscos Químicos
São representados por um grande número de substâncias que
podem contaminar o ambiente de trabalho.

Riscos Físicos
São representados por fatores do ambiente de trabalho que
podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o
ruído ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões
anormais, a vibração e a má iluminação.

_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       21
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Riscos Biológicos
São representados por uma variedade de microrganismos com
os quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu
tipo de atividade, e que podem causar doenças.



Fatores que colaboram para que os Produtos ou
Agentes causem danos à Saúde

Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar
obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é
preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão
expostos a seguir:

O tempo de exposição
Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as
possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa.

A concentração do contaminante no ambiente
Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de
aparecerem problemas.


O quanto a substância é tóxica
Algumas substâncias são mais tóxicas que outras                       se
comparadas em relação a uma mesma concentração.

A forma em que o contaminante se encontra
Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto
tem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo,
como será visto adiante.

A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias
Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo
por inalação ou, então, pela pele.
Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em
separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de
perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do
Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente.




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
22                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo

Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem
penetrar no organismo humano:

Por inalação
Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver
uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.




Por contato com a pele, ou via cutânea
A pele pode absorver certas substâncias se houver contato,
mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode
atingir o sangue e causar dano à saúde.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       23
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Por ingestão
ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece
muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão
contaminados com quantidades não visíveis de substâncias
nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições
no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o
refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio
pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água.




Riscos Químicos

As substâncias químicas podem estar na forma de gases,
vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por
exemplo:

Vapores
Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em
geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o
tricloroetileno.

Gases
Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o
gás sulfídrico.

Líquidos
Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica,
ou irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos
também podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à
saúde.

_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
24                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Névoas ou neblinas
Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos,
onde se formam névoas ou neblinas de ácidos.

Fumos
Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são
pequenas partículas de metal ou de seus compostos,
provenientes do banho que ficam suspensos no ar.

Poeiras ou pós
Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no
jateamento de areia ou granalha de aço.


Principais Efeitos no Organismo
Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-
se, como principais, os seguintes:

Irritação
Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele.
Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram
na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no
estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia
(amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo
contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os
solventes "thinners", e a poeira de caviúna.

Asfixia
Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido
de carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno.

Anestesia
Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando
estado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substâncias
anestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos:
vapores de éter etílico, acetona.

Intoxicação
Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a
pele ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na forma
sólida, líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol,
tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo,
pó de chumbo (nas tipografias).
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       25
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Pneumoconiose
Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma
alteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causam
esse tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeira
de sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia,
carepa de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós
de algodão.


Riscos Físicos

Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo
aos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis
por variadas alterações na saúde do empregado.

Calor
O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas,
cerâmicas, indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se
que o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes,
dentro de certos limites. Quando há exposição excessiva ao
calor, pode ocorrer uma série de problemas, como câimbras,
insolação ou intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos
chamada de catarata.

Ruído ou barulho
Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas
tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas
fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no ser
humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade,
entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado
quando as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por
tempos longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de
surdez.

Radiação infravermelho
É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os
mencionados acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, há
calor radiante que é emitido em todas as direções.

Radiação ultravioleta
É um tipo de radiação que está presente principalmente nas
seguintes operações: solda elétrica, fusão de metais a
temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos
geradores de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando
queimaduras, eritemas (vermelhidão) na pele, e, também,

_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
26                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



inflamação nos olhos (conjuntivite). Os efeitos são retardados,
aparecendo com maior força 6 a 12 horas após a exposição.
Radiações ionizantes
Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de
aparelhos especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando
indevidamente utilizados), radiografias industriais de controle
(gamagrafia). Os efeitos das exposições descontroladas a
radiações ionizantes, por mau controle dos processos, são em
geral sérios: anemia, leucemia, certos tipos de câncer e efeitos
que só aparecem nas gerações seguintes (genéticos).

Trabalhos com pressões anormais
São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões
diferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Esses
trabalhos exigem um controle rígido das operações,
principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão
normal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho em
tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemas
nas articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas
mais graves que podem ser fatais.

Vibrações
As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas
pesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem,
que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais
motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os
problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após
longo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração do
corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos
rins, enjôos (mal de mar); no caso de vibrações localizadas nas
mãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (má
circulação do sangue) e problemas nas articulações. O tempo
longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no
aparecimento desses problemas.

Má iluminação
A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar,
além de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, a
uma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos de
acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, o
que é um efeito negativo muito importante em alguns tipos de
trabalho que exigem atenção e boa visão.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       27
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Riscos Biológicos

São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que
podem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave.
Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente
ao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos,
parasitas e outros.
Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja
em decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pela
presença de colegas doentes ou por contaminação alimentar.

Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre
         outras, a infecção por tétano que pode até matar o
         empregado.
                 Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os
                 micróbios que causam hepatite, tuberculose, micose
                 das unhas e da pele.
                 Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e
                 asseio, pode ocorrer contaminação das refeições,
                 tendo como possível conseqüência as diarréias.

Para prevenção, usam-se as seguintes medidas:
• vacinação;




• equipamento de proteção individual;




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
28                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




• rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de
  trabalho;




• controle médico permanente.




Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais

As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem
referir-se ao ambiente ou ao pessoal:



Medidas relativas ao ambiente

Substituição do produto tóxico
O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos
tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o
substituto tenha qualidades próximas às do original. Também,
deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior,
substituindo um produto tóxico por outro menos tóxico mas
altamente inflamável. Exemplos de substituições corretas:
benzeno substituído pelo tolueno; substituição de tintas à base

_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       29
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



de chumbo por tintas à base de zinco; jateamento com areia
substituído por jateamento de óxido de alumínio, etc.

Mudança do processo ou equipamento
Certas modificações em processos ou equipamentos podem
reduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura a
imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formação
de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda
(menor barulho).

Enclausuramento ou confinamento
Consiste em isolar determinada operação do resto da área,
diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco.
Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de
uma máquina ruidosa.

Ventilação
Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de
formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga
ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado.
Exemplos: nos tanques de solventes, nas operações com colas,
nas operações geradoras de poeiras, nos rebolos de
rebarbamento de peças fundidas.




Umidificação
Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou
diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações,
feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde.
Exemplos: mistura de areias de fundição, varredura a úmido.

Segregação
Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle,
separa-se a operação ou equipamento do restante, seja no
tempo seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a
operação fora do horário normal do resto do pessoal; separar no
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
30                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



espaço significa colocar a operação a distância, longe dos
demais. O número de pessoas expostas ficará bastante
reduzido e aqueles que devem ficar junto à operação irão
receber proteção especial.
Boa manutenção e conservação
Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas
formas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, são
complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a
má manutenção é a causa principal dos problemas ambientais.
Os programas e cronogramas de manutenção devem ser
seguidos à risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes
dos equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas e
mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento.

Ordem e limpeza
Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um
lugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, em
bancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas,
pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes
de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de
equipamentos. O asseio é sempre importante e onde há
materiais tóxicos é importantíssimo, é primordial. A limpeza
imediata de qualquer derramamento de produtos tóxicos é
importante medida de controle. Para a limpeza de poeira, deve
ser preferida a aspiração a vácuo; nunca o pó deve ser soprado
com bicos de ar comprimido, para efeito de limpeza. É
impossível manter um bom programa de prevenção de riscos
ambientais sem um preocupação constante nos aspectos de
ordem e limpeza.



Medidas relativas ao pessoal

Equipamento de Proteção Individual
O equipamento de proteção individual deve ser sempre
considerado como uma segunda linha de defesa, após serem
tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas
situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas
relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma de
proteção, aliada à limitação da exposição.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       31
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__




O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento
das suas limitações e vantagens, são aspectos que todo
empregado deve conhecer através de treinamento específico,
coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e
Medicina do Trabalho.
Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência
do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois
gumes, fornecendo ao empregado confiança numa proteção
inexistente.

Limitação de exposição
A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante
medida de controle onde e quando todas as outras forem
impraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) ou
econômicos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco.
Assim, a limitação da exposição, dentro de critérios bem
definidos tecnicamente, pode tornar-se uma solução eficiente
em muitos casos. Exemplos: controle do tempo de exposição ao
calor. às pressões anormais, às radiações ionizantes.

Controle Médico
Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas
fundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa das
atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma
boa seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas
que têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças
relacionadas com certas atividades. Os exames médicos
periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle
de saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de
fatores que podem levar a uma doença profissional, num estágio
ainda inicial e com pouca probabilidade de danos.




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
32                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Riscos de Eletricidade




Introdução

A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitando
muito o trabalho nas indústrias, acionando máquinas e
equipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar em
casa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádios
televisores, geladeiras, aquecedores etc.
A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica)
transportada através de condutores (fios elétricos), sendo muito
conhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampères
(A) e watts (W).
A tensão, medida em V (volts), é o potencial elétrico e pode-se
fazer analogia com a pressão d'água numa tubulação. Pode-se
ter várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde
existe tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V para
acionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e
equipamentos e, mesmo, tensões maiores.
A corrente elétrica (I), medida em ampères (A), em analogia
com a rede de água, é a vazão. A corrente depende da
solicitação do aparelho elétrico, assim como a vazão da torneira
depende de quando se abre a válvula.
A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência
(P), que é medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor).
Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica
(R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso modo, pode ser
comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um
escoamento de fluido.
Mas, enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca na
tubulação, a energia elétrica, que tanto benefício traz, pode
matar pelo choque elétrico.



O que é Eletricidade

Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causados
pela eletricidade, é preciso explicar alguns conceitos e algumas
características da eletricidade.
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       33
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Lei de OHM

A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessa
um condutor está em proporção direta à diferença de potencial e
em proporção inversa à resistência do condutor.

            SÍMBOLO         SIGNIFICADO         UNIDADE
                 V            Corrente           volts (V)
                  I            Tensão         ampères (A)
                 R           Resistência        Ohms (Ω)

Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R.
Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa
(110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistência elétrica
menor será a corrente.
Exemplo:
           V = 110 volts Para R = 10
                 I = 110/10 = 11 Ampères


                 V = 110 volts Para R = 20
                 I = 110/20 = 5,5 Ampères

Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, é
necessário que passe pelo seu corpo uma determinada corrente
e, conforme o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa
corrente, ter-se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente.
Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e da
resistência elétrica, e a passagem da corrente elétrica pelo
corpo humano depende da resistência elétrica do mesmo.
A resistência elétrica do corpo humano depende de diversos
fatores, como exemplo variação da tensão aplicada, tipo de
pele, os meios internos como vasos sangüíneos e sistema
nervoso, tipo de contato e condição da pele.
Existem dois tipos principais de resistência do corpo humano,
sendo a cutânea (da pele) a que oferece maiores variações de
valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade
da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir
valores maiores. A outra resistência, a dos meios internos, varia
menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente.
Portanto, a resistência elétrica do corpo humano varia de 1.500
a 100.000 Ohms, em média.

_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
34                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Efeitos da Corrente Elétrica

Considerando que uma corrente de 25 miliampères pode causar
acidentes fatais, e considerando-se uma resistência de 1.500
Ohms para o corpo humano, tem-se:

                 V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V

Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentes
fatais em casos especiais de contato.


 Intensidade       Estado Possível        Perturbações Possíveis            Resultado Final
(miliampères)        de Choque                                                 Provável
            1            Normal          Nenhuma                                 Normal
        1a3              Normal          Pequena sensação                        Normal
                                         desagradável
        3a9              Normal          Sensação de choque                      Normal
                                         desagradável; contrações
                                         musculares
       9 a 20            Morte           Sensações dolorosas;              Restabelecimento
                        aparente         contrações musculares                 ou Morte
                                         violentas;
                                         dificuldade de respirar;
                                         perturbações circulatórias
     20 a 100            Morte           Sensação insuportável;            Restabelecimento
                        aparente         contrações musculares                 ou Morte
                                         violentas;
                                         asfixia;
                                         perturbação circulatória;
                                         desmaios.
 acima de 100            Morte           Desmaios;                                Morte
                        aparente         asfixia imediata;
                                         fibrilação ventricular.


O tempo de contato com a corrente é muito importante na
gravidade dos acidentes, porque, como foi visto na tabela
anterior, determinadas intensidades de corrente produzem
contrações musculares que levam à asfixia e à fibrilação
ventricular, o que, por tempo prolongado, causa acidente fatal
ou, então dificulta a recuperação. Estima-se em menos de 2
minutos o tempo de choque em que as contrações musculares
levam à asfixia.
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       35
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influência
para as conseqüências do choque elétrico, pois é mais difícil
reanimar uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige um
processo de massagem cardíaca, difícil de se executar, do que
uma pessoa que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser
reanimada com o processo de respiração artificial.
Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem de
corrente elétrica pelo corpo e a porcentagem de corrente que
passa pelo coração:




Principais Sintomas Causados pelo Choque

As principais conseqüências devidas a choques elétricos podem
ser divididas em dois tipos; os que causam:

Choques que não causam lesões orgânicas
• Os casos de pequenos choques elétricos de simples
  descargas elétricas de baixa intensidade num intervalo de
  tempo pequeno, sem causar danos, em que a vítima sente
  apenas um formigamento no local de contato;
• Os choques elétricos um poucos mais fortes, por pouco
  tempo, quando a pessoa atingida sofre uma violenta
  contração muscular;
• Os choques elétricos em que a vítima, além da violenta
  contração muscular, sofre um estado de comoção que se
  dissipa rapidamente;
• Os choques elétricos que, causando a contração dos
  músculos das regiões próximas à do contato, levam a lesões
  profundas, como queimadura no local e outros acidentes, por
  exemplo, quedas.
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
36                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Choques que causam lesões orgânicas:
A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparente
devido a um ou mais fatores que são explicados abaixo:

• Inibição do centro respiratório. É o caso em que devido ao
  choque elétrico os músculos respiratórios se contraem
  violentamente e perdem a sua capacidade muscular,
  podendo levar à parada respiratória;
• Fibrilação do coração. É o caso em que, após a passagem de
  uma corrente elétrica pelos músculos do coração, estes
  entram num estado de batimento insatisfatório, fazendo que
  o coração não execute a sua função de bombear sangue.



Riscos Elétricos

Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causar
um acidente fatal em determinadas condições. Como a maioria
das instalações elétricas são de uma voltagem de 110 V ou
mais, sempre existirão perigos potenciais de acidentes elétricos.
Os principais tipos de riscos elétricos são:
• Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, que
  poderão ser tocados acidentalmente ou sem conhecimento
  de que estejam energizados.
• Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com
  suas carcaças energizadas, devido a falha do isolamento
  interno da sua fiação, poderão causar choques elétricos
  quando não aterradas eletricamente e quando a mão do
  operador estiver úmida ou ele estiver sobre o piso úmido sem
  calçados apropriados.

Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de uma
diferença de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso a
passagem de corrente elétrica através do seu corpo.
Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadear
outros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em que
a vítima, após o contato com partes energizadas da instalação
em lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma
queda, se não estiver devidamente segura no local.
Existe o risco de se provocar incêndio devido a um condutor
subdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, a
corrente que passa no condutor é mais que a corrente que ele
pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar em
deterioração, com conseqüente curto-circuito.
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       37
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maior
resistência elétrica que poderá aquecer o local da ligação.
Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazer
com que haja a formação do arco voltaico (formação de faísca),
o que poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde se
armazenam inflamáveis.



Cuidados nas Instalações Elétricas

Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim:
• Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como,
  por exemplo, não deixar fios, partes metálicas ou objetos
  expostos que possam ser tocados por pessoas. Em casos
  de emergência, colocar placas de advertência de forma bem
  visível com o nome do responsável;
• Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de
  força expostos, com suas partes energizadas oferecendo
  riscos de contato acidental;
• Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através de
  guardas fixas, como cercas, ou instalá-los em locais que não
  oferecem perigo;
• Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitola
  da mesma de acordo com a carga (corrente) que irá
  conduzir, usando para isso, de preferência, as tabelas da NB-
  3 da ABNT;
• Proteger as instalações elétricas, usando fusíveis e
  disjuntores para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja
  desligado, queimando o fusível ou desligando o disjuntor,
  provocando o corte do fornecimento de energia e com isso
  não danificando a instalação elétrica e o equipamento;
• Ao ligar um aparelho e uma tomada elétrica ou ao fazer uma
  ligação de um aparelho a uma rede elétrica, verificar se a
  tensão da linha de fornecimento corresponde à do aparelho e
  se, ligando-se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha,
  provocando a queima do fusível, queda de disjuntores ou
  danos na fiação elétrica;
• Não ligar simultâneamente mais de um aparelho à mesma
  tomada de corrente;
• Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico;
• Certificar se o circuito elétrico esta energizado ou não,
  através do detector de tensão;
• Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e
  colocar placas de advertência.
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
38                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Medidas Preventivas em Instalações Elétricas

As medidas a seguir têm importância capital na prevenção de
acidentes.

• Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de
  qualidade comprovada;
• Permitir a instalação e manutenção somente por profissionais
  qualificados e obedecendo às normas técnicas vigentes no
  país;
• Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado de
  conservação e manutenção;
• Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas,
  mesmo as de baixa tensão;
• Usar somente fios com capacidade adequada para o
  equipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contra
  toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos
  mecanicamente, fazendo-se a instalação aérea ou por
  eletroduto (conduíte) rígido ou flexível;
• Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicas
  dos equipamentos. Ver, no fim deste capítulo, como aterrar
  adequadamente máquinas e equipamentos;
• Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão,
  colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os com
  barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada).

Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fatais
poderá ser consideravelmente diminuído se medidas de
socorros forem postas imediatamente em prática, já que o
tempo de exposição à corrente é um fator muito importante no
agravamento deste tipo de acidentes.
E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeiros
socorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelo
menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o
risco de choques elétricos é alto.
Na reanimação de um acidentado, devem-se observar alguns
cuidados como, por exemplo:
• antes de tocar no corpo da vítima, procurar livrá-la do circuito
   elétrico, com segurança e rapidez;
• não usar as mãos nuas ou qualquer objeto metálico para
   cortar o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastões
   isolantes;



_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       39
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



• verificar se o desligamento da corrente não causará uma
  grande queda da vítima e, se isto for ocorrer, procurar um
  meio de ampará-la.
Passos a seguir na reanimação:
a) desligar imediatamente circuito;
b) mover o menos possível a vítima;
c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire
   objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for
   o caso;
d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções do
   Capítulo de Primeiros Socorros;
e) afrouxar o colarinho e peças de roupa que impeçam a livre
   circulação;
f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardíaca.



Aterramento Elétrico

O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminar
os riscos:
Choque elétrico - proveniente de defeitos de equipamentos
elétricos e causado por processos industriais;
Incêndios ou explosões - resultantes da manipulação de
produtos inflamáveis e/ou explosivos.

Além das duas finalidades mencionadas, ele é mais comumente
utilizado com o propósito de oferecer segurança aos
equipamentos e às instalações elétricas.
O emprego do aterramento elétrico, quando visa à proteção de
equipamentos e instalações elétricas, normalmente se dá quer
como meio de proteção às instalações elétricas, quer como
meio de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dos
dispositivos como o pára-raios, que visam a proteger as linhas
aéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou,
então, a evitar a interferência que surge em equipamentos
eletrônicos devido à falta do aterramento elétrico.
Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem
observados na instalação não são tão críticos quanto aqueles
dirigidos à proteção de pessoas, por causa dos riscos de
choque elétrico e quanto à proteção de instalações, no caso de
incêndios e explosões.


_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
40                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



A obrigatoriedade do uso do aterramento elétrico como medida
de controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, é
dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do
Trabalho, através da Norma Regulamentadora nº 10,
"Instalações e Serviços em Eletricidade".
Noções Básicas de Demarcações de Segurança




Introdução

Sendo, a visão, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem
(aproximadamente 87% das sensações recebidas passam pelo
órgão da visão), e como em muito caso há necessidade de uma
rápida distinção entre o perigoso e o seguro, ou da localização
de certos equipamentos, com segurança e rapidez, resolveu-se
padronizar o uso das cores.
Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de
incêndio, localizar os equipamentos de combate ao fogo, com
rapidez, distinguir os dispositivos de parada de emergência de
máquinas ou notar suas partes perigosas.
O uso de tubulações pintadas em cores padronizadas permite
distinguir cada elemento transportado em uma tubulação entre
diversas tubulações existentes dentro de uma empresa.



Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho

Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos
locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as
canalizações empregadas nas empresas para a condução de
líquidos e gases, e advertindo contra riscos.
Deverão ser       adotadas cores para segurança        em
estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e
advertir acerca dos riscos existentes.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas
de prevenção de acidentes.
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de
não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       41
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



As cores aqui adotadas serão as seguintes:

• Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja,
  púrpura, lilás, cinza, alumínio, marrom.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente
quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho,
será acompanhada dos sinais convencionais ou a identificação
por palavras.

Vermelho
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar
equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio.
Não deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por ser
de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta
visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
É empregado para identificar:

•   Caixa de alarme de incêndio;
•   Hidrantes;
•   Bombas de incêndio;
•   Sirene de alarme de incêndio;
•   Extintores e sua localização;
•   Indicações de extintores (visível à distância, dentro da área
    de uso do extintor);
•   Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada
    no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);
•   Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de
    água;
•   Transporte com equipamentos de combate a incêndio;
•   Portas de saídas de emergência;
•   Rede de água para incêndio (SPRINKLERS);
•   Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de
advertência de perigo:

• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de
  construções e quaisquer outras obstruções temporárias;
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas
  de emergência.


_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
42                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar
gases não liqüefeitos.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       43
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



O amarelo deverá ser empregado para indicar                 "Cuidado!",
assinalando:

• Partes baixas de escadas portáteis;
• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas
  que apresentem risco;
• Espelhos de degraus de escadas;
• Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas
  subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter
  corrimões;
• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham
  verticalmente;
• Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de
  carregamento;
• Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
• Paredes de fundo de corredores sem saída;
• Vigas colocadas à baixa altura;
• Cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, etc;
• Equipamentos de transporte e manipulação de material tais
  como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes,
  vagonetes, reboques, etc;
• Fundos de letreiros e avisos de advertência;
• Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da
  estrutura e equipamentos em que se possa esbarrar;
• Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
• Pára-choques para veículos de transporte pesados, com
  listras pretas.

Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão
usados sobre o amarelo quando houver necessidade de
melhorar a visibilidade da sinalização.

Branco
O branco será empregado em:
• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas
  (localização e largura);
• Direção e circulação, por meio de sinais;
• Localização e coletores de resíduos;
• Localização de bebedouros;
_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
44                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



• Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de
  combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência;
• Áreas destinadas à armazenagem;
• Zonas de segurança.

Preto
O preto será empregado para indicar as canalizações de
inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo
lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou
combinado a este quando condições especiais o exigirem.

Azul
O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu
emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

• Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a
  serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou
  fontes de energia dos equipamentos.

Será também empregado em:

• Canalizações de ar comprimido;
• Prevenção contra movimento acidental de qualquer
  equipamento em manutenção;
• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de
  potência.

Verde
O verde é a cor que caracteriza "segurança".
Deverá ser empregado para identificar:
•   Canalizações de água;
•   Caixas de equipamentos de socorro de urgência;
•   Caixas contendo máscaras contra gases;
•   Chuveiros de segurança;
•   Macas;
•   Fontes lavadoras de olhos;
•   Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de
    segurança, etc;

_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       45
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



•   Porta de entrada de salas de curativos de urgência;
•   Localização de EPI; caixas contendo EPI;
•   Emblemas de segurança;
•   Dispositivos de segurança;
•   Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

Laranja
O laranja deverá ser empregado para identificar:

• Canalizações contendo ácidos;
• Partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser
  removidas ou abertas;
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
• Faces externas de polias e engrenagens;
• Botões de arranque de segurança;
• Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas;

Púrpura
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes
das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas
nucleares.
Deverá ser empregada a púrpura em:

• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se
  manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais
  contaminados pela radioatividade;
• Locais onde tenham sido enterrados materiais e
  equipamentos contaminados;
• Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de
  materiais e equipamentos contaminados;
• Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de
  radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas
  nucleares.

Lilás
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que
contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o
lilás para a identificação de lubrificantes.



_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
46                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Cinza
Cinza Claro
O cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações em
vácuo.

Cinza Escuro
O cinza escuro deverá ser usado para identificar eletrodutos.

Alumínio
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases
liqüefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.:
óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para
identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores.

Cores em Máquinas
O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou
verde.

Cores em Canalizações
As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases,
deverão receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, a
fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes.
Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser
diferenciada das demais.
Quando houver a necessidade de uma identificação mais
detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.),
a diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes,
aplicadas sobre a cor básica.
A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que
possibilite facilmente a sua visualização em qualquer parte da
canalização.
Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores
básicas de acordo com a natureza do produto a ser
transportado.
O sentido de transporte de fluido, quando necessário, será
indicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre a
cor básica da tubulação.


_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       47
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Para fins de segurança pelo mesmo sistema de cores que as
canalizações.
Sinalização para Armazenamento de Substância Perigosas
O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir
padrões internacionais.
Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância
perigosa todo o material que seja, isoladamente ou não,
corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que durante o seu
manejo,     armazenamento,      processamento,     embalagem,
transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre
trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.

Símbolos para Identificação                dos      Recipientes       na
Movimentação de Materiais
Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo,
aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas técnicas
sobre simbologia vigentes no país.

Rotulagem Preventiva
A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá
ser feita segundo as normas constantes deste item.
Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas,
redigidas em termos simples e de fácil compreensão.
A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas
propriedades inerentes a uma produto, mas dirigida de modo a
evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e
armazenagem do produto.
Onde possa ocorrer misturas de duas ou mais substâncias
químicas, com propriedades que variem, em tipo ou grau
daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo
deverá destacar as propriedades perigosas do produto final.
Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:
•   Nome Técnico do Produto;
•   Palavra de Advertência, designando o grau de risco;
•   Indicações de Risco;
•   Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
•   Primeiros Socorros;
•   Informações Para Médicos, em casos de acidentes;
•   Instruções Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou
    Vazamento, quando for o caso.


_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
48                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



No cumprimento do disposto no item anterior dever-se-á adotar
o seguinte procedimento:
Nome Técnico Completo
O rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo:
"Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquer
situação a identificação deverá ser adequada, para permitir a
escolha do tratamento médico correto, no caso de acidente.

Palavra de Advertência
As palavras de advertência que devem ser usadas são:
"PERIGO" - para indicar substâncias que apresentam alto risco.
"ATENÇÃO" - para substâncias que apresentam risco leve.

Indicação de Risco
As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao
manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do
produto. Exemplos: "Extremamente Inflamáveis", "Nocivo se
Absorvido Através da Pele", etc.

Medidas Preventivas
Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem
tomadas para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos
indicados. Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Faíscas e
Chamas Abertas" e "Evite Inalar a Poeira".

Primeiros Socorros
Medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada
do médico.




_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       49
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Noções Básicas de Combate à Incêndio




Princípios Básicos do Fogo

Para nossa própria segurança, devem-se conhecer os dois
aspectos fundamentais da proteção contra incêndio.
O primeiro aspecto é o da prevenção de incêndios, isto é, evitar
que ocorra o fogo, utilizando certas medidas básicas, as quais
envolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens:




a)   as características do fogo;
b)   as propriedades de risco dos materiais;
c)   as causas de incêndios;
d)   o estudo dos combustíveis.

Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio,
é importante que ele seja combatido de forma eficiente, para
que sejam minimizadas suas conseqüências. A fim de que esse
combate seja eficaz, deve-se, ainda:




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
50                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



a) conhecer os agentes extintores;
b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios;
c) saber avaliar as características do incêndio,               o   que
   determinará a melhor atitude a ser tomada.

Pode-se definir o fogo como a conseqüência de uma reação
química denominada combustão, que produz calor ou calor e
luz.
Para que ocorra essa reação química, dever-se-á ter, no
mínimo, dois reagentes que, a partir da existência de uma
circunstância favorável, poderão combinar-se.
Os elementos essenciais do fogo são:

• combustível (carbono, hidrogênio)
• comburente (oxigênio);
• calor (energia de ativação).

Combustível
Em síntese, combustível é todo material, toda substância que
possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão.




Os combustíveis podem apresentar-se em 3 estados físicos:
• sólido (madeira, papel, tecidos, etc.);
• líquido (álcool, éter, gasolina, etc.);
• gasoso (acetileno, butano, propano, etc.).
_________________________________________________________________________________________________
__
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo                                                       51
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__



Comburente
Normalmente, o oxigênio combina-se                 com     o    material
combustível, dando início à combustão.
O ar atmosférico contém, na sua composição, cerca de 21% de
oxigênio.
Para demonstrar a importância do oxigênio na reação,
recomendamos a seguinte experiência:

1º acender uma vela;
2º colocar um copo de material resistente ou um recipiente de
   vidro sobre a vela.

Observe que a chama diminuirá gradativamente até a extinção
do fogo; isso porque o oxigênio existente no recipiente vai sendo
consumido na reação, até atingir uma quantidade insuficiente
para mantê-la.




Genericamente, o comburente é definido como "mistura gasosa
que contém o oxidante em concentração suficiente para que em
seu meio se desenvolva a reação de combustão".

Calor
É o elemento que fornece a energia de ativação necessária para
iniciar a reação entre o combustível e o comburente, mantendo
e propagando a combustão, como a chama de um palito de
fósforos.
Note-se que o calor propicia:

a) elevação da temperatura;
b) aumento do volume dos corpos;
c) mudança no estado físico das substância.




_________________________________________________________________________________________________
__
                                                                                               CST
52                                                                 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Introdução a Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Introdução a Manutenção de Máquinas e EquipamentosIntrodução a Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Introdução a Manutenção de Máquinas e EquipamentosAnderson Pontes
 
Aula 2 acidentes de trabalho
Aula 2   acidentes de trabalhoAula 2   acidentes de trabalho
Aula 2 acidentes de trabalhoDaniel Moura
 
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docx
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docxMODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docx
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docxrosanavasconcelosdeo
 
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoMedidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoThaysa Brito
 
Apostilas senai - processo soldagem
Apostilas   senai - processo soldagemApostilas   senai - processo soldagem
Apostilas senai - processo soldagemPaulo Cezar santos
 
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacaoGilvam Silva DA Rocha
 
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso online
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso onlineCurso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso online
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso onlineGAC CURSOS ONLINE
 
Manual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senaiManual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senaiizaudaMonteiro
 
DDS - Dialogo diário de segurança
DDS -  Dialogo diário de segurançaDDS -  Dialogo diário de segurança
DDS - Dialogo diário de segurançaAna Carla Carvalho
 
Apresentação0 ferramentas manuais
Apresentação0 ferramentas manuaisApresentação0 ferramentas manuais
Apresentação0 ferramentas manuaisWellen Bastos
 

Mais procurados (20)

Introdução a Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Introdução a Manutenção de Máquinas e EquipamentosIntrodução a Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Introdução a Manutenção de Máquinas e Equipamentos
 
Aula 2 acidentes de trabalho
Aula 2   acidentes de trabalhoAula 2   acidentes de trabalho
Aula 2 acidentes de trabalho
 
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docx
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docxMODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docx
MODELO DE PGR PRONTO E COMPLETO192518-convertido.docx
 
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoMedidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
 
Prevenção de Acidentes de Trabalho
Prevenção de Acidentes de TrabalhoPrevenção de Acidentes de Trabalho
Prevenção de Acidentes de Trabalho
 
Apostilas senai - processo soldagem
Apostilas   senai - processo soldagemApostilas   senai - processo soldagem
Apostilas senai - processo soldagem
 
Segurança na soldagem (EPI's)
Segurança na soldagem (EPI's)Segurança na soldagem (EPI's)
Segurança na soldagem (EPI's)
 
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
 
Acidentes de trabalho
Acidentes de trabalhoAcidentes de trabalho
Acidentes de trabalho
 
NR - 06 EPI (Oficial)
NR - 06 EPI (Oficial)NR - 06 EPI (Oficial)
NR - 06 EPI (Oficial)
 
Máquinas e equipamentos
Máquinas e equipamentosMáquinas e equipamentos
Máquinas e equipamentos
 
4. treinamento ppr
4. treinamento ppr4. treinamento ppr
4. treinamento ppr
 
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso online
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso onlineCurso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso online
Curso Interpretação e Transição da Norma ISO 45001:2018 - Curso online
 
Acidentes de trabalho
Acidentes de trabalhoAcidentes de trabalho
Acidentes de trabalho
 
Apresentação Implantação PCM
Apresentação Implantação PCMApresentação Implantação PCM
Apresentação Implantação PCM
 
Manual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senaiManual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senai
 
DDS - Dialogo diário de segurança
DDS -  Dialogo diário de segurançaDDS -  Dialogo diário de segurança
DDS - Dialogo diário de segurança
 
Ferramentas Manuais
Ferramentas ManuaisFerramentas Manuais
Ferramentas Manuais
 
Apresentação0 ferramentas manuais
Apresentação0 ferramentas manuaisApresentação0 ferramentas manuais
Apresentação0 ferramentas manuais
 
Organizando uma SIPAT de sucesso
Organizando uma SIPAT de sucessoOrganizando uma SIPAT de sucesso
Organizando uma SIPAT de sucesso
 

Destaque

Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Erick Luiz Coutinho dos Santos
 
Procedimentos de seguranca
Procedimentos de segurancaProcedimentos de seguranca
Procedimentos de segurancaOrla Rio
 
Treinamento de munck
Treinamento de munckTreinamento de munck
Treinamento de munckJupira Silva
 
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...Brasilio da Silva
 
Aula 4 riscos ocupacionais
Aula 4   riscos ocupacionaisAula 4   riscos ocupacionais
Aula 4 riscos ocupacionaisDaniel Moura
 
Prevenção
PrevençãoPrevenção
PrevençãoOrla Rio
 
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleira
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria MoveleiraManual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleira
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleiraprevencaonline
 
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MS
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MSNt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MS
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MSJersé Messias
 
Calçados esportivos
Calçados esportivosCalçados esportivos
Calçados esportivosJoe Barcelos
 
Ambientes de trabalho Tic
Ambientes de trabalho TicAmbientes de trabalho Tic
Ambientes de trabalho TicGaby Veloso
 
Cartilha inspeçao predial ibapesp
Cartilha inspeçao predial  ibapespCartilha inspeçao predial  ibapesp
Cartilha inspeçao predial ibapespELKA PORCIÚNCULA
 
Trabalho do senai
Trabalho do senaiTrabalho do senai
Trabalho do senaiPATRYCKYSK8
 
Relatório do mapa de riscos da mash
Relatório do mapa de riscos da mashRelatório do mapa de riscos da mash
Relatório do mapa de riscos da mashSergio Silva
 

Destaque (20)

Comportamento seguro
Comportamento seguroComportamento seguro
Comportamento seguro
 
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
 
Procedimentos de seguranca
Procedimentos de segurancaProcedimentos de seguranca
Procedimentos de seguranca
 
Treinamento de munck
Treinamento de munckTreinamento de munck
Treinamento de munck
 
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...
Treinamento de Segurança do Trabalho NR -12 Autor Brasilio da Silva - (41)928...
 
Riscos físicos
Riscos físicosRiscos físicos
Riscos físicos
 
Aula 4 riscos ocupacionais
Aula 4   riscos ocupacionaisAula 4   riscos ocupacionais
Aula 4 riscos ocupacionais
 
Prevenção
PrevençãoPrevenção
Prevenção
 
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleira
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria MoveleiraManual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleira
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho na Industria Moveleira
 
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MS
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MSNt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MS
Nt 01 -_procedimentos_administrativos - Corpo de Bombeiro MS
 
Apresentação - NR-12
Apresentação - NR-12Apresentação - NR-12
Apresentação - NR-12
 
Calçados esportivos
Calçados esportivosCalçados esportivos
Calçados esportivos
 
Ambientes de trabalho Tic
Ambientes de trabalho TicAmbientes de trabalho Tic
Ambientes de trabalho Tic
 
CESCA Apostila Curso Couro
CESCA Apostila Curso CouroCESCA Apostila Curso Couro
CESCA Apostila Curso Couro
 
Cartilha inspeçao predial ibapesp
Cartilha inspeçao predial  ibapespCartilha inspeçao predial  ibapesp
Cartilha inspeçao predial ibapesp
 
Trabalho do senai
Trabalho do senaiTrabalho do senai
Trabalho do senai
 
Relatório do mapa de riscos da mash
Relatório do mapa de riscos da mashRelatório do mapa de riscos da mash
Relatório do mapa de riscos da mash
 
Manual de-instrucoes-da-nr-12
Manual de-instrucoes-da-nr-12Manual de-instrucoes-da-nr-12
Manual de-instrucoes-da-nr-12
 
LEGISLAÇÃO DE HST
LEGISLAÇÃO DE HSTLEGISLAÇÃO DE HST
LEGISLAÇÃO DE HST
 
O conceito de ambiente do trabalho
O conceito de ambiente do trabalhoO conceito de ambiente do trabalho
O conceito de ambiente do trabalho
 

Semelhante a Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação

Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalho
Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalhoCaldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalho
Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalhodesio1
 
Mecânica - Procedimento de Segurança
Mecânica - Procedimento de SegurançaMecânica - Procedimento de Segurança
Mecânica - Procedimento de SegurançaJean Brito
 
Metrologia
Metrologia Metrologia
Metrologia weltoOn
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
MetrologiaweltoOn
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
MetrologiaweltoOn
 
Metrologia Mecanica Www
Metrologia    Mecanica   WwwMetrologia    Mecanica   Www
Metrologia Mecanica WwwweltoOn
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
MetrologiaITD
 
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa Tensão
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa TensãoMateriais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa Tensão
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa TensãoRicardo Akerman
 
Apostila senai - elétrica - metrologia
Apostila   senai - elétrica - metrologiaApostila   senai - elétrica - metrologia
Apostila senai - elétrica - metrologiaAlexandre Lopes
 
Mecânica - Metrologia
Mecânica - MetrologiaMecânica - Metrologia
Mecânica - MetrologiaJean Brito
 
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.estudo sobre a tecnologia da Metrologia.
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.DaniloVieira99
 
Cst mecânica ferramentas e seus acessórios
Cst mecânica ferramentas e seus acessóriosCst mecânica ferramentas e seus acessórios
Cst mecânica ferramentas e seus acessóriosPaulo Henrique
 
Mecânica - Ferramentas e Acessórios
Mecânica - Ferramentas e AcessóriosMecânica - Ferramentas e Acessórios
Mecânica - Ferramentas e AcessóriosJean Brito
 
Ferramentas
FerramentasFerramentas
Ferramentasdsa8282
 
Ferramentas e acessórios
Ferramentas e acessóriosFerramentas e acessórios
Ferramentas e acessóriosRenaldo Adriano
 

Semelhante a Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação (20)

Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalho
Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalhoCaldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalho
Caldeiraria procedimento de segurança e higiene do trabalho
 
Metrologia eletrica
Metrologia eletricaMetrologia eletrica
Metrologia eletrica
 
Mecânica - Procedimento de Segurança
Mecânica - Procedimento de SegurançaMecânica - Procedimento de Segurança
Mecânica - Procedimento de Segurança
 
Metrologia
Metrologia Metrologia
Metrologia
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
Metrologia
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
Metrologia
 
Metrologia Mecanica Www
Metrologia    Mecanica   WwwMetrologia    Mecanica   Www
Metrologia Mecanica Www
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
Metrologia
 
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa Tensão
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa TensãoMateriais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa Tensão
Materiais e Equipamentos Elétricos em Sistemas de Baixa Tensão
 
Materiais equipamentos
Materiais equipamentosMateriais equipamentos
Materiais equipamentos
 
Apostila senai - elétrica - metrologia
Apostila   senai - elétrica - metrologiaApostila   senai - elétrica - metrologia
Apostila senai - elétrica - metrologia
 
Mecânica - Metrologia
Mecânica - MetrologiaMecânica - Metrologia
Mecânica - Metrologia
 
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.estudo sobre a tecnologia da Metrologia.
estudo sobre a tecnologia da Metrologia.
 
Metrologia_SENAI.pdf
Metrologia_SENAI.pdfMetrologia_SENAI.pdf
Metrologia_SENAI.pdf
 
Senai metrologia
Senai   metrologiaSenai   metrologia
Senai metrologia
 
Cst mecânica ferramentas e seus acessórios
Cst mecânica ferramentas e seus acessóriosCst mecânica ferramentas e seus acessórios
Cst mecânica ferramentas e seus acessórios
 
Mecânica - Ferramentas e Acessórios
Mecânica - Ferramentas e AcessóriosMecânica - Ferramentas e Acessórios
Mecânica - Ferramentas e Acessórios
 
Ferramentas
FerramentasFerramentas
Ferramentas
 
Ferramentas
FerramentasFerramentas
Ferramentas
 
Ferramentas e acessórios
Ferramentas e acessóriosFerramentas e acessórios
Ferramentas e acessórios
 

Mais de EvandroPFonseca

Sesi manual segurança construção civil e edificações
Sesi   manual segurança  construção civil e edificaçõesSesi   manual segurança  construção civil e edificações
Sesi manual segurança construção civil e edificaçõesEvandroPFonseca
 
Proposta de nr trabalho em altura
Proposta de nr   trabalho em alturaProposta de nr   trabalho em altura
Proposta de nr trabalho em alturaEvandroPFonseca
 
Fundacentro contrução civil
Fundacentro   contrução civilFundacentro   contrução civil
Fundacentro contrução civilEvandroPFonseca
 
Cpn sp trabalho em altura
Cpn sp   trabalho em alturaCpn sp   trabalho em altura
Cpn sp trabalho em alturaEvandroPFonseca
 
Fundacentro eletrica (canteiro de obras)
Fundacentro   eletrica (canteiro de obras)Fundacentro   eletrica (canteiro de obras)
Fundacentro eletrica (canteiro de obras)EvandroPFonseca
 
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-optCpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-optEvandroPFonseca
 
Espacos Confinados - Livreto do Trabalhador
Espacos Confinados - Livreto do TrabalhadorEspacos Confinados - Livreto do Trabalhador
Espacos Confinados - Livreto do TrabalhadorEvandroPFonseca
 
Politica de saúde e segurança do trabalho
Politica de saúde e segurança do trabalhoPolitica de saúde e segurança do trabalho
Politica de saúde e segurança do trabalhoEvandroPFonseca
 
Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?EvandroPFonseca
 

Mais de EvandroPFonseca (14)

Sesi manual segurança construção civil e edificações
Sesi   manual segurança  construção civil e edificaçõesSesi   manual segurança  construção civil e edificações
Sesi manual segurança construção civil e edificações
 
Proposta de nr trabalho em altura
Proposta de nr   trabalho em alturaProposta de nr   trabalho em altura
Proposta de nr trabalho em altura
 
Manual contra quedas
Manual contra quedasManual contra quedas
Manual contra quedas
 
Fundacentro contrução civil
Fundacentro   contrução civilFundacentro   contrução civil
Fundacentro contrução civil
 
Cpn sp trabalho em altura
Cpn sp   trabalho em alturaCpn sp   trabalho em altura
Cpn sp trabalho em altura
 
Sesi n rs comentadas
Sesi   n rs comentadasSesi   n rs comentadas
Sesi n rs comentadas
 
Mte nr10 comentada
Mte   nr10 comentadaMte   nr10 comentada
Mte nr10 comentada
 
Fundacentro eletrica (canteiro de obras)
Fundacentro   eletrica (canteiro de obras)Fundacentro   eletrica (canteiro de obras)
Fundacentro eletrica (canteiro de obras)
 
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-optCpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
 
Direção Defensiva
Direção DefensivaDireção Defensiva
Direção Defensiva
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Espacos Confinados - Livreto do Trabalhador
Espacos Confinados - Livreto do TrabalhadorEspacos Confinados - Livreto do Trabalhador
Espacos Confinados - Livreto do Trabalhador
 
Politica de saúde e segurança do trabalho
Politica de saúde e segurança do trabalhoPolitica de saúde e segurança do trabalho
Politica de saúde e segurança do trabalho
 
Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?Audição - Você cuida da sua?
Audição - Você cuida da sua?
 

Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação

  • 1. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção Instrumentação Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 1
  • 2. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Instrumentação © SENAI - ES, 1999 Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial CETEC-AF – Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes Departamento Regional do Espírito Santo Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2235 Bento Ferreira - Vitória - ES. CEP 29052-121 Telefone: (027) 334-5211 Telefax: (027) 334-5217 CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão Departamento de Recursos Humanos AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, Jardim Limoeiro - Serra - ES. CEP 29160-972 Telefone: (027) 348-1286 Telefax: (027) 348-1077 _________________________________________________________________________________________________ __ CST 2 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 3. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Sumário Segurança e Higiene do Trabalho.......................................... 05 • Introdução ......................................................................... 05 Acidente do Trabalho ............................................................. 06 • Definição ........................................................................... 06 • Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07 • Identificação das Causas do Acidente ............................... 08 • Classificação do Acidente.................................................. 11 • Padrão Operacional........................................................... 12 Equipamento de Proteção...................................................... 13 • Introdução ......................................................................... 13 • Equipamento de Proteção Coletiva.................................... 13 • Equipamento de Proteção Individual ................................. 14 Riscos Ambientais.................................................................. 21 • Introdução ......................................................................... 21 • Classificação dos Riscos ................................................... 21 • Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos à Saúde .................................................................. 22 • Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo....... 23 • Riscos Químicos................................................................ 24 • Riscos Físicos.................................................................... 26 • Riscos Biológicos............................................................... 28 • Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 29 • Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 29 • Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 31 Riscos de Eletricidade............................................................ 33 • Introdução ......................................................................... 33 • O que é Eletricidade .......................................................... 33 • Lei de OHM ....................................................................... 34 • Efeitos da Corrente Elétrica ............................................... 35 • Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 36 • Riscos Elétricos ................................................................. 37 _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 3
  • 4. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ • Cuidados nas Instalações Elétricas ................................... 38 • Medidas Preventivas em Instalações Elétricas .................. 39 • Aterramento Elétrico .......................................................... 40 Noções Básicas de Demarcações de Segurança ..... .............41 • Introdução........................................................ .............41 • Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho...........41 Noções Básicas de Combate à Incêndio.. ................ .............49 • Princípios Básicos do Fogo.............................. .............49 • Condições Propícias para a Combustão.......... .............52 • Combustão ...................................................... .............56 • Combate à Incêndio......................................... .............66 • Tipos de Equipamentos para Combate à Incêndios......69 Primeiros Socorros ................................................... .............79 • Introdução........................................................ .............79 • Material necessário para Emergência.............. .............80 • Ferimentos....................................................... .............81 • Hemorragias .................................................... .............85 • Queimaduras ................................................... .............88 • Choque Elétrico ............................................... .............89 • Calor ................................................................ .............90 • Frio .................................................................. .............92 • Estado de Choque ........................................... .............93 • Desmaios......................................................... .............94 • Convulsão........................................................ .............95 • Intoxicações e Envenenamentos ..................... .............96 • Corpos Estranhos ............................................ .............98 • Fraturas e Lesões de Articulação .................... .............99 • Acidentes por Animais Peçonhentos................ ...........101 • Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca ......................103 • Parada Respiratória - Respiração Artificial ..................105 • Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas..........107 Controle Ambiental ...............................................................115 • Meio Ambiente.............................................................115 • Poluição.......................................................................115 • Controle Ambiental na CST .........................................118 • Padronização Ambiental ..............................................118 • Responsabilidade Ambiental ..........................................119 _______________________________________________________________________________________________ __ CST 4 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 5. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Segurança e Higiene do Trabalho Introdução É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à Prevenção, seja ela de acidentes do trabalho ou não. A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas de Prevenção de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, até o nosso ingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e, pior ainda, da empresa em que trabalharemos, é que teremos o primeiro contato com a Prevenção de Acidentes, isso, já na idade adulta! Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que normalmente temos alguma noção de prevenção é no lar, através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nos umas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é, também, no próprio lar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato Inseguro, juntamente, pelo próprio pai. Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir em treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para incutir em seu pessoal o Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização, combater em seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a Qualidade, a Produção e o Custo. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 5
  • 6. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Acidente do Trabalho Definição O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão. Se tal ocorrência estiver relacionada com o exercício do trabalho, estará, então, caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em miúdos: A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-determinado (dia ou hora) para acontecer. É preciso distinguir previsto/imprevisto de previsível/imprevisível. O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente é previsível em função de circunstâncias (uma escada de degraus defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é, existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrência não está prevista, por não estar programada. O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se alguém, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a ocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro que ela não queria ser atacada. O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho (asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito é a ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em relação ao momento da ocorrência (queda = fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional é conseqüência mediata em relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo hoje, saturnismo após algum tempo). O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar somente no risco de provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é o acidente que pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém). A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 18 (Norma Brasileira o n 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos: Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato estando abaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível (movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no mesmo nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão; Aprovisionamento, etc. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 6 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 7. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econômico, cujas conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações de controle e prevenção dos infortúnios ocasionais. Aspecto Humano Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam a integridade física do empregado, para conhecimento do grande índice de pessoas incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência a desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempo indeterminado. Aspecto Social Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas conseqüências sociais, visando a estes dois aspectos: • o acidente do trabalho como efeito; • o acidente do trabalho como causa. Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma inobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se tem em vista as conseqüências dele advindas. Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e proporção, as conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos os aspectos que possam ser apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade, interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do acidente, para não se tornarem vítimas do mesmo. Aspecto Econômico Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, é o prejuízo econômico cujas conseqüências atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e, em uma concepção mas ampla, a própria nação. Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida. Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes variam em função da importância que ela dedica à prevenção de acidentes. A perda ainda que de alguns _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 7
  • 8. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ minutos de atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as proporções quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão. As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo indeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção. Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem para os prejuízos econômicos tanto do empregado quanto da empresa. Identificação das Causas do Acidente É fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que possibilitem impedir ocorrências semelhantes. A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, também, originar-se de falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade, processo de transmissão de características físicas e mentais dos ascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando o ambiente é propício, manifesta-se sob a forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras formas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por exemplo: imprudência, negligência, exibicionismo, insubordinação, etc.). A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitir Condições Inseguras. Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditários e no meio-ambiente da primeira infância do homem. As características indesejáveis, herdadas (hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se através da falha pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a condição insegura e/ou praticar o ato inseguro, que são as causas aparentes do acidente que pode, ou não, resultar em lesão pessoal. Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia admite um novo empregado que terá a ocupação de escarfador. O candidato selecionado é jovem e a CST é sua primeira empresa. Até então, trabalhará no quiosque do pai, na praia de Camburi, o dia todo, à vontade, de sunga, vez por outra tomando uma aguinha de coco, enquanto inspecionava biquínis e similares. Pois bem, esse rapaz começa a trabalhar na CST e, após treinamento, se vê todo equipado para o trabalho; possivelmente, não se adaptará, sentir-se-á agoniado, preso: A SITUAÇÃO É MUITO DIFERENTE E A TENDÊNCIA É CHEGAR AO ACIDENTE. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 8 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 9. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Ato Inseguro O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, comumente aceito. Não é necessariamente a desobediência a norma ou procedimento escrito, mas também àquelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas mesmas circunstâncias uma pessoa prudente agiria da mesma maneira? Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente para não se segurar, na palma da mão, um ferro elétrico aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo um Ato Inseguro. O Ato Inseguro ocorre em três modalidades: Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer. Exemplo: Deixar de impedir equipamento. Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado. Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer. Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela escada. É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de norma/procedimento específico. Quanto às "Comissão" e "Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio bom senso, não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções. Condição Insegura A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja correção não são da alçada do acidentado. A Condição Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais, métodos de trabalho e deficiência administrativa. Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição insegura em quatro classes: Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteção, inadequado, etc. Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.). Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc. Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão inexistente, processo perigoso, método arriscado, supervisão deficiente, etc. A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas elas, derivadas das posições de comando: _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 9
  • 10. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de fazer o que deve ser feito. Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas inseguras. Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência específica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho. Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido. Exemplo: Mandar improvisar ferramenta. É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a causa final de um acidente, ou seja, a ação que deflagrou a ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar o conteúdo do copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a prevenção. Daí, a importância de estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e observação. Aliás, as convivência e observação precisam ser valorizadas. A observação é tão importante que a sua negligência tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condição Insegura. É verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser Condição Insegura, enquadrando-se como "Negligência" da supervisão. Classificação do Acidente O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que provoca, é classificado de duas maneiras: 1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de retornar ao trabalho, em suas funções, no dia imediato ao da ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte ao da ocorrência, a lesão pode ser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (nó) de um dedo. 2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de trabalhar no dia seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente classificado de Lesão Sem Afastamento. É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à gravidade da lesão e do acidente. Podemos ter acidentes até mesmo impessoais de alta gravidade. Padrão Operacional É o estabelecimento do método correto e, consequentemente, seguro de execução do trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante _________________________________________________________________________________________________ __ CST 10 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 11. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ aperfeiçoamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer. O Padrão Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é o Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que, de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho, do seu trabalho. Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa, discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre e mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao Padrão ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas através de Análise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de atualização do Padrão. Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito e receber constantes adequações. O bom Padrão Operacional não sobrevive sem retoques. Busque o Padrão junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador do Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do mesmo. Zele por ele que é seu melhor companheiro. A IMPORTÂNCIA DO DETALHE: "Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida; Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido; pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu; pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida, pela perda da batalha, o reino foi perdido, e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!" Benjamim Frankilin _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 11
  • 12. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Equipamentos de Proteção Introdução A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa enquadrada no Grau de Risco 4 (risco elevado de acidentes) e portanto, podem existir nos locais de trabalho, condições que poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilização dos equipamentos de proteção, que oferecem: Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente. Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento. Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender situação de emergência. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte. As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas. Equipamento de Proteção Individual - EPI Definição O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 12 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 13. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Seleção do EPI A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos como, também, das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá proporcionar. Características e Classificação dos EPI Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger: Proteção da Cabeça Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso se composto de: *Casco: é o capacete propriamente dito; *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto; *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça. O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 13
  • 14. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Proteção dos Olhos Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança utilizados na CST são, comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos. Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a região ocular. Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo. 11 Proteção Facial Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em acrílico, alumínio ou tela de aço inox. Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça _________________________________________________________________________________________________ __ CST 14 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 15. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras. Proteção Respiratória Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc.). Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de ar respirável. Proteção de Membros Superiores Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações ionizantes e não ionizantes. Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes. Proteção Auditiva Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos: *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que é introduzido no canal auditivo. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 15
  • 16. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ *Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema auxiliar de audição (ósseo). O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário. Proteção do Tronco Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e de frio. Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante, perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo uma boa mobilidade ao usuário. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 16 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 17. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Proteção da Pele Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos. Proteção dos Membros Inferiores Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção dos dedos. Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes. Proteção Global Contra Quedas Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 17
  • 19. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Guarda e Conservação do EPI Quando na troca de usuário De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada vez em que há troca de usuário. Guarda do EPI O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção individual e estar conscientizado de que, com a conservação, ele estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento. Conservação do EPI O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientação para isso. Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende do uso correto e constante no trabalho onde exista o risco. Exigência Legal para Empresa e Empregado O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação técnica para operações locais e empregados determinados, é exigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo V da CLT, cuida do Equipamento de Proteção Individual em dois artigos, a saber: "Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados." "Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho - CA. Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigações do empregado, que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida pela empresa. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 19
  • 21. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Riscos Ambientais Introdução Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do trabalho. A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº 09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais - PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação, avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados. Segue-se uma série de informações básicas relativas aos Riscos Ambientais, com enumeração dos principais fatores, das condições possíveis de risco para a saúde e das medidas gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho. Classificação dos Riscos Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos químicos, riscos físicos e riscos biológicos. Riscos Químicos São representados por um grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho. Riscos Físicos São representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões anormais, a vibração e a má iluminação. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 21
  • 22. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Riscos Biológicos São representados por uma variedade de microrganismos com os quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que podem causar doenças. Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos à Saúde Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão expostos a seguir: O tempo de exposição Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa. A concentração do contaminante no ambiente Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas. O quanto a substância é tóxica Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas em relação a uma mesma concentração. A forma em que o contaminante se encontra Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante. A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, então, pela pele. Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 22 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 23. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo humano: Por inalação Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração. Por contato com a pele, ou via cutânea A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir o sangue e causar dano à saúde. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 23
  • 24. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Por ingestão ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão contaminados com quantidades não visíveis de substâncias nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água. Riscos Químicos As substâncias químicas podem estar na forma de gases, vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por exemplo: Vapores Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno. Gases Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o gás sulfídrico. Líquidos Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos também podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à saúde. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 24 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 25. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Névoas ou neblinas Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, onde se formam névoas ou neblinas de ácidos. Fumos Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são pequenas partículas de metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficam suspensos no ar. Poeiras ou pós Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no jateamento de areia ou granalha de aço. Principais Efeitos no Organismo Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam- se, como principais, os seguintes: Irritação Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia (amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os solventes "thinners", e a poeira de caviúna. Asfixia Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno. Anestesia Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando estado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substâncias anestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos: vapores de éter etílico, acetona. Intoxicação Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a pele ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na forma sólida, líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, pó de chumbo (nas tipografias). _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 25
  • 26. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Pneumoconiose Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma alteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causam esse tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeira de sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, carepa de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de algodão. Riscos Físicos Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo aos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por variadas alterações na saúde do empregado. Calor O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas, indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro de certos limites. Quando há exposição excessiva ao calor, pode ocorrer uma série de problemas, como câimbras, insolação ou intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos chamada de catarata. Ruído ou barulho Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no ser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por tempos longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de surdez. Radiação infravermelho É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os mencionados acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, há calor radiante que é emitido em todas as direções. Radiação ultravioleta É um tipo de radiação que está presente principalmente nas seguintes operações: solda elétrica, fusão de metais a temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos geradores de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando queimaduras, eritemas (vermelhidão) na pele, e, também, _________________________________________________________________________________________________ __ CST 26 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 27. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ inflamação nos olhos (conjuntivite). Os efeitos são retardados, aparecendo com maior força 6 a 12 horas após a exposição. Radiações ionizantes Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados), radiografias industriais de controle (gamagrafia). Os efeitos das exposições descontroladas a radiações ionizantes, por mau controle dos processos, são em geral sérios: anemia, leucemia, certos tipos de câncer e efeitos que só aparecem nas gerações seguintes (genéticos). Trabalhos com pressões anormais São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões diferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rígido das operações, principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão normal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho em tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemas nas articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas mais graves que podem ser fatais. Vibrações As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas pesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem, que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após longo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração do corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos rins, enjôos (mal de mar); no caso de vibrações localizadas nas mãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (má circulação do sangue) e problemas nas articulações. O tempo longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no aparecimento desses problemas. Má iluminação A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar, além de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, a uma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos de acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, o que é um efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que exigem atenção e boa visão. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 27
  • 28. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Riscos Biológicos São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave. Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente ao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos, parasitas e outros. Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja em decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pela presença de colegas doentes ou por contaminação alimentar. Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre outras, a infecção por tétano que pode até matar o empregado. Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micróbios que causam hepatite, tuberculose, micose das unhas e da pele. Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e asseio, pode ocorrer contaminação das refeições, tendo como possível conseqüência as diarréias. Para prevenção, usam-se as seguintes medidas: • vacinação; • equipamento de proteção individual; _________________________________________________________________________________________________ __ CST 28 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 29. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ • rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho; • controle médico permanente. Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao ambiente ou ao pessoal: Medidas relativas ao ambiente Substituição do produto tóxico O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidades próximas às do original. Também, deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um produto tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável. Exemplos de substituições corretas: benzeno substituído pelo tolueno; substituição de tintas à base _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 29
  • 30. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ de chumbo por tintas à base de zinco; jateamento com areia substituído por jateamento de óxido de alumínio, etc. Mudança do processo ou equipamento Certas modificações em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura a imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formação de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda (menor barulho). Enclausuramento ou confinamento Consiste em isolar determinada operação do resto da área, diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco. Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de uma máquina ruidosa. Ventilação Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. Exemplos: nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas operações geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peças fundidas. Umidificação Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações, feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde. Exemplos: mistura de areias de fundição, varredura a úmido. Segregação Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle, separa-se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a operação fora do horário normal do resto do pessoal; separar no _________________________________________________________________________________________________ __ CST 30 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 31. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ espaço significa colocar a operação a distância, longe dos demais. O número de pessoas expostas ficará bastante reduzido e aqueles que devem ficar junto à operação irão receber proteção especial. Boa manutenção e conservação Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas formas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, são complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a má manutenção é a causa principal dos problemas ambientais. Os programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas e mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento. Ordem e limpeza Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, em bancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas, pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos. O asseio é sempre importante e onde há materiais tóxicos é importantíssimo, é primordial. A limpeza imediata de qualquer derramamento de produtos tóxicos é importante medida de controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida a aspiração a vácuo; nunca o pó deve ser soprado com bicos de ar comprimido, para efeito de limpeza. É impossível manter um bom programa de prevenção de riscos ambientais sem um preocupação constante nos aspectos de ordem e limpeza. Medidas relativas ao pessoal Equipamento de Proteção Individual O equipamento de proteção individual deve ser sempre considerado como uma segunda linha de defesa, após serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma de proteção, aliada à limitação da exposição. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 31
  • 32. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das suas limitações e vantagens, são aspectos que todo empregado deve conhecer através de treinamento específico, coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e Medicina do Trabalho. Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiança numa proteção inexistente. Limitação de exposição A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante medida de controle onde e quando todas as outras forem impraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) ou econômicos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitação da exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos: controle do tempo de exposição ao calor. às pressões anormais, às radiações ionizantes. Controle Médico Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas fundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa das atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma boa seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas que têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças relacionadas com certas atividades. Os exames médicos periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle de saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores que podem levar a uma doença profissional, num estágio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 32 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 33. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Riscos de Eletricidade Introdução A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalho nas indústrias, acionando máquinas e equipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar em casa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádios televisores, geladeiras, aquecedores etc. A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica) transportada através de condutores (fios elétricos), sendo muito conhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampères (A) e watts (W). A tensão, medida em V (volts), é o potencial elétrico e pode-se fazer analogia com a pressão d'água numa tubulação. Pode-se ter várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde existe tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V para acionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e equipamentos e, mesmo, tensões maiores. A corrente elétrica (I), medida em ampères (A), em analogia com a rede de água, é a vazão. A corrente depende da solicitação do aparelho elétrico, assim como a vazão da torneira depende de quando se abre a válvula. A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência (P), que é medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor). Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica (R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso modo, pode ser comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um escoamento de fluido. Mas, enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca na tubulação, a energia elétrica, que tanto benefício traz, pode matar pelo choque elétrico. O que é Eletricidade Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causados pela eletricidade, é preciso explicar alguns conceitos e algumas características da eletricidade. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 33
  • 34. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Lei de OHM A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessa um condutor está em proporção direta à diferença de potencial e em proporção inversa à resistência do condutor. SÍMBOLO SIGNIFICADO UNIDADE V Corrente volts (V) I Tensão ampères (A) R Resistência Ohms (Ω) Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R. Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa (110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistência elétrica menor será a corrente. Exemplo: V = 110 volts Para R = 10 I = 110/10 = 11 Ampères V = 110 volts Para R = 20 I = 110/20 = 5,5 Ampères Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, é necessário que passe pelo seu corpo uma determinada corrente e, conforme o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa corrente, ter-se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente. Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e da resistência elétrica, e a passagem da corrente elétrica pelo corpo humano depende da resistência elétrica do mesmo. A resistência elétrica do corpo humano depende de diversos fatores, como exemplo variação da tensão aplicada, tipo de pele, os meios internos como vasos sangüíneos e sistema nervoso, tipo de contato e condição da pele. Existem dois tipos principais de resistência do corpo humano, sendo a cutânea (da pele) a que oferece maiores variações de valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir valores maiores. A outra resistência, a dos meios internos, varia menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente. Portanto, a resistência elétrica do corpo humano varia de 1.500 a 100.000 Ohms, em média. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 34 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 35. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Efeitos da Corrente Elétrica Considerando que uma corrente de 25 miliampères pode causar acidentes fatais, e considerando-se uma resistência de 1.500 Ohms para o corpo humano, tem-se: V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentes fatais em casos especiais de contato. Intensidade Estado Possível Perturbações Possíveis Resultado Final (miliampères) de Choque Provável 1 Normal Nenhuma Normal 1a3 Normal Pequena sensação Normal desagradável 3a9 Normal Sensação de choque Normal desagradável; contrações musculares 9 a 20 Morte Sensações dolorosas; Restabelecimento aparente contrações musculares ou Morte violentas; dificuldade de respirar; perturbações circulatórias 20 a 100 Morte Sensação insuportável; Restabelecimento aparente contrações musculares ou Morte violentas; asfixia; perturbação circulatória; desmaios. acima de 100 Morte Desmaios; Morte aparente asfixia imediata; fibrilação ventricular. O tempo de contato com a corrente é muito importante na gravidade dos acidentes, porque, como foi visto na tabela anterior, determinadas intensidades de corrente produzem contrações musculares que levam à asfixia e à fibrilação ventricular, o que, por tempo prolongado, causa acidente fatal ou, então dificulta a recuperação. Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de choque em que as contrações musculares levam à asfixia. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 35
  • 36. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influência para as conseqüências do choque elétrico, pois é mais difícil reanimar uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige um processo de massagem cardíaca, difícil de se executar, do que uma pessoa que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser reanimada com o processo de respiração artificial. Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem de corrente elétrica pelo corpo e a porcentagem de corrente que passa pelo coração: Principais Sintomas Causados pelo Choque As principais conseqüências devidas a choques elétricos podem ser divididas em dois tipos; os que causam: Choques que não causam lesões orgânicas • Os casos de pequenos choques elétricos de simples descargas elétricas de baixa intensidade num intervalo de tempo pequeno, sem causar danos, em que a vítima sente apenas um formigamento no local de contato; • Os choques elétricos um poucos mais fortes, por pouco tempo, quando a pessoa atingida sofre uma violenta contração muscular; • Os choques elétricos em que a vítima, além da violenta contração muscular, sofre um estado de comoção que se dissipa rapidamente; • Os choques elétricos que, causando a contração dos músculos das regiões próximas à do contato, levam a lesões profundas, como queimadura no local e outros acidentes, por exemplo, quedas. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 36 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 37. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Choques que causam lesões orgânicas: A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparente devido a um ou mais fatores que são explicados abaixo: • Inibição do centro respiratório. É o caso em que devido ao choque elétrico os músculos respiratórios se contraem violentamente e perdem a sua capacidade muscular, podendo levar à parada respiratória; • Fibrilação do coração. É o caso em que, após a passagem de uma corrente elétrica pelos músculos do coração, estes entram num estado de batimento insatisfatório, fazendo que o coração não execute a sua função de bombear sangue. Riscos Elétricos Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causar um acidente fatal em determinadas condições. Como a maioria das instalações elétricas são de uma voltagem de 110 V ou mais, sempre existirão perigos potenciais de acidentes elétricos. Os principais tipos de riscos elétricos são: • Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, que poderão ser tocados acidentalmente ou sem conhecimento de que estejam energizados. • Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas carcaças energizadas, devido a falha do isolamento interno da sua fiação, poderão causar choques elétricos quando não aterradas eletricamente e quando a mão do operador estiver úmida ou ele estiver sobre o piso úmido sem calçados apropriados. Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de uma diferença de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso a passagem de corrente elétrica através do seu corpo. Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadear outros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em que a vítima, após o contato com partes energizadas da instalação em lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma queda, se não estiver devidamente segura no local. Existe o risco de se provocar incêndio devido a um condutor subdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, a corrente que passa no condutor é mais que a corrente que ele pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar em deterioração, com conseqüente curto-circuito. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 37
  • 38. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maior resistência elétrica que poderá aquecer o local da ligação. Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazer com que haja a formação do arco voltaico (formação de faísca), o que poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde se armazenam inflamáveis. Cuidados nas Instalações Elétricas Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim: • Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como, por exemplo, não deixar fios, partes metálicas ou objetos expostos que possam ser tocados por pessoas. Em casos de emergência, colocar placas de advertência de forma bem visível com o nome do responsável; • Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de força expostos, com suas partes energizadas oferecendo riscos de contato acidental; • Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através de guardas fixas, como cercas, ou instalá-los em locais que não oferecem perigo; • Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitola da mesma de acordo com a carga (corrente) que irá conduzir, usando para isso, de preferência, as tabelas da NB- 3 da ABNT; • Proteger as instalações elétricas, usando fusíveis e disjuntores para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja desligado, queimando o fusível ou desligando o disjuntor, provocando o corte do fornecimento de energia e com isso não danificando a instalação elétrica e o equipamento; • Ao ligar um aparelho e uma tomada elétrica ou ao fazer uma ligação de um aparelho a uma rede elétrica, verificar se a tensão da linha de fornecimento corresponde à do aparelho e se, ligando-se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha, provocando a queima do fusível, queda de disjuntores ou danos na fiação elétrica; • Não ligar simultâneamente mais de um aparelho à mesma tomada de corrente; • Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico; • Certificar se o circuito elétrico esta energizado ou não, através do detector de tensão; • Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e colocar placas de advertência. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 38 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 39. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Medidas Preventivas em Instalações Elétricas As medidas a seguir têm importância capital na prevenção de acidentes. • Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de qualidade comprovada; • Permitir a instalação e manutenção somente por profissionais qualificados e obedecendo às normas técnicas vigentes no país; • Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado de conservação e manutenção; • Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas, mesmo as de baixa tensão; • Usar somente fios com capacidade adequada para o equipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contra toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos mecanicamente, fazendo-se a instalação aérea ou por eletroduto (conduíte) rígido ou flexível; • Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicas dos equipamentos. Ver, no fim deste capítulo, como aterrar adequadamente máquinas e equipamentos; • Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão, colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os com barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada). Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fatais poderá ser consideravelmente diminuído se medidas de socorros forem postas imediatamente em prática, já que o tempo de exposição à corrente é um fator muito importante no agravamento deste tipo de acidentes. E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeiros socorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelo menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o risco de choques elétricos é alto. Na reanimação de um acidentado, devem-se observar alguns cuidados como, por exemplo: • antes de tocar no corpo da vítima, procurar livrá-la do circuito elétrico, com segurança e rapidez; • não usar as mãos nuas ou qualquer objeto metálico para cortar o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastões isolantes; _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 39
  • 40. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ • verificar se o desligamento da corrente não causará uma grande queda da vítima e, se isto for ocorrer, procurar um meio de ampará-la. Passos a seguir na reanimação: a) desligar imediatamente circuito; b) mover o menos possível a vítima; c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o caso; d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções do Capítulo de Primeiros Socorros; e) afrouxar o colarinho e peças de roupa que impeçam a livre circulação; f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardíaca. Aterramento Elétrico O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminar os riscos: Choque elétrico - proveniente de defeitos de equipamentos elétricos e causado por processos industriais; Incêndios ou explosões - resultantes da manipulação de produtos inflamáveis e/ou explosivos. Além das duas finalidades mencionadas, ele é mais comumente utilizado com o propósito de oferecer segurança aos equipamentos e às instalações elétricas. O emprego do aterramento elétrico, quando visa à proteção de equipamentos e instalações elétricas, normalmente se dá quer como meio de proteção às instalações elétricas, quer como meio de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dos dispositivos como o pára-raios, que visam a proteger as linhas aéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou, então, a evitar a interferência que surge em equipamentos eletrônicos devido à falta do aterramento elétrico. Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem observados na instalação não são tão críticos quanto aqueles dirigidos à proteção de pessoas, por causa dos riscos de choque elétrico e quanto à proteção de instalações, no caso de incêndios e explosões. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 40 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 41. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ A obrigatoriedade do uso do aterramento elétrico como medida de controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, é dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho, através da Norma Regulamentadora nº 10, "Instalações e Serviços em Eletricidade". Noções Básicas de Demarcações de Segurança Introdução Sendo, a visão, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem (aproximadamente 87% das sensações recebidas passam pelo órgão da visão), e como em muito caso há necessidade de uma rápida distinção entre o perigoso e o seguro, ou da localização de certos equipamentos, com segurança e rapidez, resolveu-se padronizar o uso das cores. Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de incêndio, localizar os equipamentos de combate ao fogo, com rapidez, distinguir os dispositivos de parada de emergência de máquinas ou notar suas partes perigosas. O uso de tubulações pintadas em cores padronizadas permite distinguir cada elemento transportado em uma tubulação entre diversas tubulações existentes dentro de uma empresa. Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas empresas para a condução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos. Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 41
  • 42. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ As cores aqui adotadas serão as seguintes: • Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, púrpura, lilás, cinza, alumínio, marrom. A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou a identificação por palavras. Vermelho O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado para identificar: • Caixa de alarme de incêndio; • Hidrantes; • Bombas de incêndio; • Sirene de alarme de incêndio; • Extintores e sua localização; • Indicações de extintores (visível à distância, dentro da área de uso do extintor); • Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho); • Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água; • Transporte com equipamentos de combate a incêndio; • Portas de saídas de emergência; • Rede de água para incêndio (SPRINKLERS); • Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica). A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo: • Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; • Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 42 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 43. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Amarelo Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liqüefeitos. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 43
  • 44. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando: • Partes baixas de escadas portáteis; • Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; • Espelhos de degraus de escadas; • Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões; • Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; • Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de carregamento; • Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; • Paredes de fundo de corredores sem saída; • Vigas colocadas à baixa altura; • Cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, etc; • Equipamentos de transporte e manipulação de material tais como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc; • Fundos de letreiros e avisos de advertência; • Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e equipamentos em que se possa esbarrar; • Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas; • Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto); • Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; • Pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. Branco O branco será empregado em: • Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); • Direção e circulação, por meio de sinais; • Localização e coletores de resíduos; • Localização de bebedouros; _________________________________________________________________________________________________ __ CST 44 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 45. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ • Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; • Áreas destinadas à armazenagem; • Zonas de segurança. Preto O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.). O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este quando condições especiais o exigirem. Azul O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. • Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos. Será também empregado em: • Canalizações de ar comprimido; • Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção; • Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência. Verde O verde é a cor que caracteriza "segurança". Deverá ser empregado para identificar: • Canalizações de água; • Caixas de equipamentos de socorro de urgência; • Caixas contendo máscaras contra gases; • Chuveiros de segurança; • Macas; • Fontes lavadoras de olhos; • Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc; _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 45
  • 46. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ • Porta de entrada de salas de curativos de urgência; • Localização de EPI; caixas contendo EPI; • Emblemas de segurança; • Dispositivos de segurança; • Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica). Laranja O laranja deverá ser empregado para identificar: • Canalizações contendo ácidos; • Partes móveis de máquinas e equipamentos; • Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; • Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; • Faces externas de polias e engrenagens; • Botões de arranque de segurança; • Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas; Púrpura A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Deverá ser empregada a púrpura em: • Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; • Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; • Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados; • Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares. Lilás O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 46 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 47. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Cinza Cinza Claro O cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo. Cinza Escuro O cinza escuro deverá ser usado para identificar eletrodutos. Alumínio O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liqüefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.). Marrom O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores. Cores em Máquinas O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde. Cores em Canalizações As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes. Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais. Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.), a diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica. A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite facilmente a sua visualização em qualquer parte da canalização. Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo com a natureza do produto a ser transportado. O sentido de transporte de fluido, quando necessário, será indicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 47
  • 48. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Para fins de segurança pelo mesmo sistema de cores que as canalizações. Sinalização para Armazenamento de Substância Perigosas O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões internacionais. Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância perigosa todo o material que seja, isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho. Símbolos para Identificação dos Recipientes na Movimentação de Materiais Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo, aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas técnicas sobre simbologia vigentes no país. Rotulagem Preventiva A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as normas constantes deste item. Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fácil compreensão. A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a uma produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. Onde possa ocorrer misturas de duas ou mais substâncias químicas, com propriedades que variem, em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo deverá destacar as propriedades perigosas do produto final. Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos: • Nome Técnico do Produto; • Palavra de Advertência, designando o grau de risco; • Indicações de Risco; • Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas; • Primeiros Socorros; • Informações Para Médicos, em casos de acidentes; • Instruções Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou Vazamento, quando for o caso. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 48 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 49. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ No cumprimento do disposto no item anterior dever-se-á adotar o seguinte procedimento: Nome Técnico Completo O rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo: "Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquer situação a identificação deverá ser adequada, para permitir a escolha do tratamento médico correto, no caso de acidente. Palavra de Advertência As palavras de advertência que devem ser usadas são: "PERIGO" - para indicar substâncias que apresentam alto risco. "ATENÇÃO" - para substâncias que apresentam risco leve. Indicação de Risco As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do produto. Exemplos: "Extremamente Inflamáveis", "Nocivo se Absorvido Através da Pele", etc. Medidas Preventivas Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Faíscas e Chamas Abertas" e "Evite Inalar a Poeira". Primeiros Socorros Medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada do médico. _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 49
  • 50. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Noções Básicas de Combate à Incêndio Princípios Básicos do Fogo Para nossa própria segurança, devem-se conhecer os dois aspectos fundamentais da proteção contra incêndio. O primeiro aspecto é o da prevenção de incêndios, isto é, evitar que ocorra o fogo, utilizando certas medidas básicas, as quais envolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens: a) as características do fogo; b) as propriedades de risco dos materiais; c) as causas de incêndios; d) o estudo dos combustíveis. Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente, para que sejam minimizadas suas conseqüências. A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se, ainda: _________________________________________________________________________________________________ __ CST 50 Companhia Siderúrgica de Tubarão
  • 51. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ a) conhecer os agentes extintores; b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios; c) saber avaliar as características do incêndio, o que determinará a melhor atitude a ser tomada. Pode-se definir o fogo como a conseqüência de uma reação química denominada combustão, que produz calor ou calor e luz. Para que ocorra essa reação química, dever-se-á ter, no mínimo, dois reagentes que, a partir da existência de uma circunstância favorável, poderão combinar-se. Os elementos essenciais do fogo são: • combustível (carbono, hidrogênio) • comburente (oxigênio); • calor (energia de ativação). Combustível Em síntese, combustível é todo material, toda substância que possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão. Os combustíveis podem apresentar-se em 3 estados físicos: • sólido (madeira, papel, tecidos, etc.); • líquido (álcool, éter, gasolina, etc.); • gasoso (acetileno, butano, propano, etc.). _________________________________________________________________________________________________ __ SENAI Departamento Regional do Espírito Santo 51
  • 52. Espírito Santo _________________________________________________________________________________________________ __ Comburente Normalmente, o oxigênio combina-se com o material combustível, dando início à combustão. O ar atmosférico contém, na sua composição, cerca de 21% de oxigênio. Para demonstrar a importância do oxigênio na reação, recomendamos a seguinte experiência: 1º acender uma vela; 2º colocar um copo de material resistente ou um recipiente de vidro sobre a vela. Observe que a chama diminuirá gradativamente até a extinção do fogo; isso porque o oxigênio existente no recipiente vai sendo consumido na reação, até atingir uma quantidade insuficiente para mantê-la. Genericamente, o comburente é definido como "mistura gasosa que contém o oxidante em concentração suficiente para que em seu meio se desenvolva a reação de combustão". Calor É o elemento que fornece a energia de ativação necessária para iniciar a reação entre o combustível e o comburente, mantendo e propagando a combustão, como a chama de um palito de fósforos. Note-se que o calor propicia: a) elevação da temperatura; b) aumento do volume dos corpos; c) mudança no estado físico das substância. _________________________________________________________________________________________________ __ CST 52 Companhia Siderúrgica de Tubarão