O documento descreve a história da fotografia desde sua invenção até o surgimento da fotografia digital, gerando debates sobre as diferenças entre as abordagens analógica e digital e seus impactos na profissão de fotógrafo.
A evolução da linguagem fotográfica: da câmera obscura ao digital
1.
2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - DECOM
CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - TURMA: 2011.2 - 1º PERÍODO
COMPONENTE CURRICULAR: LINGUAGEM FOTOGRÁFICA I
PROFESSORA: HIPÓLITO LUCENA
ALUNOS (AS):
DIEGO HENRIQUE GOMES SILVEIRA
ELAINE DE LIMA SILVA
FRANKLIN JOSÉ PEREIRA LEITE
GEORGIA EUGÊNIO DOS SANTOS
ROSÂNGELA SILVA FERREIRA
TAYSE ERYSLAINE DE MORAIS SANTOS FRANKLIN
WELLINGTON SERGIO DE SOUSA
3. A invenção da fotografia foi o resultado da combinação
de duas técnicas científicas desenvolvidas ao longo dos
séculos:
ÓTICA
Câmera obscura (século V a.C)
QUÍMICA
Fotossensibilidade (século XIX)
4. Câmera obscura
É um ambiente totalmente vedado onde a luz irá
penetrar por um pequeno orifício projetando para seu
interior uma imagem invertida.
5. A câmera obscura tornou acessório básico também para
pintores e desenhistas, inclusive pelo gênio das artes
plásticas Leonardo Da Vinci (1452 – 1519).
6. Fotossensibilidade
Na virada do século XVII para o XVIII, as imagens feitas
por meio de câmeras obscuras não resistiam à luz e ao
tempo, desaparecendo logo após a revelação.
Em 1816 o francês Joseph Nicéphore Niépce utilizou
uma placa de estanho coberta com um derivado
de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia.
Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura
com a luz do Sol.
7. E então surgiu a primeira fotografia permanente no
mundo.
8. Daguerre, ao perceber as limitações do betume da
Judéia e dos métodos utilizados por seu sócio, decide
prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata
halógena.
Suas experiências consistiam em expor, na câmera
obscura, placas de cobre recobertas com prata polida e
sensibilizadas com vapor de iodo, formando uma capa
de iodeto de prata sensível à luz.
Dando origem ao daguerreótipo , um método de gravar
imagens por meio da câmera escura.
9. Primeira daguerreótipo registrada na história 1837.
10. Com o anúncio da gravação da imagem por Daguerre
na Europa logo se instituiu uma grande polêmica entre
os pintores.
Eles não admitiam que a fotografia pudesse ser
reconhecida como arte, uma vez que era produzida com
auxilio físico e químico.
Deu início ao movimento impressionista.
O nome do movimento é derivado da obra
Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet, um
dos maiores pintores que já usou o impressionismo.
12. A discussão retorna, de algum modo, nos dias de
hoje, envolvendo duas formas distintas de captação de
imagens, a fotografia analógica e a fotografia digital.
Analógica
Digital
13. Desde que foi descoberta, a fotografia analógica pouco
evoluiu.
No século XX a fotografia passou a ser utilizada em
grande escala pela imprensa mundial, em amplas
reportagens fotográficas, fazendo aumentar
naturalmente a exigência de profissionais que
trabalhavam com fotojornalismo.
E então começou a evolução desses equipamentos.
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15. A profissão de fotógrafo passou a ser cobiçada em todo
o mundo, revelando profissionais altamente
qualificados, e, até, adorados em vários países.
O fotojornalismo mundial, mostrou e ainda mostra muita
criatividade e ousadia em suas fotografias, fazendo
delas verdadeiras obras de artes, admiradas por
milhões de pessoas.
Diz o dito popular que uma imagem vale mais que mil
palavras; em determinadas ocasiões valem bem mais.
Às vezes, uma simples fotografia pode mudar o
mundo, fazer tremer a toda uma sociedade.
16.
17. Com o surgimentos da fotografia digital, no final dos
anos 1980, todo o glamour conquistado pela fotografia
analógica tende a entrar em declínio.
A evolução dos equipamentos digitais aponta para o
aniquilamento gradual da fotografia analógica nos
próximos anos.
A fotografia digital provocou uma ruptura entre os
profissionais da imagem, principalmente
fotojornalistas, dando origem a três categorias de
profissionais no mercado.
18. A primeira categoria, a dos fotógrafos
veteranos, conhecidos como geração analógica, é
formada por profissionais que sempre se dedicaram à
velha forma de captação de imagens.
Essa geração levanta questões relevantes em defesa da
fotografia tradicional e, conseqüentemente, coloca a
fotografia digital em plano inferior.
A “velha guarda” vê problemas éticos na manipulação e
tratamento das imagens.
19. A fotografia digital é um processo recente e sua
manipulação merece regulamentação específica, de
modo a evitar transtornos causados por profissionais
inescrupulosos que acreditam que tudo é possível para
se obter uma notícia em primeira mão.
Vejamos um exemplo, que não deverá ser seguido.
20. SÃO PAULO - Uma suposta imagem do terrorista Osama Bin Laden
morto tem circulado na rede desde as primeiras horas de hoje.
Porém, a imagem é falsa e foi feita a partir de manipulação digital.
21. No meio desse conflito de idéias encontramos a
segunda geração de profissionais do fotojornalismo, que
participa ativamente da transição da fotografia analógica
para a digital.
São profissionais que se preparam para sobreviver no
mercado fotográfico atual, pois dominam a fotografia
analógica e buscam conhecimento na área digital.
Esses profissionais têm plena consciência da
importância e necessidade do mercado.
22. A terceira e última categoria é a dos profissionais da
chamada geração digital.
Essa geração tem como características o consumismo e
o cultivo do descartável, comuns aos dias de hoje.
A preocupação em conhecer as técnicas, mesmo que
antigas, não faz parte do vocabulário dessa geração de
foto-jornalistas, que prefere os termos
“deletar”, “bits”, “dpi” etc., próprios da linguagem da
fotografia digital.
23. O grande conflito da nossa época século XXI
Os fotógrafos da era digital são acusados de falta de
domínio dos métodos e técnicas utilizados na
fotografia, como luz, filtros, velocidade do
obturador, entre outros.
Os equipamentos digitais são em sua grande maioria
automatizados, não permitindo ao profissional o controle
manual de suas ações.
24. A geração digital é facilmente reconhecida em eventos
ou coberturas jornalísticas.
Por não utilizar o visor da
câmera para fotografar.
Além disso, a visualização
imediata da imagem captada
provoca um outro fenômeno
típico da fotografia
digital, que é a pré-edição
do material.
25. Todos esses questionamentos, com suas verdades e
mentiras, devem levar à reflexão e ao debate.
O segmento fotográfico em geral e o fotojornalismo em
particular se vêem hoje diante de uma oportunidade
muito grande de refletir sobre o momento histórico que a
fotografia atravessa.
Há problemas de ordem ética e estética envolvendo a
fotografia analógica e digital.
26. Acontecimentos recentes mostram o sério problema da
manipulação e fabricação de imagens, de modo a torná-
las mais realistas e sedutoras, sem ética, sem
escrúpulos.
A edição sempre ocorreu com a fotografia, inclusive a
montagem.
Esse excesso de edição das imagens, que começa com
o fotógrafo em campo e finaliza no editor, preocupa a
todos aqueles que usam a fotografia como ferramenta
de pesquisa e documentação.
27. Com todo esse avanço tecnológico, faz-se necessário
discutir o papel do fotojornalista a partir do surgimento
da fotografia digital.
Não se pode descartar o digital. Mas também não se
pode simplesmente abandonar o analógico, sem
qualquer preocupação com o passado, o presente e o
futuro.
Afinal, o que seria da memória dos séculos XIX e XX se
não fossem as fotografias produzidas em negativos, que
armazenam até hoje imagens importantes de nossa
história?
28.
29.
30. “As tentativas para se conseguir uma bela fotografia
fazem com que as imagens geradas através das
lentes não fiquem apenas gravadas na mente de
quem as realiza, mas sim impressa nos corações
daqueles que as vêem com os mesmos olhos.”
Gero Hoffmann