O documento descreve uma sequência de 5 aulas sobre vírus para alunos de 6a série/7o ano. As aulas abordam características de vírus, transmissão de doenças virais e prevenção através de discussões, pesquisas na internet e construção de maquetes. A avaliação será por meio de apresentação da maquete e elaboração de um mapa conceitual.
2. Público Alvo: Alunos da 6° série/ 7° ano
Tempo Previsto: 5 aulas
Conteúdos e temas: Vírus- características, transmissão e prevenção de doenças da região.
Competências e Habilidades: Analisar as principais características da estrutura do vírus;
Reconhecer em que tipo de técnica os microrganismos são visualizados; Comparar o tamanho
de um vírus com o tamanho de células e identificar algumas viroses, suas causas sintomas e
prevenção.
Estratégias: Atividade de organização de conhecimentos prévios a partir de discussão em roda
de conversa, interpretação de texto e imagens.
Recursos: Livro didático, laboratório de informática para pesquisa, materiais para maquete
(garrafa pet, arame, guache, massa de modelar, papel canson, entre outros). Texto de
orientação para confecção do mapa conceitual.
Avaliação: Apresentação da maquete e elaboração de um mapa conceitual.
3. Aula 1
Iniciarei organizando os alunos em uma roda de conversa onde serão questionados sobre
as doenças causadas por vírus que conhecem ou já ouviram falar (H1N1, HIV, gripe,
Herpes....), iremos discutir as formas de contagio e prevenções dessas doenças e se existe
ou não tratamento, a seguir apresentarei em Power point figuras de vírus e questionarei
sobre as formas dos vírus e suas estruturas, se existe semelhança e quais as diferenças,
anotarei na lousa as respostas e organizarei em seguida os conceitos. Para isso farei os
seguintes questionamentos:
•Existe diferenças entre os vírus quanto ao tamanho, forma, estruturas?
•O que vocês acham que são as estruturas que aparecem na membrana e para que elas
servem?
•Como será que os vírus entram na célula?
Anotarei as respostas dos alunos, que deverão ser bem diversificadas para retomada
posterior.
4. Aula 2
Em outro momento os alunos serão encaminhados ao laboratório de informática para
assistirem vídeos no youtube (colocar os vídeos e os links de textos e imagens que
mostram o ciclo reprodutivo dos vírus) sobre a estrutura do vírus e seu ciclo de vida,
discutiremos que esses seres só podem se reproduzir dentro de outra célula, sendo
classificados como endoparasitas obrigatórios, pois não possuem as estruturas necessárias
para produzir proteínas. Farei comparações sobre o que responderam na aula anterior
sobre as estruturas virais com as observações realizadas nos vídeos. A seguir solicitarei
que pesquisem sobre a importância das campanhas de vacinação e porque para alguns
vírus não existe vacina especifica.
Links a serem acessados:
•http://www.youtube.com/watch?v=hIfeUdfmhP4http://www.youtube.com/watch?v=_CFQ9
•http://www.youtube.com/watch?v=lBn3SNO04UU
•http://www.youtube.com/watch?v=BviXx72tgTQ
5. Aula 3
A próxima etapa será a montagem e apresentação da maquete de algum vírus, para
isso serão divididos em 4 grupos e terão que pesquisar a estrutura do vírus de
alguma doença específica, irei orientá-los para que cada grupo apresente uma
estrutura viral diferente e serão desafiados a responder 2 questões:
1) Qual é a principal estrutura do vírus construído por vocês?
2) Qual é o principal constituinte do vírus que permite sua proteção e identificação
na célula?
Imagem retirada de http://boatos.org/tecnologia/hoax-cnn-alerta-virus-atualizacao-windows-live.html, acessado em 15/09/2013.
6. Aula 4
Neste momento apresentarei um texto da Revista Ciência Hoje das Crianças, que
trata de maneira bem simplificada a estrutura viral, para que interpretem tirando
eventuais dúvidas que ainda permaneçam:
Um "não o sei o quê" muito chato
É um bicho? É uma planta? É uma bactéria? Nada disso: é um vírus, uma criaturinha tão estranha que, coitadinho, não pode nem ser chamado de ser
vivo...Os vírus são tão "singulares" que não se encaixam em nenhum dos cinco reinos em que estão divididos os seres vivos do nosso planeta - Monera, que
são as bactérias; Protista, onde "reinam" as algas, Fungi, o reino dos fungos; Plantae, que são as plantas e Animalia que somos nós, os animais.
Mas...o que é que os vírus têm de tão diferente? Bom, para começo de conversa eles são acelulares, ou seja, não são "feitos" de células. "Grande coisa...",
você pode estar pensando, mas é uma grande coisa mesmo: as células são o "material" básico para se construir seres vivos! Das minúsculas bactérias aos
gigantescos elefantes, tudo que é vivo na Terra é feito de células!
E do que é que são feitos então os vírus?
Um embrulhinho de ácido nucléico
Um vírus parece um "micropresentinho malvado". Micro porque ele é muito pequeninho, e a gente só consegue enxergá-lo usando um microscópio
eletrônico. Presentinho porque essa criatura não passa de um tipo de "papel de embrulho" em que estão guardados os ácidos nucléicos. Mas vamos
explicar isso melhor: o tal do "embrulho" do vírus é chamado de capsídeo. Ele é feito de proteínas, e serve para guardar os ácidos nucléicos. Em alguns
vírus, o capsídio é mais sabido e serve também para "reconhecer" as células nas quais ele quer se hospedar.
E esses ácidos nucléicos, o que é que são? Ora bolas, são o DNA e o RNA, o "ingrediente" principal dos nossos genes...e dos vírus também. Mas, enquanto
os seres vivos têm tanto o RNA quanto o DNA, os vírus só podem escolher um deles: ou DNA, ou RNA, nunca os dois ao mesmo tempo. E é esse material
genético que permite que o "presentinho" faça as suas maldades por aí...
Os vírus em ação!
Os cientistas dizem que os vírus são "parasitas intracelulares obrigatórios". Esse "palavrão" quer dizer que os vírus só conseguem viver quando estão
morando dentro de uma célula. Mas, espera aí: como é que eles podem "viver" se não são seres vivos? É justamente aí que fica a maior esquisitice dos
vírus. Quando estão fora das células, eles não tem nenhuma atividade: não se movem, não se reproduzem, não se alimentam e nem respiram. Essa forma
"catatônica" dos vírus é chamada de vírion.
Mas quando um vírion dá de cara com uma célula...a coisa muda de figura. Rapidinho ele se enfia dentro da pobre célula e, hospedado na coitadinha, o
vírion vira vírus (isso está parecendo um trava-línguas) e começa a se comportar como um ser vivo!
O problema é que o vírus não é um hóspede nem um pouco educado: quando entra na célula, ele "hipnotiza" a infeliz e faz com que ela comece a fazer só o
que o malvado vírus manda. E sabe o que ele obriga a célula "anfitrã" a fazer? Novos vírus! É isso aí, a célula vira uma fábrica de vírus funcionando a todo
vapor! Em 20 minutos, a "escrava" já fabricou centenas de novos vírus!
E, se por acaso essa célula estiver no seu corpo...você fica logo doente! As doenças causadas por vírus vão de uma simples gripe até a AIDS, que é fatal.
Deu para sacar que esse micro-sei-lá-o-quê não é nada bonzinho...
Extraído de http://www.canalkids.com.br/cultura/ciencias/biologia/vocesabia/index.htm. Acessado em 19/09/2013.
7. Aula 5
Aprofundamento
Como aprofundamento apresentarei uma notícia da atualidade:
Vacina contra dengue será testada no Brasil
Nos EUA, vacina foi testada em animais e humanos, com resultados positivos
Pesquisadores do Instituto Butantan, entidade parceira da USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com com os Institutos
Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (os chamados NIH - National Institutes of Health), desenvolveram uma vacina contra a
dengue. Os testes em seres humanos no Brasil foram autorizados neste mês pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Nos Estados Unidos, a vacina já foi testada em animais e em seres humanos, com resultados positivos.
Para Alexander Precioso, diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan, uma das principais
dificuldades encontradas na produção da vacina é a existência de quatro tipos de vírus que causam dengue — cada um com
características próprias. "A vacina precisa proteger as pessoas contra os quatro vírus ao mesmo tempo", explica o médico.
Existem diferentes abordagens para a obtenção de uma vacina: uso de proteínas recombinantes, inativação ou atenuação do vírus,
entre outras. Na vacina testada pelo Instituto Butantan, os quatro vírus foram atenuados, ou seja, sofreram modificações específicas
em seu genoma que os tornaram menos ativos. Assim, o organismo de quem tomar a vacina vai identificar os vírus enfraquecidos e
passar a produzir anticorpos contra eles, sem, entretanto, desenvolver a doença.
"O critério de escolha [para essa abordagem] do Instituto levou em conta a parceria de pesquisa que existe entre o Butantan e os
NIH, e o fato de acreditarmos que o uso dos vírus atenuados teriam o potencial de causar a imunidade desejada", relata o
pesquisador.
Vacina imunogênica
Os vírus foram identificados e modificados nos Estados Unidos e, então, encaminhados para o Instituto Butantan, onde foi realizada
a cultura desses vírus e a produção da vacina brasileira. A vacina que foi testada nos voluntários americanos foi produzida nos
Estados Unidos e, lá, demonstrou ser imunogênica: as pessoas produziram anticorpos contra os quatro tipos de vírus. Agora, os
pesquisadores irão testar a vacina produzida no Brasil em brasileiros.
"Os EUA não são um país endêmico de dengue. Por isso é importante testar a vacina no Brasil, em uma população exposta ao risco
de contrair dengue", justifica Precioso.
Os testes realizados no Brasil correspondem à fase II do estudo, que está dividido em duas partes. Em um primeiro momento, 50
voluntários que nunca tiveram dengue serão vacinados. "Esse perfil é mais parecido com o dos voluntários dos EUA, então vamos
ter uma boa comparação", explica Precioso.
Esses primeiros voluntários serão recrutados pelo Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP
(FMUSP). São adultos, de ambos os sexos e saudáveis.
8. A segunda parte do estudo vai aplicar a vacina em outros 250 voluntários, recrutados pelo Instituto Central e pelo Instituto da
Criança, ambos do HC da FMUSP, e pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribierão Preto (HCFMRP). Esses
voluntários também serão adultos, mas podem ou não ter tido dengue antes.
O objetivo da fase II dos estudos, segundo Precioso, é demonstrar o perfil de segurança da vacina, ou seja, identificar possíveis
efeitos adversos tanto no local de aplicação como os efeitos sistêmicos, e verificar se ela é capaz de levar à produção do anticorpo.
Após o teste nos 300 voluntários, terá início a fase III do estudo. Nela, será recrutada uma quantidade muito maior de voluntários,
representando outras regiões do Brasil e diferentes faixas etárias. Depois dessa terceira etapa, os resultados estatísticos poderão
dizer se a vacina realmente funciona. Se a vacina for eficaz e segura, ela poderá, finalmente, ser registrada pela Anvisa.
"A intenção do Instituto Butantan é disponibilizá-la para o Ministério da Saúde para que ela entre no calendário nacional de
vacinação", espera Precioso. A expectativa é que a vacina esteja disponível para a população em 2018.
Retirado do endereço http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/09/19/vacina-contra-dengue-sera-testada-no-brasil.htm,
acessado em 19/09/2013.
Após a leitura compartilhada faremos um debate sobre o texto, estimulando os alunos a exporem suas opiniões sobre as implicações médicas,
éticas e sociais de uma vacina em implantação e dos testes realizados com voluntários.
O término das aulas se dará com a apresentação das maquetes e elaboração de mapas conceituais sobre os mecanismos de contaminação viral
que serão os instrumentos de avaliação.
9. Antes de solicitar a construção de um mapa conceitual, será necessário orientar os alunos sobre os processos envolvidos na
elaboração desse gênero textual.
Como construir um mapa conceitual
1. Identifique os conceitos-chave do conteúdo que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.
2. Ordene os conceitos, colocando os mais gerais, mais inclusivos, no topo do mapa e, gradualmente, vá agregando os demais até completar o
diagrama de acordo com o principio da diferenciação progressiva. Algumas vezes é difícil identificar os conceitos mais gerais, mais inclusivos;
nesse caso é útil analisar o contexto no qual os conceitos estão sendo considerados ou ter uma ideia da situação em que tais conceitos devem
ser ordenados.
3. Se o mapa se refere, por exemplo, a um parágrafo de um texto, o número de conceitos fica limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa
incorpora também o seu conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.
4. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave que explicitem a relação entre os conceitos. Os
conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma proposição que expresse o significado da relação.
5. Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação. No entanto, o uso de muitas setas acaba por transformar o mapa
conceitual em um diagrama de fluxo.
6. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque relações horizontais e cruzadas.
7. Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos correspondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.
8. Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre e alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a
outros que estão mais relacionados. Nesse caso, é útil reconstruir o mapa.
9. Talvez neste ponto você já comece a imaginar outras maneiras de fazer o mapa, outros modos de hierarquizar os conceitos. Lembre-se que
não há um único modo de traçar um mapa conceitual. À medida que muda sua compreensão sobre as relações entre os conceitos, ou à
medida que você aprende, seu mapa também muda. Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o faz
no momento em que o faz.
10. Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos
conceitos, a inclusão de alguns que não lhe parecem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais. O mapa conceitual é um
bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.
10. Antes de solicitar a construção de um mapa conceitual, será necessário orientar os alunos sobre os processos envolvidos na
elaboração desse gênero textual.
Como construir um mapa conceitual
1. Identifique os conceitos-chave do conteúdo que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.
2. Ordene os conceitos, colocando os mais gerais, mais inclusivos, no topo do mapa e, gradualmente, vá agregando os demais até completar o
diagrama de acordo com o principio da diferenciação progressiva. Algumas vezes é difícil identificar os conceitos mais gerais, mais inclusivos;
nesse caso é útil analisar o contexto no qual os conceitos estão sendo considerados ou ter uma ideia da situação em que tais conceitos devem
ser ordenados.
3. Se o mapa se refere, por exemplo, a um parágrafo de um texto, o número de conceitos fica limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa
incorpora também o seu conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.
4. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave que explicitem a relação entre os conceitos. Os
conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma proposição que expresse o significado da relação.
5. Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação. No entanto, o uso de muitas setas acaba por transformar o mapa
conceitual em um diagrama de fluxo.
6. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque relações horizontais e cruzadas.
7. Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos correspondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.
8. Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre e alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a
outros que estão mais relacionados. Nesse caso, é útil reconstruir o mapa.
9. Talvez neste ponto você já comece a imaginar outras maneiras de fazer o mapa, outros modos de hierarquizar os conceitos. Lembre-se que
não há um único modo de traçar um mapa conceitual. À medida que muda sua compreensão sobre as relações entre os conceitos, ou à
medida que você aprende, seu mapa também muda. Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o faz
no momento em que o faz.
10. Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos
conceitos, a inclusão de alguns que não lhe parecem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais. O mapa conceitual é um
bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.