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Biologia 12
ABIOLOGIAE OSDESAFIOSDAATUALIDADE
I– Reprodução,Genética e Imunidade
Unidade 3 – Imunidade e controlo de doenças
Sistema imunitário
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 2
Sistema imunitário…
 Engloba o conjunto de defesas contra microrganismos
e células estranhas ao nosso organismo, como sejam
as bactérias, vírus, protistas e fungos que se
propagam, normalmente, através da água, ar,
alimentos, contato físico, espirros, tosse, relações
sexuais, picada de animal...
 É essencialmente composto por estruturas, tecidos e
órgãos linfoides, onde são fabricados e amadurecidos
os principais elementos defensivos - os glóbulos
brancos ou leucócitos.
 Os principais agentes patogénicos (microrganismos
que causam doenças), os que causam maior número
de doenças e com maior gravidade são as bactérias e
vírus.
 É constituído por duas linhas de defesa: específica e
não específica. Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 3
Agentes patogénicos
 Os vírus são seres diminutos, visíveis
apenas ao microscópio eletrónico. São
constituídos apenas por duas classes de
substâncias químicas: proteínas e ácidos
nucleicos.
 Ácidos nucleicos: uns por RNA, como por
exemplo o vírus do HIV e da Hepatite A,
outros por DNA, como por exemplo o
Herpes e Hepatite B. Não têm
simultaneamente os dois ácidos nucleicos,
ou um ou outro.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 4
Vírus
 As proteínas: formam uma camada que forma
um invólucro, a cápside. Podem ainda conter
mais material proteico, como enzimas e outras
proteínas. Alguns vírus, têm ainda uma camada
mais externa criada a partir da célula hospedeira,
onde os vírus se multiplicam.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 5
Vírus
 São seres que não possuem estrutura celular,
acelulares e precisam de células que os hospedem.
Por isso, todos os vírus são parasitas intracelulares
obrigatórios, só se manifestam dentro de células
vivas, e quando invadem estas células, o vírus faz
com que a célula hospedeira, funcione em
exclusividade na reprodução de novos vírus.
 Para se ter uma ideia um único vírus pode em 20
minutos, originar centenas de novos vírus.
 A infeção viral, geralmente causa profundas
alterações no metabolismo celular, podendo levar à
morte das células afetadas.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 6
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 7
http://leandromatheusbioifes.files.wordpress.com/2011/02/particu
las.jpg
 Se é relativamente fácil destruir bactérias e
fungos com antibióticos, o mesmo não se passa
com os vírus.
 A forma mais eficaz para nos proteger de vírus
são através de vacinas.
http://saberviver.org.br/publicacoes/como-o-virus-age-no-
organismo-e-como-os-remedios-atuam/
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 8
Visão geral de um ciclo de replicação viral
hipotético
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 9
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
1. Adsorção; 2. Entrada; 3. Desnudamento; 4. Transcrição e tradução; 5.
Replicação do genoma; 6. Montagem; e 7. Libertação.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 10
1. Absorção - dá-se por meio da interação entre
proteínas virais, presentes no envelope ou no capsídeo,
e recetores celulares que se encontram na membrana
plasmática, virados para o meio extracelular. Se o vírus
não possui invólucro membranar, entra na célula por
endocitose.
2. Os vírus vão introduzir o seu material genético no
interior da célula, a fim de que este seja processado
(transcrito, traduzido, replicado). Os vírus penetram no
hialoplasma e dá-se a degradação das proteínas do
capsídeo para libertação dos ácidos nucleicos. Para
alcançar o ambiente intracelular, cada vírus utiliza um
mecanismo particular. Entre os principais mecanismos
(veja imagem abaixo), estão: Endocitose, fusão e
translocação.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 11
3. Desnudamento – é o processo que leva à
libertação do material genético no meio
intracelular.
4. Transcrição e tradução – Para os vírus que
contém DNA, a replicação ocorre dentro do
núcleo da células hospedeira e o mRNA do vírus
migra para o citoplasma e os ribossomas
traduzem o mRNA e produzem as proteínas do
vírus.
O ácido nucleico e as proteínas organizam-se de
uma forma espontânea e aproximam-se da
membrana celular do hospedeiro, rodeando-se
por esta forma novos vírus que abandonam a
célula.
5. A replicação ocorre normalmente onde se dá
a transcrição e envolve a participação de
polimerases (DNA polimerase ou RNA
polimerase).
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 12
6. a Libertação ocorre por lise ou por
abrotamento, caso o vírus seja
envelopado (o vírus é “envelopado” pela
membrana interna da célula hospedeira).
https://lookfordiagnosis.com/mesh_info.ph
p?term=Brotamento+Viral&lang=3
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 13
Eventos finais da replicação viral:
1. Transporte do genoma (DNA ou RNA) para o
sítio de processamento (núcleo ou citosol)
2. Transcrição (síntese de mRNA)
3. Síntese de proteínas não estruturais
4. Replicação do material genético
5. Síntese de proteínas estruturais
6. Montagem dos nucleocapsídeos (capsídeo
mais ácido nucleico).
7. Vesícula com glicoproteínas direcionadas ao
complexo de Golgi
8. Transporte das proteínas de envelope à
membrana plasmática
9. Libertação de partículas virais por lise (vírus
não envelopados), ou por brotamento (vírus
envelopados)
Bactérias
 As bactérias são seres procariontes que, em sua
maior parte, não podem ser vistos a olho nu. As
bactérias multiplicam a grande velocidade e muitas
delas, conhecidas como germes, são agentes
patogénicos, pois podem causar inúmeras doenças.
 As bactérias encontram por toda parte (terra, ar,
água solo e inclusive nos corpos dos seres vivos),
mas nem todas são causadoras de doença, algumas
desempenham papéis muito importantes e há
milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive,
em nossos corpos. Contudo, nem todas são
maléficas, há aquelas que desempenham papéis
extremamente úteis para muitas formas de vida,
inclusive para nós.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 14
Bactérias
 Podem ser combatidas através do uso de antibióticos,
e caso não sejam combatidas, aumentarão
rapidamente ampliando o número de colónias. Em
muitos casos, elas podem ser transmitidas de ser
para ser.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 15
http://ambiors.spaceblog.com.br/r11429/Microbiologia/
Bactérias
 São constituídas por: membrana plasmática, hialoplasma,
ribossomas e cromatina (uma molécula DNA circular
constituindo um único cromossoma). Muitas bactérias têm
plasmídeos, como já foi referido anteriormente, são anéis
circulares de DNA com genes associados (os plastídeos
costumam conter genes para resistir aos antibióticos)
espalhados pelo hialoplasma.
 Não possuem organitos membranares, como sejam, as
mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi,
e plastos e o núcleo não se encontra individualizado, pois
não tem membrana nuclear. O DNA está contido numa
região a que se dá o nome de nucleoide, dentro do
hialoplasma.
 Externamente à membrana plasmática existe uma parede
celular que lhes confere estrutura e em muitas, existe
ainda a cápsula bacteriana, protetora de vírus, anticorpos e
células que fazem a fagocitose (glóbulos brancos).
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
16
Bactérias
 Tipos principais de bactérias:
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
17
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biomonera.php
Cocos (formato arredondado);
Bacilos (alongadas em forma de bastonetes);
Espirilos (formato espiralado) e
Vibriões (possuem formato de virgulas).
Bactérias
 Reprodução das bactérias
 A grande maioria das bactérias, reproduz-se
assexuadamente por cissiparidade ou divisão binária.
Neste processo ocorre duplicação do material
genético e em seguida à citocinese, dando origem a
duas células-filhas. A reprodução das bactérias é tão
rápida que em condições favoráveis, uma bactéria
pode dar origem a milhões de bactérias idênticas,
numa questão de horas.
 A bacteriologia é a ciência que estuda todos os
aspetos relacionados às bactérias.
https://www.youtube.com/watch?v=X7tp6Bk4KTc os 10 vírus
e bactérias mais mortais 44h29m
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
18
Bactérias
 Exemplos de doenças causadas por bactérias:
 Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium
tuberculosis.
 Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen
(Mycobacterium lepra).
 Pneumonia bacteriana: provocada pela
bactéria Streptococcus pneumoniae.
 Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).
 Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o
gonococo (Neisseria gonorrhoeae).
 Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum.
 Meningite meningocócica: causada por uma bactéria
chamada de meningococo.
 Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae , o
vibrião colérico.
 Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
19
Sistema imunitário
 Quando o organismo é afetado por um agente
patogénico, desencadeia-se uma série de
mecanismos para combater os agentes estranhos ao
nosso corpo. A imunidade resume-se aos processos
que permitem ao organismo, reconhecer, neutralizar
e eliminar os corpos estranhos.
 Podemos distinguir a imunidade inata e a
imunidade adaptativa.
 A inata diz respeito aos mecanismo de defesa não
específica, o mecanismo de defesa é igual para todos
os agentes patogénicos, presentes em todos os seres
multicelulares
 A adaptativa, só existe nos vertebrados e foi
adquirida ao longo da evolução dos seres vivos.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 20
Sistema imunitário
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 21
Sistema imunitário
É capaz de
identificar os
organismos
patogénicos,
distinguindo-os
das próprias
células
Os agentes patogénicos
atacam as células e
afetam a integridade
dos tecidos e órgãos,
provocando falhas no
funcionamento do
sistema imunitário.
Proteção geral
contra os agentes
patogénicos
Proteção contra um
determinado agente
patogénico
Protege os organismos de
doenças causadas por agentes
patogénicos
Resposta
imunitária
Não
específica
Específica
Constituição do sistema imunitário
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 22
 O sistema imunitário é constituído por órgãos
linfoides e uma diversidade de células efetoras.
 Os órgãos linfoides classificam-se em dois tipos,
primários e secundário ou periféricos. Os primários
são o Timo e medula óssea, e os secundários são o
baço, gânglios linfáticos, amígdalas e tecido linfático
associado às mucosas, estes últimos são os locais de
desenvolvimento da resposta imunitária.
Órgãos linfoides
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 23
http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/12/linfonodio.JPG
Células efetoras
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 24
As células efetoras são os leucócitos que têm diferentes formas de
atuar, dependendo do tipo de leucócito.
Tipos de leucócitos
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Circulacao4.php
Leucócitos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 25
Dividem-se em dois tipos, os granulares que
possuem o núcleo multilobado com grânulos
citoplasmáticos específicos e os agranulares que não
se distingue qualquer grânulo ao microscópio.
Leucócitos - granulares
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 26
Neutrófilos
Possuem núcleo multilobado. Têm pouco tempo de
“vida, algumas horas a dias. Fazem a fagocitose e
são os primeiros leucócitos a chegar aos tecidos
afetados, atraídos pela quimiotaxia (processo de
migração das células em direção a um gradiente
químico).Existem cerca de 3000 a 7000 por mm
cúbico de sangue.
A figura mostra um neutrófilo que circula na
corrente sanguínea saindo por diapedese ao ser
atraído por um estímulo quimiotático para o local
onde microrganismos invadem um
tecido, produzem citocinas que contribuem para a
resposta inflamatória e defesa do tecido afetado e
fazem a fagocitose.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NeutrophilerAktion.png
Leucócitos - granulares
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 27
Basófilos
Possuem núcleo multilobado. Quando ativados libertam
substâncias como a histamina, que produzem um
resposta inflamatória. Existem cerca de 20 a 50 por mm
cúbico de sangue.
Leucócitos - granulares
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 28
Eosinófilos
Reduzem a reação inflamatória, pela produção de enzimas que
degradam as substâncias químicas produzidas pelos basófilos.
Existem cerca de 100 a 400 por mm cúbico de sangue.
Leucócitos - agranulares
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 29
Monócitos
Têm o núcleo reniforme (forma de rim) e muito citoplasma, circulam no
sangue durante poucas horas e depois migram para os tecidos,
aumentam de tamanho e transformam-se em macrófagos e fazem a
fagocitose. Os macrófagos são células de grandes dimensões, que
vivem muito tempo. Existem cerca de 100 a 700 por mm cúbico de
sangue.
Leucócitos - agranulares
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 30
Linfócitos
Têm um núcleo relativamente grande e pouco citoplasma. Existem
cerca de 1500 a 3000 por mm cúbico de sangue. Os linfócitos entre si
distinguem-se pelos recetores existentes na membrana celular que lhes
permite reconhecer numerosas moléculas. Atuam de forma diferente
dos restantes leucócitos.
Linfócitos B
Quando ativados, diferenciam-se
em plasmócitos que produzem
anticorpos, e diferenciam-se
também em células de memória.
Linfócitos T
Contribuem para a ativação dos
linfócitos B e destroem células
infetadas por vírus e células tumorais.
iMAGENS http://commons.wikimedia.org/wiki/
Mecanismos de defesa
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 31
Defesas específicas e não específicas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 32
O sistema imunitário divide-se em duas grandes
defesas: Defesa não específica e a Defesa Específica.
Defesas não específicas – imunidade inata
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 33
•A defesa não especifica ou
imunidade inata refere-se ao
conjunto de processos em que
o organismo previne a entrada
de agentes estranhos,
reconhece-os e destrói-os.
•A resposta do organismo é
sempre a mesma, qualquer
que seja o agente invasor e
qualquer que seja o número de
vezes que este contacte com o
organismo.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 34
A primeira linha de defesa são as superfícies que entram em contacto com
o meio exterior e temos:
Barreiras anatómicas
• A pele, os pelos das narinas, as mucosas (forram as cavidades do corpo
que abrem para o exterior e segregam muco que dificulta a fixação de
microrganismos e a sua multiplicação), as secreções e enzimas (por
exemplo, as glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais).
Pele – a pele é a nossa principal barreira, constituída por queratina
impede a entrada de microrganismos.
Muco - O muco reveste as mucosas e normalmente os invasores
aderem a ele.
Cílios - “varrem” os microrganismos para fora do órgão.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 35
Saliva, lágrimas e enzimas
•As enzimas contidas na saliva e na lágrima possuem ação bactericida.
Algumas enzimas possuem o pH muito ácido, que impede a proliferação de
microrganismos na região, como é o caso do estômago e da vagina.
Comensais
•No intestino e na vagina há numerosos microrganismos da flora normal que
impedem a proliferação de microrganismos externos, competindo por
comida e espaço.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 36
A segunda linha de defesa surge quando a primeira foi ultrapassada
e desta fazem parte:
Resposta inflamatória
•É uma sequência complexa de acontecimentos que ocorre quando
estes agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras
anatómicas. No tecido atingido pelos agentes patogénicos, diversos
tipos de células, como, por exemplo, mastócitos e basófilos, produzem
histamina e outros mediadores químicos que provocam a dilatação
dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade, como
consequência aumenta a quantidade de fluido intersticial.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 37
Resposta inflamatória
•Estes mediadores químicos vão então, ativar o sistema imunitário,
atraindo ao local os "atores" da resposta. Este fenómeno designa-se
por quimiotaxia. Os neutrófilos e os monócitos deixam então os vasos
sanguíneos e dirigem-se aos tecidos infetados, por um fenómeno
designado por diapedese. Os monócitos transformam-se então em
macrófagos, e estes juntamente com os neutrófilos vão fagocitar os
agentes patogénicos e os seus produtos. Os efeitos mais comuns de
uma reação inflamatória são: edema, rubor, calor e dor.
•Quando os agentes patogénicos são particularmente agressivos é
acionada uma reação inflamatória sistémica, que ocorre em várias
partes do organismo, resposta sistémica. Temos então o
aparecimento de febre e um aumento do número de leucócitos em
circulação.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 38
O pus é constituído por
células mortas e plasma.
A libertação de histamina
aumenta o fluxo sanguíneo,
responsável pelo rubor, edema
e calor.
Determinadas células afetadas (ex. mastócitos e basófilos)
libertam histaminas, que ativam a quimiotaxia, com a
libertação de sinais químicos que atraem mais leucócitos.
A ocorrência de uma rutura
na pele permite a entrada
de agentes patogénicos.
Os leucócitos deslocam-se para o
local de infeção, atravessando, por
diapedese, os capilares sanguíneos.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 39
Interferões
•Quando os vírus infetam os tecidos, determinadas células do
organismo, formam proteínas que se difundem e saem da
célula. Uma vez fora das células elas ligam-se à membrana
citoplasmática de outras célula vizinhas não afetadas,
estimulando-as a produzir proteínas antivirais que inibem a
replicação dos vírus. Estas proteínas são os interferões e são
moléculas importantes na limitação da propagação de
determinadas infeções virais. O interferão estimula as células
vizinhas a produzir as suas próprias moléculas proteicas
antivirais e forma-se um cordão protetor.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 40
Interferões
• O vírus em contacto com as proteínas antivirais torna-se pouco
efetivo na infeção das células.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 41
Resposta sistémica
•Pode acompanhar a resposta inflamatória:
As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos e
certos compostos designados pirogénios produzidos por
alguns leucócitos, podem fazer aumentar a temperatura
corporal que, quando anormalmente elevada, se designa
por febre.
Esta resposta é acompanhada de um aumento do
número de leucócitos em circulação.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 42
As enzimas hidrolíticas
destroem o organismo
patogénico.
Da digestão intracelular resultam
substâncias que podem ser expulsas ou
aproveitadas pela célula.
Os leucócitos emitem
pseudópodes que
englobam os invasores.
Quando ocorre uma invasão por agentes patogénicos, o
organismo reage aumentando a produção de leucócitos,
que realizam a fagocitose.
Os antigénios permitem aos
leucócitos identificar os
agentes patogénicos.
Defesas não específicas – processos mais
importantes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 43
Sistema de complemento
•No plasma sanguíneo existem cerca de 20 proteínas na
forma inativa:
•Em presença de um agente patogénico, dá-se uma
reação em cadeia, ficam ativas cada proteína ativa outra
numa sequência predeterminada:
Aderem às membranas dos agentes patogénicos;
Ativam a resposta inflamatória atraindo os fagócitos
para o local da infeção;
Auxiliam os fagócitos a destruir os agentes
patogénicos;
Promovem a lise das células invasoras.
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 44
•Interatua com a primeira e a segunda linha de defesa e
inclui o conjunto de processos através dos quais o
organismo reconhece os agentes patogénicos e os
destrói de uma forma dirigida e eficaz.
•É mais demorada, os mecanismos desta defesa são
mobilizados ao longo de vários dias, mas a resposta é
extremamente eficiente porque é específica e a resposta
ao agente patogénico melhora a cada novo contato com o
organismo.
•Nesta intervém o sistema linfoide constituído pelos
órgãos linfoides primários e secundários ou periféricos e
as células efetoras que são linfócitos.
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 45
http://www.cancer.gov/espanol/recursos/
hojas-informativas/deteccion-
diagnostico/biopsia-ganglio-centinela
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 46
Órgãos linfoides primários – timo e medula vermelha dos
ossos – local de formação e maturação de linfócitos.
Células efetoras:
Existem dois tipos de linfócitos, o T e o B – Os linfócitos T
formam-se na medula vermelha dos ossos mas amadurecem
no Timo e os linfócitos B formam-se e amadurecem na medula
vermelha dos ossos.
Durante a maturação dos linfócitos B e T adquirem recetores
superficiais para variados antigénios, passando a reconhecê-
los e tornando-se células imunocompetentes, ou seja,
células capazes de resposta imunitária.
Depois de maturados os linfócitos passam para a corrente
sanguínea e deslocam-se para os órgãos linfoides secundários
ou, caso haja uma resposta inflamatória, deslocam-se para o
local da inflamação para atuar no agente estranho (antigénio).
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 47
Os linfócitos T e B não
constituem, cada um
deles, uma população
homogénea, cada tipo
possui vários
subgrupos.
http://www.medicinanet.com.br/
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 48
Órgãos linfoides secundários – baço, amígdalas, gânglios
linfáticos e tecido linfático que se distribui ao longo do intestino
delgado e apêndice – local de desenvolvimento da resposta
imunitária.
Todos os agentes estranhos ao indivíduo e que
desencadeiam uma resposta específica são
designados antigénios. Estes podem ser macromoléculas
livres ou estruturas existentes na superfície das células
originados de vírus, pólen, hemácias de outros seres, tecidos
enxertados, órgãos transplantados e parasitas.
Uma característica importante do sistema imunitário é a
capacidade de "memória" em relação a substâncias estranhas
que invadiram anteriormente o organismo e às quais ele reage
rapidamente quando ocorrer nova infeção.
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 49
A resposta imunitária específica tem três funções
importantes:
Reconhecimento – o antigénio é reconhecido como um
corpo estranho por linfócitos B ou T;
Reação – sistema imunitário reage, formando e preparando
os agentes específicos (células e imunoglobulinas) que
intervirão no processo;
Ação – agentes específicos do sistema imunitário
neutralizam ou destroem os antigénios (células ou
imunoglobulinas).
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 50
Um antigénio possui determinadas regiões capazes de serem
reconhecidas pelas células do sistema imunitário, chama-se a
cada uma destas regiões um determinante antigénico ou
epítopo.
Defesas específicas – imunidade adquirida
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 51
As respostas imunitárias específicas agrupam-se em
dois conjuntos principais:
Imunidade mediada por anticorpos ou Imunidade
humoral
Imunidade mediada por células ou Imunidade celular
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 52
A função de reconhecer antigénios assim que se introduzem
no organismo é realizada pelos linfócitos B, capazes de
reconhecer uma enorme variedade de antigénios específicos. A
imunidade humoral é mediada por anticorpos que circulam no
sangue e na linfa e que são produzidos após o reconhecimento
do antigénio por linfócitos B.
O antigénio ao introduzir-se no organismo atinge um órgão
linfoide secundário e estimula os linfócitos B que têm recetores
específicos para esse antigénio, ficam ativados e dividem-se,
transformando-se em plasmócitos. Estes irão produzir, então,
os anticorpos para esse antigénio e as células memória. Estas
células memória servirão para futuras invasões do antigénio.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 53
Um anticorpo é uma proteína específica produzida por
plasmócitos em resposta à presença de um antigénio, com
o qual reage especificamente.
Os anticorpos são libertados no sangue e linfa e “dirigem-se”
para o local infetado. Os anticorpos identificam, não o antigénio
como um todo, mas partes da superfície a que se dá o nome
de determinantes antigénicos. Um antigénio pode estimular a
produção de variados anticorpos, cada um para um
determinante antigénico.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 54
Os anticorpos são glicoproteínas específicas com a
designação geral de imunoglobulinas (Ig), que se combinam
quimicamente com o antigénio específico que estimulou a sua
produção. Têm uma estrutura em Y formada por quatro cadeias
polipeptídicas.
http://www.path.cam.ac.uk/~mrc7/movies/migg2ar.html
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 55
http://www.4shared.com/web/preview/doc/mvlGxGh9
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
56
Duas dessas cadeias são mais curtas, designam-se por
cadeias leves, ou cadeias L (light), as mais longas designam-se
por pesadas ou cadeias H (heavy).
Nas cadeias existem regiões que são constantes (C) e a sua
função é controlar o modo como o anticorpo atua com outros
elementos do sistema imunitário;
E outras são variáveis (V) de anticorpo para anticorpo, o que
significa que a sequência de aminoácidos que constitui estas
cadeias são diferentes de anticorpo para anticorpo, são
específicas para cada anticorpo. Nestas cadeias V existem dois
locais – sítios de ligação -onde se vai ligar o determinante
antigénico específico, que por sua vez, estabelece a ligação ao
antigénio. O elevado grau de especificidade destas regiões
resulta de apresentarem uma estrutura complementar da do
antigénio, bem como do facto de toda a estrutura química do
local de ligação favorecer o estabelecimento de forças
electroestáticas e pontes hidrogénio anticorpo - antigénio.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 57
Nas cadeias constantes a sequência de aminoácidos, entre
anticorpos, é muito semelhante.
Retirada de: Amabis & Martho, Biologia dos
organismos. Moderna, 2004.
Os anticorpos quando se ligam
aos antigénios e formam o
complexo anticorpo-antigénio, não
destroem os antigénios, apenas os
marcam como estranhos ao
organismo.
Na formação deste complexo
anticorpo-antigénio desencadeia-se
uma série de acontecimentos que
aumentam a resposta inflamatória,
ou seja, há um aumento da
vasodilatação e a fagocitose é mais
dirigida o que leva a uma maior
eficácia na defesa não específica
que já decorria.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
58
Os anticorpos podem atuar de diversas maneiras na defesa
imunitária, dependendo da classe a que cada um pertence: por
aglutinação, por intensificação direta da fagocitose, por
neutralização direta de vírus e toxinas bacterianas e por
ativação do sistema complemento, etc.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 59
https://www.youtube.com/watch?v=kZrAm3Ho6Lc 0,52s
https://www.youtube.com/watch?v=JzaQaFVNi3o 25 minutos
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 60
Fases da imunidade humoral
Na imunidade humoral ocorrem as seguintes fases:
 Ativação dos linfócitos B;
proliferação clonal dos linfócitos ativados;
diferenciação dos linfócitos B.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 61
Na medula vermelha dos ossos são produzidos e amadurecidos
os linfócitos B, este amadurecimento reflete-se na formação de
recetores membranares específicos para os determinantes
antigénicos. Todos os linfócitos B antes de entrarem para a
corrente sanguínea, rumo aos órgãos linfoides secundários,
sofrem uma seleção, assim, todos os que não possuírem
recetores adequados ou que ataquem as próprias células do
corpo, são eliminados por apoptose e os restantes deslocam-se
para os órgãos linfoides secundários.
Ativação dos linfócitos B – quando o antigénio entra na
corrente sanguínea e arrastado por esta, passa junto a um
órgão linfoide, este estimula uma pequena fração de linfócitos B,
os que têm na membrana recetores específicos para o
antigénio, a ligar-se a ele. Dá-se a ativação do linfócito B (ou
seleção clonal, são escolhido os que vão ser clonados).
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 62
Proliferação clonal dos linfócitos ativados - Os linfócitos B
ativados estimulados entram numa rápida divisão celular,
formando muitas células todas idênticas geneticamente
(clones), com os mesmos recetores, formando clones.
Diferenciação dos linfócitos B: uma parte das células do
clone diferencia-se em plasmócitos, que são células produtoras
de anticorpos que são libertados no sangue ou na linfa e
transportados até ao local da infeção, e outras, diferenciam-se
em células de memória que ficam inativas até reaparecer o
antigénio que foi responsável pela sua formação. O anticorpo
identifica a região localizada na superfície do antigénio, o
determinante antigénico e liga-se a ele. O órgão linfoide onde se
dá a produção dos anticorpos é no gânglio linfático que “incha”
pela existência da multiplicação dos linfócitos B e dos
plasmócitos.
Defesas específicas – imunidade humoral
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 63
http://www.4shared.com/web/preview/doc/mvlGxGh9
Incompatibilidade sanguínea
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 64
As hemácias do corpo humano possuem na sua superfície
diferentes antigénios (aglutinogénios) e o plasma pode conter
anticorpos (aglutinas) para antigénios ausentes. Numa
transfusão sanguínea se o dador tiver anticorpos para o
sangue do recetor, ocorre uma incompatibilidade sanguínea e
dá-se a lise celular. Um sangue que contem determinadas
aglutinogénios, não pode receber plasma com as aglutinas
correspondentes. Uma incompatibilidade sanguínea produz
uma reação transfusional imediata, em que os anticorpos do
recetor aglutinam as hemácias do dador. Esta reação ocorre
no sistema sanguíneo ABO.
Os anticorpos presentes no plasma são da classe IgM e
podem ligar-se ao sistema complemento e provocar a lise das
hemácias. Os anticorpos são denominados naturais, pois estão
presentes, mas sem que tenha havido nenhum estímulo para a
sua formação.
Incompatibilidade sanguínea
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 65
Para determinação do grupo sanguíneo, existe na espécie
humana três genes alelos (A,B e i), com graus diferentes de
dominância, e quatro tipos diferentes de sangue (A, B, AB e O).
Nos alelos A e B não existe dominância, se estes genes se
encontrarem o fenótipo é o grupo AB. O grupo O é
determinado pelo genótipo homozigótico recessivo( ii). Entre os
alelos A e B não existe dominância e os alelos A e B dominam
sobre i.
Para que se possa fazer uma transfusão sanguínea é
necessário que se conheça o tipo de sangue do dador e do
recetor. Tem de se determinar a que grupo do sistema ABO e
podem ser A, B, O e AB e determinar, um outro importante
grupo de antigénios presente (positivo) ou ausente (negativo)
nas hemácias, o fator Rhesus (Rh+ ou Rh-).
Os tipos de sangue mais raros são B e AB, enquanto os tipos
de sangue mais comuns incluem o A e O ou 0.
Incompatibilidade sanguínea
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 66
Compatibilidade dos tipos de sangue
http://www.quempodedoarsangue.com.br/~ http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_sangu%C3%ADneo
Incompatibilidade sanguínea
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 67
De preferência deve-se doar para o mesmo grupo sanguíneo
do recetor, mas doadores de sangue tipo O podem doar para
A, B e AB e doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a
AB.
Tipo A: pode doar somente para pessoas do tipo AB e A e
pode receber de pessoas do tipo A e O.
Tipo B: pode doar para pessoas com tipo B a AB e recebe de
pessoas com tipo B e O.
Tipo AB: pode doar para pessoas com tipo AB e pode
receber de todos os tipos sanguíneos, recetor universal.
Tipo O ou 0: pode doar para todos, e por isso é dador
universal, mas só pode receber de pessoas com o tipo O.
Na gravidez, quando a mãe é Rh negativo e o bebé é positivo
existe probabilidade da mãe produzir anticorpos para eliminar o
feto. Por isso, as grávidas com este tipo de sangue devem
fazer injeção de imunoglobulina anti-D.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 68
As células que participa na imunidade mediada por células
são os linfócitos T.
Estes linfócitos apresentam recetores específicos na
membrana, são designados por recetores T (TCR).
Estas células só reconhecem antigénios apresentados
na superfície das células do nosso organismo, estas são
designadas por células apresentadoras, pois é
necessário a apresentação do antigénio estranho ao nosso
corpo aos linfócitos T, através de uma célula do organismo,
o mesmo não se passa com os linfócitos B que são
capazes de reconhecer os determinantes antigénicos na
forma livre.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano
69
Quando o linfócito T encontra uma célula infetada com um
determinante antigénico que o recetor da célula T reconhece,
estes liga-se à célula libertando substâncias letais, as
citotoxinas, que levam à destruição da célula infetada por
apoptose e os restos desta destruição será depois fagocitada
pelos macrófagos.
Os linfócitos T ficam livres para atuar noutras células
infetadas.
A evolução dos linfócitos T, tal como os B passam por várias
fases.
Os linfócitos T são produzidos na medula e maturados no
Timo. Uma vez no timo, esperam que os antigénios sejam
apresentados pelas células apresentadoras, condição
necessária para os ativar na produção de proteínas capazes de
desencadear respostas nas células alvo.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 70
Existem vários tipos de linfócitos T que desempenham diferentes
funções:
Os auxiliares (Th) que libertam substâncias para estimular a
ativação de outras células do sistema imunitário, como macrófagos e
linfócitos B;
Os citotóxicos (Tc) que destroem células infetadas e cancerígenas;
Os supressores (Ts), que aparentemente, têm um papel inverso aos
Th, que libertam substâncias para inibirem as outras células do
sistema imunitário.
Os linfócitos T de memória vivem num estado inativo durante muito
tempo, mas respondem prontamente, entrando em multiplicação se o
organismo for novamente invadido pelo mesmo agente antigénico.
São indistintos ao microscópio mas as suas diferentes funções são
identificadas em laboratório, distinguem-se por possuírem diferentes
marcadores. Os Th possuem abundantes marcadores conhecidos por
CD4, e os Tc possuem abundantes CD8.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 71
Quando ocorre a fagocitose de bactérias ou vírus por um macrófago,
formam-se fragmentos peptídicos dos antigénios que se ligam a certas
moléculas presentes na superfície do macrófago, que os exibe e
apresenta aos linfócitos T (células apresentadoras). ).
A exposição e a ligação dos linfócitos T com o antigénio apropriado
faz com que este se ative e se multiplique formando clones.
O clone de linfócitos T auxiliares divide-se e diferencia-se em
linfócitos T citotóxicos (Tc) e linfócitos T de memória. Os linfócitos T
auxiliares também libertam mediadores químicos (citoquinas) que
estimulam a fagocitose, a produção de interferão e a produção de
anticorpos pelos linfócitos B e a formação de células T de memória.
Os clones acabados de formar entram na corrente sanguínea, saídos
do Timo, e deslocam-se para as células infetadas, os linfócitos
citotóxicos ligam-se às células infetadas e libertam a perforina, uma
proteína que gera poros na célula, provocando a lise celular.
Os linfócitos T de memória desencadeiam uma resposta mais rápida
e vigorosa no segundo contacto com o mesmo antigénio.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 72
http://imunizacaocop.blogspot.pt/p/desequilibrios-e-doencas.html
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 73
Apesar do sistema imunitário ser constituído por tecidos,
órgãos e células difusas no organismo, a coordenação
entre estas estruturas é permanente e rigorosa, estimulam-
se entre si, por esta razão, não é possível isolar no espaço
e tempo os vários processos de defesa do organismo.
Defesas específicas – imunidade mediada por
células
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 74
Defesas específicas – memória imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 75
A memória imunológica caracteriza-se por uma reação imune mais
intensa, síntese aumentada de imunoglobulinas (Imunidade humoral) e
mais rápida solicitação da resposta imunitária secundária (reação
secundária) por um antígeno que entrou no organismo em uma
primeira vez (reação primária).
À medida que o organismo entra em contato com novos antigénios
desenvolve-se a resposta imunitária primária em que os linfócitos B
ativados, multiplicam-se, formam clones que produzem anticorpos
específicos e outros clones diferenciam-se em células memória. Esta
resposta de formação de anticorpos demora algum tempo e atinge o
seu apogeu passado cerca de duas semanas após o primeiro contacto
com o antigénio. As células memória, que podem durar anos no nosso
organismo, promovem a resposta secundária, quando o organismo
entrou de novo em contacto com o mesmo antigénio que desencadeou
a formação desta célula e multiplicam-se muito rapidamente e dão
origem, por diferenciação a mais células memória e a novas células
efetoras que irão produzir anticorpos.
Defesas específicas – memória imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 76
Nota importante:
Os linfócitos T não produzem anticorpos, que produz são os B, os T
controlam a capacidade dos linfócitos B.
Qualquer contacto que exista com um antigénio formam-se células
efetoras que combatem a infeção e células memória que atuam
quando existir um segundo contacto com o antigénio.
São estas células T de memória que nos conferem proteção para a
vida.
https://askabiologist.asu.edu/celulas_memoria
Defesas específicas – memória imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 77
Fonte: Planeta com Vida
– 12ºano, Santillana
A resposta
imunitária
secundária
é sempre
mais rápida
a proteger,
mais
duradora e
mais
intensa que
a primária.
Defesas específicas – imunização
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 78
A imunização é a aquisição de proteção imunológica
contra um agente patológico, antigénio, para que
quando o organismo entrar em contacto com o
antigénio, o sistema imunológico responda de forma
imediata e o organismo não chegue a desenvolver a
doença causada pelo antigénio, imunidade adquirida.
 A imunidade adquirida pode:
 perdurar largos anos (imunidade ativa);
 ou temporária (imunidade passiva).
Defesas específicas – imunização
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 79
O estado de imunização em que o sistema responde de
imediato pode ser induzido pelas vacinas.
Em vez de o organismo esperar pelo antigénio, uma primeira
vez, e só no segundo contacto o corpo responder de forma
imediata, a primeira vez pode ser induzida pela fornecimento
de microrganismos inativos (mortos ou alterados), toxinas,
vírus, todos eles modificados para que o organismos não
desenvolva a doença mas ganhe resistência, imunidade, aos
agentes patogénicos inseridos nas vacinas. O organismo
responde à vacina através da produção de anticorpos
específicos.
Esta é a imunidade ativa, em que a produção de anticorpos
e de células memória, pode levar semanas, mas o corpo pode
ficar protegido, durante anos.
Defesas específicas – imunização
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 80
Há também a imunidade passiva, usada quando é urgente
uma proteção rápida. Neste tipo de imunidade são
administrados anticorpos ou antitoxinas, contra uma infeção
particular. Os anticorpos colhidos dos humanos são
chamados imunoglobulina e os dos animais, soros. A
imunidade passiva dura apenas algumas semanas.
Exemplos da imunidade passiva:
é o caso dos recém-nascidos que vêm com anticorpos (da
classe IgG) que conseguem atravessar a placenta da mãe e
permanecem ativos durante cerca de 3 meses. Se forem
amamentados, há também anticorpos (da classe IgA) que vêm
com o leite, dando ao bebé mais resistências ao nível do
aparelho digestivo;
são as injeções dadas a todos aqueles que pretendem viajar
para locais cuja salubridade é baixa.
Defesas específicas – imunização
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 81
Níveis de imunoglobinas
http://pediatriasaopaulo.usp.br/index.php?
p=html&id=253
Defesas específicas – vigilância imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 82
A imunidade mediada por células tem como principal
função, reconhecer e destruir células anormais que
podem conter alguns antigénios superficiais e serem,
assim, estas células, reconhecidas como estranhas.
As células cancerígenas são exemplo de células
anormais e a sua destruição é feita pelos linfócitos T
citotóxicos. Estes linfócitos ao entrarem em contacto com
os antigénios das células cancerígenas são ativados e
libertam substâncias que podem levar à destruição da
célula anormal por apoptose.
Defesas específicas – vigilância imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 83
A célula é destruída e os fragmentos
vão ser fagocitados por macrófagos ou
por neutrófilos. Se este mecanismo
não for eficaz, as células anormais
dividem-se e originam o cancro.
Apoptose, conhecida como "morte
celular programada" é um tipo de
"autodestruição celular" que ocorre de
forma ordenada e necessita de
energia para a sua execução
(diferentemente da necrose). Os sinais
recebidos pela célula cancerosa
ativam enzimas de autodestruição que
cada célula do organismo sintetiza e
armazena, sendo o DNA degradado,
bem como outros componentes
essenciais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apoptose
Defesas específicas – vigilância imunitária
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 84
A rejeição de excertos é de órgãos e tecidos transplantados,
é também da responsabilidade do sistema imunitário mediado
por células. A rejeição ocorre quando existem diferenças
bioquímicas e genéticas mais ou menos acentuadas entre o
dador e o recetor - alotransplantes. Os linfócitos T do recetor
reconhecem as células como corpos estranhos e destroem-
nas. Se se repetir o enxerto, os linfócitos T, já tinham
produzido células memória, e a resposta é mais rápida e
intensa.
Se possível o enxerto deve ser feito através de tecidos do
próprio organismo - autotransplantes, ou de um familiar
próximo (irmão). Para minimizar as reações de rejeição ainda
se aplicam várias substâncias (drogas) que suprimem a
resposta imunitária mas que têm efeitos secundários,
comprometem a capacidade de resposta do sistema imunitário
em relação a outras infeções.
Doenças e desequilíbrios
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 85
Doenças e desequilíbrios
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 86
O sistema imunitário protege o individuo de agentes
infeciosos externos, assim como, também previne de
algumas desordens internas, como por exemplo
destruindo células cancerígenas.
É um sistema que desenvolve múltiplas ações
complexas e está em permanente funcionamento.
Por vezes existem alguns desequilíbrios e o
funcionamento pode ser irregular e prejudicial,
conduzindo a reações contra elementos do próprio
organismo, ou contra elementos do ambiente que antes
eram tolerados, como por exemplo as alergias.
Doenças e desequilíbrios
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 87
As respostas deste desequilíbrio podem:
causar alterações nos tecidos e são designadas
por hipersensibilidades, por exemplo as alergias;
combater os próprios antigénios do indivíduo,
destruindo tecidos e órgãos, são as designadas doenças
auto-imunes, por exemplo a diabetes e artrite
reumatoide;
respostas pouco efetivas, imunodeficiências, por
exemplo a Sida (desequilíbrio provocada pelo vírus HIV).
Doenças e desequilíbrios - Alergias
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 88
É uma resposta exagerada do sistema imunológico a
uma substância estranha ao organismo, ou seja uma
hipersensibilidade a um estímulo externo específico que
pode ter consequências graves, nomeadamente a lesão
e destruição de células, tecidos e órgãos.
Como exemplo destes antigénios temos: pólen, ácaros,
pó, produtos químicos e alimentares, pelo de animais,
etc.
Como resposta temos doenças como: Asma, Rinite
alérgica, urticária, conjuntivite, etc.
Doenças e desequilíbrios - Alergias
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 89
Estas substâncias estranhas, antigénios, que desencadeiam
este tipo de respostas são designadas por alergénicos.
Estas substâncias são, na maior parte das vezes, moléculas
proteicas.
Curiosidade: quando alguém é alérgico ao pelo de um animal,
na verdade é alérgico à proteína que existe na saliva do animal
e que fica retida no pelo do animal quando ele se lambe.
Estas respostas alérgicas, sendo reações imunológicas, são
específicas. O organismo fica sensibilizado exclusivamente a
um determinado antigénio.
Estas reações de hipersensibilidade classificam-se em dois
tipos, de acordo com o tempo decorrido ente o contato com o
alergénico e a resposta macroscópica da alergia:
reações de hipersensibilidade imediata, apenas minutos entre
o contacto e a reação;
as reações de hipersensibilidade tardia, que só desenvolvem
passado muitas horas.
Doenças e desequilíbrios - Alergias
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 90
A forma mais frequente de alergia é
a Hipersensibilidade imediata.
É imediata porque o organismo já teve contato anterior
com o alergénico, onde foram criados anticorpos da
classe IgE que se fixam a vários tipos de células, assim,
em contatos posteriores, o antigénio é imediatamente
reconhecido pelos anticorpos das células que os contém
e se estas forem mastócitos, este liberta histamina que
desencadeia a resposta inflamatória imediata.
Os IgE também se ligam a basófilos em circulação.
Esta resposta pode traduzir-se em alergias:
respiratórias (asma e rinites);
cutâneas (eczemas e urticárias - comichão constante);
oftalmológicas (conjuntivites);
 digestivas.
Doenças e desequilíbrios - Alergias
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 91
Na hipersensibilidade tardia as reação alérgicas não têm
a ver com anticorpos mas com células.
Os linfócitos T reconhecem o antigénio, ficam ativados e
segregam uma série de substâncias químicas que atuam
em outras células, manifestando-se a doença.
Exemplos deste tipo de hipersensibilidade são a alergia a
determinados produtos como a lixivia, o cimento,
cosméticos, metal, que em contato direto e repetido na
pele, desencadeia dermatites de contato (mediada pelos
linfócitos T).
O latéx, produto derivado da árvore da borracha e
utilizado no fabrico de muitos produtos, como
preservativos, luvas, elásticos, brinquedos, contém uma
proteína vegetal capaz de induzir resposta alérgica.
Doenças e desequilíbrios - Alergias
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 92
Nas reações alérgicas o pior cenário
é o choque anafilático, em que os
alergénicos entram na corrente
sanguínea e são rapidamente
dispersos. Em vez de afetarem a
pele ou as vias respiratórias, afetam
o corpo na generalidade. A
histamina é libertada em grandes
quantidades e provocam a dilatação
dos vasos sanguínea na
generalidade do corpo, o que faz
descer a pressão sanguínea
causando a não renovação do
oxigénio e não nutrição das células,
podendo ser fatal.
http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20130914043356/aia1317/pt-
br/images/a/a7/Imunoo.jpg
Ver produtos que podem causar choques
anafiláticos: http://saudeinfantil.blog.br/2014/04/voce-sabe-o-
que-e-anafilaxia-como-prevenir-estas-reacoes/
Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 93
Qualquer doença que resulte em respostas imunes contra
as células e tecidos do próprio organismo dizem-se
doenças autoimunes.
Surgem quando as respostas são efetuadas contra alvos
do próprio organismo.
Este tipo de respostas autoimunes é frequente mas são
reguladas e, normalmente, são transitórias.
Autoimunidade causadora de doenças não é frequente,
dado que o sistema imunológico possui mecanismos que
mantêm um estado de tolerância
aos epítopos (ou determinante antigénico e é a menor
porção de antigénio com potencial de gerar a resposta
imune) do organismo. Estes mecanismos designam-se
por auto tolerância.
Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 94
Se existir uma falha nesta tolerância origina doenças que
podem ser graves e:
Atuar sobre um tipo específico de tecido, como por
exemplo:
a diabetes tipo 1 (insulinodependentes) que atua nas
células beta do pâncreas e as destrói através dos
linfócitos T.
Atuar de uma forma sistémica, atuando e vários
tecidos, órgãos e sistemas, como por exemplo:
o lúpus eritematoso sistémico;
 e artrite reumatoide.
Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 95
Todos os linfócitos T, maturados no timo, que
apresentem uma forte afinidade com um determinado
antigénio do próprio organismo (Auto antigénios), são
eliminados, ou ficam inativos.
O Timo só deixa passar para a corrente sanguíneas os
linfócitos que têm pouca afinidade com os antigénios do
organismo, funciona como uma peneira, permitindo que a
tolerância em relação ao próprio self (antigénios do
próprio – os que são externos designam-se por non self).
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 96
Imunodeficiência
É uma desordem do sistema imunológico caracterizada
pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade
efetiva e uma resposta ao desafio dos antigénios.
Qualquer parte do sistema imunológico pode ser afetada.
As doenças devidas a imunodeficiência são diversas e
nas quais o sistema imunitário não funciona de forma
adequada e, como consequência, existe uma crescente
suscetibilidade às infeções oportunistas e a certos tipos de
cancro.
As infeções são mais frequentes e são, em geral, mais
graves e duram mais do que o habitual.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 97
A imunodeficiência pode derivar de uma doença ou
induzida por drogas.
Um exemplo da primeira é o caso da infeção pelo vírus
HIV que ataca e destrói os leucócitos que combate as
infeções virais e fúngicas, tornando-se num síndroma de
imunodeficiência adquirida;
Um exemplo da é segunda, o uso de drogas na
prevenção contra a rejeição de um transplante.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 98
A imunidade pode ser:
Congénita, pode estar presente desde o nascimento ou
desenvolver-se passado uns anos. Normalmente a imunidade
congénita é hereditária e rara, no entanto, conhecem-se cerca
de 70 doenças de origem hereditária. Esta imunidade congénita
está normalmente relacionada com um número mais diminuto
de linfócitos do que o normal, noutros casos é o mau
funcionamento desses leucócitos e noutras, o problema não
são dos leucócitos mas dos outros componentes do sistema
imunitário que são anormais ou faltam.
A imunidade que aparece mais tarde, é a imunodeficiência
adquirida e normalmente advém de uma doença, normalmente
grave, e é mais frequente que a congénita. Quase todas as
doenças graves prolongadas afetam, de uma certa forma, o
sistema imunitário.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 99
A SIDA
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o agente causador da
sida. O vírus infeta as células (macrófagos e linfócitos T auxiliares)
portadoras de recetores, nos quais o vírus se fixa. Assim que o
organismo é infetado este responde em três fases:
Primoinfeção – O organismo foi infetado e existe uma rápida
disseminação do vírus e uma consequente diminuição de linfócitos T
auxiliares.
Latência - O vírus pode ficar incubado no corpo humano por vários
anos, sem que manifeste quaisquer sintomas (assintomática). Quando
uma pessoa está infetada com o VIH diz-se que é seropositiva. Há um
equilíbrio em que a resposta imunitária limita a proliferação do vírus.
Imunodeficiência – Dá-se o desequilíbrio e o sistema imunitário
não responde, dando-se um aumento do vírus e a diminuição drástica
dos linfócitos T, levando à um crescente aumento de infeções
oportunistas, é uma fase sintomática. É nesta fase que se utiliza o
termo SIDA e é caraterizada pelo aparecimento de tumores e de
imunodeficiência.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 100
A SIDA
O vírus ao invadir o organismo ataca e infeta vários tipos de
células: Linfócitos Th; macrófagos; células do intestino, originando
diarreias crónicas e células cerebrais provocando letargia e demência.
O vírus é geneticamente muito variável. Esta variedade pensa-se
estar associada ao elevado número de erros que a
enzima transcriptase reversa faz ao copiar o genoma do vírus. Esta
variedade torna a tarefa quase impossível de desenvolver uma vacina
para o vírus.
Transcriptase reversa é uma enzima que realiza um processo de
transcrição ao contrário em relação ao normal. Essa enzima
polimeriza moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA,
exatamente o oposto do que geralmente ocorre nas células, nas quais
é produzido RNA a partir de DNA.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 101
A SIDA
http://www.euroclinix.com.pt/
O vírus HIV ataca o
Linfócito, e depois
penetra na célula,
fazendo a partir daí a
transcriptase reversa,
o RNA viral é
transformado em DNA
viral. O DNA viral ao
penetrar no núcleo da
célula infetada,
mistura-se com o
DNA da célula, esta
começa a produzir o
RNA viral, produzindo
proteínas para
produzir novos vírus
que irão infetar novas
células.
Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 102
A SIDA
Fonte: Wikipedia
Biotecnologia no diagnóstico e
terapêutica de doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 103
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 104
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biotecnologia
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 105
A Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU possui
uma das muitas definições de biotecnologia:
"Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos
sobre os processos biológicos e sobre as propriedades
dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar
produtos de utilidade."
Biotecnologia constitui um dos expoentes máximos da
integração entre Ciência e Tecnologia e tem aplicação
nas mais diversas áreas como por exemplo:
 no ambiente;
 na saúde;
 na produção de alimentos.
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 106
A biotecnologia é uma área interdisciplinar que integra
uma grande variedade de conhecimentos ao nível da:
engenharia,
biologia,
imunologia,
microbiologia,
ecologia,
bioquímica,
química,
genética,
informática.
Cuja finalidade é a produção de bens e serviços. Esta
produção recorre a seres vivos ou aos seus
componentes, como parte integrante do processo de
produção.
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 107
Segundo a Convenção sobre Diversidade Biológica da
ONU, “biotecnologia significa “qualquer aplicação
tecnológica que use sistemas biológicos, organismos
vivos ou derivados destes, para fazer ou modificar
produtos ou processos para usos específicos.”
Estes processos industriais que utilizam os organismos
vivos e derivados, são processos de fermentação, e são
utilizados, como se referiu, nas mais variadas áreas e
com mais particular interesse, na produção de
substâncias que visam o diagnóstico e tratamento de
doenças.
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 108
“A biotecnologia não é uma área recente, há milhares de
anos que o homem tem feito cruzamentos seletivos com
vista a melhorar a agricultura e na produção de gado. A
biotecnologia moderna “aparece” em 1980, (…) com um
microrganismo geneticamente modificado (derivada do
género Pseudomonas) capaz de quebrar o petróleo
bruto. (…)
Antes dos anos 1970, o termo biotecnologia era utilizado
principalmente na indústria de processamento de
alimentos e na agroindústria.
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de
doenças
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 109
Há muita discussão - e dinheiro - investidos em
biotecnologia, com a esperança de que surjam drogas
milagrosas. Embora tenham sido produzidas uma
pequena quantidade de drogas eficazes, no geral, a
revolução biotecnológica ainda não aconteceu na
indústria farmacêutica. Todavia, progressos recentes com
drogas baseadas em anticorpos monoclonais, tais como o
Avastin da Genentech, sugerem que a biotecnologia pode
finalmente ter encontrado um papel a desempenhar nas
vendas farmacêuticas.”
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 110
Os processos biotecnológicos têm um papel importante
na imunologia, mais especificamente na produção de
anticorpos. A síntese de anticorpos é feita pelos
plasmócitos, que resultam como sabes, da maturação e
clonagem dos linfócitos B, responsáveis pela imunidade
humoral.
A utilização e o estudo dos linfócitos B conduziram à
formação de dois tipos de anticorpos: Os anticorpos
policlonais, e os anticorpos monoclonais.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 111
Ao entrar um antigénio no organismo, os linfócitos B são
ativados, são clonados e produzem anticorpos
específicos e resposta a esse antigénio. Mas cada
linfócito B pode produzir anticorpos diferentes para o
mesmo antigénio, o determinante antigénico pode ser
diferente em cada linfócito, ou seja, quando o antigénio
entra no organismo há uma produção diversificada de
anticorpos.
Ao retirar-se soro de um organismo imunizado a um
determinado antigénio, encontram-se uma série de
anticorpos específicos produzidos por diferentes clones
de linfócitos B (anticorpos policlonais).
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 112
Se após a ativação for isolado um único linfócito B, será
possível criar um clone de células idênticas, produtoras de
anticorpos iguais (anticorpos monoclonais). Estes teriam a
vantagem de não necessitarem de um processo de purificação,
e também de serem específicos para um determinado
antigénio. A existência de anticorpos diferentes para um mesmo
agente patogénico torna a resposta pouco eficiente, sendo os
anticorpos monoclonais os mais eficientes.
Diz-se anticorpos monoclonais porque são clones do
mesmo linfócito B que produziram estes anticorpos e
apresentam entre si a mesma estrutura e especificidade. Diz-
se anticorpos policlonais quando os antigénios provêm de
vários clones de diferentes linfócitos B que foram ativados pelo
mesmo antigénio.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 113
A utilização dos anticorpos policlonais no combate a
várias doenças, data do início do século XX, muito antes
do aparecimento dos antibióticos.
Os anticorpos podem ser obtidos do soro dos animais
primeiramente inoculados com o antigénio. Por exemplo o
soro antitetânico é obtido a partir de sangue de cavalos
que foram infetados com a bactéria do tétano.
O organismo desenvolve uma imunidade passiva, dado
que os anticorpos foram recebidos (seroterapia) e não
produzidos pelo ser.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 114
Com o avanço da tecnologia já é possível isolar único
linfócito B e produzir clones seus, porém é ainda
impossível manter em cultura prolongada esses clones,
não sobrevivem mais de uma semana em cultura.
Das muitas células B de um clone, umas diferenciam-
se em plasmócitos (que continuam a produzir o
anticorpo) e outras ficam como células de memória.
 Os plasmócitos já não se dividem e sofrem apoptose
(morte programada), por esta razão a produção de
anticorpos monoclonais, por esta via, é baixa.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 115
Para a produção industrial de anticorpos monoclonais é
necessário ter-se a célula B que produz o anticorpo
pretendido e associá-la a uma célula B de mieloma que
os produzirá indefinidamente.
Esta técnica foi descoberta por Georges Köhler e César
Milstein, prémios Nobel da Medicina em 1984, obtiveram
em 1975, um hibridoma, ou seja, uma célula híbrida
resultante da fusão de uma célula de mieloma com uma
célula B normal.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 116
Fundindo um linfócito B ativado com uma célula tumoral
do sistema imunitário, por vezes chamada de mieloma,
que por serem malignas, dividem-se indefinidamente.
Desta fusão surge o hibridoma (genoma híbrido), com
as vantagens de formar culturas celulares permanentes
(mieloma), e de produzir anticorpos específicos para um
determinado antigénio (linfócito B).
De seguida é necessário fazer uma seleção de
hibridomas e aqueles que produziram o anticorpo
pretendido são isolados e, após a sua clonagem, obtém-
se anticorpos monoclonais.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 117
A produção de anticorpos monoclonais realiza-se em
cinco etapas:
Imunização de um animal, do qual se retira os linfócitos;
Isolamento de linfócitos B a partir do baço;
Fusão dos linfócitos B com mielomas;
Crescimento clonal dos hibridomas;
Recolha e purificação dos anticorpos monoclonais.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 118
Aplicações:
Diagnóstico de doenças ou condições clínicas, como
por exemplo: testes de gravidez, hepatite, raiva, sífilis,
etc.
Imunização passiva, como por exemplo, preparação do
soro antitetânico.
Tratamento do cancro- associação a substâncias
tóxicas ou radioativas com destruição das células
cancerígenas.
Enxertos e transplantes, testes de compatibilidade.
Antídotos para drogas e venenos.
Importância biomédica dos anticorpos
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 119
Biotecnologia na produção industrial de
substâncias terapêuticas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 120
A biotecnologia permite a obtenção de vários produtos
com aplicações terapêuticas, em grandes quantidades e
com baixo custos, por processos de bioconversão.
A bioconversão recorre a células ou microrganismos
capazes de realizarem certas reações químicas de
transformação de um determinado composto noutro
composto estruturalmente relacionado, com aplicações
terapêuticas e em quantidades industriais, mais
favoráveis que a síntese química e com valor comercial.
Biotecnologia na produção industrial de
substâncias terapêuticas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 121
Vantagens:
permite a obtenção de produtos que resultam de vias
metabólicas complexas;
diminui o número de etapas necessárias para a
obtenção do produto, o que torna a sua produção mais
rápida e económica;
aumenta o grau de especificidade, pureza dos
produtos obtidos, diminuindo o risco de alergia e
realizações de transformações que não seriam
possíveis por síntese química;
é rentável.
Biotecnologia na produção industrial de
substâncias terapêuticas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 122
Aplicações - produção de:
Antibióticos - A biotecnologia tem desenvolvido
antibióticos cada vez mais com um maior espetro de ação,
com várias vias de administração e menor risco de
provocar reações alergénicas. São já cerca de 170 os
antibióticos produzidos para tratamentos de infeções
bacterianas a partir dos fungos Penicililum e Aspergulillus e
de bactérias Streptomyces e Bacillus.
Esteroides – produzidos a partir de determinados géneros
de bactérias e fungos e são utilizados como contracetivos
(estrogénio e progesterona), anti-inflamatórios (cortisona e
hidrocortisona) e anabolizantes.
Biotecnologia na produção industrial de
substâncias terapêuticas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 123
Aplicações - produção de:
Vitaminas – São produzidos suplementos vitamínicos
por certos géneros de fungos e bactérias, como por
exemplo a vitamina B12 que aparece a integrar
medicamentos e na alimentação dos animais.
Vacinas – Prevenção de doenças infeciosas (hepatite,
herpes…)
Proteínas humanas - São obtidas por microrganismos
recombinantes. Exemplos dessas proteínas são:
a insulina (controlo da diabetes),
fatores de coagulação (hemofilia),
interferão (estimulação da resposta imunitária),
 hormonas de crescimento.
Biotecnologia na produção industrial de
substâncias terapêuticas
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 124
O processo de bioconversão inclui três fases:
preparação do material,
bioconversão,
recuperação de produtos.
Recordar e enfatizar
 Os animais têm um sistema imunitário
que lhes confere imunidade face aos
agentes patogénicos.
 São inúmeros os agentes patogénicos que
podem afetar o organismo, com especial
destaque para as bactérias e vírus.
 Os processos de defesa incluem
mecanismos de defesa específica e não
específica do organismo, podendo a
imunidade ser inata ou adquirida.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 125
Recordar e enfatizar
 Os leucócitos são as células efetoras
do sistema imunitário, uma vez que são
os responsáveis pela fagocitose
(macrófagos) e pelos mecanismos de
defesa específica.
 A resposta inflamatória é um
mecanismo de defesa do organismo
contra infeções. Caracteriza-se por dor,
edema, rubor e calor.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 126
Recordar e enfatizar
 A resposta imunitária específica tem por
base a especificidade do reconhecimento
antigénio-anticorpo. Pode ser:
Humural – quando mediada por
anticorpos, produzidos pelos linfócitos B,
diferenciados em plasmócitos.
Celular – a cargo dos linfácitos T.
 Estes dois tipos de defesa específica
cooperam, tornando o processo mais
eficiente.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 127
Recordar e enfatizar
 A memória imunitária confere maior
rapidez de resposta aquando de um
segundo ataque de um determinado
antigénio. Contudo, também é
responsável pela rejeição dos enxertos e
transplantes.
 A descoberta das vacinas foi um
importante marco da história da medicina,
sendo os planos de vacinação um meio de
produção da saúde individual, escolar e
pública, em geral.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 128
Recordar e enfatizar
 Quando o organismo reage de forma
exagerada a um antigénio pode provocar
uma alergia.
 A autoimunidade revela-se na
incapacidade de o organismo reconhecer
as suas células, destruindo-as.
 A SIDA é um exemplo de doença onde o
sistema imunitário é afetado.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 129
Recordar e enfatizar
 O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia
permite controlar alguns agentes patogénicos,
bem como compreender as suas formas de
transmissão e assim evitar/minimizar o
contágio.
 Os anticorpos produzidos por um organismo em
resposta a um antigénio podem ser:
 Monoclonais – se são específicos apenas para
um determinante antigénico;
 Policlonais – se estabelecem ligações com
vários determinates antigénicos.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 130
Recordar e enfatizar
 Devido à sua elevada especificidade, os
anticorpos monoclonais podem ser
usados no diagnóstico e na
terapêutica. Por exemplo:
Na localização e diagnóstico de tumores;
No tratamento de doenças autoimunes;
Nos testes de gravidez;
Em antídotos para drogas e venenos.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 131
Recordar e enfatizar
 A Biotecnologia possibilita a produção
de substâncias:
Para fins terapêuticos, por exemplo:
insulina, antibióticos, esteróides,
hormonas de crescimento, fator VIII anti-
hemofílico e interferão;
Com múltiplas aplicações médicas: no
diagnóstico prénatal de doenças, na
avaliação da compatibilidade de órgãos
para transplante, em testes de
paternidade e no tratamento de doenças.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 132
Recordar e enfatizar
 As substâncias terapêuticas produzidas
por bioconversão apresentam
vantagens, tais como:
Antibióticos com maior espetro de ação;
Redução das reações alérgicas.
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 133
FIM!
Cláudia Barros Moreira
2020/2021 Biologia 12º ano 134
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Sistema imunitário e agentes patogénicos

  • 1. Biologia 12 ABIOLOGIAE OSDESAFIOSDAATUALIDADE I– Reprodução,Genética e Imunidade Unidade 3 – Imunidade e controlo de doenças
  • 2. Sistema imunitário Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 2
  • 3. Sistema imunitário…  Engloba o conjunto de defesas contra microrganismos e células estranhas ao nosso organismo, como sejam as bactérias, vírus, protistas e fungos que se propagam, normalmente, através da água, ar, alimentos, contato físico, espirros, tosse, relações sexuais, picada de animal...  É essencialmente composto por estruturas, tecidos e órgãos linfoides, onde são fabricados e amadurecidos os principais elementos defensivos - os glóbulos brancos ou leucócitos.  Os principais agentes patogénicos (microrganismos que causam doenças), os que causam maior número de doenças e com maior gravidade são as bactérias e vírus.  É constituído por duas linhas de defesa: específica e não específica. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 3
  • 4. Agentes patogénicos  Os vírus são seres diminutos, visíveis apenas ao microscópio eletrónico. São constituídos apenas por duas classes de substâncias químicas: proteínas e ácidos nucleicos.  Ácidos nucleicos: uns por RNA, como por exemplo o vírus do HIV e da Hepatite A, outros por DNA, como por exemplo o Herpes e Hepatite B. Não têm simultaneamente os dois ácidos nucleicos, ou um ou outro. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 4
  • 5. Vírus  As proteínas: formam uma camada que forma um invólucro, a cápside. Podem ainda conter mais material proteico, como enzimas e outras proteínas. Alguns vírus, têm ainda uma camada mais externa criada a partir da célula hospedeira, onde os vírus se multiplicam. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 5
  • 6. Vírus  São seres que não possuem estrutura celular, acelulares e precisam de células que os hospedem. Por isso, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, só se manifestam dentro de células vivas, e quando invadem estas células, o vírus faz com que a célula hospedeira, funcione em exclusividade na reprodução de novos vírus.  Para se ter uma ideia um único vírus pode em 20 minutos, originar centenas de novos vírus.  A infeção viral, geralmente causa profundas alterações no metabolismo celular, podendo levar à morte das células afetadas. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 6
  • 7. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 7 http://leandromatheusbioifes.files.wordpress.com/2011/02/particu las.jpg
  • 8.  Se é relativamente fácil destruir bactérias e fungos com antibióticos, o mesmo não se passa com os vírus.  A forma mais eficaz para nos proteger de vírus são através de vacinas. http://saberviver.org.br/publicacoes/como-o-virus-age-no- organismo-e-como-os-remedios-atuam/ Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 8
  • 9. Visão geral de um ciclo de replicação viral hipotético Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 9 http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus 1. Adsorção; 2. Entrada; 3. Desnudamento; 4. Transcrição e tradução; 5. Replicação do genoma; 6. Montagem; e 7. Libertação.
  • 10. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 10 1. Absorção - dá-se por meio da interação entre proteínas virais, presentes no envelope ou no capsídeo, e recetores celulares que se encontram na membrana plasmática, virados para o meio extracelular. Se o vírus não possui invólucro membranar, entra na célula por endocitose. 2. Os vírus vão introduzir o seu material genético no interior da célula, a fim de que este seja processado (transcrito, traduzido, replicado). Os vírus penetram no hialoplasma e dá-se a degradação das proteínas do capsídeo para libertação dos ácidos nucleicos. Para alcançar o ambiente intracelular, cada vírus utiliza um mecanismo particular. Entre os principais mecanismos (veja imagem abaixo), estão: Endocitose, fusão e translocação.
  • 11. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 11 3. Desnudamento – é o processo que leva à libertação do material genético no meio intracelular. 4. Transcrição e tradução – Para os vírus que contém DNA, a replicação ocorre dentro do núcleo da células hospedeira e o mRNA do vírus migra para o citoplasma e os ribossomas traduzem o mRNA e produzem as proteínas do vírus. O ácido nucleico e as proteínas organizam-se de uma forma espontânea e aproximam-se da membrana celular do hospedeiro, rodeando-se por esta forma novos vírus que abandonam a célula. 5. A replicação ocorre normalmente onde se dá a transcrição e envolve a participação de polimerases (DNA polimerase ou RNA polimerase).
  • 12. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 12 6. a Libertação ocorre por lise ou por abrotamento, caso o vírus seja envelopado (o vírus é “envelopado” pela membrana interna da célula hospedeira). https://lookfordiagnosis.com/mesh_info.ph p?term=Brotamento+Viral&lang=3
  • 13. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 13 Eventos finais da replicação viral: 1. Transporte do genoma (DNA ou RNA) para o sítio de processamento (núcleo ou citosol) 2. Transcrição (síntese de mRNA) 3. Síntese de proteínas não estruturais 4. Replicação do material genético 5. Síntese de proteínas estruturais 6. Montagem dos nucleocapsídeos (capsídeo mais ácido nucleico). 7. Vesícula com glicoproteínas direcionadas ao complexo de Golgi 8. Transporte das proteínas de envelope à membrana plasmática 9. Libertação de partículas virais por lise (vírus não envelopados), ou por brotamento (vírus envelopados)
  • 14. Bactérias  As bactérias são seres procariontes que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. As bactérias multiplicam a grande velocidade e muitas delas, conhecidas como germes, são agentes patogénicos, pois podem causar inúmeras doenças.  As bactérias encontram por toda parte (terra, ar, água solo e inclusive nos corpos dos seres vivos), mas nem todas são causadoras de doença, algumas desempenham papéis muito importantes e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para nós. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 14
  • 15. Bactérias  Podem ser combatidas através do uso de antibióticos, e caso não sejam combatidas, aumentarão rapidamente ampliando o número de colónias. Em muitos casos, elas podem ser transmitidas de ser para ser. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 15 http://ambiors.spaceblog.com.br/r11429/Microbiologia/
  • 16. Bactérias  São constituídas por: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomas e cromatina (uma molécula DNA circular constituindo um único cromossoma). Muitas bactérias têm plasmídeos, como já foi referido anteriormente, são anéis circulares de DNA com genes associados (os plastídeos costumam conter genes para resistir aos antibióticos) espalhados pelo hialoplasma.  Não possuem organitos membranares, como sejam, as mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, e plastos e o núcleo não se encontra individualizado, pois não tem membrana nuclear. O DNA está contido numa região a que se dá o nome de nucleoide, dentro do hialoplasma.  Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular que lhes confere estrutura e em muitas, existe ainda a cápsula bacteriana, protetora de vírus, anticorpos e células que fazem a fagocitose (glóbulos brancos). Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 16
  • 17. Bactérias  Tipos principais de bactérias: Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 17 http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biomonera.php Cocos (formato arredondado); Bacilos (alongadas em forma de bastonetes); Espirilos (formato espiralado) e Vibriões (possuem formato de virgulas).
  • 18. Bactérias  Reprodução das bactérias  A grande maioria das bactérias, reproduz-se assexuadamente por cissiparidade ou divisão binária. Neste processo ocorre duplicação do material genético e em seguida à citocinese, dando origem a duas células-filhas. A reprodução das bactérias é tão rápida que em condições favoráveis, uma bactéria pode dar origem a milhões de bactérias idênticas, numa questão de horas.  A bacteriologia é a ciência que estuda todos os aspetos relacionados às bactérias. https://www.youtube.com/watch?v=X7tp6Bk4KTc os 10 vírus e bactérias mais mortais 44h29m Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 18
  • 19. Bactérias  Exemplos de doenças causadas por bactérias:  Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis.  Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra).  Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.  Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).  Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae).  Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum.  Meningite meningocócica: causada por uma bactéria chamada de meningococo.  Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae , o vibrião colérico.  Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 19
  • 20. Sistema imunitário  Quando o organismo é afetado por um agente patogénico, desencadeia-se uma série de mecanismos para combater os agentes estranhos ao nosso corpo. A imunidade resume-se aos processos que permitem ao organismo, reconhecer, neutralizar e eliminar os corpos estranhos.  Podemos distinguir a imunidade inata e a imunidade adaptativa.  A inata diz respeito aos mecanismo de defesa não específica, o mecanismo de defesa é igual para todos os agentes patogénicos, presentes em todos os seres multicelulares  A adaptativa, só existe nos vertebrados e foi adquirida ao longo da evolução dos seres vivos. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 20
  • 21. Sistema imunitário Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 21 Sistema imunitário É capaz de identificar os organismos patogénicos, distinguindo-os das próprias células Os agentes patogénicos atacam as células e afetam a integridade dos tecidos e órgãos, provocando falhas no funcionamento do sistema imunitário. Proteção geral contra os agentes patogénicos Proteção contra um determinado agente patogénico Protege os organismos de doenças causadas por agentes patogénicos Resposta imunitária Não específica Específica
  • 22. Constituição do sistema imunitário Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 22  O sistema imunitário é constituído por órgãos linfoides e uma diversidade de células efetoras.  Os órgãos linfoides classificam-se em dois tipos, primários e secundário ou periféricos. Os primários são o Timo e medula óssea, e os secundários são o baço, gânglios linfáticos, amígdalas e tecido linfático associado às mucosas, estes últimos são os locais de desenvolvimento da resposta imunitária.
  • 23. Órgãos linfoides Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 23 http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/12/linfonodio.JPG
  • 24. Células efetoras Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 24 As células efetoras são os leucócitos que têm diferentes formas de atuar, dependendo do tipo de leucócito. Tipos de leucócitos http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Circulacao4.php
  • 25. Leucócitos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 25 Dividem-se em dois tipos, os granulares que possuem o núcleo multilobado com grânulos citoplasmáticos específicos e os agranulares que não se distingue qualquer grânulo ao microscópio.
  • 26. Leucócitos - granulares Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 26 Neutrófilos Possuem núcleo multilobado. Têm pouco tempo de “vida, algumas horas a dias. Fazem a fagocitose e são os primeiros leucócitos a chegar aos tecidos afetados, atraídos pela quimiotaxia (processo de migração das células em direção a um gradiente químico).Existem cerca de 3000 a 7000 por mm cúbico de sangue. A figura mostra um neutrófilo que circula na corrente sanguínea saindo por diapedese ao ser atraído por um estímulo quimiotático para o local onde microrganismos invadem um tecido, produzem citocinas que contribuem para a resposta inflamatória e defesa do tecido afetado e fazem a fagocitose. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NeutrophilerAktion.png
  • 27. Leucócitos - granulares Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 27 Basófilos Possuem núcleo multilobado. Quando ativados libertam substâncias como a histamina, que produzem um resposta inflamatória. Existem cerca de 20 a 50 por mm cúbico de sangue.
  • 28. Leucócitos - granulares Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 28 Eosinófilos Reduzem a reação inflamatória, pela produção de enzimas que degradam as substâncias químicas produzidas pelos basófilos. Existem cerca de 100 a 400 por mm cúbico de sangue.
  • 29. Leucócitos - agranulares Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 29 Monócitos Têm o núcleo reniforme (forma de rim) e muito citoplasma, circulam no sangue durante poucas horas e depois migram para os tecidos, aumentam de tamanho e transformam-se em macrófagos e fazem a fagocitose. Os macrófagos são células de grandes dimensões, que vivem muito tempo. Existem cerca de 100 a 700 por mm cúbico de sangue.
  • 30. Leucócitos - agranulares Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 30 Linfócitos Têm um núcleo relativamente grande e pouco citoplasma. Existem cerca de 1500 a 3000 por mm cúbico de sangue. Os linfócitos entre si distinguem-se pelos recetores existentes na membrana celular que lhes permite reconhecer numerosas moléculas. Atuam de forma diferente dos restantes leucócitos. Linfócitos B Quando ativados, diferenciam-se em plasmócitos que produzem anticorpos, e diferenciam-se também em células de memória. Linfócitos T Contribuem para a ativação dos linfócitos B e destroem células infetadas por vírus e células tumorais. iMAGENS http://commons.wikimedia.org/wiki/
  • 31. Mecanismos de defesa Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 31
  • 32. Defesas específicas e não específicas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 32 O sistema imunitário divide-se em duas grandes defesas: Defesa não específica e a Defesa Específica.
  • 33. Defesas não específicas – imunidade inata Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 33 •A defesa não especifica ou imunidade inata refere-se ao conjunto de processos em que o organismo previne a entrada de agentes estranhos, reconhece-os e destrói-os. •A resposta do organismo é sempre a mesma, qualquer que seja o agente invasor e qualquer que seja o número de vezes que este contacte com o organismo.
  • 34. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 34 A primeira linha de defesa são as superfícies que entram em contacto com o meio exterior e temos: Barreiras anatómicas • A pele, os pelos das narinas, as mucosas (forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior e segregam muco que dificulta a fixação de microrganismos e a sua multiplicação), as secreções e enzimas (por exemplo, as glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais). Pele – a pele é a nossa principal barreira, constituída por queratina impede a entrada de microrganismos. Muco - O muco reveste as mucosas e normalmente os invasores aderem a ele. Cílios - “varrem” os microrganismos para fora do órgão.
  • 35. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 35 Saliva, lágrimas e enzimas •As enzimas contidas na saliva e na lágrima possuem ação bactericida. Algumas enzimas possuem o pH muito ácido, que impede a proliferação de microrganismos na região, como é o caso do estômago e da vagina. Comensais •No intestino e na vagina há numerosos microrganismos da flora normal que impedem a proliferação de microrganismos externos, competindo por comida e espaço.
  • 36. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 36 A segunda linha de defesa surge quando a primeira foi ultrapassada e desta fazem parte: Resposta inflamatória •É uma sequência complexa de acontecimentos que ocorre quando estes agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras anatómicas. No tecido atingido pelos agentes patogénicos, diversos tipos de células, como, por exemplo, mastócitos e basófilos, produzem histamina e outros mediadores químicos que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade, como consequência aumenta a quantidade de fluido intersticial.
  • 37. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 37 Resposta inflamatória •Estes mediadores químicos vão então, ativar o sistema imunitário, atraindo ao local os "atores" da resposta. Este fenómeno designa-se por quimiotaxia. Os neutrófilos e os monócitos deixam então os vasos sanguíneos e dirigem-se aos tecidos infetados, por um fenómeno designado por diapedese. Os monócitos transformam-se então em macrófagos, e estes juntamente com os neutrófilos vão fagocitar os agentes patogénicos e os seus produtos. Os efeitos mais comuns de uma reação inflamatória são: edema, rubor, calor e dor. •Quando os agentes patogénicos são particularmente agressivos é acionada uma reação inflamatória sistémica, que ocorre em várias partes do organismo, resposta sistémica. Temos então o aparecimento de febre e um aumento do número de leucócitos em circulação.
  • 38. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 38 O pus é constituído por células mortas e plasma. A libertação de histamina aumenta o fluxo sanguíneo, responsável pelo rubor, edema e calor. Determinadas células afetadas (ex. mastócitos e basófilos) libertam histaminas, que ativam a quimiotaxia, com a libertação de sinais químicos que atraem mais leucócitos. A ocorrência de uma rutura na pele permite a entrada de agentes patogénicos. Os leucócitos deslocam-se para o local de infeção, atravessando, por diapedese, os capilares sanguíneos.
  • 39. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 39 Interferões •Quando os vírus infetam os tecidos, determinadas células do organismo, formam proteínas que se difundem e saem da célula. Uma vez fora das células elas ligam-se à membrana citoplasmática de outras célula vizinhas não afetadas, estimulando-as a produzir proteínas antivirais que inibem a replicação dos vírus. Estas proteínas são os interferões e são moléculas importantes na limitação da propagação de determinadas infeções virais. O interferão estimula as células vizinhas a produzir as suas próprias moléculas proteicas antivirais e forma-se um cordão protetor.
  • 40. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 40 Interferões • O vírus em contacto com as proteínas antivirais torna-se pouco efetivo na infeção das células.
  • 41. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 41 Resposta sistémica •Pode acompanhar a resposta inflamatória: As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos e certos compostos designados pirogénios produzidos por alguns leucócitos, podem fazer aumentar a temperatura corporal que, quando anormalmente elevada, se designa por febre. Esta resposta é acompanhada de um aumento do número de leucócitos em circulação.
  • 42. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 42 As enzimas hidrolíticas destroem o organismo patogénico. Da digestão intracelular resultam substâncias que podem ser expulsas ou aproveitadas pela célula. Os leucócitos emitem pseudópodes que englobam os invasores. Quando ocorre uma invasão por agentes patogénicos, o organismo reage aumentando a produção de leucócitos, que realizam a fagocitose. Os antigénios permitem aos leucócitos identificar os agentes patogénicos.
  • 43. Defesas não específicas – processos mais importantes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 43 Sistema de complemento •No plasma sanguíneo existem cerca de 20 proteínas na forma inativa: •Em presença de um agente patogénico, dá-se uma reação em cadeia, ficam ativas cada proteína ativa outra numa sequência predeterminada: Aderem às membranas dos agentes patogénicos; Ativam a resposta inflamatória atraindo os fagócitos para o local da infeção; Auxiliam os fagócitos a destruir os agentes patogénicos; Promovem a lise das células invasoras.
  • 44. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 44 •Interatua com a primeira e a segunda linha de defesa e inclui o conjunto de processos através dos quais o organismo reconhece os agentes patogénicos e os destrói de uma forma dirigida e eficaz. •É mais demorada, os mecanismos desta defesa são mobilizados ao longo de vários dias, mas a resposta é extremamente eficiente porque é específica e a resposta ao agente patogénico melhora a cada novo contato com o organismo. •Nesta intervém o sistema linfoide constituído pelos órgãos linfoides primários e secundários ou periféricos e as células efetoras que são linfócitos.
  • 45. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 45 http://www.cancer.gov/espanol/recursos/ hojas-informativas/deteccion- diagnostico/biopsia-ganglio-centinela
  • 46. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 46 Órgãos linfoides primários – timo e medula vermelha dos ossos – local de formação e maturação de linfócitos. Células efetoras: Existem dois tipos de linfócitos, o T e o B – Os linfócitos T formam-se na medula vermelha dos ossos mas amadurecem no Timo e os linfócitos B formam-se e amadurecem na medula vermelha dos ossos. Durante a maturação dos linfócitos B e T adquirem recetores superficiais para variados antigénios, passando a reconhecê- los e tornando-se células imunocompetentes, ou seja, células capazes de resposta imunitária. Depois de maturados os linfócitos passam para a corrente sanguínea e deslocam-se para os órgãos linfoides secundários ou, caso haja uma resposta inflamatória, deslocam-se para o local da inflamação para atuar no agente estranho (antigénio).
  • 47. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 47 Os linfócitos T e B não constituem, cada um deles, uma população homogénea, cada tipo possui vários subgrupos. http://www.medicinanet.com.br/
  • 48. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 48 Órgãos linfoides secundários – baço, amígdalas, gânglios linfáticos e tecido linfático que se distribui ao longo do intestino delgado e apêndice – local de desenvolvimento da resposta imunitária. Todos os agentes estranhos ao indivíduo e que desencadeiam uma resposta específica são designados antigénios. Estes podem ser macromoléculas livres ou estruturas existentes na superfície das células originados de vírus, pólen, hemácias de outros seres, tecidos enxertados, órgãos transplantados e parasitas. Uma característica importante do sistema imunitário é a capacidade de "memória" em relação a substâncias estranhas que invadiram anteriormente o organismo e às quais ele reage rapidamente quando ocorrer nova infeção.
  • 49. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 49 A resposta imunitária específica tem três funções importantes: Reconhecimento – o antigénio é reconhecido como um corpo estranho por linfócitos B ou T; Reação – sistema imunitário reage, formando e preparando os agentes específicos (células e imunoglobulinas) que intervirão no processo; Ação – agentes específicos do sistema imunitário neutralizam ou destroem os antigénios (células ou imunoglobulinas).
  • 50. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 50 Um antigénio possui determinadas regiões capazes de serem reconhecidas pelas células do sistema imunitário, chama-se a cada uma destas regiões um determinante antigénico ou epítopo.
  • 51. Defesas específicas – imunidade adquirida Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 51 As respostas imunitárias específicas agrupam-se em dois conjuntos principais: Imunidade mediada por anticorpos ou Imunidade humoral Imunidade mediada por células ou Imunidade celular
  • 52. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 52 A função de reconhecer antigénios assim que se introduzem no organismo é realizada pelos linfócitos B, capazes de reconhecer uma enorme variedade de antigénios específicos. A imunidade humoral é mediada por anticorpos que circulam no sangue e na linfa e que são produzidos após o reconhecimento do antigénio por linfócitos B. O antigénio ao introduzir-se no organismo atinge um órgão linfoide secundário e estimula os linfócitos B que têm recetores específicos para esse antigénio, ficam ativados e dividem-se, transformando-se em plasmócitos. Estes irão produzir, então, os anticorpos para esse antigénio e as células memória. Estas células memória servirão para futuras invasões do antigénio.
  • 53. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 53 Um anticorpo é uma proteína específica produzida por plasmócitos em resposta à presença de um antigénio, com o qual reage especificamente. Os anticorpos são libertados no sangue e linfa e “dirigem-se” para o local infetado. Os anticorpos identificam, não o antigénio como um todo, mas partes da superfície a que se dá o nome de determinantes antigénicos. Um antigénio pode estimular a produção de variados anticorpos, cada um para um determinante antigénico.
  • 54. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 54 Os anticorpos são glicoproteínas específicas com a designação geral de imunoglobulinas (Ig), que se combinam quimicamente com o antigénio específico que estimulou a sua produção. Têm uma estrutura em Y formada por quatro cadeias polipeptídicas. http://www.path.cam.ac.uk/~mrc7/movies/migg2ar.html
  • 55. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 55 http://www.4shared.com/web/preview/doc/mvlGxGh9
  • 56. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 56 Duas dessas cadeias são mais curtas, designam-se por cadeias leves, ou cadeias L (light), as mais longas designam-se por pesadas ou cadeias H (heavy). Nas cadeias existem regiões que são constantes (C) e a sua função é controlar o modo como o anticorpo atua com outros elementos do sistema imunitário; E outras são variáveis (V) de anticorpo para anticorpo, o que significa que a sequência de aminoácidos que constitui estas cadeias são diferentes de anticorpo para anticorpo, são específicas para cada anticorpo. Nestas cadeias V existem dois locais – sítios de ligação -onde se vai ligar o determinante antigénico específico, que por sua vez, estabelece a ligação ao antigénio. O elevado grau de especificidade destas regiões resulta de apresentarem uma estrutura complementar da do antigénio, bem como do facto de toda a estrutura química do local de ligação favorecer o estabelecimento de forças electroestáticas e pontes hidrogénio anticorpo - antigénio.
  • 57. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 57 Nas cadeias constantes a sequência de aminoácidos, entre anticorpos, é muito semelhante. Retirada de: Amabis & Martho, Biologia dos organismos. Moderna, 2004. Os anticorpos quando se ligam aos antigénios e formam o complexo anticorpo-antigénio, não destroem os antigénios, apenas os marcam como estranhos ao organismo. Na formação deste complexo anticorpo-antigénio desencadeia-se uma série de acontecimentos que aumentam a resposta inflamatória, ou seja, há um aumento da vasodilatação e a fagocitose é mais dirigida o que leva a uma maior eficácia na defesa não específica que já decorria.
  • 58. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 58 Os anticorpos podem atuar de diversas maneiras na defesa imunitária, dependendo da classe a que cada um pertence: por aglutinação, por intensificação direta da fagocitose, por neutralização direta de vírus e toxinas bacterianas e por ativação do sistema complemento, etc.
  • 59. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 59 https://www.youtube.com/watch?v=kZrAm3Ho6Lc 0,52s https://www.youtube.com/watch?v=JzaQaFVNi3o 25 minutos
  • 60. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 60 Fases da imunidade humoral Na imunidade humoral ocorrem as seguintes fases:  Ativação dos linfócitos B; proliferação clonal dos linfócitos ativados; diferenciação dos linfócitos B.
  • 61. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 61 Na medula vermelha dos ossos são produzidos e amadurecidos os linfócitos B, este amadurecimento reflete-se na formação de recetores membranares específicos para os determinantes antigénicos. Todos os linfócitos B antes de entrarem para a corrente sanguínea, rumo aos órgãos linfoides secundários, sofrem uma seleção, assim, todos os que não possuírem recetores adequados ou que ataquem as próprias células do corpo, são eliminados por apoptose e os restantes deslocam-se para os órgãos linfoides secundários. Ativação dos linfócitos B – quando o antigénio entra na corrente sanguínea e arrastado por esta, passa junto a um órgão linfoide, este estimula uma pequena fração de linfócitos B, os que têm na membrana recetores específicos para o antigénio, a ligar-se a ele. Dá-se a ativação do linfócito B (ou seleção clonal, são escolhido os que vão ser clonados).
  • 62. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 62 Proliferação clonal dos linfócitos ativados - Os linfócitos B ativados estimulados entram numa rápida divisão celular, formando muitas células todas idênticas geneticamente (clones), com os mesmos recetores, formando clones. Diferenciação dos linfócitos B: uma parte das células do clone diferencia-se em plasmócitos, que são células produtoras de anticorpos que são libertados no sangue ou na linfa e transportados até ao local da infeção, e outras, diferenciam-se em células de memória que ficam inativas até reaparecer o antigénio que foi responsável pela sua formação. O anticorpo identifica a região localizada na superfície do antigénio, o determinante antigénico e liga-se a ele. O órgão linfoide onde se dá a produção dos anticorpos é no gânglio linfático que “incha” pela existência da multiplicação dos linfócitos B e dos plasmócitos.
  • 63. Defesas específicas – imunidade humoral Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 63 http://www.4shared.com/web/preview/doc/mvlGxGh9
  • 64. Incompatibilidade sanguínea Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 64 As hemácias do corpo humano possuem na sua superfície diferentes antigénios (aglutinogénios) e o plasma pode conter anticorpos (aglutinas) para antigénios ausentes. Numa transfusão sanguínea se o dador tiver anticorpos para o sangue do recetor, ocorre uma incompatibilidade sanguínea e dá-se a lise celular. Um sangue que contem determinadas aglutinogénios, não pode receber plasma com as aglutinas correspondentes. Uma incompatibilidade sanguínea produz uma reação transfusional imediata, em que os anticorpos do recetor aglutinam as hemácias do dador. Esta reação ocorre no sistema sanguíneo ABO. Os anticorpos presentes no plasma são da classe IgM e podem ligar-se ao sistema complemento e provocar a lise das hemácias. Os anticorpos são denominados naturais, pois estão presentes, mas sem que tenha havido nenhum estímulo para a sua formação.
  • 65. Incompatibilidade sanguínea Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 65 Para determinação do grupo sanguíneo, existe na espécie humana três genes alelos (A,B e i), com graus diferentes de dominância, e quatro tipos diferentes de sangue (A, B, AB e O). Nos alelos A e B não existe dominância, se estes genes se encontrarem o fenótipo é o grupo AB. O grupo O é determinado pelo genótipo homozigótico recessivo( ii). Entre os alelos A e B não existe dominância e os alelos A e B dominam sobre i. Para que se possa fazer uma transfusão sanguínea é necessário que se conheça o tipo de sangue do dador e do recetor. Tem de se determinar a que grupo do sistema ABO e podem ser A, B, O e AB e determinar, um outro importante grupo de antigénios presente (positivo) ou ausente (negativo) nas hemácias, o fator Rhesus (Rh+ ou Rh-). Os tipos de sangue mais raros são B e AB, enquanto os tipos de sangue mais comuns incluem o A e O ou 0.
  • 66. Incompatibilidade sanguínea Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 66 Compatibilidade dos tipos de sangue http://www.quempodedoarsangue.com.br/~ http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_sangu%C3%ADneo
  • 67. Incompatibilidade sanguínea Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 67 De preferência deve-se doar para o mesmo grupo sanguíneo do recetor, mas doadores de sangue tipo O podem doar para A, B e AB e doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a AB. Tipo A: pode doar somente para pessoas do tipo AB e A e pode receber de pessoas do tipo A e O. Tipo B: pode doar para pessoas com tipo B a AB e recebe de pessoas com tipo B e O. Tipo AB: pode doar para pessoas com tipo AB e pode receber de todos os tipos sanguíneos, recetor universal. Tipo O ou 0: pode doar para todos, e por isso é dador universal, mas só pode receber de pessoas com o tipo O. Na gravidez, quando a mãe é Rh negativo e o bebé é positivo existe probabilidade da mãe produzir anticorpos para eliminar o feto. Por isso, as grávidas com este tipo de sangue devem fazer injeção de imunoglobulina anti-D.
  • 68. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 68 As células que participa na imunidade mediada por células são os linfócitos T. Estes linfócitos apresentam recetores específicos na membrana, são designados por recetores T (TCR). Estas células só reconhecem antigénios apresentados na superfície das células do nosso organismo, estas são designadas por células apresentadoras, pois é necessário a apresentação do antigénio estranho ao nosso corpo aos linfócitos T, através de uma célula do organismo, o mesmo não se passa com os linfócitos B que são capazes de reconhecer os determinantes antigénicos na forma livre.
  • 69. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 69 Quando o linfócito T encontra uma célula infetada com um determinante antigénico que o recetor da célula T reconhece, estes liga-se à célula libertando substâncias letais, as citotoxinas, que levam à destruição da célula infetada por apoptose e os restos desta destruição será depois fagocitada pelos macrófagos. Os linfócitos T ficam livres para atuar noutras células infetadas. A evolução dos linfócitos T, tal como os B passam por várias fases. Os linfócitos T são produzidos na medula e maturados no Timo. Uma vez no timo, esperam que os antigénios sejam apresentados pelas células apresentadoras, condição necessária para os ativar na produção de proteínas capazes de desencadear respostas nas células alvo.
  • 70. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 70 Existem vários tipos de linfócitos T que desempenham diferentes funções: Os auxiliares (Th) que libertam substâncias para estimular a ativação de outras células do sistema imunitário, como macrófagos e linfócitos B; Os citotóxicos (Tc) que destroem células infetadas e cancerígenas; Os supressores (Ts), que aparentemente, têm um papel inverso aos Th, que libertam substâncias para inibirem as outras células do sistema imunitário. Os linfócitos T de memória vivem num estado inativo durante muito tempo, mas respondem prontamente, entrando em multiplicação se o organismo for novamente invadido pelo mesmo agente antigénico. São indistintos ao microscópio mas as suas diferentes funções são identificadas em laboratório, distinguem-se por possuírem diferentes marcadores. Os Th possuem abundantes marcadores conhecidos por CD4, e os Tc possuem abundantes CD8.
  • 71. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 71 Quando ocorre a fagocitose de bactérias ou vírus por um macrófago, formam-se fragmentos peptídicos dos antigénios que se ligam a certas moléculas presentes na superfície do macrófago, que os exibe e apresenta aos linfócitos T (células apresentadoras). ). A exposição e a ligação dos linfócitos T com o antigénio apropriado faz com que este se ative e se multiplique formando clones. O clone de linfócitos T auxiliares divide-se e diferencia-se em linfócitos T citotóxicos (Tc) e linfócitos T de memória. Os linfócitos T auxiliares também libertam mediadores químicos (citoquinas) que estimulam a fagocitose, a produção de interferão e a produção de anticorpos pelos linfócitos B e a formação de células T de memória. Os clones acabados de formar entram na corrente sanguínea, saídos do Timo, e deslocam-se para as células infetadas, os linfócitos citotóxicos ligam-se às células infetadas e libertam a perforina, uma proteína que gera poros na célula, provocando a lise celular. Os linfócitos T de memória desencadeiam uma resposta mais rápida e vigorosa no segundo contacto com o mesmo antigénio.
  • 72. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 72 http://imunizacaocop.blogspot.pt/p/desequilibrios-e-doencas.html
  • 73. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 73 Apesar do sistema imunitário ser constituído por tecidos, órgãos e células difusas no organismo, a coordenação entre estas estruturas é permanente e rigorosa, estimulam- se entre si, por esta razão, não é possível isolar no espaço e tempo os vários processos de defesa do organismo.
  • 74. Defesas específicas – imunidade mediada por células Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 74
  • 75. Defesas específicas – memória imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 75 A memória imunológica caracteriza-se por uma reação imune mais intensa, síntese aumentada de imunoglobulinas (Imunidade humoral) e mais rápida solicitação da resposta imunitária secundária (reação secundária) por um antígeno que entrou no organismo em uma primeira vez (reação primária). À medida que o organismo entra em contato com novos antigénios desenvolve-se a resposta imunitária primária em que os linfócitos B ativados, multiplicam-se, formam clones que produzem anticorpos específicos e outros clones diferenciam-se em células memória. Esta resposta de formação de anticorpos demora algum tempo e atinge o seu apogeu passado cerca de duas semanas após o primeiro contacto com o antigénio. As células memória, que podem durar anos no nosso organismo, promovem a resposta secundária, quando o organismo entrou de novo em contacto com o mesmo antigénio que desencadeou a formação desta célula e multiplicam-se muito rapidamente e dão origem, por diferenciação a mais células memória e a novas células efetoras que irão produzir anticorpos.
  • 76. Defesas específicas – memória imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 76 Nota importante: Os linfócitos T não produzem anticorpos, que produz são os B, os T controlam a capacidade dos linfócitos B. Qualquer contacto que exista com um antigénio formam-se células efetoras que combatem a infeção e células memória que atuam quando existir um segundo contacto com o antigénio. São estas células T de memória que nos conferem proteção para a vida. https://askabiologist.asu.edu/celulas_memoria
  • 77. Defesas específicas – memória imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 77 Fonte: Planeta com Vida – 12ºano, Santillana A resposta imunitária secundária é sempre mais rápida a proteger, mais duradora e mais intensa que a primária.
  • 78. Defesas específicas – imunização Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 78 A imunização é a aquisição de proteção imunológica contra um agente patológico, antigénio, para que quando o organismo entrar em contacto com o antigénio, o sistema imunológico responda de forma imediata e o organismo não chegue a desenvolver a doença causada pelo antigénio, imunidade adquirida.  A imunidade adquirida pode:  perdurar largos anos (imunidade ativa);  ou temporária (imunidade passiva).
  • 79. Defesas específicas – imunização Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 79 O estado de imunização em que o sistema responde de imediato pode ser induzido pelas vacinas. Em vez de o organismo esperar pelo antigénio, uma primeira vez, e só no segundo contacto o corpo responder de forma imediata, a primeira vez pode ser induzida pela fornecimento de microrganismos inativos (mortos ou alterados), toxinas, vírus, todos eles modificados para que o organismos não desenvolva a doença mas ganhe resistência, imunidade, aos agentes patogénicos inseridos nas vacinas. O organismo responde à vacina através da produção de anticorpos específicos. Esta é a imunidade ativa, em que a produção de anticorpos e de células memória, pode levar semanas, mas o corpo pode ficar protegido, durante anos.
  • 80. Defesas específicas – imunização Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 80 Há também a imunidade passiva, usada quando é urgente uma proteção rápida. Neste tipo de imunidade são administrados anticorpos ou antitoxinas, contra uma infeção particular. Os anticorpos colhidos dos humanos são chamados imunoglobulina e os dos animais, soros. A imunidade passiva dura apenas algumas semanas. Exemplos da imunidade passiva: é o caso dos recém-nascidos que vêm com anticorpos (da classe IgG) que conseguem atravessar a placenta da mãe e permanecem ativos durante cerca de 3 meses. Se forem amamentados, há também anticorpos (da classe IgA) que vêm com o leite, dando ao bebé mais resistências ao nível do aparelho digestivo; são as injeções dadas a todos aqueles que pretendem viajar para locais cuja salubridade é baixa.
  • 81. Defesas específicas – imunização Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 81 Níveis de imunoglobinas http://pediatriasaopaulo.usp.br/index.php? p=html&id=253
  • 82. Defesas específicas – vigilância imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 82 A imunidade mediada por células tem como principal função, reconhecer e destruir células anormais que podem conter alguns antigénios superficiais e serem, assim, estas células, reconhecidas como estranhas. As células cancerígenas são exemplo de células anormais e a sua destruição é feita pelos linfócitos T citotóxicos. Estes linfócitos ao entrarem em contacto com os antigénios das células cancerígenas são ativados e libertam substâncias que podem levar à destruição da célula anormal por apoptose.
  • 83. Defesas específicas – vigilância imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 83 A célula é destruída e os fragmentos vão ser fagocitados por macrófagos ou por neutrófilos. Se este mecanismo não for eficaz, as células anormais dividem-se e originam o cancro. Apoptose, conhecida como "morte celular programada" é um tipo de "autodestruição celular" que ocorre de forma ordenada e necessita de energia para a sua execução (diferentemente da necrose). Os sinais recebidos pela célula cancerosa ativam enzimas de autodestruição que cada célula do organismo sintetiza e armazena, sendo o DNA degradado, bem como outros componentes essenciais. http://pt.wikipedia.org/wiki/Apoptose
  • 84. Defesas específicas – vigilância imunitária Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 84 A rejeição de excertos é de órgãos e tecidos transplantados, é também da responsabilidade do sistema imunitário mediado por células. A rejeição ocorre quando existem diferenças bioquímicas e genéticas mais ou menos acentuadas entre o dador e o recetor - alotransplantes. Os linfócitos T do recetor reconhecem as células como corpos estranhos e destroem- nas. Se se repetir o enxerto, os linfócitos T, já tinham produzido células memória, e a resposta é mais rápida e intensa. Se possível o enxerto deve ser feito através de tecidos do próprio organismo - autotransplantes, ou de um familiar próximo (irmão). Para minimizar as reações de rejeição ainda se aplicam várias substâncias (drogas) que suprimem a resposta imunitária mas que têm efeitos secundários, comprometem a capacidade de resposta do sistema imunitário em relação a outras infeções.
  • 85. Doenças e desequilíbrios Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 85
  • 86. Doenças e desequilíbrios Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 86 O sistema imunitário protege o individuo de agentes infeciosos externos, assim como, também previne de algumas desordens internas, como por exemplo destruindo células cancerígenas. É um sistema que desenvolve múltiplas ações complexas e está em permanente funcionamento. Por vezes existem alguns desequilíbrios e o funcionamento pode ser irregular e prejudicial, conduzindo a reações contra elementos do próprio organismo, ou contra elementos do ambiente que antes eram tolerados, como por exemplo as alergias.
  • 87. Doenças e desequilíbrios Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 87 As respostas deste desequilíbrio podem: causar alterações nos tecidos e são designadas por hipersensibilidades, por exemplo as alergias; combater os próprios antigénios do indivíduo, destruindo tecidos e órgãos, são as designadas doenças auto-imunes, por exemplo a diabetes e artrite reumatoide; respostas pouco efetivas, imunodeficiências, por exemplo a Sida (desequilíbrio provocada pelo vírus HIV).
  • 88. Doenças e desequilíbrios - Alergias Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 88 É uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, ou seja uma hipersensibilidade a um estímulo externo específico que pode ter consequências graves, nomeadamente a lesão e destruição de células, tecidos e órgãos. Como exemplo destes antigénios temos: pólen, ácaros, pó, produtos químicos e alimentares, pelo de animais, etc. Como resposta temos doenças como: Asma, Rinite alérgica, urticária, conjuntivite, etc.
  • 89. Doenças e desequilíbrios - Alergias Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 89 Estas substâncias estranhas, antigénios, que desencadeiam este tipo de respostas são designadas por alergénicos. Estas substâncias são, na maior parte das vezes, moléculas proteicas. Curiosidade: quando alguém é alérgico ao pelo de um animal, na verdade é alérgico à proteína que existe na saliva do animal e que fica retida no pelo do animal quando ele se lambe. Estas respostas alérgicas, sendo reações imunológicas, são específicas. O organismo fica sensibilizado exclusivamente a um determinado antigénio. Estas reações de hipersensibilidade classificam-se em dois tipos, de acordo com o tempo decorrido ente o contato com o alergénico e a resposta macroscópica da alergia: reações de hipersensibilidade imediata, apenas minutos entre o contacto e a reação; as reações de hipersensibilidade tardia, que só desenvolvem passado muitas horas.
  • 90. Doenças e desequilíbrios - Alergias Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 90 A forma mais frequente de alergia é a Hipersensibilidade imediata. É imediata porque o organismo já teve contato anterior com o alergénico, onde foram criados anticorpos da classe IgE que se fixam a vários tipos de células, assim, em contatos posteriores, o antigénio é imediatamente reconhecido pelos anticorpos das células que os contém e se estas forem mastócitos, este liberta histamina que desencadeia a resposta inflamatória imediata. Os IgE também se ligam a basófilos em circulação. Esta resposta pode traduzir-se em alergias: respiratórias (asma e rinites); cutâneas (eczemas e urticárias - comichão constante); oftalmológicas (conjuntivites);  digestivas.
  • 91. Doenças e desequilíbrios - Alergias Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 91 Na hipersensibilidade tardia as reação alérgicas não têm a ver com anticorpos mas com células. Os linfócitos T reconhecem o antigénio, ficam ativados e segregam uma série de substâncias químicas que atuam em outras células, manifestando-se a doença. Exemplos deste tipo de hipersensibilidade são a alergia a determinados produtos como a lixivia, o cimento, cosméticos, metal, que em contato direto e repetido na pele, desencadeia dermatites de contato (mediada pelos linfócitos T). O latéx, produto derivado da árvore da borracha e utilizado no fabrico de muitos produtos, como preservativos, luvas, elásticos, brinquedos, contém uma proteína vegetal capaz de induzir resposta alérgica.
  • 92. Doenças e desequilíbrios - Alergias Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 92 Nas reações alérgicas o pior cenário é o choque anafilático, em que os alergénicos entram na corrente sanguínea e são rapidamente dispersos. Em vez de afetarem a pele ou as vias respiratórias, afetam o corpo na generalidade. A histamina é libertada em grandes quantidades e provocam a dilatação dos vasos sanguínea na generalidade do corpo, o que faz descer a pressão sanguínea causando a não renovação do oxigénio e não nutrição das células, podendo ser fatal. http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20130914043356/aia1317/pt- br/images/a/a7/Imunoo.jpg Ver produtos que podem causar choques anafiláticos: http://saudeinfantil.blog.br/2014/04/voce-sabe-o- que-e-anafilaxia-como-prevenir-estas-reacoes/
  • 93. Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 93 Qualquer doença que resulte em respostas imunes contra as células e tecidos do próprio organismo dizem-se doenças autoimunes. Surgem quando as respostas são efetuadas contra alvos do próprio organismo. Este tipo de respostas autoimunes é frequente mas são reguladas e, normalmente, são transitórias. Autoimunidade causadora de doenças não é frequente, dado que o sistema imunológico possui mecanismos que mantêm um estado de tolerância aos epítopos (ou determinante antigénico e é a menor porção de antigénio com potencial de gerar a resposta imune) do organismo. Estes mecanismos designam-se por auto tolerância.
  • 94. Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 94 Se existir uma falha nesta tolerância origina doenças que podem ser graves e: Atuar sobre um tipo específico de tecido, como por exemplo: a diabetes tipo 1 (insulinodependentes) que atua nas células beta do pâncreas e as destrói através dos linfócitos T. Atuar de uma forma sistémica, atuando e vários tecidos, órgãos e sistemas, como por exemplo: o lúpus eritematoso sistémico;  e artrite reumatoide.
  • 95. Doenças e desequilíbrios – doenças autoimunes Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 95 Todos os linfócitos T, maturados no timo, que apresentem uma forte afinidade com um determinado antigénio do próprio organismo (Auto antigénios), são eliminados, ou ficam inativos. O Timo só deixa passar para a corrente sanguíneas os linfócitos que têm pouca afinidade com os antigénios do organismo, funciona como uma peneira, permitindo que a tolerância em relação ao próprio self (antigénios do próprio – os que são externos designam-se por non self).
  • 96. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 96 Imunodeficiência É uma desordem do sistema imunológico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma resposta ao desafio dos antigénios. Qualquer parte do sistema imunológico pode ser afetada. As doenças devidas a imunodeficiência são diversas e nas quais o sistema imunitário não funciona de forma adequada e, como consequência, existe uma crescente suscetibilidade às infeções oportunistas e a certos tipos de cancro. As infeções são mais frequentes e são, em geral, mais graves e duram mais do que o habitual.
  • 97. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 97 A imunodeficiência pode derivar de uma doença ou induzida por drogas. Um exemplo da primeira é o caso da infeção pelo vírus HIV que ataca e destrói os leucócitos que combate as infeções virais e fúngicas, tornando-se num síndroma de imunodeficiência adquirida; Um exemplo da é segunda, o uso de drogas na prevenção contra a rejeição de um transplante.
  • 98. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 98 A imunidade pode ser: Congénita, pode estar presente desde o nascimento ou desenvolver-se passado uns anos. Normalmente a imunidade congénita é hereditária e rara, no entanto, conhecem-se cerca de 70 doenças de origem hereditária. Esta imunidade congénita está normalmente relacionada com um número mais diminuto de linfócitos do que o normal, noutros casos é o mau funcionamento desses leucócitos e noutras, o problema não são dos leucócitos mas dos outros componentes do sistema imunitário que são anormais ou faltam. A imunidade que aparece mais tarde, é a imunodeficiência adquirida e normalmente advém de uma doença, normalmente grave, e é mais frequente que a congénita. Quase todas as doenças graves prolongadas afetam, de uma certa forma, o sistema imunitário.
  • 99. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 99 A SIDA O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o agente causador da sida. O vírus infeta as células (macrófagos e linfócitos T auxiliares) portadoras de recetores, nos quais o vírus se fixa. Assim que o organismo é infetado este responde em três fases: Primoinfeção – O organismo foi infetado e existe uma rápida disseminação do vírus e uma consequente diminuição de linfócitos T auxiliares. Latência - O vírus pode ficar incubado no corpo humano por vários anos, sem que manifeste quaisquer sintomas (assintomática). Quando uma pessoa está infetada com o VIH diz-se que é seropositiva. Há um equilíbrio em que a resposta imunitária limita a proliferação do vírus. Imunodeficiência – Dá-se o desequilíbrio e o sistema imunitário não responde, dando-se um aumento do vírus e a diminuição drástica dos linfócitos T, levando à um crescente aumento de infeções oportunistas, é uma fase sintomática. É nesta fase que se utiliza o termo SIDA e é caraterizada pelo aparecimento de tumores e de imunodeficiência.
  • 100. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 100 A SIDA O vírus ao invadir o organismo ataca e infeta vários tipos de células: Linfócitos Th; macrófagos; células do intestino, originando diarreias crónicas e células cerebrais provocando letargia e demência. O vírus é geneticamente muito variável. Esta variedade pensa-se estar associada ao elevado número de erros que a enzima transcriptase reversa faz ao copiar o genoma do vírus. Esta variedade torna a tarefa quase impossível de desenvolver uma vacina para o vírus. Transcriptase reversa é uma enzima que realiza um processo de transcrição ao contrário em relação ao normal. Essa enzima polimeriza moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA, exatamente o oposto do que geralmente ocorre nas células, nas quais é produzido RNA a partir de DNA.
  • 101. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 101 A SIDA http://www.euroclinix.com.pt/ O vírus HIV ataca o Linfócito, e depois penetra na célula, fazendo a partir daí a transcriptase reversa, o RNA viral é transformado em DNA viral. O DNA viral ao penetrar no núcleo da célula infetada, mistura-se com o DNA da célula, esta começa a produzir o RNA viral, produzindo proteínas para produzir novos vírus que irão infetar novas células.
  • 102. Doenças e desequilíbrios – Imunodeficiência Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 102 A SIDA Fonte: Wikipedia
  • 103. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 103
  • 104. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 104 http://pt.wikipedia.org/wiki/Biotecnologia
  • 105. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 105 A Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU possui uma das muitas definições de biotecnologia: "Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade." Biotecnologia constitui um dos expoentes máximos da integração entre Ciência e Tecnologia e tem aplicação nas mais diversas áreas como por exemplo:  no ambiente;  na saúde;  na produção de alimentos.
  • 106. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 106 A biotecnologia é uma área interdisciplinar que integra uma grande variedade de conhecimentos ao nível da: engenharia, biologia, imunologia, microbiologia, ecologia, bioquímica, química, genética, informática. Cuja finalidade é a produção de bens e serviços. Esta produção recorre a seres vivos ou aos seus componentes, como parte integrante do processo de produção.
  • 107. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 107 Segundo a Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, “biotecnologia significa “qualquer aplicação tecnológica que use sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados destes, para fazer ou modificar produtos ou processos para usos específicos.” Estes processos industriais que utilizam os organismos vivos e derivados, são processos de fermentação, e são utilizados, como se referiu, nas mais variadas áreas e com mais particular interesse, na produção de substâncias que visam o diagnóstico e tratamento de doenças.
  • 108. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 108 “A biotecnologia não é uma área recente, há milhares de anos que o homem tem feito cruzamentos seletivos com vista a melhorar a agricultura e na produção de gado. A biotecnologia moderna “aparece” em 1980, (…) com um microrganismo geneticamente modificado (derivada do género Pseudomonas) capaz de quebrar o petróleo bruto. (…) Antes dos anos 1970, o termo biotecnologia era utilizado principalmente na indústria de processamento de alimentos e na agroindústria.
  • 109. Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 109 Há muita discussão - e dinheiro - investidos em biotecnologia, com a esperança de que surjam drogas milagrosas. Embora tenham sido produzidas uma pequena quantidade de drogas eficazes, no geral, a revolução biotecnológica ainda não aconteceu na indústria farmacêutica. Todavia, progressos recentes com drogas baseadas em anticorpos monoclonais, tais como o Avastin da Genentech, sugerem que a biotecnologia pode finalmente ter encontrado um papel a desempenhar nas vendas farmacêuticas.”
  • 110. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 110 Os processos biotecnológicos têm um papel importante na imunologia, mais especificamente na produção de anticorpos. A síntese de anticorpos é feita pelos plasmócitos, que resultam como sabes, da maturação e clonagem dos linfócitos B, responsáveis pela imunidade humoral. A utilização e o estudo dos linfócitos B conduziram à formação de dois tipos de anticorpos: Os anticorpos policlonais, e os anticorpos monoclonais.
  • 111. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 111 Ao entrar um antigénio no organismo, os linfócitos B são ativados, são clonados e produzem anticorpos específicos e resposta a esse antigénio. Mas cada linfócito B pode produzir anticorpos diferentes para o mesmo antigénio, o determinante antigénico pode ser diferente em cada linfócito, ou seja, quando o antigénio entra no organismo há uma produção diversificada de anticorpos. Ao retirar-se soro de um organismo imunizado a um determinado antigénio, encontram-se uma série de anticorpos específicos produzidos por diferentes clones de linfócitos B (anticorpos policlonais).
  • 112. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 112 Se após a ativação for isolado um único linfócito B, será possível criar um clone de células idênticas, produtoras de anticorpos iguais (anticorpos monoclonais). Estes teriam a vantagem de não necessitarem de um processo de purificação, e também de serem específicos para um determinado antigénio. A existência de anticorpos diferentes para um mesmo agente patogénico torna a resposta pouco eficiente, sendo os anticorpos monoclonais os mais eficientes. Diz-se anticorpos monoclonais porque são clones do mesmo linfócito B que produziram estes anticorpos e apresentam entre si a mesma estrutura e especificidade. Diz- se anticorpos policlonais quando os antigénios provêm de vários clones de diferentes linfócitos B que foram ativados pelo mesmo antigénio.
  • 113. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 113 A utilização dos anticorpos policlonais no combate a várias doenças, data do início do século XX, muito antes do aparecimento dos antibióticos. Os anticorpos podem ser obtidos do soro dos animais primeiramente inoculados com o antigénio. Por exemplo o soro antitetânico é obtido a partir de sangue de cavalos que foram infetados com a bactéria do tétano. O organismo desenvolve uma imunidade passiva, dado que os anticorpos foram recebidos (seroterapia) e não produzidos pelo ser.
  • 114. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 114 Com o avanço da tecnologia já é possível isolar único linfócito B e produzir clones seus, porém é ainda impossível manter em cultura prolongada esses clones, não sobrevivem mais de uma semana em cultura. Das muitas células B de um clone, umas diferenciam- se em plasmócitos (que continuam a produzir o anticorpo) e outras ficam como células de memória.  Os plasmócitos já não se dividem e sofrem apoptose (morte programada), por esta razão a produção de anticorpos monoclonais, por esta via, é baixa.
  • 115. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 115 Para a produção industrial de anticorpos monoclonais é necessário ter-se a célula B que produz o anticorpo pretendido e associá-la a uma célula B de mieloma que os produzirá indefinidamente. Esta técnica foi descoberta por Georges Köhler e César Milstein, prémios Nobel da Medicina em 1984, obtiveram em 1975, um hibridoma, ou seja, uma célula híbrida resultante da fusão de uma célula de mieloma com uma célula B normal.
  • 116. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 116 Fundindo um linfócito B ativado com uma célula tumoral do sistema imunitário, por vezes chamada de mieloma, que por serem malignas, dividem-se indefinidamente. Desta fusão surge o hibridoma (genoma híbrido), com as vantagens de formar culturas celulares permanentes (mieloma), e de produzir anticorpos específicos para um determinado antigénio (linfócito B). De seguida é necessário fazer uma seleção de hibridomas e aqueles que produziram o anticorpo pretendido são isolados e, após a sua clonagem, obtém- se anticorpos monoclonais.
  • 117. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 117 A produção de anticorpos monoclonais realiza-se em cinco etapas: Imunização de um animal, do qual se retira os linfócitos; Isolamento de linfócitos B a partir do baço; Fusão dos linfócitos B com mielomas; Crescimento clonal dos hibridomas; Recolha e purificação dos anticorpos monoclonais.
  • 118. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 118 Aplicações: Diagnóstico de doenças ou condições clínicas, como por exemplo: testes de gravidez, hepatite, raiva, sífilis, etc. Imunização passiva, como por exemplo, preparação do soro antitetânico. Tratamento do cancro- associação a substâncias tóxicas ou radioativas com destruição das células cancerígenas. Enxertos e transplantes, testes de compatibilidade. Antídotos para drogas e venenos.
  • 119. Importância biomédica dos anticorpos Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 119
  • 120. Biotecnologia na produção industrial de substâncias terapêuticas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 120 A biotecnologia permite a obtenção de vários produtos com aplicações terapêuticas, em grandes quantidades e com baixo custos, por processos de bioconversão. A bioconversão recorre a células ou microrganismos capazes de realizarem certas reações químicas de transformação de um determinado composto noutro composto estruturalmente relacionado, com aplicações terapêuticas e em quantidades industriais, mais favoráveis que a síntese química e com valor comercial.
  • 121. Biotecnologia na produção industrial de substâncias terapêuticas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 121 Vantagens: permite a obtenção de produtos que resultam de vias metabólicas complexas; diminui o número de etapas necessárias para a obtenção do produto, o que torna a sua produção mais rápida e económica; aumenta o grau de especificidade, pureza dos produtos obtidos, diminuindo o risco de alergia e realizações de transformações que não seriam possíveis por síntese química; é rentável.
  • 122. Biotecnologia na produção industrial de substâncias terapêuticas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 122 Aplicações - produção de: Antibióticos - A biotecnologia tem desenvolvido antibióticos cada vez mais com um maior espetro de ação, com várias vias de administração e menor risco de provocar reações alergénicas. São já cerca de 170 os antibióticos produzidos para tratamentos de infeções bacterianas a partir dos fungos Penicililum e Aspergulillus e de bactérias Streptomyces e Bacillus. Esteroides – produzidos a partir de determinados géneros de bactérias e fungos e são utilizados como contracetivos (estrogénio e progesterona), anti-inflamatórios (cortisona e hidrocortisona) e anabolizantes.
  • 123. Biotecnologia na produção industrial de substâncias terapêuticas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 123 Aplicações - produção de: Vitaminas – São produzidos suplementos vitamínicos por certos géneros de fungos e bactérias, como por exemplo a vitamina B12 que aparece a integrar medicamentos e na alimentação dos animais. Vacinas – Prevenção de doenças infeciosas (hepatite, herpes…) Proteínas humanas - São obtidas por microrganismos recombinantes. Exemplos dessas proteínas são: a insulina (controlo da diabetes), fatores de coagulação (hemofilia), interferão (estimulação da resposta imunitária),  hormonas de crescimento.
  • 124. Biotecnologia na produção industrial de substâncias terapêuticas Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 124 O processo de bioconversão inclui três fases: preparação do material, bioconversão, recuperação de produtos.
  • 125. Recordar e enfatizar  Os animais têm um sistema imunitário que lhes confere imunidade face aos agentes patogénicos.  São inúmeros os agentes patogénicos que podem afetar o organismo, com especial destaque para as bactérias e vírus.  Os processos de defesa incluem mecanismos de defesa específica e não específica do organismo, podendo a imunidade ser inata ou adquirida. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 125
  • 126. Recordar e enfatizar  Os leucócitos são as células efetoras do sistema imunitário, uma vez que são os responsáveis pela fagocitose (macrófagos) e pelos mecanismos de defesa específica.  A resposta inflamatória é um mecanismo de defesa do organismo contra infeções. Caracteriza-se por dor, edema, rubor e calor. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 126
  • 127. Recordar e enfatizar  A resposta imunitária específica tem por base a especificidade do reconhecimento antigénio-anticorpo. Pode ser: Humural – quando mediada por anticorpos, produzidos pelos linfócitos B, diferenciados em plasmócitos. Celular – a cargo dos linfácitos T.  Estes dois tipos de defesa específica cooperam, tornando o processo mais eficiente. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 127
  • 128. Recordar e enfatizar  A memória imunitária confere maior rapidez de resposta aquando de um segundo ataque de um determinado antigénio. Contudo, também é responsável pela rejeição dos enxertos e transplantes.  A descoberta das vacinas foi um importante marco da história da medicina, sendo os planos de vacinação um meio de produção da saúde individual, escolar e pública, em geral. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 128
  • 129. Recordar e enfatizar  Quando o organismo reage de forma exagerada a um antigénio pode provocar uma alergia.  A autoimunidade revela-se na incapacidade de o organismo reconhecer as suas células, destruindo-as.  A SIDA é um exemplo de doença onde o sistema imunitário é afetado. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 129
  • 130. Recordar e enfatizar  O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia permite controlar alguns agentes patogénicos, bem como compreender as suas formas de transmissão e assim evitar/minimizar o contágio.  Os anticorpos produzidos por um organismo em resposta a um antigénio podem ser:  Monoclonais – se são específicos apenas para um determinante antigénico;  Policlonais – se estabelecem ligações com vários determinates antigénicos. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 130
  • 131. Recordar e enfatizar  Devido à sua elevada especificidade, os anticorpos monoclonais podem ser usados no diagnóstico e na terapêutica. Por exemplo: Na localização e diagnóstico de tumores; No tratamento de doenças autoimunes; Nos testes de gravidez; Em antídotos para drogas e venenos. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 131
  • 132. Recordar e enfatizar  A Biotecnologia possibilita a produção de substâncias: Para fins terapêuticos, por exemplo: insulina, antibióticos, esteróides, hormonas de crescimento, fator VIII anti- hemofílico e interferão; Com múltiplas aplicações médicas: no diagnóstico prénatal de doenças, na avaliação da compatibilidade de órgãos para transplante, em testes de paternidade e no tratamento de doenças. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 132
  • 133. Recordar e enfatizar  As substâncias terapêuticas produzidas por bioconversão apresentam vantagens, tais como: Antibióticos com maior espetro de ação; Redução das reações alérgicas. Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 133
  • 134. FIM! Cláudia Barros Moreira 2020/2021 Biologia 12º ano 134 ¿Cómo funciona el Sistema Inmunológico? | #QuedateEnCasa - YouTube