O documento discute os benefícios de um currículo integrado entre disciplinas e os principais desafios para sua implementação na escola. O professor Jurjo Torres Santomé defende que uma educação interdisciplinar permite abordar temas mais interessantes e estimular a curiosidade dos alunos, além de prepará-los para trabalhar em equipe. No entanto, a concepção disciplinar continua dominante devido a fatores como a ênfase em testes de avaliação internacional.
Esses slides embasam os debates que o GEFOPI realiza para discutir a questão da formação de professores, levando em consideração os paradigmas educacionais – cartesiano e holístico. Geralmente realizamos a palestra após o público assistir ao filme “A escola da vida” ou “As duas faces do espelho”. O GEFOPI atua com base em projetos de pesquisa e de extensão, da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos, coordenados pela Prof. Ms. Andréa Kochhann.
O texto Interdisciplinaridade subsidiou uma palestrada apresentada no evento da UEG em Morrinhos e publicado nos anais do evento "V Semana de Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás" com ISBN 2237-9177, ocorrido em 2013. Discute sobre conceitos da prática interdisciplinar, apresentando seus limites e suas possibilidades. Este assunto faz parte do Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade da UEG, Câmpus São Luis de Montes Belos, coordenador pela autora do referido texto.
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionaisAndréa Kochhann
O presente artigo faz parte das escritas do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, coordenado pela Prof. Ms. Andréa Kochhann e reflete as análises teóricas sobre o tema paradigmas educacionais. O conceito de paradigma apresentado enquanto regras ou modelo a ser seguindo, que predominou por mais de quatrocentos anos foi o cartesiano-newtoniano. Esse paradigma passou a ser questionado por sua linearidade e mediante uma crise paradigmática, o modelo holístico passa a compor os debates. Nesse paradigmática o processo de ensinagem coloca o aluno como ator e autor de seu conhecimento, mediado pela postura docente. Esse artigo é usado para as discussões que o GEFOPI realiza.
CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002. Soares Junior
Na apresentação à edição brasileira da obra A autonomia de professores, Selma Garrido Pimenta traça um rápido panorama do contexto social neoliberal no país e faz uma breve análise da trajetória profissional dos docentes, responsáveis por conduzir o processo ensino-aprendizagem na nova sociedade da informação e do conhecimento. Ressalta, assim, a importância e pertinência do tema para a reflexão dos educadores brasileiros.
Esses slides embasam os debates que o GEFOPI realiza para discutir a questão da formação de professores, levando em consideração os paradigmas educacionais – cartesiano e holístico. Geralmente realizamos a palestra após o público assistir ao filme “A escola da vida” ou “As duas faces do espelho”. O GEFOPI atua com base em projetos de pesquisa e de extensão, da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos, coordenados pela Prof. Ms. Andréa Kochhann.
O texto Interdisciplinaridade subsidiou uma palestrada apresentada no evento da UEG em Morrinhos e publicado nos anais do evento "V Semana de Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás" com ISBN 2237-9177, ocorrido em 2013. Discute sobre conceitos da prática interdisciplinar, apresentando seus limites e suas possibilidades. Este assunto faz parte do Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade da UEG, Câmpus São Luis de Montes Belos, coordenador pela autora do referido texto.
A crise de paradigmas e os modelos paradigmáticos educacionaisAndréa Kochhann
O presente artigo faz parte das escritas do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, coordenado pela Prof. Ms. Andréa Kochhann e reflete as análises teóricas sobre o tema paradigmas educacionais. O conceito de paradigma apresentado enquanto regras ou modelo a ser seguindo, que predominou por mais de quatrocentos anos foi o cartesiano-newtoniano. Esse paradigma passou a ser questionado por sua linearidade e mediante uma crise paradigmática, o modelo holístico passa a compor os debates. Nesse paradigmática o processo de ensinagem coloca o aluno como ator e autor de seu conhecimento, mediado pela postura docente. Esse artigo é usado para as discussões que o GEFOPI realiza.
CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002. Soares Junior
Na apresentação à edição brasileira da obra A autonomia de professores, Selma Garrido Pimenta traça um rápido panorama do contexto social neoliberal no país e faz uma breve análise da trajetória profissional dos docentes, responsáveis por conduzir o processo ensino-aprendizagem na nova sociedade da informação e do conhecimento. Ressalta, assim, a importância e pertinência do tema para a reflexão dos educadores brasileiros.
O texto aborda o papel das tecnologias da comunicação e
da informação na educação hoje. Questiona esse papel, discute o que deve ser compreendido por qualidade na educação, assim como examina
a concepção de uma formação, a ser construída nos cursos que preparam professores e gestores, capaz de imprimir (uma outra) qualidade à educação e de contribuir para que o uso dos recursos tecnológicos
facilite a discussão da cultura e se coloque a favor de um projeto de emancipação. Argumenta que uma educação de qualidade demanda, entre outros elementos, tanto uma visão crítica dos processos escolares quanto usos apropriados e criteriosos das novas tecnologias.
As teorizações curriculares já tem ocupado a algum tempo o pensamento educacional, contudo as práticas curriculares ainda parecem, mesmo que tentando buscar a inovação, multiplicarem-se na ordem do mesmo. Desse modo, o presente texto tem por objetivo visibilizar três experiências curriculares realizadas em meio ao Curso de Pedagogia e ao Mestrado em Ensino do Centro Universitário Univates, Lajeado/RS/BR. A primeira diz respeito ao novo currículo do Curso de Pedagogia que entrou em vigor a partir de 2015; a segunda, ao Projeto de Extensão Formação pedagógica e pensamento nômade que integra também alunos e professores da Pedagogia, entre demais participantes interessados; o terceiro, ao Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq), vinculado ao Mestrado em Ensino e que tem como objetivo problematizar o currículo, seus movimentos e espaços. Tais experiências não têm a pretensão de criar novas maneiras de pensar ou organizar o currículo, mas caracterizam-se como experimentações curriculares que tem como único objetivo criar algumas fissuras, desconstruir algumas verdades instituídas acerca de um modo de pensar/fazer educação. Além disso, as referidas experiências buscam criar interfaces entre a pesquisa, o ensino e a extensão.
O texto A prática interdisciplinar foi publicado na PAIDOS em www.slmb.ueg.br/paidos e faz parte do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. O texto discute sobre as questões que envolvem o processo didático disciplinar ao interdisciplinar, que requer mudanças conceituais por parte dos professores e das escolas. Isso é uma questão paradigmática e urgente.
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as experiências que têm orientado a política de gestão
implementada numa escola pública de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, que tem
como um dos seus objetivos o acompanhamento da prática docente dos professores, no
início de suas carreiras, que estão lotados na escola. A perspectiva teórico-metodológica
adotada está fundamentada na teoria da complexidade de Edgar Morin e na sociologia do
cotidiano de Michel Maffesoli. Ressaltamos a nossa preocupação com a educação
continuada dos professores, visando a preparação qualificada para uma atuação
pedagógica mais dialógica, humana e sensível no contexto escolar. Reconhecemos,
também, as deficiências na formação inicial dos professores que se apresenta
dicotômica, especialmente no que diz respeito às relações teoria/prática, conteúdo/forma,
universidade/escola. Para encarar tal desafio, implementamos vários projetos no currículo
da escola em estudo e selecionamos para essa comunicação os Projetos
“Acompanhamento do Processo de Alfabetização dos Professores da Escola” e o
“Narrativas de Professores sobre a sua Prática em Sala de Aula”. No primeiro projeto,
reconhecendo a fragilidade do processo de formação inicial realizado na graduação, um
professor com experiência, foi indicado, e acompanhou o professor iniciante da escola,
no planejamento de suas atividades para a turma de alfabetização. O processo mostrouse
fundamental para a atuação do professor iniciante em sala de aula e os resultados
foram satisfatórios para as crianças e promoveu a auto-confiança do novo professor no
seu ofício de mestre. Isso mostra que a relação mestre-aprendiz-mestre, em outras
palavras, um mestre senior (senex) na sua relação com um jovem (puer) professor tem forte influência na formação de ambos. No projeto das Narrativas de Professores
sentimos um processo vivo de auto-reflexão da própria prática e da prática dos colegas a
partir das histórias das ações realizadas nas suas turmas, na escola. Foram momentos
formativos para todos os professores, especialmente, para os que estão em início de
carreira, que tiveram a oportunidade de olhar criticamente para a sua prática e com a
discussão grupal e estudos encaminhados, buscar estudos para re-significação de suas
práticas. Os resultados desse trabalho/estudo mostram que o acompanhamento dos
professores no início de suas carreiras faz uma diferença fundamental para eles e para o
ensino.
O texto aborda o papel das tecnologias da comunicação e
da informação na educação hoje. Questiona esse papel, discute o que deve ser compreendido por qualidade na educação, assim como examina
a concepção de uma formação, a ser construída nos cursos que preparam professores e gestores, capaz de imprimir (uma outra) qualidade à educação e de contribuir para que o uso dos recursos tecnológicos
facilite a discussão da cultura e se coloque a favor de um projeto de emancipação. Argumenta que uma educação de qualidade demanda, entre outros elementos, tanto uma visão crítica dos processos escolares quanto usos apropriados e criteriosos das novas tecnologias.
As teorizações curriculares já tem ocupado a algum tempo o pensamento educacional, contudo as práticas curriculares ainda parecem, mesmo que tentando buscar a inovação, multiplicarem-se na ordem do mesmo. Desse modo, o presente texto tem por objetivo visibilizar três experiências curriculares realizadas em meio ao Curso de Pedagogia e ao Mestrado em Ensino do Centro Universitário Univates, Lajeado/RS/BR. A primeira diz respeito ao novo currículo do Curso de Pedagogia que entrou em vigor a partir de 2015; a segunda, ao Projeto de Extensão Formação pedagógica e pensamento nômade que integra também alunos e professores da Pedagogia, entre demais participantes interessados; o terceiro, ao Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq), vinculado ao Mestrado em Ensino e que tem como objetivo problematizar o currículo, seus movimentos e espaços. Tais experiências não têm a pretensão de criar novas maneiras de pensar ou organizar o currículo, mas caracterizam-se como experimentações curriculares que tem como único objetivo criar algumas fissuras, desconstruir algumas verdades instituídas acerca de um modo de pensar/fazer educação. Além disso, as referidas experiências buscam criar interfaces entre a pesquisa, o ensino e a extensão.
O texto A prática interdisciplinar foi publicado na PAIDOS em www.slmb.ueg.br/paidos e faz parte do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. O texto discute sobre as questões que envolvem o processo didático disciplinar ao interdisciplinar, que requer mudanças conceituais por parte dos professores e das escolas. Isso é uma questão paradigmática e urgente.
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as experiências que têm orientado a política de gestão
implementada numa escola pública de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, que tem
como um dos seus objetivos o acompanhamento da prática docente dos professores, no
início de suas carreiras, que estão lotados na escola. A perspectiva teórico-metodológica
adotada está fundamentada na teoria da complexidade de Edgar Morin e na sociologia do
cotidiano de Michel Maffesoli. Ressaltamos a nossa preocupação com a educação
continuada dos professores, visando a preparação qualificada para uma atuação
pedagógica mais dialógica, humana e sensível no contexto escolar. Reconhecemos,
também, as deficiências na formação inicial dos professores que se apresenta
dicotômica, especialmente no que diz respeito às relações teoria/prática, conteúdo/forma,
universidade/escola. Para encarar tal desafio, implementamos vários projetos no currículo
da escola em estudo e selecionamos para essa comunicação os Projetos
“Acompanhamento do Processo de Alfabetização dos Professores da Escola” e o
“Narrativas de Professores sobre a sua Prática em Sala de Aula”. No primeiro projeto,
reconhecendo a fragilidade do processo de formação inicial realizado na graduação, um
professor com experiência, foi indicado, e acompanhou o professor iniciante da escola,
no planejamento de suas atividades para a turma de alfabetização. O processo mostrouse
fundamental para a atuação do professor iniciante em sala de aula e os resultados
foram satisfatórios para as crianças e promoveu a auto-confiança do novo professor no
seu ofício de mestre. Isso mostra que a relação mestre-aprendiz-mestre, em outras
palavras, um mestre senior (senex) na sua relação com um jovem (puer) professor tem forte influência na formação de ambos. No projeto das Narrativas de Professores
sentimos um processo vivo de auto-reflexão da própria prática e da prática dos colegas a
partir das histórias das ações realizadas nas suas turmas, na escola. Foram momentos
formativos para todos os professores, especialmente, para os que estão em início de
carreira, que tiveram a oportunidade de olhar criticamente para a sua prática e com a
discussão grupal e estudos encaminhados, buscar estudos para re-significação de suas
práticas. Os resultados desse trabalho/estudo mostram que o acompanhamento dos
professores no início de suas carreiras faz uma diferença fundamental para eles e para o
ensino.
Educación en tiempos de neoliberalismo: profesoras y profesores como activist...Jurjo Torres Santomé
Una de las claves de la reproducción y consolidación del neoliberalismo, neocolonialismo, patriarcalismo, racismo y de los fundamentalismos está en convencer a cada persona de que solo ella es la responsable de la situación en la que se encuentra; convencer a las víctimas de que son las responsables de su situación (por no haber asumido “la cultura del esfuerzo" individual o por carecer de “talentos” naturales, algo que plasma el proverbio latino “Quod natura non dat Salmantica not praestat”), erosionar y destruir los vínculos colectivos, la preocupación por lo común, tanto sea de fracaso como de éxito.
En esta tarea los sistemas educativos desempeñan un papel fundamental
Un curriculum más justo para otra globalización. Jurjo Torres SantoméJurjo Torres Santomé
Un curriculum más justo para otra globalización. Jurjo Torres Santomé
Cuadernos de Pedagogía, nº 424, junio 2012, págs. 88 - 91
El sistema educativo recibe unas presiones desde el mundo económico que favorecen el sesgo de contenidos culturales y entiende el currículo como un instrumento para conseguir buenos salarios. Es urgente, pues, revisar los contenidos con los que trabaja la institución escolar, abrirse al diálogo y superar los análisis reduccionistas que afianzan el eurocentrismo, el neocolonialismo, el clasismo y el sexismo
"Instituciones Educativas en el Marco de Sociedades Abiertas y Educadoras: La...Jurjo Torres Santomé
Los procesos de globalización afectan también a las instituciones escolares. En la medida en que el mundo se convierte en una aldea global, los espacios con contornos muy marcados, con funciones exclusivas son cada vez más inapropiados. Una palabra tiene en la actualidad un gran potencial explicativo y de acción: redes. Una sociedad red es una estructura social en la que sus instituciones y asociaciones funcionan de un modo flexible para adecuarse a una sociedad con diversos horarios y espacios y ofertas para las mismas tareas; donde ya no es imprescindible estar haciendo siempre lo mismo, con similares recursos, a las mismas horas y días, y en los mismos espacios. En este marco de crisis las sociedades precisan de importantes transformaciones y, por tanto, los sistemas educativos se ven simultáneamente obliga- dos a repensar la misión que deben desempeñar en esta nueva era.
Jurjo Torres Santomé
“Instituciones Educativas en el Marco de Sociedades Abiertas y Educadoras: La Necesidad de Estructuras Flexibles y de Vertebración entre Actividades Escolares y Extraescolares"
Itinerarios Educativos. Nº 4, 2010, págs. 93-104 ISSN 1850-3853, ISSN-e 2362-5554
"Xustiza curricular e sociedades informacionais e do coñecimento" - Jurjo Tor...Jurjo Torres Santomé
A educación é parte dun proxecto político co que as xeracións adultas tratan de pla- nificar e construír o futuro da sociedade e do mundo en xeral. Por conseguinte, calquera reflexión sobre a problemática do que debe ser o traballo nas aulas, a planificación e desenvolve- mento do currículo escolar, obríganos a deternos no significado do coñecemento que se selecciona como obrigatorio para ofrecer ao alumnado e nos porqués da súa elección; algo que esixe previa- mente unha detida análise do grao de actualida- de e funcións que desempeñan os contidos que, ata o momento presente, se veñen considerando como imprescindibles e básicos no currículo escolar a traballar no lugar concreto en que nos atopemos. Neste sentido, é preocupante a rutina con que cada Goberno (e especialmente se se corresponde cun cambio de partido político) fai elaborar novas listaxes de contidos obrigatorios para os distintos niveis do sistema educativo, sen realizar ningún estudo —ou polo menos nunca se fai público— sobre os que substitúe.
"Aportaciones pedagógicas a la educación infantil. Evolución histórica" - Jur...Jurjo Torres Santomé
TORRES SANTOMÉ, Jurjo (1993). "Aportaciones pedagógicas a la educación infantil. Evolución histórica".
En Mª Dolores REQUENA y Borja VÁZQUEZ-DODERO (Coords.): Didáctica de la Educación Infantil. Módulo de Educador Infantil. Madrid. Servicio de publicaciones dfel Ministerio de Educación y Ciencia, págs. 13 - 67.
El mundo del capitalismo cognitiva depende de la instrumentalización del sist...Jurjo Torres Santomé
"El mundo del capitalismo cognitivo depende de la instrumentalización del sistema educativo"
José María Barroso Tristán entrevista a Jurjo Torres Santomé
Iberoamérica Social. 28 de Junio, 2019
Entrevista a Jurjo Torres Santomé - TE (CCOO). Nº 365, Marzo-Abril de 2018,...Jurjo Torres Santomé
“La educación laica, democrática e inclusiva para todas y todos es una meta muy distante en este momento”
Celso Currás entrevista a Jurjo Torres Santomé.
TE (Revista Trabajadores de la Enseñanza), CCOO. Nº 365, Marzo-Abril de 2018, págs. 18 - 22.
En Políticas educativas y construcción de personalidades neoliberales y neocolonialistas (Morata, 2017), Jurjo Torres aporta una mirada política muy actual sobre nuestro sistema educativo. Fruto de la preocupación por cómo lo privado disputa el terreno al espacio público, analiza con gran detalle cómo la construcción del nosotros colectivo –que había sido razón principal de la universalización de la educación– está siendo aceleradamente sustituida por un individualismo competitivo y excluyente.
Reseña del libro "Políticas Educativas y construcción de personalidades neoli...Jurjo Torres Santomé
Reseña de Rosa VÁZQUEZ RECIO del libro:
TORRES SANTOMÉ, Jurjo (2017). "Políticas Educativas y construcción de personalidades neoliberales y neocolonialistas". Madrid. Ed. Morata.
"... cada macaco no seu galho". A participação democrática na escola pública....Jurjo Torres Santomé
PATACHO, Pedro e TORRES SANTOMÉ, Jurjo (2017).
"... cada macaco no seu galho". A participação democrática na escola pública. Revista Portuguesa de Educação (RPE). Vol. 30, nº 2, págs. 275 - 304.
Se a educação pública é um projeto político destinado a formar a cidadania democrática, é importante que todas as pessoas implicadas na educação dos alunos e das alunas tenham uma palavra a dizer sobre aquilo que se faz nas escolas e nas aulas e que verdadeiramente estrutura a vida escolar. Deste modo, a participação democrática deve ser constitutiva do quotidiano das escolas.
Os processos de participação devem fazer com que todas as famílias, independentemente das suas origens, se sintam bem nas escolas, sintam que são valorizadas, que têm uma palavra a dizer, que essa palavra conta, é escutada e tem consequências. Dada a desigualdade e as injustiças que atravessam as nossas sociedades, é especialmente importante que isto aconteça com aquelas famílias mais pobres, com menos recursos, pertencentes a grupos historicamente marginalizados e sem poder. Ora, isto implicaria repensar a organização e o funcionamento da escola, com outras relações de poder, potencialmente geradoras de uma outra cultura profissional docente.
Contudo, as dificuldades estão à vista e inscrevem-se nos problemas que enunciámos na introdução deste artigo. Como vimos, as crenças dos docentes sobre as questões da participação democrática nas escolas têm uma estabilidade que é indiferente aos próprios contextos escolares, não obstante a sua diversidade. Entre docentes e famílias predomina a desconfiança recíproca, ora por defesa dos primeiros, ora por receios dos segundos. Os próprios diretores de agrupamento tendem a questionar a relevância da participação formal de outros agentes em órgãos e processos de decisão. Como fazer acontecer uma educação escolar mais justa quando a distância entre a retórica e a prática da participação democrática é tão evidente? E necessário criar, desenvolver e avaliar projetos que encurtem esta distância.
Prólogo. Nuevas posibilidades en la revisión de los discursos educativos. Ju...Jurjo Torres Santomé
"Prólogo. Nuevas posibilidades en la revisión de los discursos educativos". Jurjo Torres Santomé
En Thomas S. POPKEWITZ: Los discursos redentores de las
ciencias de la educación. Morón (Sevilla). M.C.E.P. - Kikiriki Cooperación Educativa. 1998, págs. 9 - 29.
Esquema para análisis de materiales curriculares (Jurjo Torres Santomé, 2017)
Curso impartido en el “Màster Universitari en Investigació en Didàctiques Específiques” en la Facultat de Magisteri de la Universitat de València, como parte del módulo “Bases para la Innovación Docente“. Enero de 2017.
Red pública, red privada: lo que las hace distintas - Jurjo Torres SantoméJurjo Torres Santomé
"Red pública, red privada: lo que las hace distintas"
Jurjo Torres Santomé.
Cuadernos de pedagogia. Nº 469, Juio – Agosto, 2016, págs. 55 – 58.
Educar es parte de esencial en la conformación de un ser humano utópico, que ve la realidad como perfectible, que se siente obligado a ver siempre un mundo de posibilidades, a ser optimista en cuanto a las posibilidades de organizar modelos de sociedad cada vez más justos, inclusivos y democráticos. En este artículo se analizan las diferencias existentes entre roles e intereses propios de las organizaciones públicas y privadas en la formación del profesorado y del alumnado.
«(Previsibles) consecuencias educativas y sociales de la ley orgánica de cal...Jurjo Torres Santomé
«(Previsibles) consecuencias educativas y sociales de la ley orgánica de calidad de la educación»
Jurjo Torres Santomé
En Joaquín Gairín y Montserrat Casas (Coords.): La calidad en educación. Barcelona. Wolters Kluwer, 2003, págs. 253 - 302.
Diseñar un sistema educativo es diseñar el tipo de sociedad que deseamos en el futuro. Los sistemas educativos contribuyen a dotar a las personas de oportunidades para participar en los actuales sistemas productivos; asimismo, ayudan a concretar los posibles modelos de sociedad del futuro. Preocuparse por una mayor democratización, participación y equidad para el futuro, significa construir a partir de hoy unas instituciones escolares que preparen esos pilares de apoyo.
La actual Propuesta de Ley contribuye a dinamitar el Estado de Bienestar. Se echa abajo una de las grandes conquistas del Estado Liberal: el derecho de todos a una educación de calidad y durante el mayor número posible de años (en función de la riqueza disponible en el país). En la medida en que se apuesta por medidas políticas conservadoras como las reducciones de impuestos (en especial para las grandes empresas y fortunas), en esa medida cada familia se verá obligada a hacerse cargo de funciones que hasta el momento le correspondían al Estado. El bombardeo mediático con el que se explican este tipo de medidas tendentes a desmantelar el Estado del Bienestar pretende, asimismo, hacer olvidar a la ciudadanía que la única forma justa de redistribuir la riqueza existente en un país, es prestando más atención a quien menos tiene, no abandonándolo a su suerte.
En nuestro contexto, las políticas educativas que autoritariamente impone el Partido Popular se caracterizan por una gran despreocupación por la enseñanza pública. Su finalidad es convertir el Sistema Educativo en un mercado, donde rija solamente la ley de la oferta y la demanda; aun sabiendo que no todas las personas poseen capacidades, información y recursos económicos para realizar elecciones en temas de educación.
"Mercado y escuela"
Jurjo Torres Santomé
Cuadernos de Pedagogía,
Nº 445, Mayo 2014, págs. 58 – 61.
La fusión de la mentalidad conservadora con la neoliberal produce ataques a la enseñanza pública desde diversos frentes. Se manipulan estadísticas, se desprestigia a los funcionarios públicos, se ataca a los sindicatos y se critica la formación del profesorado. El objetivo último es adiestrar a consumidores no críticos antes que educar a personas imaginativas e inconformistas.
Neoliberalismo y tergiversación de las finalidades de los sistemas educativos...Jurjo Torres Santomé
Neoliberalismo y tergiversación de las finalidades de los sistemas educativos.
Jurjo Torres Santomé (2011)
"Introducción" en: Juan Fernández Sierra (2011). Formar para la economía del conocimiento vs educar para la sociedad del conocimiento. Málaga. Aljibe, págs. 9 – 19.
En el momento presente, la recesión económica mundial que generaron las políticas neoliberales de los países más desarrollados del planeta está siendo manejada como excusa para llevar a cabo importantes transformaciones en las funciones a desempeñar por los sistemas educativos. Es preciso llamar la atención sobre un proceso que viene caracterizando las reformas e intervenciones promovidas por una buena parte de los gobiernos de los países más poderosos del mundo: el de una progresiva economización neoliberal de las políticas educativas, así como de una notable empresarialización de la formación universitaria y de las políticas de Investigación y Desarrollo.
En esta búsqueda de mayor eficiencia de los sistemas educativos, definida y evaluada según el grado de su contribución a unas pretendidas demandas de los sistemas productivos para competir con mayor rentabilidad en un mundo que se proclama globalizado, es decisivo el trabajo de presión de organizaciones como la OCDE, el Banco Mundial, el Fondo Monetario Internacional y la Organización Mundial del Comercio. Instituciones economicistas que, recurriendo a evaluaciones comparativistas en torno a determinadas variables que consideradan claves para medir el éxito y fracaso de los países, vienen funcionando como los auténticos gabinetes diseñadores de las políticas económicas, laborales, educativas, sanitarias y sociales que todos los gobiernos del mundo deben implementar. Políticas que se convierten en obligatorias especialmente para aquellos países que se ven obligados a recurrir a tales instituciones para recabar préstamos económicos.
La educación rural en el marco de la revolución en la estructura de las pob...Jurjo Torres Santomé
"La educación rural en el marco de la revolución en la estructura de las poblaciones de las naciones"
Jurjo Torres Santomé.
Prácticas en Educación Intercultural. Nº 3, Mayo 2011, págs. 7 - 20.
A medida que el siglo XX iba avanzando y las grandes industrias y negocios optaban por instalarse en los núcleos urbanos, con la subsiguiente oferta de puestos de trabajo, los procesos de desplazamiento hacia las ciudades fueron haciéndolas crecer a un fuerte ritmo, como nunca antes se había visto. De esta manera, se acabaron conformando espacios más heterogéneos, donde el contacto entre personas pertenecientes a distintas clases y colectivos sociales posibilitaba una convivencia con mayor proximidad y más facilidades para las interrelaciones.
...
Los nuevos vínculos de ciudadanía tienen que basarse más en compromisos con proyectos de futuro que en el compartir orígenes geográficos y tradiciones del pasado; algo que además es coherente con una ciudadanía democrática que desea y debe decidir sobre su futuro, no esclava de tradiciones que le vinieron impuestas, en la medida en que sólo unas pocas personas tenían derecho y posibilidades de decisión.
Las instituciones escolares son también un espacio privilegiado para imaginar nuevas posibilidades a los pueblos y núcleos rurales. Al igual que intencionalmente se llevó a cabo un proceso de urbanización acelerado, como consecuencia de unos modelos de industrialización y comercialización capitalista, de igual manera existe la posibilidad de reiniciar una nueva reinstalación y repoblamiento de entornos ahora abandonados, pero que con una infraestructura adecuada podrían contribuir a conformar nuevos modelos de convivencia más humanos, mucho más respetuosos con el medio ambiente y económicamente más limitado a las necesidades verdaderamente humanas y no de puro mercantilismo y acumulación al coste que sea.
Apostar por revitalizar un nuevo modelo de vida en núcleos rurales, aprovechando su potencial medioambiental, apostando por otros modelos de economía y de producción precisa, asimismo, de un sistema educativo que haga presente este mundo hasta ahora silenciado o nostálgicamente presentado, con todo su verdadero potencial. Es de este modo como el sistema educativo dejará de preparar fugitivos del mundo rural para educar otra ciudadanía más respetuosa con el medio ambiente y, lógicamente con las demás personas con las que convive. De este modo, las posibilidades de elección que el día de mañana tendrá cada alumna y alumno serán mayores, y sus elecciones las realizará disponiendo de mucha mas información y de mayor rigor en sus análisis.
Selección de contenidos en el currículo básico - Jurjo Torres Santomé, 2005Jurjo Torres Santomé
Selección de Contenidos en el currículo básico.
Jurjo Torres Santomé,
Cuadernos de Pedagogía, nº 348, Julio – Agosto de 2005, págs. 38-41.
El diseño de unos mínimos curriculares debería ir precedido por un diagnóstico fidedigno sobre las necesidades de la ciudadanía en el futuro. Una selección de expertos podría elaborar un breve documento de síntesis, punto de partida para un debate amplio en el que, más allá de reivindicaciones corporativistas, quede espacio para la participación de los diversos agentes sociales.
The presence of different cultures in schools: possibilities of dialogue and ...Jurjo Torres Santomé
The presence of different cultures in schools: possibilities of dialogue and action.
Jurjo Torres Santomé
Pedagogy, Culture & Society. Vol. 4, nº. 1 (1996), pp. 25 - 41
ABSTRACT. This article reflects on schools as spaces for the reconstruction of reality. If the school is an important part of the strategy to prepare for critical solidarity and active democratic citizens in society, it is obvious that it may or may not be successful in so far as the classrooms are converted into a space where this same society can be submitted to revision and criticism and where the necessary skills are developed to perfect and participate in the community. It is not a place to convert the societal groups and cultures without power into extras of the curriculum or additional themes to ease our conscience as happens in many of our classrooms when they develop what I call the “tourist curricula”. On the contrary, an anti-marginal education must revise and reconstruct the knowledge of each group and culture of the world. It is necessary to construct educational practices to teach students to unmask the political, historical and semiotic dynamics that condition their interpretations and expectations and their possibilities for participating in reality.
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
Aula voltada para alunos do Ensino Médio focando nos processos de Independência da América Latina a partir dos antecedentes até a consolidação dos Estados Nacionais.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Trabalho cooperativo e coordenado. Entrevista com Jurjo Torres Santomé
1. Trabalho cooperativo e coordenado
“Minha trajetória profissional e investigativa é marcada
pela tentativa de compreender por que os alunos não
conseguem achar interessante e apaixonante sua
passagem pelas salas de aula”, diz o professor Jurjo
Torres Santomé, catedrático de Didática e Organização
Escolar na Universidade da Corunha. “É essa indagação
que me leva a experimentar e propor alternativas para o
trabalho curricular em sala de aula”, explica o espanhol.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, ele aborda a articulação entre disciplinas como
uma dessas alternativas. “Estou iniciando um novo projeto de pesquisa, centrado em coligir as
vozes dos alunos de educação secundária obrigatória (12 a 16 anos de idade), opinando sobre e
valorizando o trabalho que fazem em sala de aula nas diferentes matérias”, conta. “Tenho
interesse em ouvir suas vozes e, obviamente, suas sugestões e propostas. Creio que podemos
aprender muito com eles, como, por exemplo, a trabalhar respeitando-os mais, algo que me
parece muito necessário, urgente e justo”, diz.
Há muitos nomes para designar a integração das diversas áreas do conhecimento na escola,
como transdisciplinaridade, multidisciplinaridade, interdisciplinaridade. O senhor considera que
existe diferença entre elas?
Esses três nomes referem-se ao tipo de relações de colaboração que as disciplinas ou corpus
especializados do conhecimento estabelecem entre si. A mais elementar seria a
multidisciplinaridade, uma colaboração entre especialidades, por exemplo, para enfrentar um
problema, mas mantendo, cada uma delas, sua idiossincrasia, sua estrutura conceitual,
metodológica, avaliativa, etc. Essa é a relação mais comum; supõe, em um primeiro momento,
admitir que outras disciplinas também têm algo a dizer sobre um tema que se considera que
seja competência de sua disciplina. A interdisciplinaridade já implica maior integração das
disciplinas, que passam a compartilhar e intercambiar conceitos, terminologias, metodologias,
com um claro propósito de colaborar, participar e trabalhar de igual para igual. A
transdisciplinaridade supõe maior nível de integração de várias disciplinas. Seria como criar um
modelo onicompreensivo no qual não haveria fronteiras nem disputas entre as especialidades
disciplinares. É ir além das disciplinas e das disputas entre elas.
Qual a opção que melhor define a ideia de base para um currículo integrado?
Um currículo integrado apoia-se claramente em uma interdisciplinaridade do conhecimento.
Admite-se, como ponto de partida, que tudo está interconectado. Por isso, propomos processos
de ensino e aprendizagem nos quais os alunos visualizem e construam significados,
conhecimentos significativos em que fiquem claras essas conexões entre diferentes disciplinas.
Quais os benefícios de um currículo integrado?
Um currículo integrado permite-nos introduzir temas novos e mais interessantes na sala de aula,
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2. cruzá-los com conceitos, saberes e procedimentos de diversas disciplinas, estimular uma maior
curiosidade e espírito de exploração, investigação e inovação nos alunos; ajudá-los a captar e a
considerar o maior número possível de pontos de vista para tomar decisões, para fazer
julgamentos mais equilibrados acerca da importância e da necessidade de dominar
determinados saberes que até então não viam como necessários. Essa aposta na
interdisciplinaridade do conhecimento será de enorme utilidade para estimularmos os alunos a
compreender a necessidade de colaborar, de trabalhar em equipe com outras pessoas, de
entender as necessidades de outros povos, de manter um compromisso e um trabalho em favor
da sustentabilidade do planeta.
Por que a concepção disciplinar foi dominante na escola do passado?
No passado, havia alguma razão para que a concepção disciplinar fosse dominante: não
precisávamos do controle de outras disciplinas para evitar consequências imprevistas ao pôr em
prática o saber disciplinar. As disciplinas “disciplinam” a mente para selecionar, interessar-se,
interpretar e valorizar unicamente aquela realidade ou aquelas questões que fazem parte de
seus referenciais conceituais e metodológicos. A disciplinaridade das mentes funciona também
para confrontar as disciplinas entre si, para convertê-las em rivais. Cada um de nós, como
especialista, sempre pensa que tem muitas necessidades, que precisa de muito mais recursos
que os outros, que é mais importante e indispensável para a formação dos alunos que as demais
especialidades.
E por que essa concepção continua sendo dominante no presente?
Na última década, os obstáculos a um currículo integrado vêm aumentando de maneira bastante
significativa, à medida que se consolidam políticas comparativistas para avaliar a qualidade dos
sistemas educacionais dos diferentes países. Um exemplo é o que ocorre com provas como o
PISA, promovido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A
obsessão dos países é ter êxito nessas provas e, com isso, essas disciplinas submetidas à
avaliação internacional são as que recebem cada vez mais atenção e recursos humanos e
econômicos. O resultado dessas políticas comparativistas é que acabam convencendo a maioria
dos professores — e, inclusive, as famílias — de que seu trabalho consiste em treinar os alunos
para que tenham êxito nesses testes e alcancem as melhores posições possíveis nos rankings
produzidos. É evidente que treinar os alunos para fazer avaliações é algo radicalmente distinto
de educar cidadãs e cidadãos para entender, participar de e viver em sociedades mais
democráticas, justas e solidárias.
Com a complexidade crescente do conhecimento nas diferentes áreas, é possível promover a
interdisciplinaridade na escola?
É evidente que sim. Essa complexidade é o que está fazendo com que as universidades apostem
em modelos de ensino mais interdisciplinares, com que todos os grupos de pesquisa sejam
realmente interdisciplinares. Por isso, não é lógico pensar que nas etapas educativas anteriores
não se trabalhe com essa mesma filosofia educativa capaz de confrontar os alunos com um
conhecimento verdadeiramente relevante e significativo. É muito difícil que o currículo
disciplinar ajude a responder às necessidades dos alunos de hoje, sobretudo se nos confrontamos
com perguntas-chave que nos fazemos explicitamente há décadas, mas que incomodam a
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3. maioria dos governos que, por isso, tratam de silenciá-las: de que conhecimentos necessitam as
novas gerações; quem deve participar da seleção; a que objetivos devem atender os
conhecimentos selecionados; que metodologias são apropriadas para capacitar a uma cidadania
verdadeiramente informada, comprometida e responsável com os assuntos públicos.
No ensino médio, etapa conclusiva da educação básica, o diálogo entre saberes é
imprescindível. Na realidade, porém, isso não acontece. Quais os principais entraves a essa
conexão entre as disciplinas?
Basicamente os medos e a falta de confiança em nós mesmos. Temos medo de nos equivocar ou
de que os outros descubram lacunas em nossos saberes, pois nos ensinaram que erros, dúvidas e
falhas, medos e dificuldades são algo que merece punição ou castigo. Somos extremamente
inseguros, o que em princípio é bom, se utilizamos isso para trabalhar com outras pessoas e
somar saberes, indagar e arriscarmo-nos a inovar de maneira colaborativa. Se você é educado
disciplinarmente, fica mais difícil atrever-se a uma inovação tão complexa como é o caso do
currículo integrado.
O que é preciso para que haja uma mudança efetiva rumo à educação interdisciplinar?
Estimular uma mudança nessa direção implica convencer as instituições universitárias de
formação e atualização dos professores de que o mundo atual requer que formemos professores
comprometidos ativa e reflexivamente com o trabalho interdisciplinar. Mediante uma formação
coerente com essa filosofia, promoveremos docentes comprometidos com princípios éticos como
generosidade intelectual (reconhecimento do trabalho das demais especialidades e profissões);
confiança intelectual (crença no fato de que todos os especialistas podem dar contribuições
importantes e, mais do que isso, disposição a submeter o próprio trabalho à avaliação de
“estranhos”); humildade intelectual (reconhecimento da parcialidade e da incompletude do
conhecimento em que somos especialistas e, portanto, disposição para pôr em risco nossa
autoestima e assumir que outras disciplinas o revisem criticamente e tentem completá-lo);
flexibilidade intelectual (aceitação da mudança de nossas perspectivas e de nossos pontos de
vista por sugestão e convencimento por outras disciplinas e áreas do conhecimento); integridade
intelectual (desenvolvimento do seu trabalho de maneira responsável e séria, tentando sempre
buscar a verdade e dando o melhor de si, sem medo das pressões de poderes autoritários).
Como um professor pode trabalhar de forma interdisciplinar e, ao mesmo tempo, aprofundar
o conteúdo de sua disciplina específica?
Essa é uma questão essencial. O currículo interdisciplinar destina-se a promover uma forma mais
completa de pensar, aprender e utilizar o conhecimento; implica ver além das barreiras mentais
criadas pelas disciplinas; obriga-nos a enxergar os efeitos colaterais aos quais raramente
prestamos atenção, já que nossas disciplinas também nos disciplinam a olhares mais seletivos e
parciais. Cada disciplina realmente tem sua lógica interna, uma epistemologia dominante que
revela seus frutos no constante avanço do conhecimento construído e reconstruído por seus
pesquisadores. Em muitas disciplinas, existe uma hierarquia conceitual e/ou procedimental que
obriga a organizar a aprendizagem dos alunos de determinado modo, respeitando essa estrutura
interna. Entre os dilemas e prioridades a que o currículo escolar deve fazer frente, podemos
citar: ou educar exclusivamente especialistas que dominem bem essas disciplinas históricas, um
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4. modelo claramente reprodutor, ou buscar uma melhor compreensão da realidade, desse mundo
mais integrado e interdependente, apostando em uma maior socialização das novas gerações,
como cidadãos que precisam ser conscientes e aprender a se mover nesses espaços “inter”;
pessoas que devem ver-se como interdependentes, assumindo que têm obrigações, direitos e
responsabilidades para com os demais.
Na escola, os saberes específicos contidos nas diversas disciplinas continuam estanques e
incomunicáveis. O que é necessário para a construção de um currículo interdisciplinar?
Além de uma boa formação cultural e científica, precisamos de docentes com boa formação
didática, sociológica e psicopedagógica. Contudo, também precisamos de uma administração
educacional que compreenda essa necessidade e, por conseguinte, promova normas, incentivos
e dotações apropriadas para realizar esse tipo de inovação educativa. Precisamos de docentes
que aceitem que é preciso trabalhar colaborativamente com os colegas, de diretoras e diretores
de escolas que promovam esse tipo de trabalho mais integrado. As velhas tradições e rotinas do
professor sozinho em sua classe, decidindo e planejando sem nenhuma coordenação com os
colegas, são um lastro do qual precisamos urgentemente nos libertar. Um currículo mais
integrado requer uma política educacional claramente decidida a convencer a uns e outros de
que todos somos imprescindíveis, embora trabalhemos de forma cooperativa e coordenada.
Qual é o caminho para alcançar tal objetivo?
A escola deve garantir o acesso ao conhecimento, mas a um conhecimento que sempre comporta
níveis de aprofundamento. Esse conhecimento costuma ter uma organização disciplinar que nos
possibilitou historicamente maiores avanços à medida que compreendíamos seus conceitos-
chave, suas estruturas conceituais, procedimentos, metodologias de pesquisa e avaliação do
novo conhecimento. Um conhecimento relevante para os alunos não pode prescindir dessas
chaves, mas também precisa completá-lo com outros saberes que lhes permitam percebê-lo
como significativo, útil, válido para entender o mundo com mais rigor e objetividade. Não
podemos negar aos alunos as chaves que permitem ter acesso a esse conhecimento organizado
de maneira disciplinar e às novas disciplinas que emergem constantemente de dinâmicas
interdisciplinares, como bioquímica, eletroquímica, sociolinguística, bioética, biogeoquímica e
etnomusicologia, entre outras.
A interdisciplinaridade é uma utopia na escola?
É uma meta, sempre aperfeiçoável, a se alcançar. São sempre possíveis maiores níveis de
interdisciplinaridade. No entanto, é preciso estar consciente dos obstáculos. É preciso aprender
a elaborar currículos mais equilibrados, nos quais as disciplinas não sejam definitivamente
esquecidas, e sim coordenadas com propostas mais integradas, assim como tentamos integrar o
global e o local.
Créditos das imagens:
Foto: Eduardo Castro Bal/divulgação
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