O documento discute a evolução histórica da visão sobre o trabalho desde a Antiguidade até o capitalismo. Apresenta como Weber via a ética protestante como uma ruptura que valorizava o trabalho, e como Marx via a exploração da mais-valia pelo capitalista. Também aborda a divisão sexual do trabalho e a precarização do trabalho moderno.

1.  "Na interpretação de Max Weber acerca da
doutrina calvinista em "A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo", publicado
inicialmente em 1905, o conceito de trabalho no
sentido ascese, operou uma ruptura com a
tradição cristã que separava a vida espiritual
do mercado. A recompensa pelo trabalho
passou a ser entendida como sinal de
cumprimento do dever espiritual e da escolha
divina."

2.  Resta aos homens submeterem-se ao seu
destino e no exercício do seu trabalho, gozar
dos bens deste mundo.

3.  O trabalho dos assalariados não é remunerado
à medida de seu resultado. Os detentores dos
meios de produção apropriam-se da mais-
valia, então, concluiu Marx, existe exploração.
Esta apropriação está no coração dos conflitos
de classe. O princípio desta condição é que o
trabalhador seja livre para vender seu trabalho
a quem quiser. O que regula esta venda é o
contrato de trabalho.

4.  "O trabalho pode existir segundo formas sociais diferentes.
A análise de suas relações com a família revela a estreita
imbricação das esferas do profissional e do doméstico. O
movimento que se instaurou através do assalariamento
conduziu a uma pulverização da forma família, o trabalho
profissional se exteriorizando em relação a ela. Entretanto a
relação de articulação entre os dois se manteve: a família
participando ao mesmo tempo de uma atividade produtiva
e do sustento doméstico para assegurar a reprodução do
conjunto de seus membros. O trabalho profissional e o
trabalho doméstico têm, entre si, relação de justaposição
quando realizados juntos num só lugar. Entretanto, essas
relações de imbricação persistem da mesma forma, quando
eles são aparentemente dissociados."
 (De Coster e Pichault, 1994)

5.  "A divisão sexual do trabalho, um fato persistente
na história humana, foi muitas vezes tratado como
um fenômeno invariável no tempo. Contrariando
esta tendência, abordagens mais amplas passaram
a sublinhar o caráter específico da subordinação
por sexo entendido como assimetria nas relações
de gênero. Desse modo pretendiam salientar o
caráter socialmente constituído destas diferenças,
enfatizando as dimensões sociais e culturais da
subordinação."
 (Bandeira, 1997)

6.  "O abismo social no interior da própria classe
trabalhadora reduz fortemente o poder
sindical, historicamente vinculado aos
trabalhadores estáveis e, até agora, tem sido
incapaz de aglutinar os trabalhadores, parciais,
temporários, precários da economia informal,
etc. Com isso começa a desmoronar o
"sindicalismo vertical", herança do fordismo,
mais vinculado à categoria profissional mais
corporativa.
 (Antunes, 1995)

7.  Pensar historicamente a questão do trabalho é
pensar:
 como essa atividade humana se desenvolveu e
se organizou nas diferentes sociedades

8.  Quais as características do trabalho escravo
nas sociedades Greco-romanas?
 tinham condições variadas de exploração
 Houveram escravos que praticaram medicina
com o consentimento de seu dono
 o escravo era alguém inferior por natureza
 a alforria de um escravo poderia ser
conseguida por um ato de generosidade de seu
amo

9.  Segundo a concepção da igreja católica na
idade média, o trabalho era considerado:
 Uma verdadeira maldição divina

10.  A subdivisão do trabalho de cada especialidade
produtiva em operações limitadas, o que
conduz ao aumento da produtividade e à
alienação do trabalhador

11.  ) Sobre a exploração do trabalho no
capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx
(1818-1883):
 A lei da mais-valia explica como o proprietário
dos meios de produção extrai e se apropria do
excedente produzido pelo trabalhador,
pagando-lhe apenas por uma parte das horas
trabalhadas.