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FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DAS AVES
DOMÉSTICAS
Prof Ismar Araujo de Moraes
Adjunto III – Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Universidade Federal Fluminense
INTRODUÇÃO
• Gallus gallus, Meleagris gallopavo e Coturnix coturnix
• Coturnix coturnix japonica – tem sido usado como modelo para
as aves em geral
• Sistema de reprodução
Aves Selvagens – Monogamia
Aves Domesticas – Poligamia
Modelo de Reprodução
OVOVIVIPARIDADE - A prole descendente abandona o corpo materno
após um pequeno período de desenvolvimento embrionário e
completa o desenvolvimento fora do corpo materno
Beija-Flor da América Central pesa
menos de 2 gramas
DIVERSIDADE
Avestruz Africana pode atingir os 125 kg
SINGULARIDADE
CICLOS OVULATORIOS
• Comparando com os mamíferos nota-se grandes
diferenças
• o macho é o sexo homogamético (ZZ) e a fêmea é
heterogamética (ZW)
• localização do trato reprodutivo intracavitária
• Inexistência de um pênis verdadeiro
• Composição do SGM
Testículos
Epidídimos
Canais deferentes
Órgão copulador
Considerações sobre o sistema
reprodutivo dos Machos Domésticos
Testículo
• É um órgão duplo e simétrico com formato de feijão
• coloração amarelada nos jovens e branco puro nos adultos
• localização intracavitária e cranioventral aos rins.
• Está aderido à parede dorsal do corpo.
• Espermatogênese dispensa a termorregulação
• produz estrogênio, testosterona e outros androgênios.
Testosterona
• crescimento e manutenção dos órgãos
sexuais
• comportamento de corte
• desenvolvimento de cristas, esporão e
barbela.
• influência nas penas, no canto e na
composição sanguínea
Aspectos endócrinos
1. Hipotálamo produz fGnRH I e fGnRH II, ambos ativos.
2. Hipófise produz o ICSH (LH) e o FSH
3. O ICSH age sobre as células de Leydig que secretam a
testosterona.
4. O FSH age sobre as células de Sertoli levando a produção de
estrogênio e formação do líquido seminal
Túnica Albugínea
Delgada e não forma septos conjuntivos
como nos mamíferos.
Plexo Pampiniforme
Inexistente
Epidídimo
Muito curto e não possui importância para
maturação dos espermatozóides
Maturação ocorre em + ou - 24 horas.
Ducto deferente
Longo e sinuoso
Termina em duas aberturas ou papilas na
cloaca para ejeção do sêmen.
Sêmen
Pequeno volume (0,5 a 1,0 mL) e alta concentração (3,5
milhões/mm 3 )
• O volume é pequeno devido à inexistência de glândulas bulbo-
uretrais, próstata ou glândulas vesiculares
• O líquido seminal tem origem nas células de Sertoli, epidídimo e
possivelmente nas pregas linfáticas da cloaca.
Concentração espermática por mm3 em algumas espécies
Peru 7 milhões
Galo 3,5 milhões
Carneiro 3 milhões
Touro 1 milhão
Cão 200 mil
Garanhão 120 mil
Porco 100 mil
Espermatozóide
• São menores que os dos
mamíferos
• Possuem cabeças longas e
filamentosas
• Não possuem gota
citoplasmática
Maturidade Sexual
• Atingida entre 5 a 9 meses de idade
• Próximo a atingir a maturidade sexual, os frangos apresentam
plasma de aspecto branco ou leitoso
• No verão, um galo adulto pode realizar até 40 cópulas num
período de 24 horas
Fotoperiodismo
• A atividade sexual de muitas aves é sincronizada com a estação do
ano ótima para a garantia de sobrevivência da prole.
• Observou-se que a estimulação é não-retiniana, pois a retirada do
globo ocular não interfere na atividade reprodutiva, demonstrando
que a recepção é extra-retiniana, ou seja, não ocorre através da
visão como se imaginava.
• As codornas japonesas sem olhos têm os ovários aumentados pela
maior incidência de luz, mas deixam de responder aos períodos
curtos, indicando que ao contrário, os olhos são mais importantes
para a regressão gonadal no fotoperíodo curto.
• A recepção pode ser feita por receptores fotossensíveis no
hipotálamo.
Fotoperiodismo
• Quanto mais luz, maior é a atividade sexual.
• Isso é um fator muito importante na produção industrial de aves,
onde se utilizam técnicas de manipulação de fotoperíodo para
aumentar a eficiência e produção.
• O tempo total é menos importante do que o tempo de exposição
a luz em intervalos curtos e corretamente espaçados
Aparelho Copulatório
• Localizado na extremidade caudal da cloaca onde se encontra
escondido por uma prega ventral no ânus em animais fora da
excitação.
• O aparelho copulatório consiste de:
1 par de papilas dos ductos deferentes
1 par de corpos vasculares
1 par de pregas linfáticas
1 corpo fálico dividido em uma porção mediana e duas
laterais (direita e esquerda).
• O falo de muitas aves é pequeno, logo não serve como órgão
penetrante, já em outras aves (patos e gansos p.ex.) é grande e
penetra na fêmea durante o ato sexual.
• O corpo fálico mediano do galo mede cerca de 1 a 3mm e no pato
mede cerca de 5cm
Intumescência
A intumescência termo apropriado para se referir a “ereção ” dos
animais que não dispõem de um pênis verdadeiro.
É principalmente linfática
O sistema genital feminino da ave é formado pelo ovário e oviduto
que se encontram desenvolvidos somente no lado esquerdo.
Bahr e Johnson (1991)
• A regressão do oviduto direito é determinada pelo AMH (hormônio
anti-Mulleriano) secretado pelo ovário
• A maior riqueza de receptores para estrogênio no lado esquerdo
suprime o efeito do AMH e permite o seu desenvolvimento.
Considerações sobre as fêmeas das
aves domésticas
Diferente dos mamíferos, deve-se considerar como oviduto da ave a parte
do sistema genital que se estende desde o ovário até a cloaca.
OVIDUTO = INFUNDÍBULO, MAGNO, ISTMO, ÚTERO e VAGINA.
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
Considerações sobre as fêmeas das
aves domésticas
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
OVÁRIO ESQUERDO
• Apresenta função celular e endócrina.
• Firmemente aderido à parede corporal dorsal, colocado
intimamente no pólo anterior do rim esquerdo.
• Tamanho dependente do estado funcional
• Cor amarelada com matizes rosados
• Forma arredondada a poligonal
• Lobulado e friável
• Apresentam folículos com ovócitos.
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Oviduct-hen.jpg
1
2
3
4
1 – Infundíbulo
2- Magno
3 – Istmo
4 – Útero
OVÁRIO ESQUERDO
Folículos ovarianos
Sofrem influências do FSH e se desenvolvem produzindo
estrogênio, progesterona e androgênio.
A camada da granulosa é a fonte primária de produção de
progesterona e pequena quantidade de androgênio,
enquanto a teca produz androgênios e estradiol-17Beta.
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
Ovogônia
Podem sofrer mitoses até 3 ou 4 dias após o nascimento e depois
entram na primeira fase da meiose se transformando em ovócito.
Ovócito
O citoplasma torna-se rico em um vitelo amarelo (gema).
O seu material nuclear é chamado de vesícula germinativa quando
localizado no centro da gema e de disco germinativo após sofrer a
migração para a superfície quando então se aplaina
Os ovócitos das aves são os maiores do reino animal. Chega a 20 g
na galinha (cerca de 40mm de diâmetro).
Recorde é da Ave elefante de Madagascar cujo ovo era de 37,5cm e
volume total de 7,5 litros.
Aspectos endócrinos
Embora a função hormonal não esteja bem esclarecida, sabe-se que os
esteróides gonadais (estrogênio, progesterona e androgênios) são
essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema
reprodutivo das aves, além de outros hormônios não-esteróides
(catecolaminas, prostaglandinas, ativador do plasminogênio e inibina).
Estrogênio
• É principalmente produzido pelos folículos pequenos (<10mm de diâmetro)
e pelos folículos pré-ovulatórios
• Os principais são a Estrona e o estradiol 17-beta
• Atua na síntese da gema aumentando o metabolismo hepático
• Atua na mobilização de cálcio ósseo para formação da casca do ovo
Progesterona
• Produzida pelos folículos pré-ovulatórios.
• Responsável pela indução da onda de LH
• Secreção do albume
Ovulação
Normalmente a ovulação ocorre por rompimento do estigma (local
menos vascularizado) sem qualquer sangramento e no local do
folículo rompido não existe formação de corpo lúteo, como nos
mamíferos.
Sabe-se que a ovulação ocorre aproximadamente 6 horas após a
onda de LH e cerca de 30 minutos (15 a 75min) após a postura.
Ocorre a formação de uma alça de feedback positivo entre a
produção de progesterona e LH que leva a um pico hormonal
culminando na ovulação.
À medida que o folículo amadurece ocorre diminuição na produção
de androgênio e estradiol -17 Beta pela teca. Isto parece permitir
que a granulosa sintetize quantidades crescentes de progesterona
necessárias para disparar a onda de LH e a ovulação.
Fecundação
É normal a ocorrência de polispermia com entrada de 2 ou 3
espermatozóides que formam pró-núcleos masculinos.
Um deles se unirá com o pró-núcleo feminino e iniciará o
desenvolvimento embrionário, e os demais sofrem a
degeneração.
OVIPOSIÇÃO OU POSTURA
Aproximadamente de 24 a 26 horas após a ovulação, o ovo já está
formado no oviduto e a postura ocorre por contrações da parede
do útero.
A literatura tem demonstrado que essas contrações são
determinadas pelas Prostaglandinas das séries E e F (PGF2-alfa,
PGE 1 , PGE 2 ) além de hormônios hipotalâmicos tais como a
arginina-vasotocina.
Também se observa que injeções de arginina-vasopressina e
ocitocina desencadeiam contrações uterinas e postura
subseqüente.
O que “dispara” a postura quando o ovo está pronto para ser posto
é ainda desconhecido.
As aves de modo geral tendem a realizar a postura de um ou
vários ovos, para então incubá-los.
A domesticação das aves, entretanto, exerceu uma influência
notável sobre este aspecto, de forma que hoje se dispõe de
galinhas poedeiras que não apresentam o “choco”.
CICLO DE POSTURA
• Número de dias em que a ave realiza a postura em relação
àqueles que não faz.
• Pode ser regular ou irregular.
• Irregular = quando a galinha põe durante alguns dias
seguidos, descansa um intervalo de tempo e volta à
postura.
TAXA DE POSTURA
Número de ovos produzidos durante um período de tempo
determinado.
A produção anual de uma galinha doméstica gira em torno de 265
ovos de peso 58g. Esta produção estará na dependência de uma boa
alimentação e de um plano de luz adequado.
A média de produção total de ovos durante toda a vida é variável, e
pode chegar até 500 ovos.
Atualmente o tempo de manutenção de uma ave de produção em uma
criação é de 52 semanas.
CHOCO
O choco das aves domésticas é caracterizado por alterações
hormonais e comportamentais provavelmente determinado pela
redução da fotossensibilidade hipotalâmica.
1- Mudanças hormonais
- Aumento da Prolactina (relacionado com o hábito de deitar sobre os
ovos)
- Aumento da Tiroxina (relacionado com crescimento de novas penas)
- Redução da Progesterona e provavelmente do LH
2- Mudanças de comportamento
-Cessação da postura e maior permanência no ninho
3- Mudanças anátomo-fisiológicas
- Regressão do ovário e trato genital
- Diminuição do peso do fígado
- Anorexia
- Hiperemia
FORMAÇÃO DO OVO NA GALINHA DOMÉSTICA
O oviduto esquerdo das aves mede cerca de 70 cm e se apresenta
como um tubo convoluto de parede espessa, mucosa composta por
vários tipos celulares (ciliadas, glandulares uni ou multinucleadas),
mucosa extremamente pregueada, ligando a cloaca à proximidade do
ovário.
O ovo inicia sua formação no ovário e vai se completando à medida
que caminha nos diferentes compartimentos do oviduto.
Aproximadamente 25 a 26 horas são necessárias entre a liberação do
oócito e a expulsão do ovo completo.
Ovário esq.
Infundíbulo
Útero
MagnoIstmo
Vagina
OVÁRIO
No ovário ocorre a formação da gema através da incorporação ao
citoplasma do ovócito de matéria prima, tais como: sais
minerais, proteínas e lipídios. Estes últimos são oriundos do
metabolismo hepático, e incorporados ao ovócito através das
células da granulosa.
A gema se forma em 3 fases distintas:
Fase Embrionária=> até o 14º dia de incubação a ave já está
com o ovário completamente formado e chega ao nascimento
com uma população de oócitos em torno de 4.000 a 12.000.
Fase de crescimento lento => após o nascimento e até 8-10 dias
antes da ovulação. As substâncias são incorporadas de forma
lenta à gema.
Fase de crescimento rápido => De 8-10 dias antes da ovulação
até a ovulação ocorrida. Ocorre aumento da gema na ordem de
0,5 a 2,8g/dia.
INFUNDÍBULO
Apresenta uma mucosa pouco pregueada de epitélio simples,
cilíndrico e caliciforme.
É aglandular, exceto nas regiões posteriores, onde há transição
gradual para o magno.
Consiste de uma estrutura tubular de 4 a 10 cm , de parede fina,
com região cônica, seguindo-se por outra tubular com pregas em
espiral suave, sendo percorrido pelo ovo em formação em cerca
de 15 minutos .
É o ponto onde o espermatozóide penetra o ovo, pois após essa
fase, a formação da albumina impede a fecundação.
FUNÇÕES do INFUNDIBULO:
- Captar o ovócito
- Servir de sede para a fecundação
- Lubrificar a mucosa para a passagem do ovo
- Formar a camada calazífera ou calazas (proteínas mucinas
retorcidas que mantêm a gema no centro do ovo)
As calazas correspondem a dois espessamentos da clara retorcidos
no sentido horário, compostas por albumina e deve sua origem a
separação da mucina da capa interna da clara.
Ela tem a função manter a gema suspensa protegendo das
influências mecânicas.
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
MAGNO
• Também chamada de glândula albuminífera.
• A mucosa é muito pregueada e provida de epitélio estratificado
com células caliciformes e cilíndricas ciliadas e glândulas
tubulosas.
• Consiste de estrutura tubular, de parede mais espessa, com 20
a 48cm de comprimento (é a parte mais longa)
• É rico em glândulas tubulares dentro das pregas longitudinais
da mucosa.
• O ovo em formação percorre o magno em cerca de 3 horas.
FUNÇÕES DO MAGNO
- Formação da base do Albume (+/- 16g)
- Adição de Mucina
- Adição da maior parte do Na + , Ca ++ e Mg.
Acredita-se que a formação do albume esteja sob controle mecânico
nervoso e hormonal (hormônios estrogênicos, androgênicos e
progesterônicos), fazendo com que as células glandulares do
magno secretem e depositem os extratos sobre a gema que no
seu trajeto gira sobre seu eixo.
A estimulação mecânica direta foi evidenciada experimentalmente,
quando um objeto estranho na luz do órgão foi suficiente para
estimular a secreção do albume.
O albume tem cerca de 30 proteínas diferentes
ovalbumina (54%)
ovotransferrina (13%)
ovomucóide (11%)
lisozima (4%)
além de globulina e a avidina.
A ovalbumina contem todos os aminoácidos essenciais
A ovotransferrina une-se a metais polivalentes
A ovomucóide é inibidora da protease
A lisozima tem ação enzimática
A avidina liga-se a biotina
Segundo alguns autores algumas proteínas do albume apresentam
atividade bactericida.
O ovo apresenta a gema em posição central e uma clara dividida em
4 capas distintas:
Densa Interna => A primeira unida à gema (3%)
Fluida interna => (21%)
Densa Externa => (55%)
Fluida Externa =>(21%)
ISTMO
• Secreta as membranas fibrosa e queratinosa que compõem a
membrana testácea encontrada aderida à casca do ovo (membrana
testácea).
• Adiciona proteínas ao albume e uma pequena quantidade de água.
• Apresenta luz estreita e mucosa com pregas menores com menor
número de glândulas.
• Tem comprimento de 4 a 12 cm, parede muito grossa, com pregas
longitudinais e diâmetro reduzido.
• O ovo em formação percorre o istmo em cerca de 1 hora e 15
minutos.
FUNÇÕES:
- Formação da Membrana Testácea (membrana da casca do
ovo constituída por ovo- queratina)
- Adição de proteínas ao albume
- Adição de uma pequena quantidade de água
A membrana testácea está
composta de 2 folhetos que
cobrem a clara e separadas no
pólo maior do ovo formando
uma câmara aérea.
Provido de partes da clara e das calazas, o ovo chega ao istmo
donde se produz uma secreção filamentosa com grande
quantidade de gluconato de cálcio que coagula com rapidez e
forma a membrana testácea.
ÚTERO (Glândula da Casca)
• Apresenta parede mais fina que a do istmo, mas apresenta-se
com forte musculatura, pregas longitudinais e transversais e
glândulas tubulosas.
• Tem 4 a 12 cm de comprimento, porém, é uma região
expandida em forma de saco.
• O ovo em formação permanece cerca de 20 horas neste
compartimento.
FUNÇÕES DO UTERO
- Adição de grande quantidade de água (chega a dobrar de peso)
- Adição de vitaminas da maior parte do K +
- Formação de uma matriz orgânica seguida de deposição de íons
Ca ++ formando a casca
- Secreção de porfirinas que dão cor ao ovo
- Formação da cutícula do ovo
Segundo Hoffmann & Volker (1969)
O útero além de formar a casca tem a função de regular o conteúdo salino
e aquoso do ovo, assim como, dotá-lo de pigmentos, embora seja sabido
que estes pigmentos não têm origem no útero.
A casca é protegida externamente por uma cutícula especial
de natureza mucosa que seca rapidamente e confere ao ovo
um certo brilho.
Esta cutícula fecha os poros da casca (em torno de 7.600
poros).
A secagem da cutícula é visível e dá a falsa impressão de
endurecimento instantâneo da casca.
COMPOSIÇÃO DA CASCA
- 94% de carbonato de Cálcio (CaCO 3 )
- 1,4% de Carbonato de Magnésio (MgCO 3 )
- 3% de glicoproteinas, mucoproteínas, colágeno e
mucopolissacarídeos.
Segundo Hoffmann & Volker (1969)
1. No útero, inicia-se a formação da casca calcária dentro de 5-6 horas.
2. A mucosa do útero secreta uma massa turva, viscosa e impregnada de
partículas “calizas”.
3. Esta massa se solidifica e consta de uma armação de substâncias
orgânicas e inorgânicas.
4. Na formação da casca estão envolvidos os estrógenos e hormônios
tireoideanos.
5. O Ca ++ pode ser manejado e remanejado no organismo da fêmea pela
ação dos estrogênios e dos hormônios tireoideanos.
6. Os estrogênios também favorecem o depósito de proteínas.
7. A cor é um atributo genético, e os pigmentos da casca são as porfirinas.
8. Quanto mais velha a ave, mais delgada será a casca do ovo.
VAGINA
• Tem comprimento de 4 a 12 cm
• Apresenta pregas longitudinais onde se deposita a maior
parte dos espermatozóides após a cópula.
• É separada do útero pelo esfíncter uterovaginal.
• Abriga as glândulas tubulares.
FUNÇÕES
- Transporte do ovo para o meio externo
- Retenção dos espermatozóides para futuras fecundações
Os espermatozóides permanecem viáveis na galinha por 10 a
14 dias e na perua por cerca de 50 dias.
O ovo neste nível está praticamente formado e percorre este
segmento em poucos segundos .
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
CLOACA
É um extremo dilatável e o ovo apenas estabelece contato com
as paredes, pois a vagina se prolapsa no momento da postura
evitando o contato do ovo com as dejeções.
Este segmento não contribui em nada para a formação do ovo.
http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
CONSIDERAÇÕES GERAIS
- COR DA GEMA
• Devido a presença de pigmentos que se originam da
alimentação (xantofilas, luteína, zeaxantina e carotina).
• Origem de depósitos tais como gordura, patas, bico e pavilhão
auricular.
- CALORIAS DO OVO
Cerca de 95Kcal.
COR DA CASCA
A cor da casca é um atributo genético e podem ser observadas as
cores branca, vários tons de marrom, rosa, verde e azul.
As linhagens de postura comerciais obtidas a partir da Leghorn produzem
ovos de casca branca e as derivadas de Rhode Island Red, New
Hampshire e Plimouth Rock produzem ovos de casca marrom.
Segundo Solomon (1997), os pigmentos da casca são descritos como
porfirinas da casca ou ovoporfirinas, e são compostos cíclicos
formados por aneis pirrólicos.
A maioria dos ovos com pigmento marrom ou preto contém
protoporfirina e a extração química da cor das cascas dos ovos azuis
e verdes mostrou presença de biliverdina e um quelato de Zinco-
biliverdina. Segundo este autor a origem dos pigmentos não é
conhecida, mas parecem ter origem nas células do útero.
Segundo Burke (1996) nas aves que põem ovos uniformemente
coloridos (castanhos, azuis ou verdes) estes são corados por
pigmentos derivados dos eritrócitos (porfirinas) principalmente
concentradas nas camadas mais superficiais da casca. Já os
ovos manchados ou salpicados contêm pigmentos concentrados
na camada cuticular, e estes têm origem também dos eritrócitos.
O avestruz é a maior ave do planeta,
logo, põe também o maior ovo do
planeta, 12-16 cm de altura e 12-15 cm
de largura.
O peso dos ovos varia de 1,2 a 1,7 kg,
sendo extremamente resistente à
compressão, porém muito suscetível a
contaminações.
Complicações que possam levar a um problema no equilíbrio ácido-
base do sangue, podem gerar fraqueza na casca do ovo, tendo em
vista a necessidade de íons bicarbonato na formação do ovo.
BIBLIOGRAFIA
1. MORAES, I.A. Reprodução das aves. Disponível em www.uff.br/fisiovet,
2004.
2. MANO, S.B. Apostila de Curso de Tecnologia de Aves ministrado pelo
Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal
Fluminense. 2001.
3. SOLOMON S.E . Egg and Eggshell Quality, Iowa Stat e University Press,
Iowa, 1997. 149 p.
4. BURKE, W.H. Reprodução das aves. In: Swenson M.J. & Reece
W.O. Dukes/ Fisiologia dos Animais Domésticos. 11ªed. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, RJ. Cap. 38. p.660-680, 1996.
5. BAHR, J.M. e JOHNSON, P.A. Reproduction in poltry. In: Cupps, p.t.
Reproduction in domestic animals. 4ª ed. Academic Press Inc. San Diego –
California, p.555-575, 1991.
6. GILBERT, A.B. Aves domésticas . In: HAFEZ, E.S.E. Reprodução animal .
4. ed. São Paulo:Editora Manole. 1982. pt. 21: cap. 3, p.488-515.
7. KOLB, E. Fisiologia Veterinária. 2 ed. Zaragoza, Acribia, V.2, Cap. 16, p.
795-9, 1974.
8. HOFFMANN & VOLKER Anatomía e fisiología de las aves domésticas,
Editorial Acribia, Zaragoza, Espana, 1969. 190p.
9. STURKIE, P.D. Fisiologia Aviaria. 2 ed. Zaragoza, Acribia. 1967. Cap. 15 -
Reproducción en la hembra y formación del huevo. Anatomia e histologia
del sistema reproductor de la hembra.
Fisiologia da reprodução de aves domésticas

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Fisiologia da reprodução de aves domésticas

  • 1. FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DAS AVES DOMÉSTICAS Prof Ismar Araujo de Moraes Adjunto III – Departamento de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal Fluminense
  • 2. INTRODUÇÃO • Gallus gallus, Meleagris gallopavo e Coturnix coturnix • Coturnix coturnix japonica – tem sido usado como modelo para as aves em geral • Sistema de reprodução Aves Selvagens – Monogamia Aves Domesticas – Poligamia Modelo de Reprodução OVOVIVIPARIDADE - A prole descendente abandona o corpo materno após um pequeno período de desenvolvimento embrionário e completa o desenvolvimento fora do corpo materno
  • 3. Beija-Flor da América Central pesa menos de 2 gramas DIVERSIDADE Avestruz Africana pode atingir os 125 kg SINGULARIDADE CICLOS OVULATORIOS
  • 4. • Comparando com os mamíferos nota-se grandes diferenças • o macho é o sexo homogamético (ZZ) e a fêmea é heterogamética (ZW) • localização do trato reprodutivo intracavitária • Inexistência de um pênis verdadeiro • Composição do SGM Testículos Epidídimos Canais deferentes Órgão copulador Considerações sobre o sistema reprodutivo dos Machos Domésticos
  • 5. Testículo • É um órgão duplo e simétrico com formato de feijão • coloração amarelada nos jovens e branco puro nos adultos • localização intracavitária e cranioventral aos rins. • Está aderido à parede dorsal do corpo. • Espermatogênese dispensa a termorregulação • produz estrogênio, testosterona e outros androgênios. Testosterona • crescimento e manutenção dos órgãos sexuais • comportamento de corte • desenvolvimento de cristas, esporão e barbela. • influência nas penas, no canto e na composição sanguínea
  • 6. Aspectos endócrinos 1. Hipotálamo produz fGnRH I e fGnRH II, ambos ativos. 2. Hipófise produz o ICSH (LH) e o FSH 3. O ICSH age sobre as células de Leydig que secretam a testosterona. 4. O FSH age sobre as células de Sertoli levando a produção de estrogênio e formação do líquido seminal
  • 7. Túnica Albugínea Delgada e não forma septos conjuntivos como nos mamíferos. Plexo Pampiniforme Inexistente Epidídimo Muito curto e não possui importância para maturação dos espermatozóides Maturação ocorre em + ou - 24 horas. Ducto deferente Longo e sinuoso Termina em duas aberturas ou papilas na cloaca para ejeção do sêmen.
  • 8. Sêmen Pequeno volume (0,5 a 1,0 mL) e alta concentração (3,5 milhões/mm 3 ) • O volume é pequeno devido à inexistência de glândulas bulbo- uretrais, próstata ou glândulas vesiculares • O líquido seminal tem origem nas células de Sertoli, epidídimo e possivelmente nas pregas linfáticas da cloaca.
  • 9. Concentração espermática por mm3 em algumas espécies Peru 7 milhões Galo 3,5 milhões Carneiro 3 milhões Touro 1 milhão Cão 200 mil Garanhão 120 mil Porco 100 mil
  • 10. Espermatozóide • São menores que os dos mamíferos • Possuem cabeças longas e filamentosas • Não possuem gota citoplasmática
  • 11. Maturidade Sexual • Atingida entre 5 a 9 meses de idade • Próximo a atingir a maturidade sexual, os frangos apresentam plasma de aspecto branco ou leitoso • No verão, um galo adulto pode realizar até 40 cópulas num período de 24 horas
  • 12. Fotoperiodismo • A atividade sexual de muitas aves é sincronizada com a estação do ano ótima para a garantia de sobrevivência da prole. • Observou-se que a estimulação é não-retiniana, pois a retirada do globo ocular não interfere na atividade reprodutiva, demonstrando que a recepção é extra-retiniana, ou seja, não ocorre através da visão como se imaginava. • As codornas japonesas sem olhos têm os ovários aumentados pela maior incidência de luz, mas deixam de responder aos períodos curtos, indicando que ao contrário, os olhos são mais importantes para a regressão gonadal no fotoperíodo curto. • A recepção pode ser feita por receptores fotossensíveis no hipotálamo.
  • 13. Fotoperiodismo • Quanto mais luz, maior é a atividade sexual. • Isso é um fator muito importante na produção industrial de aves, onde se utilizam técnicas de manipulação de fotoperíodo para aumentar a eficiência e produção. • O tempo total é menos importante do que o tempo de exposição a luz em intervalos curtos e corretamente espaçados
  • 14. Aparelho Copulatório • Localizado na extremidade caudal da cloaca onde se encontra escondido por uma prega ventral no ânus em animais fora da excitação. • O aparelho copulatório consiste de: 1 par de papilas dos ductos deferentes 1 par de corpos vasculares 1 par de pregas linfáticas 1 corpo fálico dividido em uma porção mediana e duas laterais (direita e esquerda). • O falo de muitas aves é pequeno, logo não serve como órgão penetrante, já em outras aves (patos e gansos p.ex.) é grande e penetra na fêmea durante o ato sexual. • O corpo fálico mediano do galo mede cerca de 1 a 3mm e no pato mede cerca de 5cm
  • 15. Intumescência A intumescência termo apropriado para se referir a “ereção ” dos animais que não dispõem de um pênis verdadeiro. É principalmente linfática
  • 16. O sistema genital feminino da ave é formado pelo ovário e oviduto que se encontram desenvolvidos somente no lado esquerdo. Bahr e Johnson (1991) • A regressão do oviduto direito é determinada pelo AMH (hormônio anti-Mulleriano) secretado pelo ovário • A maior riqueza de receptores para estrogênio no lado esquerdo suprime o efeito do AMH e permite o seu desenvolvimento. Considerações sobre as fêmeas das aves domésticas
  • 17. Diferente dos mamíferos, deve-se considerar como oviduto da ave a parte do sistema genital que se estende desde o ovário até a cloaca. OVIDUTO = INFUNDÍBULO, MAGNO, ISTMO, ÚTERO e VAGINA. http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html Considerações sobre as fêmeas das aves domésticas
  • 19. OVÁRIO ESQUERDO • Apresenta função celular e endócrina. • Firmemente aderido à parede corporal dorsal, colocado intimamente no pólo anterior do rim esquerdo. • Tamanho dependente do estado funcional • Cor amarelada com matizes rosados • Forma arredondada a poligonal • Lobulado e friável • Apresentam folículos com ovócitos.
  • 23. Folículos ovarianos Sofrem influências do FSH e se desenvolvem produzindo estrogênio, progesterona e androgênio. A camada da granulosa é a fonte primária de produção de progesterona e pequena quantidade de androgênio, enquanto a teca produz androgênios e estradiol-17Beta.
  • 26. Ovogônia Podem sofrer mitoses até 3 ou 4 dias após o nascimento e depois entram na primeira fase da meiose se transformando em ovócito. Ovócito O citoplasma torna-se rico em um vitelo amarelo (gema). O seu material nuclear é chamado de vesícula germinativa quando localizado no centro da gema e de disco germinativo após sofrer a migração para a superfície quando então se aplaina Os ovócitos das aves são os maiores do reino animal. Chega a 20 g na galinha (cerca de 40mm de diâmetro). Recorde é da Ave elefante de Madagascar cujo ovo era de 37,5cm e volume total de 7,5 litros.
  • 27. Aspectos endócrinos Embora a função hormonal não esteja bem esclarecida, sabe-se que os esteróides gonadais (estrogênio, progesterona e androgênios) são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema reprodutivo das aves, além de outros hormônios não-esteróides (catecolaminas, prostaglandinas, ativador do plasminogênio e inibina). Estrogênio • É principalmente produzido pelos folículos pequenos (<10mm de diâmetro) e pelos folículos pré-ovulatórios • Os principais são a Estrona e o estradiol 17-beta • Atua na síntese da gema aumentando o metabolismo hepático • Atua na mobilização de cálcio ósseo para formação da casca do ovo Progesterona • Produzida pelos folículos pré-ovulatórios. • Responsável pela indução da onda de LH • Secreção do albume
  • 28. Ovulação Normalmente a ovulação ocorre por rompimento do estigma (local menos vascularizado) sem qualquer sangramento e no local do folículo rompido não existe formação de corpo lúteo, como nos mamíferos. Sabe-se que a ovulação ocorre aproximadamente 6 horas após a onda de LH e cerca de 30 minutos (15 a 75min) após a postura. Ocorre a formação de uma alça de feedback positivo entre a produção de progesterona e LH que leva a um pico hormonal culminando na ovulação. À medida que o folículo amadurece ocorre diminuição na produção de androgênio e estradiol -17 Beta pela teca. Isto parece permitir que a granulosa sintetize quantidades crescentes de progesterona necessárias para disparar a onda de LH e a ovulação.
  • 29. Fecundação É normal a ocorrência de polispermia com entrada de 2 ou 3 espermatozóides que formam pró-núcleos masculinos. Um deles se unirá com o pró-núcleo feminino e iniciará o desenvolvimento embrionário, e os demais sofrem a degeneração.
  • 30. OVIPOSIÇÃO OU POSTURA Aproximadamente de 24 a 26 horas após a ovulação, o ovo já está formado no oviduto e a postura ocorre por contrações da parede do útero. A literatura tem demonstrado que essas contrações são determinadas pelas Prostaglandinas das séries E e F (PGF2-alfa, PGE 1 , PGE 2 ) além de hormônios hipotalâmicos tais como a arginina-vasotocina. Também se observa que injeções de arginina-vasopressina e ocitocina desencadeiam contrações uterinas e postura subseqüente. O que “dispara” a postura quando o ovo está pronto para ser posto é ainda desconhecido.
  • 31. As aves de modo geral tendem a realizar a postura de um ou vários ovos, para então incubá-los. A domesticação das aves, entretanto, exerceu uma influência notável sobre este aspecto, de forma que hoje se dispõe de galinhas poedeiras que não apresentam o “choco”.
  • 32. CICLO DE POSTURA • Número de dias em que a ave realiza a postura em relação àqueles que não faz. • Pode ser regular ou irregular. • Irregular = quando a galinha põe durante alguns dias seguidos, descansa um intervalo de tempo e volta à postura. TAXA DE POSTURA Número de ovos produzidos durante um período de tempo determinado.
  • 33. A produção anual de uma galinha doméstica gira em torno de 265 ovos de peso 58g. Esta produção estará na dependência de uma boa alimentação e de um plano de luz adequado. A média de produção total de ovos durante toda a vida é variável, e pode chegar até 500 ovos. Atualmente o tempo de manutenção de uma ave de produção em uma criação é de 52 semanas.
  • 34. CHOCO O choco das aves domésticas é caracterizado por alterações hormonais e comportamentais provavelmente determinado pela redução da fotossensibilidade hipotalâmica. 1- Mudanças hormonais - Aumento da Prolactina (relacionado com o hábito de deitar sobre os ovos) - Aumento da Tiroxina (relacionado com crescimento de novas penas) - Redução da Progesterona e provavelmente do LH 2- Mudanças de comportamento -Cessação da postura e maior permanência no ninho 3- Mudanças anátomo-fisiológicas - Regressão do ovário e trato genital - Diminuição do peso do fígado - Anorexia - Hiperemia
  • 35. FORMAÇÃO DO OVO NA GALINHA DOMÉSTICA O oviduto esquerdo das aves mede cerca de 70 cm e se apresenta como um tubo convoluto de parede espessa, mucosa composta por vários tipos celulares (ciliadas, glandulares uni ou multinucleadas), mucosa extremamente pregueada, ligando a cloaca à proximidade do ovário. O ovo inicia sua formação no ovário e vai se completando à medida que caminha nos diferentes compartimentos do oviduto. Aproximadamente 25 a 26 horas são necessárias entre a liberação do oócito e a expulsão do ovo completo.
  • 37.
  • 38. OVÁRIO No ovário ocorre a formação da gema através da incorporação ao citoplasma do ovócito de matéria prima, tais como: sais minerais, proteínas e lipídios. Estes últimos são oriundos do metabolismo hepático, e incorporados ao ovócito através das células da granulosa. A gema se forma em 3 fases distintas: Fase Embrionária=> até o 14º dia de incubação a ave já está com o ovário completamente formado e chega ao nascimento com uma população de oócitos em torno de 4.000 a 12.000. Fase de crescimento lento => após o nascimento e até 8-10 dias antes da ovulação. As substâncias são incorporadas de forma lenta à gema. Fase de crescimento rápido => De 8-10 dias antes da ovulação até a ovulação ocorrida. Ocorre aumento da gema na ordem de 0,5 a 2,8g/dia.
  • 39. INFUNDÍBULO Apresenta uma mucosa pouco pregueada de epitélio simples, cilíndrico e caliciforme. É aglandular, exceto nas regiões posteriores, onde há transição gradual para o magno. Consiste de uma estrutura tubular de 4 a 10 cm , de parede fina, com região cônica, seguindo-se por outra tubular com pregas em espiral suave, sendo percorrido pelo ovo em formação em cerca de 15 minutos . É o ponto onde o espermatozóide penetra o ovo, pois após essa fase, a formação da albumina impede a fecundação.
  • 40. FUNÇÕES do INFUNDIBULO: - Captar o ovócito - Servir de sede para a fecundação - Lubrificar a mucosa para a passagem do ovo - Formar a camada calazífera ou calazas (proteínas mucinas retorcidas que mantêm a gema no centro do ovo) As calazas correspondem a dois espessamentos da clara retorcidos no sentido horário, compostas por albumina e deve sua origem a separação da mucina da capa interna da clara. Ela tem a função manter a gema suspensa protegendo das influências mecânicas.
  • 42. MAGNO • Também chamada de glândula albuminífera. • A mucosa é muito pregueada e provida de epitélio estratificado com células caliciformes e cilíndricas ciliadas e glândulas tubulosas. • Consiste de estrutura tubular, de parede mais espessa, com 20 a 48cm de comprimento (é a parte mais longa) • É rico em glândulas tubulares dentro das pregas longitudinais da mucosa. • O ovo em formação percorre o magno em cerca de 3 horas.
  • 43. FUNÇÕES DO MAGNO - Formação da base do Albume (+/- 16g) - Adição de Mucina - Adição da maior parte do Na + , Ca ++ e Mg. Acredita-se que a formação do albume esteja sob controle mecânico nervoso e hormonal (hormônios estrogênicos, androgênicos e progesterônicos), fazendo com que as células glandulares do magno secretem e depositem os extratos sobre a gema que no seu trajeto gira sobre seu eixo. A estimulação mecânica direta foi evidenciada experimentalmente, quando um objeto estranho na luz do órgão foi suficiente para estimular a secreção do albume.
  • 44. O albume tem cerca de 30 proteínas diferentes ovalbumina (54%) ovotransferrina (13%) ovomucóide (11%) lisozima (4%) além de globulina e a avidina. A ovalbumina contem todos os aminoácidos essenciais A ovotransferrina une-se a metais polivalentes A ovomucóide é inibidora da protease A lisozima tem ação enzimática A avidina liga-se a biotina Segundo alguns autores algumas proteínas do albume apresentam atividade bactericida.
  • 45. O ovo apresenta a gema em posição central e uma clara dividida em 4 capas distintas: Densa Interna => A primeira unida à gema (3%) Fluida interna => (21%) Densa Externa => (55%) Fluida Externa =>(21%)
  • 46. ISTMO • Secreta as membranas fibrosa e queratinosa que compõem a membrana testácea encontrada aderida à casca do ovo (membrana testácea). • Adiciona proteínas ao albume e uma pequena quantidade de água. • Apresenta luz estreita e mucosa com pregas menores com menor número de glândulas. • Tem comprimento de 4 a 12 cm, parede muito grossa, com pregas longitudinais e diâmetro reduzido. • O ovo em formação percorre o istmo em cerca de 1 hora e 15 minutos.
  • 47. FUNÇÕES: - Formação da Membrana Testácea (membrana da casca do ovo constituída por ovo- queratina) - Adição de proteínas ao albume - Adição de uma pequena quantidade de água
  • 48. A membrana testácea está composta de 2 folhetos que cobrem a clara e separadas no pólo maior do ovo formando uma câmara aérea.
  • 49. Provido de partes da clara e das calazas, o ovo chega ao istmo donde se produz uma secreção filamentosa com grande quantidade de gluconato de cálcio que coagula com rapidez e forma a membrana testácea.
  • 50. ÚTERO (Glândula da Casca) • Apresenta parede mais fina que a do istmo, mas apresenta-se com forte musculatura, pregas longitudinais e transversais e glândulas tubulosas. • Tem 4 a 12 cm de comprimento, porém, é uma região expandida em forma de saco. • O ovo em formação permanece cerca de 20 horas neste compartimento.
  • 51. FUNÇÕES DO UTERO - Adição de grande quantidade de água (chega a dobrar de peso) - Adição de vitaminas da maior parte do K + - Formação de uma matriz orgânica seguida de deposição de íons Ca ++ formando a casca - Secreção de porfirinas que dão cor ao ovo - Formação da cutícula do ovo Segundo Hoffmann & Volker (1969) O útero além de formar a casca tem a função de regular o conteúdo salino e aquoso do ovo, assim como, dotá-lo de pigmentos, embora seja sabido que estes pigmentos não têm origem no útero.
  • 52. A casca é protegida externamente por uma cutícula especial de natureza mucosa que seca rapidamente e confere ao ovo um certo brilho. Esta cutícula fecha os poros da casca (em torno de 7.600 poros). A secagem da cutícula é visível e dá a falsa impressão de endurecimento instantâneo da casca.
  • 53. COMPOSIÇÃO DA CASCA - 94% de carbonato de Cálcio (CaCO 3 ) - 1,4% de Carbonato de Magnésio (MgCO 3 ) - 3% de glicoproteinas, mucoproteínas, colágeno e mucopolissacarídeos.
  • 54. Segundo Hoffmann & Volker (1969) 1. No útero, inicia-se a formação da casca calcária dentro de 5-6 horas. 2. A mucosa do útero secreta uma massa turva, viscosa e impregnada de partículas “calizas”. 3. Esta massa se solidifica e consta de uma armação de substâncias orgânicas e inorgânicas. 4. Na formação da casca estão envolvidos os estrógenos e hormônios tireoideanos. 5. O Ca ++ pode ser manejado e remanejado no organismo da fêmea pela ação dos estrogênios e dos hormônios tireoideanos. 6. Os estrogênios também favorecem o depósito de proteínas. 7. A cor é um atributo genético, e os pigmentos da casca são as porfirinas. 8. Quanto mais velha a ave, mais delgada será a casca do ovo.
  • 55. VAGINA • Tem comprimento de 4 a 12 cm • Apresenta pregas longitudinais onde se deposita a maior parte dos espermatozóides após a cópula. • É separada do útero pelo esfíncter uterovaginal. • Abriga as glândulas tubulares. FUNÇÕES - Transporte do ovo para o meio externo - Retenção dos espermatozóides para futuras fecundações Os espermatozóides permanecem viáveis na galinha por 10 a 14 dias e na perua por cerca de 50 dias. O ovo neste nível está praticamente formado e percorre este segmento em poucos segundos .
  • 57. CLOACA É um extremo dilatável e o ovo apenas estabelece contato com as paredes, pois a vagina se prolapsa no momento da postura evitando o contato do ovo com as dejeções. Este segmento não contribui em nada para a formação do ovo. http://www.wisc.edu/ansci_repro/lec/lec1/female_hist.html
  • 58. CONSIDERAÇÕES GERAIS - COR DA GEMA • Devido a presença de pigmentos que se originam da alimentação (xantofilas, luteína, zeaxantina e carotina). • Origem de depósitos tais como gordura, patas, bico e pavilhão auricular. - CALORIAS DO OVO Cerca de 95Kcal.
  • 59. COR DA CASCA A cor da casca é um atributo genético e podem ser observadas as cores branca, vários tons de marrom, rosa, verde e azul. As linhagens de postura comerciais obtidas a partir da Leghorn produzem ovos de casca branca e as derivadas de Rhode Island Red, New Hampshire e Plimouth Rock produzem ovos de casca marrom.
  • 60. Segundo Solomon (1997), os pigmentos da casca são descritos como porfirinas da casca ou ovoporfirinas, e são compostos cíclicos formados por aneis pirrólicos. A maioria dos ovos com pigmento marrom ou preto contém protoporfirina e a extração química da cor das cascas dos ovos azuis e verdes mostrou presença de biliverdina e um quelato de Zinco- biliverdina. Segundo este autor a origem dos pigmentos não é conhecida, mas parecem ter origem nas células do útero.
  • 61. Segundo Burke (1996) nas aves que põem ovos uniformemente coloridos (castanhos, azuis ou verdes) estes são corados por pigmentos derivados dos eritrócitos (porfirinas) principalmente concentradas nas camadas mais superficiais da casca. Já os ovos manchados ou salpicados contêm pigmentos concentrados na camada cuticular, e estes têm origem também dos eritrócitos.
  • 62.
  • 63. O avestruz é a maior ave do planeta, logo, põe também o maior ovo do planeta, 12-16 cm de altura e 12-15 cm de largura. O peso dos ovos varia de 1,2 a 1,7 kg, sendo extremamente resistente à compressão, porém muito suscetível a contaminações.
  • 64. Complicações que possam levar a um problema no equilíbrio ácido- base do sangue, podem gerar fraqueza na casca do ovo, tendo em vista a necessidade de íons bicarbonato na formação do ovo.
  • 65. BIBLIOGRAFIA 1. MORAES, I.A. Reprodução das aves. Disponível em www.uff.br/fisiovet, 2004. 2. MANO, S.B. Apostila de Curso de Tecnologia de Aves ministrado pelo Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal Fluminense. 2001. 3. SOLOMON S.E . Egg and Eggshell Quality, Iowa Stat e University Press, Iowa, 1997. 149 p. 4. BURKE, W.H. Reprodução das aves. In: Swenson M.J. & Reece W.O. Dukes/ Fisiologia dos Animais Domésticos. 11ªed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ. Cap. 38. p.660-680, 1996. 5. BAHR, J.M. e JOHNSON, P.A. Reproduction in poltry. In: Cupps, p.t. Reproduction in domestic animals. 4ª ed. Academic Press Inc. San Diego – California, p.555-575, 1991. 6. GILBERT, A.B. Aves domésticas . In: HAFEZ, E.S.E. Reprodução animal . 4. ed. São Paulo:Editora Manole. 1982. pt. 21: cap. 3, p.488-515. 7. KOLB, E. Fisiologia Veterinária. 2 ed. Zaragoza, Acribia, V.2, Cap. 16, p. 795-9, 1974. 8. HOFFMANN & VOLKER Anatomía e fisiología de las aves domésticas, Editorial Acribia, Zaragoza, Espana, 1969. 190p. 9. STURKIE, P.D. Fisiologia Aviaria. 2 ed. Zaragoza, Acribia. 1967. Cap. 15 - Reproducción en la hembra y formación del huevo. Anatomia e histologia del sistema reproductor de la hembra.