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Universidade Federal do Oeste da Bahia 
Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável 
Campus Edgar Santos 
Curso de Graduação em Geologia 
Relatório Geológico – Serra do Mimo 
Barreiras – 01 de abril 
1
Universidade Federal do Oeste da Bahia 
Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável 
Campus Edgar Santos 
Curso de Graduação em Geologia 
Discentes: Cáio Silva dos Santos – 213100178 
Thiago Winicios Alves Araújo – 213100206 
Relatório Geológico – Serra do Mimo 
Relatório referente a avaliação da disciplina IAD253 – Técnicas de Campo, 
ministrada pelo docente: Natanael Barbosa. 
Barreiras – 01 de abril 
2
Resumo 
A atividade de campo tem como cunho principal a fixação de conteúdo teórico 
fixado em sala de aula, assim como também expor os alunos a saída de campo. A 
aplicabilidade da atividade também foi apresentar e praticar o uso de ferramentas 
utilizadas por geólogos. Como: utilização de bússola geológica, medição de planos; 
utilização do GPS (Global Position System) para medição de pontos e aferimento da 
altimetria; uso de lupas, martelo estratigráfico para retirada de amostras, câmera 
fotográfica para capturar imagens principais do local. 
A serra do Mimo foi objeto de estudo, localizada na porção leste da cidade de 
Barreiras possui vegetação do tipo cerrado. A formação estudada está inserida 
geotectonicamente no Cráton São Francisco que é uma formação geológica que 
resistiu ao ultimo evento geológico, sofrendo metamorfismos na sua área de 
cisalhamento, sendo o mesmo uma unidade tectonicamente estável. A bacia São 
Franciscana leva o nome de seu principal rio, Rio São Francisco delimitada por 
divisores topográficos como chapada diamantina. É menor que o Cráton que leva o 
seu mesmo nome. 
A área estudada é geologicamente formada pelas seguintes unidades 
litológicas: na base o grupo Bambuí, sendo composto por meta-siltitos por vezes 
intercalados por meta-argilitos e meta-calcários de coloração avermelhado e por 
vezes arroxeado com metamorfismo de baixo grau. Acima deste localiza-se o grupo 
Urucuia, sendo este o principal grupo da escarpa, composto por rochas 
sedimentares siliclásticas, no topo possui rochas bem consolidadas, depositados em 
ambientes continentais por meio de transporte fluvial e eólico. Ao visualizar o 
afloramento não foi possível identificar a transição entre os grupos estudados. 
Porém por tratar-se de litotipos diferentes foi possível distinguir as unidades 
litológicas que constituem cada grupo. 
3
Sumário 
Índice de Figuras 5 
Índice de Tabelas 6 
Índice de Fotografias 7 
1. Introdução 8 
2. Caracterização do Meio Físico 10 
2.1. Localização 10 
2.2. Acesso 10 
2.3. Geomorfologia 11 
2.4. Clima 12 
2.5 Vegetação 13 
2.6 Hidrogeologia 14 
2.7. Solos 15 
3. Geologia 16 
3.1. Geologia Regional 16 
3.2 Geologia Local 17 
3.2.1. Estratificação 17 
3.2.1.1. Grupo Bambuí 17 
3.2.1.2. Grupo Urucuia 21 
4. Conclusão 24 
5. Referências Bibliográficas 25 
6. Anexos 27 
4
Índice de Figuras 
Figura 1 – Limites municipais da cidade de Barreiras - BA 10 
Figura 2 – Acesso ao município de Barreiras, com destaque para UNEB, 
11 
ponto de início do percurso. 
Figura 3 – Pluviosidade média do Estado da Bahia 13 
5
Índice de Tabelas 
Tabela 1 – Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 1, grupo 
Bambuí 
18 
Tabela 2 - Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 2, grupo 
Bambuí 
19 
Tabela 3 - Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 3, grupo 
Bambuí 
20 
Tabela 4 - Planos e direção de fratura no ponto 4, do grupo Bambuí. 21 
6
Índice de Fotografias 
Fotografia 1-Geomorfologia na base da Serra, visando Serra da Bandeira ao 
fundo, com destaque para erosão pluvial. 12 
Fotografia 2 – Vegetação da Base da escarpa, Grupo Bambuí 14 
Fotografia 3 – Solo do grupo Bambuí, horizonte O pouco desenvolvido 15 
Fotografia 4 – Oxido de Manganês aflorando 18 
Fotografia 5 – Veios de Quartzo 20 
Fotografia 6 – Mudança de cor no afloramento 20 
Fotografia 7 – Estratificação paralela e estratificações cruzadas acanaladas 22 
Fotografia 8 – Afloramento 23 
7
1. Introdução 
Elemento paisagista da cidade Barreiras – BA a Serra do Mimo, é uma 
formação rochosa sedimentar pouco conhecida pelos habitantes da cidade, porém 
vem sendo objeto de estudo nos últimos anos, aumentando a popularidade da 
mesma entre a população e comunidade científica. 
O estudo a escarpa foi feito em 16/02/2014 às 08:30, domingo nublado com 
orientação do professor Msc. Natanael da Silva Barbosa docente da Universidade 
Federal do Oeste da Bahia da disciplina IAD253 – Técnicas de Campo. 
A metodologia empregada foi o levantamento bibliográfico realizado via 
internet, consulta de livros na biblioteca da UFOB sobre a área estudada e suas 
mesorregiões, além de pesquisas com temas relacionados, já em campo o trabalho 
tendo início, centrado totalmente no professor e a partir do seu decorrer os alunos 
sendo induzidos a descreverem afloramentos e entender os aspectos geológicos e 
geomorfológicos da serra. 
O objeto de estudo esta inserido no cráton do São Francisco que segundo, 
(Almeida 1967, 1977) abrange principalmente os estados da Bahia e de Minas 
Gerais e é a mais bem exposta e estudada unidade tectônica do embasamento da 
plataformasul-americana. 
A serra, possui dois grupos que constituem a sua geologia, são eles o Grupo 
Bambuí e o Grupo Urucuia. Na base localiza-se o grupo Bambuí composto por sua 
grande maioria por metassiltitos intercalados por metarenitos e metacalcários, de 
cores claras que iam ficando mais escuras a medida que a elevação aumentava. 
Acima deste localiza-se o grupo Urucuia, tendo como característica principal ser 
muito permeável e poroso, possui afloramentos com rochas sedimentares 
siliclásticas com cimentação fraca a forte. 
A saída técnica teve como objetivo geral, um melhor entendimento sobre a 
área em que se está situada a cidade de Barreiras e fornecendo aos alunos contato 
com uma aula de campo sendo esses objetivos alcançados pelo estudo da escarpa 
serra do Mimo através de sua geologia, vegetação, geomorfologia e solos, sendo 
esses dados coletados pela utilização de GPS (Global Position System) e da 
bússola geológica, coleta de dados com a bússola sendo plotados no diagrama de 
8
rosetas, confecção de caderneta geológica e de relatório técnico-científico, 
identificação de afloramentos e o estudo dos dois grupos que compõe a fácies da 
serra, Bambuí e Urucuia. 
9
2. Caracterização do Meio Físico 
2.1. Localização 
Barreiras faz parte da mesorregião do Oeste Baiano. Localizada entre as 
coordenadas 11º 37' e 12º 25' S e 44º 34' e 46º 23' W. Tem como fronteira oeste o 
Estado do Tocantis e o Município de Luís Eduardo Magalhães, a leste com os 
municípios de Angical e Catolândia, ao norte com o município de Riachão das Neves 
e ao sul com o município de São Desidério. (Figura 1). 
2.2. Acesso 
A área de estudo localiza-se na porção oeste do Município de Barreiras. 
Localizado a 863,5 km da cidade de Salvador e a 648 km de Brasília, com seu 
acesso, através da BR 242 e BR-020 respectivamente, além de rotas alternativas 
feitas pela, BR-135 e BA-447. 
10 
Figura 1 – Limites municipais da cidade de Barreiras - BA
2.3. Geomorfologia 
O município de Barreiras localiza-se no noroeste do estado da Bahia, na 
bacia do rio Grande, um dos principais afluentes da margem esquerda do rio São 
Francisco. Regionalmente, seu território é caracterizado por dois compartimentos do 
relevo: a leste, as terras de menor altimetria, se inserem nos Patamares do rio São 
Francisco; a oeste, a maior parte do município encontra-se nas Chapadas do rio São 
Francisco (IBGE, 2006). 
Com tudo, na área de estudo apresenta uma escarpa no grupo Urucuia 
composta por ravinas alterando para voçorocas com grande chapadões e de baixa 
declividade. E uma concha convexa com falhamentos no grupo Bambuí além de 
rampas de colúvio migrando para oeste devido a erosão, apresentando cunho de 
sedimentos.(Fotografia 1). 
11 
Figura 2 Acesso ao município de Barreiras, com destaque para UNEB, ponto de início do 
percurso. (Modificado por Cáio e Thiago em 23/03/2014) – Fonte: www.googlemaps.com
Segundo(SILVA, Cassio Roberto da,2008) escarpa é um tipo de relevo 
montanhoso muito acidentado, transicional entre dois padrões de relevo, com 
desnivelamentos superiores, pelo menos, trezentos metros. 
O relevo local indica erosão pluvial, já que se trata de uma escarpa na sua 
parte mais elevada com feições convexas com rochas pouco permeáveis na base, 
logo essa declividade favorece o escoamento superficial. 
No topo, o relevo caracteriza-se por ser ruiniforme, consequentemente por 
efeito da erosão da água, vento e gravidadade, formando paisagens esculturais. 
2.4. Clima 
Climático seco, subúmido e seco e com poucas diferenças entre as estações 
do ano, com emperaturas altas, possui temperatura anual média 24.3º, máxima 42º, 
mínima 20.3º. O período chuvoso se estende de novembro a janeiro, os meses mais 
12 
Fotografia 1: Geomorfologia na base da Serra, visando Serra da Bandeira ao fundo, com 
destaque para erosão pluvial.
quentes são de setembro e outubro o mês de julho apresenta-se como o mês mais 
frio com 22°C com uma diferença de apenas 14% para o mês mais quente. A 
pluvioside anual média é de 1018mm, máxima de 1684; mínima de 295mm (Figura 
3). 
O mapa de isoietas (anexo 1), mostra as médias anuais no período de 1977 a 
2006 da pluviosidade do estado da Bahia. O estado da Bahia possui variedade 
pluviométrica cuja precipitação diminui do litoral pro interior sentido Leste/Oeste, 
indicando que a região de estudo possui precipitação média. 
2.5. Vegetação 
A vegetação da área estudada tem, presença de cactos, árvores de médio e 
pequeno porte, com troncos tortuosos, gramíneas presentes no grupo Bambuí 
(Fotografia 2) (base da escarpa), como observado no ponto 8.656.694 de longitude e 
13 
Figura 3: Pluviosidade Média do Estado da Bahia
23L 504.369 de latitude apresenta solo vermelho e amarelo raso com espessura de 
10 a 15 cm com pouco material orgânico caracterizando um latossolo vermelho. 
Possui rochas pouco metamorfizadas predominam ente metargilitos intercalados 
com metassiltitios, com presença de foliação, e presença de porosidade. 
No grupo Urucuia é observado que deixa de aparecer cactos e predominando 
a vegetação mais esparsa, cerrado com suas árvores de médio e pequeno porte 
com troncos retorcidos, gramíneas, uma das causas dessa mudança é o aumento 
da altitude e a mudança de solo em que deixa de ser latossolo vermelhos e 
amarelos para solo arenoso, consequência da mudança litológica de metargilitos no 
grupo Bambuí para rochas siliclásticas no grupo Urucuia. 
2.6. Hidrogeologia 
O município de barreiras é rico em recursos hídricos, os rios presentes no 
município são: rio de Ondas, rio de Janeiro e o rio Branco são os principais, e 
formam a bacia do Rio Grande que banha a cidade, e é a maior bacia do lado 
esquerdo do Rio São Francisco. 
Conforme visto na área de estudo as rochas do grupo Urucuia, em sua 
grande maioria são rochas porosas e permeáveis, facilitando a infiltração de água no 
solo, ocasionando solo do tipo arenoso. Portanto é o principal aquífero da região, 
cerca de 90% da recarga dos rios da região é realizada por este grupo. Este por vez 
14 
Fotografia 2: Vegetação da base da escarpa do grupo Bambuí.
é recarregado pela água das chuvas torrenciais que ocorrem no período de 
novembro a janeiro. 
O grupo Bambuí possui rochas pouco permeáveis porém porosas, dificultando 
a infiltração e facilitando o escoamento superficial, sendo influenciado pelo relevo 
ingríme. 
2.7. Solos 
De acordo com os pontos estudados na região os solos presentes nos dois 
grupos diferem-se litologicamente. 
Na base da escarpa, marcada pelo grupo Bambuí possui latossolo vermelho 
argiloso pouco desenvolvido, com espessura entre 10 a 12 cm (Fotografia 3) O 
horizonte O é quase imperceptível apesar de ter sido notado feições de oxidação 
devido a cor ser avermelhada, se aproximando de roxo em alguns pontos, inferindo 
ser ambiente de menor oxidação. A matriz de coloração vermelha mostra 
granulometria fina, argilosa. 
No grupo Urucuia apresenta solo arenoso, pequenos grânulos de quartzo, 
que favorece a infiltração de água, sendo essas rochas muito porosas e permeáveis 
Possui coloração escura, indicando grande presença de matéria orgânica. 
15 
Fotografia 3 - Solo do grupo Bambuí, horizonte O pouco desenvolvido.
3. Geologia 
3.1. Geologia Regional 
Inserida geologicamente na bacia Sanfranciscana, a Serra do Mimo é 
constituída por dois grupos, o grupo Bambuí e o grupo Urucuia, em que o grupo 
Urucuia está sobreposto ao Bambuí. 
O Grupo Bambuí datado da idade neoproterozoica constituída por rochas de 
formações em ambientes de águas marinhas. Segundo Egydio-Silva (1987) o Grupo 
Bambuí sendo subdividido em: Formação Canabravinha que é composta por 
quartzitos, metamargas, mica xistos, metassiltitos micáceos e metadiamictitos, que 
constituem marcante nível estratigráfico, com clastos variando de seixos a matacões 
de quartzitos, gnaisses, carbonatos e metapelitos. Formação São Desidério 
constituída por calcários cinza-escuros intercalados a margas e siltitos. A Formação 
Serra da Mamona que é composta por metassiltitos, ardósias e metacalcários 
intercalados a metarenitos finos e Formação Riachão das Neves composta por 
metarcóseos e metarenitos, com lentes de metamargas e metacalcários. 
O termo Urucuia foi designado primeiramente por Barbosa, 1967, Kattah, 1994 e 
Campos&Dardene, 1997. Datas rochas de idade cretácea, apresentando uma 
unidade homogênea e com pouca vaiação nos tipos de rochas. Segundo Goes & 
Feijo (1994) e Campo (1996) a região tem uma descontínua. 
Segundo Sgarbi et al (2001) o Grupo Urucuia é subdividido nas formações Posse, 
e Serra das Araras. Na Formação Posse, foi dividida por Campos&Dardenne (1997) 
em Fácies 1 e 2. Na fácie 1 é composta de quartzo arenitos feldspática, muito fina, 
fina à média, com boa maturidade textural. Onde ocorrem ainda lentes e níveis de 
conglomerados caracterizados como sistema eólico de campos de dunas pela 
presença de estratos cruzada de grande porte. Na fácie 2 é composta de arenitos 
feldspático e quartzo arenitos, bem selecionado e menos maturo. O material argiloso 
compõe a matriz dentrítica com estratificações cruzada tabular e tangencial de 
pequeno porte e estrato planos-parelelos mais raros. 
16
3.2.Geologia Local 
A geologia local foi descrita a partir de estudos de afloramentos dispostos em 
forma de lajedos rochas sedimentares localizadas na Serra de Mimo em Barreiras – 
BA. A análise foi feita primeiramente na base da serra, na qual a partir dela subiu 
analisando as demais estruturas de cada grupo. 
3.2.1. Estratigrafia 
A área visitada apresenta dois tipos de litofácies, na base da serra, rochas 
metassedimentares, onde ocorre uma zona de maior escoamento superficial (Grupo 
Bambuí), já no topo demonstra uma forma plana, favorecendo a infiltração e 
escarpada na parte lateral mais alta desse chapadão (Grupo Urucuia). 
Os afloramentos observados estão localizados desde a base até o topo da 
serra. São constituídos por: sedimentos de granulometria variando de superfina a 
média, textura argilosa a arenosa, maturidade textural de subarredondado a 
arredondado, com rochas de muito porosas a pouco porosas; permeáveis, com 
composição química variável com quartzo (60%), feldspato (20%) alterando para 
argilominerais, óxidos e hidróxidos de manganês (20%); solo de cor amarelo e 
vermelho além de solo arenoso, em toda serra, pode ser vistas estruturas de 
laminada a maciça, foliações, fraturas (algumas vezes em mais de uma direção), 
estratificações cruzadas acanaladas, planas e tangencial. 
3.2.1.1. Grupo Bambuí 
Primeiro ponto descrito localiza-se na zona 23L 504.369 m de latitude e 
8.656.694m de longitude, com 547m de altimetria e precisão de 3 m. Vegetação com 
árvores de médio, pequeno porte e gramíneas, apresentando alguns cactos, sendo 
caracterizada como cerrado, solo vermelho e raso com espessura de 10 à 15 cm, 
com a presença de pouco material orgânico, de cor vermelha a amarelo com feições 
de oxidação, caracterizado como latossolo, a rocha tem granuolometria fina de 
coloração vermelha a amarela, muito porosa, pouco permeável, com composição 
mineralógica de argilominerais(90%) feldspato(10%), cimentação fraca, bem 
selecionado, possui presença de foliação, pouco resistente, apresentando 
metamorfismo de baixo grau, caracterizada como metargilito 
17
Afloravam a superfície poucas rochas em diferentes locais, nelas foram feitas 
três medições de planos em locais diferentes. (Tabela 1) 
Planos Direção e Mergulho 
01 N 122º / 29º NE 
02 N 310º / 14º NE 
03 N 301º / 20º NE 
Tabela 1: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 1, grupo Bambuí 
No segundo ponto 23L 504.441m 8.656.604m, altimetria 567m, precisão de 
3m, o afloramento apresenta mesma vegetação e solo observados no primeiro 
afloramento. O litotipo de rocha se repete, porém apresenta foliação com 
aparecimento de óxido do manganês (15%), argilominerais (75%), fruto da alteração 
de feldspatos presentes nessas rochas, e oriundos do esforço tectônico gerado pelo 
fechamento do Cráton (Fotografia 4). 
Nele observava-se mais de uma direção de mergulho, foram feitas 15 
medições de direção e mergulho em pontos diferentes, cada plano refere-se a 
medição de uma camada estratigráfica e uma falha. (Tabela 2). 
18 
Fotografia 4: Óxido de Manganês aflorando
Planos Direção e Mergulho 
01 N 295º / 83 SW 
02 N 14º / 69º NW 
03 N 45º / 47º SW 
04 N 169º / 66º NW 
05 N 96º / 57º SE 
06 N 290º / 43 NE 
07 N 26º / 86º SE 
08 N 346º / 86º SE 
09 N 262º / 67º NW 
10 N 235º / 76º NE 
11 N 30º / 08º SE 
12 N 64º /42º SE 
13 N 35º / 21º SE 
14 N 264º / 53 NW 
15 N 68 º / 25º SE 
Tabela 2: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 2, grupo Bambuí 
O terceiro ponto no qual foram feitos medidas de direção e mergulho foi na 
zona 23L 504.441m de latitude e 8.656.604m com altimetria de 575m e precisão de 
3m. Tipos de solo e vegetação, se repetem, porém apresentam veios de quartzo, por 
causa de falhamentos e fraturas, o veio de quartzo se destaca em relação ao óxido 
de manganês. Com composição minerlógica quartzo (10%), argilominerais (85%), 
óxido de manganês (5%). O quartzo preenche as lacunas, aparecendo rochas roxas 
caracterizando ambientes de menor oxidação. (Fotografia 5). 
19
Neste ponto foram encontrados veios de quartzo que cortavam a foliação. (tabela 3) 
Planos Direção e Mergulho 
01 N 238º / 12º NW 
02 N 245º / 36º NW 
Tabela 3: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 4, grupo Bambuí. 
Na zona 23L 504.489m de latitude e 8.656.576 m de longitude, com altimetria 
de 587m e precisão de 3m, mais duas medidas de direção e mergulho foram feitas 
(Tabela 4) nela nota-se que a inclinação da fratura começa a alterar, juntamente com 
a coloração que passa a ser roxa (Fotografia 6). 
20 
Fotografia 5 - Veio de quartzo 
Fotografia 6 – Mudança de cor no 
afloramento
Apresenta a mesma vegetação, solo e litologia dos pontos descritos 
anteriormente, mas com rochas mais escuras, intercaladas com cinza, roxo e 
amarelo, por causa do aumento da quantidade de água, caracterizando um 
ambiente mais redutor. 
Planos Direção e Mergulho 
01 N 274 º / 27º NW 
02 N 102º / 41º SW 
03 N 65º / 47º SW (foliação) 
Tabela 4: Planos e direção de fratura no ponto 4, do grupo Bambuí. 
O diagrama de roseta (anexo), indica a direção e o mergulho das estruturas. 
3.2.1.2. Grupo Urucuia 
No primeiro afloramento de coordenadas 23L 0504.778 m 8.656.343 m e 
altimetria 654 m com precisão de 3m , nota-se uma vegetação esparsa, com árvores 
de pequeno a médio porte com caules tortuosos frutos das queimadas naturais, 
caracterizando o cerrado. 
Solo arenoso com espessura 18 cm, de cor marrom a marrom escuro, com 
presença considerável de material orgânico. Notou-se rochas com granulometria fina 
à média, mais resistente que a do bambuí, na maioria das vezes porosa e 
permeável, maturidade textural de subarredondado a arredondado, friável, maçiça, 
com estratificação plana e incipiente, cimentação fraca, com a maioria dos minerais 
félsicos composta por: quartzo(70%), óxido de mangnês(10%), caulinita(20%), 
caracterizada como arenito quartzoso. 
No segundo afloramento de coordenadas 23L 0.504.775 m, 8.656.339 m 
altimetria: 659 m precisão de 3m, com a mesma vegetação, solo e tipo de rocha 
anterior, porém essas rochas com granulometria maior, sendo moderadamente 
selecionados; arredondados, de textura superficial fosca, caracterizando uma 
granulodescrescência ascendente, com a maioria dos minerais félsicos composta 
por: quartzo(70%) e feldspática(30%), com a energia hidraúlica diminuindo com a 
subida por causa da deposição de grãos maiores, apresentando laminação plana – 
paralela e estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte com um 
21
espaçamento de 12 cm e tangenciais, evidenciando uma formação fluvial, nesse 
caso de rio entrelaçado. (Fotografia 7) 
No terceiro afloramento de coordenadas 23L 0.504.801m, 8.656.324m e 
altimetria: 686m e precisão de 3m, mesmo tipo de vegetação e solo, entretanto com 
solo mais espesso e litologias com boa cimentação, um arenito silificado de 
coloração avermelhada, bem selecionada, de clastos arrendondatos com 
composição quartzosa(90%) e feldastos (10%), maciça, impermeáveis, sem 
porosidade, com superfície textural polida, associado ao clima árido, formando um 
relevo ruiniforme. 
No quarto afloramento de coordenadas 23L 0.504.881m, 8.656.245m e 
altimetria 690m com precisão de 3m, com mesma vegetação, solo e litologia anterior 
porém, com estratificação planar N135º/84NE e acanalada N15º/02NE, feições de 
dissolução, granulometria fina à média, vários pelitos intercalados variando de 
vermelho a amarelo, relevo ruiniforme, bem selecionado, com composição quartzosa 
(90%) e feldspática (10%)(Fotografia 8) 
22 
Fotografia 7 - estratificação paralela e estratificações 
cruzadas acanaladas
No topo desses morros, estão localizadas as rochas areníticas recristalizadas, 
avermelhada, composta por quartzo (>95%), maciças, impermeáveis, sem 
porosidade e com superfície textural polida. 
23 
Fotografia 8 – Afloramento
4. Conclusão 
Com os dados levantados da área, conclui-se que a Serra do Mimo possui 
duas unidades litológicas diferentes, tanto geograficamente quanto geologicamente, 
marcados por uma diferença de granulometria, solo, vegetação, litologia e 
geomorfologia. 
O solo do Bambuí vermelho à amarelo, argiloso, caracteriza-se como um 
latossolo, já o do grupo sobreposto (Urucuia) é um solo arenoso mais espesso, em 
consequência dos tipos de rochas dispostas em cada litofácie. A vegetação de 
ambos são muito parecida, porém no grupo Urucuia a flora é mais esparsa, 
enquanto o Bambuí a vegetação é mas densa. Geomorfologicamente o grupo 
Bambui favorece o escoamento superficial, pois possui o relevo tipo concha 
convexa. 
O grupo Bambuí, localizado na base possui rochas de granulometria muito 
fina, caracterizado por metargilitos por vezes intercalados por metasiltitios e meta-calcários, 
enquanto o grupo Urucuia apresenta rochas sedimentares siliclásticas de 
granulometria fina à média. Essa diferença de granulometria é devido a forma de 
depósito dos sedimentos e tipos de transporte, depósitos fluviais e eólicos, sendo os 
sedimentos do Bambuí depositados em locais mais oxidantes, sem presença ou com 
pouca presença de água, enquanto o Urucuia sedimentado em ambientes redutores. 
24
5. Referencias Bibliográfica 
OLIVEIRA, Adriana Almeida de. A ocupação de vertentes na cidade de 
Barreiras – BA: Estudo de caso da Serra do Mimo – I Simpósio Regional de 
Geografia do Cerrado – SIREGEO. Acesso em 16/03/2014 ás 10:37 
<http://www.geografia.icad.ufba.br/siregeo/OLIVEIRA,%20Adriana%20Almeida 
%20de.pdf> 
Revista Brasileira de Geociências, O CRÁTON BRASILIANO DO SÃO 
FRANCISCO - UMA REVISÃO, publicado em 22(4):481-486, dezembro de 1992, 
acesso em 16/03/2014 às 10:48. <http://home.ufam.edu.br/ivaldo/Aulas/Geologia 
%20do%20Brasil/Cr%C3%A1ton%20S%C3%A3o%20Francisco%202011.pdf> 
Acessso em 16/03/2014 às 10:59. 
CUNHA, Sandra Baptista da; Guerrra, Antonio Jose Pereira. Geomorfologia 
do Brasil – 4ªedição – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. 
CAMPOS, J. E. & DARDENNE, M. A. Estratigrafia e Sedimentação da 
Bacia Sanfranciscana: Uma Revisão. Revista Brasileira de Geociências, 27 (3): 
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EGYDIO, M.S, 1887. O Sistema de Dobramento Rio Preto e suas Relações 
com o Cráton do São Francisco., Universidade de São Paulo. 
GASPAR, M. T. P. Sistema Aquífero Urucuia: Caracterização regional e 
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SUGUIO, K. Geologia Sedimentar. São Paulo: Editora Blucher, 2003. 
<http://www.4becnst.eb.mil.br/barreiras/index.html> Acessso em 22/03/2013 as 11:21 
<http://pt.climate-data.org/location/4464/> Acesso em 22/03/2014 as 10:53. 
CAMPOS, J. E. & DARDENNE, M. A. 1974. A Glaciação Neopaleozóica na 
Porção Meridional da Bacia Sanfranciscana. Revista Brasileira de Geociências, 
24 (2): 65-76. 
SILVA, Cassio Roberto da. Geodiversidade do Brasil: conhecer o passado, 
para entender o presente e prever o futuro  editor: Cassio Roberto da Silva. Rio 
de Janeiro: CPRM, 2008. 38 
25
ANDRADE, J. B. M.; CASCAES, O. S. F. Panorama Hidrogeológico do grupo 
Bambuí no Oeste da Bahia. Salvador. 
26
6. Anexos 
Anexo – 01. Mapa de isoietas da Bahia 
27
Anexo 02. Diagrama de Rosetas 
28

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Relatorio tec de campo

  • 1. Universidade Federal do Oeste da Bahia Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Campus Edgar Santos Curso de Graduação em Geologia Relatório Geológico – Serra do Mimo Barreiras – 01 de abril 1
  • 2. Universidade Federal do Oeste da Bahia Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Campus Edgar Santos Curso de Graduação em Geologia Discentes: Cáio Silva dos Santos – 213100178 Thiago Winicios Alves Araújo – 213100206 Relatório Geológico – Serra do Mimo Relatório referente a avaliação da disciplina IAD253 – Técnicas de Campo, ministrada pelo docente: Natanael Barbosa. Barreiras – 01 de abril 2
  • 3. Resumo A atividade de campo tem como cunho principal a fixação de conteúdo teórico fixado em sala de aula, assim como também expor os alunos a saída de campo. A aplicabilidade da atividade também foi apresentar e praticar o uso de ferramentas utilizadas por geólogos. Como: utilização de bússola geológica, medição de planos; utilização do GPS (Global Position System) para medição de pontos e aferimento da altimetria; uso de lupas, martelo estratigráfico para retirada de amostras, câmera fotográfica para capturar imagens principais do local. A serra do Mimo foi objeto de estudo, localizada na porção leste da cidade de Barreiras possui vegetação do tipo cerrado. A formação estudada está inserida geotectonicamente no Cráton São Francisco que é uma formação geológica que resistiu ao ultimo evento geológico, sofrendo metamorfismos na sua área de cisalhamento, sendo o mesmo uma unidade tectonicamente estável. A bacia São Franciscana leva o nome de seu principal rio, Rio São Francisco delimitada por divisores topográficos como chapada diamantina. É menor que o Cráton que leva o seu mesmo nome. A área estudada é geologicamente formada pelas seguintes unidades litológicas: na base o grupo Bambuí, sendo composto por meta-siltitos por vezes intercalados por meta-argilitos e meta-calcários de coloração avermelhado e por vezes arroxeado com metamorfismo de baixo grau. Acima deste localiza-se o grupo Urucuia, sendo este o principal grupo da escarpa, composto por rochas sedimentares siliclásticas, no topo possui rochas bem consolidadas, depositados em ambientes continentais por meio de transporte fluvial e eólico. Ao visualizar o afloramento não foi possível identificar a transição entre os grupos estudados. Porém por tratar-se de litotipos diferentes foi possível distinguir as unidades litológicas que constituem cada grupo. 3
  • 4. Sumário Índice de Figuras 5 Índice de Tabelas 6 Índice de Fotografias 7 1. Introdução 8 2. Caracterização do Meio Físico 10 2.1. Localização 10 2.2. Acesso 10 2.3. Geomorfologia 11 2.4. Clima 12 2.5 Vegetação 13 2.6 Hidrogeologia 14 2.7. Solos 15 3. Geologia 16 3.1. Geologia Regional 16 3.2 Geologia Local 17 3.2.1. Estratificação 17 3.2.1.1. Grupo Bambuí 17 3.2.1.2. Grupo Urucuia 21 4. Conclusão 24 5. Referências Bibliográficas 25 6. Anexos 27 4
  • 5. Índice de Figuras Figura 1 – Limites municipais da cidade de Barreiras - BA 10 Figura 2 – Acesso ao município de Barreiras, com destaque para UNEB, 11 ponto de início do percurso. Figura 3 – Pluviosidade média do Estado da Bahia 13 5
  • 6. Índice de Tabelas Tabela 1 – Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 1, grupo Bambuí 18 Tabela 2 - Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 2, grupo Bambuí 19 Tabela 3 - Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 3, grupo Bambuí 20 Tabela 4 - Planos e direção de fratura no ponto 4, do grupo Bambuí. 21 6
  • 7. Índice de Fotografias Fotografia 1-Geomorfologia na base da Serra, visando Serra da Bandeira ao fundo, com destaque para erosão pluvial. 12 Fotografia 2 – Vegetação da Base da escarpa, Grupo Bambuí 14 Fotografia 3 – Solo do grupo Bambuí, horizonte O pouco desenvolvido 15 Fotografia 4 – Oxido de Manganês aflorando 18 Fotografia 5 – Veios de Quartzo 20 Fotografia 6 – Mudança de cor no afloramento 20 Fotografia 7 – Estratificação paralela e estratificações cruzadas acanaladas 22 Fotografia 8 – Afloramento 23 7
  • 8. 1. Introdução Elemento paisagista da cidade Barreiras – BA a Serra do Mimo, é uma formação rochosa sedimentar pouco conhecida pelos habitantes da cidade, porém vem sendo objeto de estudo nos últimos anos, aumentando a popularidade da mesma entre a população e comunidade científica. O estudo a escarpa foi feito em 16/02/2014 às 08:30, domingo nublado com orientação do professor Msc. Natanael da Silva Barbosa docente da Universidade Federal do Oeste da Bahia da disciplina IAD253 – Técnicas de Campo. A metodologia empregada foi o levantamento bibliográfico realizado via internet, consulta de livros na biblioteca da UFOB sobre a área estudada e suas mesorregiões, além de pesquisas com temas relacionados, já em campo o trabalho tendo início, centrado totalmente no professor e a partir do seu decorrer os alunos sendo induzidos a descreverem afloramentos e entender os aspectos geológicos e geomorfológicos da serra. O objeto de estudo esta inserido no cráton do São Francisco que segundo, (Almeida 1967, 1977) abrange principalmente os estados da Bahia e de Minas Gerais e é a mais bem exposta e estudada unidade tectônica do embasamento da plataformasul-americana. A serra, possui dois grupos que constituem a sua geologia, são eles o Grupo Bambuí e o Grupo Urucuia. Na base localiza-se o grupo Bambuí composto por sua grande maioria por metassiltitos intercalados por metarenitos e metacalcários, de cores claras que iam ficando mais escuras a medida que a elevação aumentava. Acima deste localiza-se o grupo Urucuia, tendo como característica principal ser muito permeável e poroso, possui afloramentos com rochas sedimentares siliclásticas com cimentação fraca a forte. A saída técnica teve como objetivo geral, um melhor entendimento sobre a área em que se está situada a cidade de Barreiras e fornecendo aos alunos contato com uma aula de campo sendo esses objetivos alcançados pelo estudo da escarpa serra do Mimo através de sua geologia, vegetação, geomorfologia e solos, sendo esses dados coletados pela utilização de GPS (Global Position System) e da bússola geológica, coleta de dados com a bússola sendo plotados no diagrama de 8
  • 9. rosetas, confecção de caderneta geológica e de relatório técnico-científico, identificação de afloramentos e o estudo dos dois grupos que compõe a fácies da serra, Bambuí e Urucuia. 9
  • 10. 2. Caracterização do Meio Físico 2.1. Localização Barreiras faz parte da mesorregião do Oeste Baiano. Localizada entre as coordenadas 11º 37' e 12º 25' S e 44º 34' e 46º 23' W. Tem como fronteira oeste o Estado do Tocantis e o Município de Luís Eduardo Magalhães, a leste com os municípios de Angical e Catolândia, ao norte com o município de Riachão das Neves e ao sul com o município de São Desidério. (Figura 1). 2.2. Acesso A área de estudo localiza-se na porção oeste do Município de Barreiras. Localizado a 863,5 km da cidade de Salvador e a 648 km de Brasília, com seu acesso, através da BR 242 e BR-020 respectivamente, além de rotas alternativas feitas pela, BR-135 e BA-447. 10 Figura 1 – Limites municipais da cidade de Barreiras - BA
  • 11. 2.3. Geomorfologia O município de Barreiras localiza-se no noroeste do estado da Bahia, na bacia do rio Grande, um dos principais afluentes da margem esquerda do rio São Francisco. Regionalmente, seu território é caracterizado por dois compartimentos do relevo: a leste, as terras de menor altimetria, se inserem nos Patamares do rio São Francisco; a oeste, a maior parte do município encontra-se nas Chapadas do rio São Francisco (IBGE, 2006). Com tudo, na área de estudo apresenta uma escarpa no grupo Urucuia composta por ravinas alterando para voçorocas com grande chapadões e de baixa declividade. E uma concha convexa com falhamentos no grupo Bambuí além de rampas de colúvio migrando para oeste devido a erosão, apresentando cunho de sedimentos.(Fotografia 1). 11 Figura 2 Acesso ao município de Barreiras, com destaque para UNEB, ponto de início do percurso. (Modificado por Cáio e Thiago em 23/03/2014) – Fonte: www.googlemaps.com
  • 12. Segundo(SILVA, Cassio Roberto da,2008) escarpa é um tipo de relevo montanhoso muito acidentado, transicional entre dois padrões de relevo, com desnivelamentos superiores, pelo menos, trezentos metros. O relevo local indica erosão pluvial, já que se trata de uma escarpa na sua parte mais elevada com feições convexas com rochas pouco permeáveis na base, logo essa declividade favorece o escoamento superficial. No topo, o relevo caracteriza-se por ser ruiniforme, consequentemente por efeito da erosão da água, vento e gravidadade, formando paisagens esculturais. 2.4. Clima Climático seco, subúmido e seco e com poucas diferenças entre as estações do ano, com emperaturas altas, possui temperatura anual média 24.3º, máxima 42º, mínima 20.3º. O período chuvoso se estende de novembro a janeiro, os meses mais 12 Fotografia 1: Geomorfologia na base da Serra, visando Serra da Bandeira ao fundo, com destaque para erosão pluvial.
  • 13. quentes são de setembro e outubro o mês de julho apresenta-se como o mês mais frio com 22°C com uma diferença de apenas 14% para o mês mais quente. A pluvioside anual média é de 1018mm, máxima de 1684; mínima de 295mm (Figura 3). O mapa de isoietas (anexo 1), mostra as médias anuais no período de 1977 a 2006 da pluviosidade do estado da Bahia. O estado da Bahia possui variedade pluviométrica cuja precipitação diminui do litoral pro interior sentido Leste/Oeste, indicando que a região de estudo possui precipitação média. 2.5. Vegetação A vegetação da área estudada tem, presença de cactos, árvores de médio e pequeno porte, com troncos tortuosos, gramíneas presentes no grupo Bambuí (Fotografia 2) (base da escarpa), como observado no ponto 8.656.694 de longitude e 13 Figura 3: Pluviosidade Média do Estado da Bahia
  • 14. 23L 504.369 de latitude apresenta solo vermelho e amarelo raso com espessura de 10 a 15 cm com pouco material orgânico caracterizando um latossolo vermelho. Possui rochas pouco metamorfizadas predominam ente metargilitos intercalados com metassiltitios, com presença de foliação, e presença de porosidade. No grupo Urucuia é observado que deixa de aparecer cactos e predominando a vegetação mais esparsa, cerrado com suas árvores de médio e pequeno porte com troncos retorcidos, gramíneas, uma das causas dessa mudança é o aumento da altitude e a mudança de solo em que deixa de ser latossolo vermelhos e amarelos para solo arenoso, consequência da mudança litológica de metargilitos no grupo Bambuí para rochas siliclásticas no grupo Urucuia. 2.6. Hidrogeologia O município de barreiras é rico em recursos hídricos, os rios presentes no município são: rio de Ondas, rio de Janeiro e o rio Branco são os principais, e formam a bacia do Rio Grande que banha a cidade, e é a maior bacia do lado esquerdo do Rio São Francisco. Conforme visto na área de estudo as rochas do grupo Urucuia, em sua grande maioria são rochas porosas e permeáveis, facilitando a infiltração de água no solo, ocasionando solo do tipo arenoso. Portanto é o principal aquífero da região, cerca de 90% da recarga dos rios da região é realizada por este grupo. Este por vez 14 Fotografia 2: Vegetação da base da escarpa do grupo Bambuí.
  • 15. é recarregado pela água das chuvas torrenciais que ocorrem no período de novembro a janeiro. O grupo Bambuí possui rochas pouco permeáveis porém porosas, dificultando a infiltração e facilitando o escoamento superficial, sendo influenciado pelo relevo ingríme. 2.7. Solos De acordo com os pontos estudados na região os solos presentes nos dois grupos diferem-se litologicamente. Na base da escarpa, marcada pelo grupo Bambuí possui latossolo vermelho argiloso pouco desenvolvido, com espessura entre 10 a 12 cm (Fotografia 3) O horizonte O é quase imperceptível apesar de ter sido notado feições de oxidação devido a cor ser avermelhada, se aproximando de roxo em alguns pontos, inferindo ser ambiente de menor oxidação. A matriz de coloração vermelha mostra granulometria fina, argilosa. No grupo Urucuia apresenta solo arenoso, pequenos grânulos de quartzo, que favorece a infiltração de água, sendo essas rochas muito porosas e permeáveis Possui coloração escura, indicando grande presença de matéria orgânica. 15 Fotografia 3 - Solo do grupo Bambuí, horizonte O pouco desenvolvido.
  • 16. 3. Geologia 3.1. Geologia Regional Inserida geologicamente na bacia Sanfranciscana, a Serra do Mimo é constituída por dois grupos, o grupo Bambuí e o grupo Urucuia, em que o grupo Urucuia está sobreposto ao Bambuí. O Grupo Bambuí datado da idade neoproterozoica constituída por rochas de formações em ambientes de águas marinhas. Segundo Egydio-Silva (1987) o Grupo Bambuí sendo subdividido em: Formação Canabravinha que é composta por quartzitos, metamargas, mica xistos, metassiltitos micáceos e metadiamictitos, que constituem marcante nível estratigráfico, com clastos variando de seixos a matacões de quartzitos, gnaisses, carbonatos e metapelitos. Formação São Desidério constituída por calcários cinza-escuros intercalados a margas e siltitos. A Formação Serra da Mamona que é composta por metassiltitos, ardósias e metacalcários intercalados a metarenitos finos e Formação Riachão das Neves composta por metarcóseos e metarenitos, com lentes de metamargas e metacalcários. O termo Urucuia foi designado primeiramente por Barbosa, 1967, Kattah, 1994 e Campos&Dardene, 1997. Datas rochas de idade cretácea, apresentando uma unidade homogênea e com pouca vaiação nos tipos de rochas. Segundo Goes & Feijo (1994) e Campo (1996) a região tem uma descontínua. Segundo Sgarbi et al (2001) o Grupo Urucuia é subdividido nas formações Posse, e Serra das Araras. Na Formação Posse, foi dividida por Campos&Dardenne (1997) em Fácies 1 e 2. Na fácie 1 é composta de quartzo arenitos feldspática, muito fina, fina à média, com boa maturidade textural. Onde ocorrem ainda lentes e níveis de conglomerados caracterizados como sistema eólico de campos de dunas pela presença de estratos cruzada de grande porte. Na fácie 2 é composta de arenitos feldspático e quartzo arenitos, bem selecionado e menos maturo. O material argiloso compõe a matriz dentrítica com estratificações cruzada tabular e tangencial de pequeno porte e estrato planos-parelelos mais raros. 16
  • 17. 3.2.Geologia Local A geologia local foi descrita a partir de estudos de afloramentos dispostos em forma de lajedos rochas sedimentares localizadas na Serra de Mimo em Barreiras – BA. A análise foi feita primeiramente na base da serra, na qual a partir dela subiu analisando as demais estruturas de cada grupo. 3.2.1. Estratigrafia A área visitada apresenta dois tipos de litofácies, na base da serra, rochas metassedimentares, onde ocorre uma zona de maior escoamento superficial (Grupo Bambuí), já no topo demonstra uma forma plana, favorecendo a infiltração e escarpada na parte lateral mais alta desse chapadão (Grupo Urucuia). Os afloramentos observados estão localizados desde a base até o topo da serra. São constituídos por: sedimentos de granulometria variando de superfina a média, textura argilosa a arenosa, maturidade textural de subarredondado a arredondado, com rochas de muito porosas a pouco porosas; permeáveis, com composição química variável com quartzo (60%), feldspato (20%) alterando para argilominerais, óxidos e hidróxidos de manganês (20%); solo de cor amarelo e vermelho além de solo arenoso, em toda serra, pode ser vistas estruturas de laminada a maciça, foliações, fraturas (algumas vezes em mais de uma direção), estratificações cruzadas acanaladas, planas e tangencial. 3.2.1.1. Grupo Bambuí Primeiro ponto descrito localiza-se na zona 23L 504.369 m de latitude e 8.656.694m de longitude, com 547m de altimetria e precisão de 3 m. Vegetação com árvores de médio, pequeno porte e gramíneas, apresentando alguns cactos, sendo caracterizada como cerrado, solo vermelho e raso com espessura de 10 à 15 cm, com a presença de pouco material orgânico, de cor vermelha a amarelo com feições de oxidação, caracterizado como latossolo, a rocha tem granuolometria fina de coloração vermelha a amarela, muito porosa, pouco permeável, com composição mineralógica de argilominerais(90%) feldspato(10%), cimentação fraca, bem selecionado, possui presença de foliação, pouco resistente, apresentando metamorfismo de baixo grau, caracterizada como metargilito 17
  • 18. Afloravam a superfície poucas rochas em diferentes locais, nelas foram feitas três medições de planos em locais diferentes. (Tabela 1) Planos Direção e Mergulho 01 N 122º / 29º NE 02 N 310º / 14º NE 03 N 301º / 20º NE Tabela 1: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 1, grupo Bambuí No segundo ponto 23L 504.441m 8.656.604m, altimetria 567m, precisão de 3m, o afloramento apresenta mesma vegetação e solo observados no primeiro afloramento. O litotipo de rocha se repete, porém apresenta foliação com aparecimento de óxido do manganês (15%), argilominerais (75%), fruto da alteração de feldspatos presentes nessas rochas, e oriundos do esforço tectônico gerado pelo fechamento do Cráton (Fotografia 4). Nele observava-se mais de uma direção de mergulho, foram feitas 15 medições de direção e mergulho em pontos diferentes, cada plano refere-se a medição de uma camada estratigráfica e uma falha. (Tabela 2). 18 Fotografia 4: Óxido de Manganês aflorando
  • 19. Planos Direção e Mergulho 01 N 295º / 83 SW 02 N 14º / 69º NW 03 N 45º / 47º SW 04 N 169º / 66º NW 05 N 96º / 57º SE 06 N 290º / 43 NE 07 N 26º / 86º SE 08 N 346º / 86º SE 09 N 262º / 67º NW 10 N 235º / 76º NE 11 N 30º / 08º SE 12 N 64º /42º SE 13 N 35º / 21º SE 14 N 264º / 53 NW 15 N 68 º / 25º SE Tabela 2: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 2, grupo Bambuí O terceiro ponto no qual foram feitos medidas de direção e mergulho foi na zona 23L 504.441m de latitude e 8.656.604m com altimetria de 575m e precisão de 3m. Tipos de solo e vegetação, se repetem, porém apresentam veios de quartzo, por causa de falhamentos e fraturas, o veio de quartzo se destaca em relação ao óxido de manganês. Com composição minerlógica quartzo (10%), argilominerais (85%), óxido de manganês (5%). O quartzo preenche as lacunas, aparecendo rochas roxas caracterizando ambientes de menor oxidação. (Fotografia 5). 19
  • 20. Neste ponto foram encontrados veios de quartzo que cortavam a foliação. (tabela 3) Planos Direção e Mergulho 01 N 238º / 12º NW 02 N 245º / 36º NW Tabela 3: Planos e direção de mergulho das rochas no ponto 4, grupo Bambuí. Na zona 23L 504.489m de latitude e 8.656.576 m de longitude, com altimetria de 587m e precisão de 3m, mais duas medidas de direção e mergulho foram feitas (Tabela 4) nela nota-se que a inclinação da fratura começa a alterar, juntamente com a coloração que passa a ser roxa (Fotografia 6). 20 Fotografia 5 - Veio de quartzo Fotografia 6 – Mudança de cor no afloramento
  • 21. Apresenta a mesma vegetação, solo e litologia dos pontos descritos anteriormente, mas com rochas mais escuras, intercaladas com cinza, roxo e amarelo, por causa do aumento da quantidade de água, caracterizando um ambiente mais redutor. Planos Direção e Mergulho 01 N 274 º / 27º NW 02 N 102º / 41º SW 03 N 65º / 47º SW (foliação) Tabela 4: Planos e direção de fratura no ponto 4, do grupo Bambuí. O diagrama de roseta (anexo), indica a direção e o mergulho das estruturas. 3.2.1.2. Grupo Urucuia No primeiro afloramento de coordenadas 23L 0504.778 m 8.656.343 m e altimetria 654 m com precisão de 3m , nota-se uma vegetação esparsa, com árvores de pequeno a médio porte com caules tortuosos frutos das queimadas naturais, caracterizando o cerrado. Solo arenoso com espessura 18 cm, de cor marrom a marrom escuro, com presença considerável de material orgânico. Notou-se rochas com granulometria fina à média, mais resistente que a do bambuí, na maioria das vezes porosa e permeável, maturidade textural de subarredondado a arredondado, friável, maçiça, com estratificação plana e incipiente, cimentação fraca, com a maioria dos minerais félsicos composta por: quartzo(70%), óxido de mangnês(10%), caulinita(20%), caracterizada como arenito quartzoso. No segundo afloramento de coordenadas 23L 0.504.775 m, 8.656.339 m altimetria: 659 m precisão de 3m, com a mesma vegetação, solo e tipo de rocha anterior, porém essas rochas com granulometria maior, sendo moderadamente selecionados; arredondados, de textura superficial fosca, caracterizando uma granulodescrescência ascendente, com a maioria dos minerais félsicos composta por: quartzo(70%) e feldspática(30%), com a energia hidraúlica diminuindo com a subida por causa da deposição de grãos maiores, apresentando laminação plana – paralela e estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte com um 21
  • 22. espaçamento de 12 cm e tangenciais, evidenciando uma formação fluvial, nesse caso de rio entrelaçado. (Fotografia 7) No terceiro afloramento de coordenadas 23L 0.504.801m, 8.656.324m e altimetria: 686m e precisão de 3m, mesmo tipo de vegetação e solo, entretanto com solo mais espesso e litologias com boa cimentação, um arenito silificado de coloração avermelhada, bem selecionada, de clastos arrendondatos com composição quartzosa(90%) e feldastos (10%), maciça, impermeáveis, sem porosidade, com superfície textural polida, associado ao clima árido, formando um relevo ruiniforme. No quarto afloramento de coordenadas 23L 0.504.881m, 8.656.245m e altimetria 690m com precisão de 3m, com mesma vegetação, solo e litologia anterior porém, com estratificação planar N135º/84NE e acanalada N15º/02NE, feições de dissolução, granulometria fina à média, vários pelitos intercalados variando de vermelho a amarelo, relevo ruiniforme, bem selecionado, com composição quartzosa (90%) e feldspática (10%)(Fotografia 8) 22 Fotografia 7 - estratificação paralela e estratificações cruzadas acanaladas
  • 23. No topo desses morros, estão localizadas as rochas areníticas recristalizadas, avermelhada, composta por quartzo (>95%), maciças, impermeáveis, sem porosidade e com superfície textural polida. 23 Fotografia 8 – Afloramento
  • 24. 4. Conclusão Com os dados levantados da área, conclui-se que a Serra do Mimo possui duas unidades litológicas diferentes, tanto geograficamente quanto geologicamente, marcados por uma diferença de granulometria, solo, vegetação, litologia e geomorfologia. O solo do Bambuí vermelho à amarelo, argiloso, caracteriza-se como um latossolo, já o do grupo sobreposto (Urucuia) é um solo arenoso mais espesso, em consequência dos tipos de rochas dispostas em cada litofácie. A vegetação de ambos são muito parecida, porém no grupo Urucuia a flora é mais esparsa, enquanto o Bambuí a vegetação é mas densa. Geomorfologicamente o grupo Bambui favorece o escoamento superficial, pois possui o relevo tipo concha convexa. O grupo Bambuí, localizado na base possui rochas de granulometria muito fina, caracterizado por metargilitos por vezes intercalados por metasiltitios e meta-calcários, enquanto o grupo Urucuia apresenta rochas sedimentares siliclásticas de granulometria fina à média. Essa diferença de granulometria é devido a forma de depósito dos sedimentos e tipos de transporte, depósitos fluviais e eólicos, sendo os sedimentos do Bambuí depositados em locais mais oxidantes, sem presença ou com pouca presença de água, enquanto o Urucuia sedimentado em ambientes redutores. 24
  • 25. 5. Referencias Bibliográfica OLIVEIRA, Adriana Almeida de. A ocupação de vertentes na cidade de Barreiras – BA: Estudo de caso da Serra do Mimo – I Simpósio Regional de Geografia do Cerrado – SIREGEO. Acesso em 16/03/2014 ás 10:37 <http://www.geografia.icad.ufba.br/siregeo/OLIVEIRA,%20Adriana%20Almeida %20de.pdf> Revista Brasileira de Geociências, O CRÁTON BRASILIANO DO SÃO FRANCISCO - UMA REVISÃO, publicado em 22(4):481-486, dezembro de 1992, acesso em 16/03/2014 às 10:48. <http://home.ufam.edu.br/ivaldo/Aulas/Geologia %20do%20Brasil/Cr%C3%A1ton%20S%C3%A3o%20Francisco%202011.pdf> Acessso em 16/03/2014 às 10:59. CUNHA, Sandra Baptista da; Guerrra, Antonio Jose Pereira. Geomorfologia do Brasil – 4ªedição – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. CAMPOS, J. E. & DARDENNE, M. A. Estratigrafia e Sedimentação da Bacia Sanfranciscana: Uma Revisão. Revista Brasileira de Geociências, 27 (3): 269-282. EGYDIO, M.S, 1887. O Sistema de Dobramento Rio Preto e suas Relações com o Cráton do São Francisco., Universidade de São Paulo. GASPAR, M. T. P. Sistema Aquífero Urucuia: Caracterização regional e propostas de gestão. Brasília, 2006. SUGUIO, K. Geologia Sedimentar. São Paulo: Editora Blucher, 2003. <http://www.4becnst.eb.mil.br/barreiras/index.html> Acessso em 22/03/2013 as 11:21 <http://pt.climate-data.org/location/4464/> Acesso em 22/03/2014 as 10:53. CAMPOS, J. E. & DARDENNE, M. A. 1974. A Glaciação Neopaleozóica na Porção Meridional da Bacia Sanfranciscana. Revista Brasileira de Geociências, 24 (2): 65-76. SILVA, Cassio Roberto da. Geodiversidade do Brasil: conhecer o passado, para entender o presente e prever o futuro editor: Cassio Roberto da Silva. Rio de Janeiro: CPRM, 2008. 38 25
  • 26. ANDRADE, J. B. M.; CASCAES, O. S. F. Panorama Hidrogeológico do grupo Bambuí no Oeste da Bahia. Salvador. 26
  • 27. 6. Anexos Anexo – 01. Mapa de isoietas da Bahia 27
  • 28. Anexo 02. Diagrama de Rosetas 28